Com o objetivo de elevar o número de participantes do estudo sobre o Perfil Racial da Imprensa Brasileira, os organizadores optaram por uma segunda prorrogação de 15 dias, até 31/10, para permitir que um maior número de jornalistas participe do projeto. Paralelamente, já foi iniciada a segunda etapa de entrevistas com jornalistas negros que se dispuseram a conversar por telefone com os pesquisadores, sobre temas mais sensíveis abrangendo a questão racial no desenvolvimento da carreira.

O estudo é uma iniciativa deste Jornalistas&Cia e do Portal dos Jornalistas, em parceria com o I’Max e com o Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, que fará a apresentação dos resultados durante a celebração da Semana da Consciência Negra, em novembro, dentro da programação preparada pela Universidade Zumbi dos Palmares, instituição apoiadora do estudo.

Também apoiam institucionalmente o projeto ABI, Ajor, Aner, ANJ, APJor, Conajira/Fenaj, Jeduca, Ecos do Meio, Projor e Universidade Metodista. O projeto conta ainda com o apoio das organizações ADM, Grupo Boticário e Uber e de inúmeras personalidades da sociedade civil como Bresser Pereira, João Carlos Martins, Laurentino Gomes, Luiza Trajano, Maílson da Nóbrega, Miguel Jorge, Paulo Betti, Pedro Bial, Vahan Agopyan e Zuenir Ventura.

“Mais do que um estudo, essa é uma causa, e uma causa das mais importantes, pois se trata de uma avaliação meticulosa de como estão compostas racialmente as redações brasileiras e quais os impactos dessa composição na produção jornalística, aquela que chega cotidianamente à sociedade”, diz o coordenador da pesquisa Maurício Bandeira, do Instituto Corda. “Estamos sendo de fato justos, imparciais, plurais, independentes, éticos nas múltiplas coberturas jornalísticas País afora, em casos de violência policial, de escolha de fontes de informação, no linguajar adotado, nas abordagens escolhidas, nos substantivos e adjetivos utilizados quando se fala de brancos, negros, pardos, orientais, indígenas e outros?”. Segundo ele, “tendo parâmetros confiáveis de como estão hoje efetivamente montadas as redações, em termos raciais, será possível a adoção progressiva de políticas afirmativas para maior equilíbrio racial e maior diversidade nos quadros jornalísticos, o que favorecerá que a atual representatividade geral da sociedade, com mais de 50% de negros, seja também estabelecida no jornalismo. É isso o que busca o estudo, ao legar a todo o mercado uma informação substancial e estratégica, para podermos abrir caminhos neste segmento para aqueles que, por décadas, séculos, têm sido alijados desse processo”.

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