José Alberto Lovetro, o JAL

    José Alberto Lovetro, o Jal, é formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo (SP), desde 1977.  
     
    Ainda adolescente, publicou, em julho de 1974, no suplemento Quadrinhos da Folha de São Paulo, a primeira aventura do personagem Zélio, O Repórter. A partir daí, não parou mais. Já levou seus traços e humor para diversos jornais (O Pasquim, O Estado de S.Paulo, The Brazilians – da comunidade brasileira em NY –, Diário Comércio e Indústria, entre outros), revistas (Crás, Arigatô, Bundas, Semanário, Visão, Marie Claire, Veja, Penthouse, Sexi, Sem Fronteiras – publicada na Holanda e Bélgica – Klic, Gripho, Monga etc.) e emissoras de televisão (Tupi, Bandeirantes, Manchete, Cultura, SBT, Gazeta, Abril, Sesc-Senac e Globo).
     
    Foi desenhista e quadrinista na Maurício de Souza Produções. Foi professor de Quadrinhos na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Reviveu, em 1989, o Amigo da Onça, sucedendo o criador Péricles (1914–1961) e a Carlos Estevão (1921-1972) no personagem, que chegou a “concorrer” às eleições de 1994, fazendo “campanha” em uma coluna no jornal Tribuna de Campinas (SP).
     
    Criou, com Gualberto Costa – o Gual – a Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas de São Paulo em 1984. Anos depois, em 1988, após os dois conquistarem um espaço para falar de HQ ao vivo dentro do programa TV Mix, da TV Gazeta (SP), apresentado por Serginho Groisman e Astrid Fontenelle, decidiram criar uma premiação nacional para a categoria, o Troféu HQ Mix. A organização do troféu levou à criação da Associação dos Cartunistas do Brasil (AQC), que presta atendimento aos desenhistas na informação sobre mercado de trabalho, direitos autorais e notícias. Desde então é presidente da entidade.
     
    Fundou a agência JAL Comunicação e criou um fotoblog no portal UOL para divulgar seus trabalhos em 2007.
     
    Na edição especial do Jornalistas&Cia em comemoração ao Dia do Quadrinho Brasileiro, concedeu entrevista exclusiva ao J&Cia. Mais do que jogar luzes sobre o trabalho de quadrinistas, chargistas, cartunistas e ilustradores gráficos, fez uma profissão de fé na atividade e na vida. Defendeu a formação em Jornalismo para cartunistas e chargistas, uma vez que também interpretam fatos do cotidiano e devem ter capacidade de contextualizar o seu trabalho. Falou sobre aspectos pouco conhecidos da atividade, legislação, mercado e dos planos para entidade, entre os quais um prêmio que planeja em parceria com o J&Cia. Mas, acima de tudo, buscou situar o papel do desenhista gráfico na sociedade e no mundo. Para ele, só pelo humor consciente a vida humana na Terra terá futuro. A entrevista completa está na Galeria deste perfil.
     
    Recebeu diversos prêmios e distinções. Esteve entre os Melhores Cartunistas 1981 do jornal Asahi Shimbum (Japão) e ganhou o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos 1984, por seu trabalho na campanha das Diretas Já. Em 1989, ganhou o Troféu Jayme Cortez, concedido no Prêmio Angelo Agostini, destinado a quem se destaca na atuação em prol do quadrinho brasileiro. No mesmo ano, também ganhou o Troféu HQ Mix de Melhor Editor.
     
    É autor dos livros Os Filhos da Dinda: A CPI que abalou o Brasil (Scritta, 1992), com Alcy, Chico Caruso, Claudius, Glauco, Laerte, Maringoni, Negreiros e Paulo Caruso, Como votar certo (Aquariana, 2000), com Jorge Sá de Miranda, A História do Futebol no Brasil Através do Cartum (Bom Texto, 2005), com Gualberto Costa, Brasil nas Copas: Volume 1 da Coleção Futebol Arte Gol de Bico (Panini, 2013), também com Gualberto, e 85 Vezes Sílvio Santos: As melhores caricaturas do Rei dos Domingos (Astral Cultural, 2016).
     
     
    Atualizado em setembro de 2016
     
    Fontes:
     
    A partir de 1983, por iniciativa da AQC, o dia 30 de janeiro passou a constar no calendário nacional como o Dia do Quadrinho Brasileiro. A data faz referência à primeira publicação de As Aventuras de Nhô Quim, em 1869, considerada a primeira história em quadrinhos do Brasil, criada pelo quadrinhista italiano naturalizado brasileiro Ângelo Agostini (1843–1910). Jal argumenta que Agostini já havia publicado algumas quadrinizações em 1864, época em que trabalhou em São Paulo, antes mesmo de saírem as primeiras publicações de Yellow Kid, que os americanos defendem como pioneiro.