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sexta-feira, abril 19, 2024

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Bom Dia agora é ?feito em casa?

Oito anos após sua criação por J. Hawilla (Traffic e TV TEM) e pouco mais de um mês de sua venda à Cereja Comunicação Digital, os jornais da rede Bom Dia, do interior de São Paulo, são agora literalmente feitos em casa. A operação – inédita, até onde se sabe, mas cuja legalidade o Sindicato dos Jornalistas ainda avalia –, funciona assim: não existe mais redação, estrutura física, nas praças de Sorocaba, Jundiaí, Bauru, Rio Preto e ABCD. Os profissionais (três repórteres e um fotógrafo em cada uma) estão trabalhando em casa no regime de CLT, com jornada de 5 horas, contratados desde 16/10 (cumpriram aviso prévio trabalhado e depois foram recontratados). O fechamento segue na sede em São Paulo, com a supervisão de um editor (Wilson Gasino cuida de Bauru e Rio Preto, Eduardo Cerioni é responsável por Jundiaí e ABCD, e Marcelo Macaus fecha Sorocaba), paginação de diagramadores e tratamento de imagem. Todos os repórteres contam com computador da empresa e licença de uso do GN3 (um software de gerenciamento de conteúdo capaz de atuar em todas as mídias, impressas e eletrônicas). Os deslocamentos são feitos por táxi de cooperativas. E há ajuda de custo para ligações telefônicas. Trabalham feito correspondentes. De acordo com fonte da empresa, todas as pessoas que eram contratadas pela Traffic foram devidamente indenizadas: “O ex-proprietário havia garantido ao Sindicato dos Jornalistas estabilidade até o final do ano. Ou seja, mesmo quem saiu foi indenizado como se o vínculo fosse até dezembro. Foi um compromisso assumido pela Traffic. E sem pejotização, como apelou o Sindicato”. Guto Camargo, presidente da entidade, disse a J&Cia que a situação é inusitada e que ainda há questões nebulosas: “Uma coisa é o profissional trabalhar como correspondente, outra é a empresa terceirizar a produção do jornal. Também fomos informados de que há remanescentes da estrutura anterior que estão trabalhando sem nenhum contrato ou vínculo empregatício, num clima de total incerteza e de transgressão às leis trabalhistas”. Ele esperava esclarecer essas e outras questões numa reunião com representantes da Cereja marcada para a tarde desta 4ª.feira (6/11), na sede do Sindicato. A empresa, aparentemente, acredita na fórmula que idealizou para o jornal. Tanto que se prepara para lançar o Bom Dia Campinas. Ainda este mês. E no mesmo modelo. A conferir.

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