A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) é curadora do projeto Pinpoint no Brasil, nova ferramenta de pesquisa gratuita do Google desenvolvida para jornalistas. A entidade disponibilizou duas grandes coleções de documentos de interesse público na plataforma: sobre a CPI da Pandemia e sobre o inquérito 4.828, que investiga manifestações antidemocráticas.

A ideia é facilitar o acesso a essas informações, e permitir que os jornalistas utilizem todas as funcionalidades do Pinpoint, que incluem a identificação automática de nomes de pessoas, locais e empresas mencionadas em documentos escritos e áudios, através de inteligência artificial, de modo a que os profissionais de imprensa ganhem tempo e eficiência.

A plataforma funciona da seguinte maneira: para saber quais documentos citam o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, por exemplo, basta digitar o nome dele na caixa de buscas e o Pinpoint destaca todos os arquivos nos quais o nome de Pazuello aparece. O mesmo funciona com nomes de empresas, instituições e qualquer tipo de localização geográfica (cidades, rodovias, CEPs etc.).

A plataforma consegue também transcrever áudios, facilitando a busca por arquivos que citam determinado nome ou lugar. A Abraji planeja divulgar, mensalmente, duas novas coleções de arquivos de interesse público no Pinpoint.

Em outros países, The Washington Post, Big Local News e DocumentCloud também são curadores do projeto. Além disso, várias redações ao redor do mundo já usam a ferramenta. O norte-americano The Boston Globe recebeu o Pulitzer por uma reportagem que utilizou o Pinpoint durante a investigação.

Para esclarecer dúvidas e mandar sugestões, basta escrever para [email protected].

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