Tatiana Bautzer e Lisandra Paraguassu reforçam o time A Reuters anunciou nesta 3ª.feira (10/11) como novo bureau chief no Brasil Daniel Flynn, atual chefe de Redação na África Ocidental e Central. Flynn começou a trabalhar na Reuters em 1998, como correspondente na Venezuela. Desde então, assumiu diferentes posições na agência em Grécia, Itália e França antes de ir para a África. O novo bureau chief, que começará a trabalhar na Redação em São Paulo em 1º/12, ocupará a posição deixada em junho por Todd Benson, que seguiu para a diretoria de Comunicação do Google Brasil. Outras novidades da Reuters no País são as contratações de Tatiana Bautzer e Lisandra Paraguassu. Tatiana, ex-Exame e com passagens por veículos como Valor Econômico (do qual foi correspondente em Washington) e Bloomberg, ocupa desde o início de novembro uma nova vaga de correspondente sênior de Finanças no Serviço Internacional, responsável pela cobertura de fusões e aquisições e reestruturações societárias e de dívida corporativa. Lisandra, que trabalhou por cerca de 11 anos no Estadão, é desde setembro repórter sênior de Política do Serviço Brasileiro da Reuters em Brasília, na vaga de Jeferson Ribeiro, que foi para O Globo, no Rio de Janeiro.
Encontro debaterá ética e o futuro dos jornais, em Tiradentes (MG)
Alguns dos mais premiados jornalistas brasileiros participarão, nos próximos dias 13 e 14 de novembro, do 1º Encontro de Jornalistas de Tiradentes, iniciativa apoiada pelo Portal dos Jornalistas e também pelos municípios mineiros de Ritápolis e São João Del Rei, que faz parte das celebrações do Dia da Liberdade. O Encontro tem curadoria de Audálio Dantas e Eduardo Ribeiro. Estão programadas para a sexta-feira, 13, três mesas: Jornalismo Político, às 14 horas, com as participações de Marcelo Beraba (O Estado de S.Paulo), Luís Nassif (Agência Dinheiro Vivo e EBC) e Heron Guimarães (O Tempo) e moderação de Gustavo Cesar de Oliveira (Revista Viver Brasil); Ética, às 16 horas, com Domingos Meirelles (ABI e TV Record) e Juca Kfouri (Folha de S.Paulo, UOL e CBN) e moderação de João Rodarte (CDN); e às 18 horas, Jornalismo Econômico, com os jornalistas Miriam Leitão (O Globo, TV Globo e CBN) e José Paulo Kupfer (O Estado de S.Paulo e O Globo) e o economista e comentarista Richard Rytenband (Record News), sob moderação de Audálio Dantas. No sábado, 14, às 14 horas, acontece a quarta e última mesa: O futuro dos jornais, com as presenças de Cida Damasco (O Estado de S.Paulo), Josemar Gimenez (Diários Associados) e Luiz Fernando Gomes (Lance), com moderação de Daniela Arbex (Tribuna de Minas). O evento será realizado no Salão da Pousada Brisa da Serra, em Tiradentes, e conta com o patrocínio da Zetrasoft e do Governo do Estado de Minas, Codemig e Cemig, além da colaboração do Grupo FCA. Vagas limitadas. Interessados em acompanhar os debates devem escrever para Nina Capel, pelo e-mail ninacapel@gmail.com.
Fenaj, ABI e ANJ preocupados com direito de resposta
Fenaj, ABI e ANJ manifestaram por meio de notas na semana passada preocupação com alguns pontos do Projeto de Lei 141/2011, de autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que regulamenta o direito de resposta nos órgãos de imprensa. O texto foi aprovado em 4/11 pelo Senado e vai sanção presidencial. A Fenaj informou que apoia o projeto aprovado, embora o considere insuficiente, e afirmou que “sempre apostou numa nova Lei de Imprensa Democrática que, levando em conta as características e rotinas da produção jornalística, garanta e proteja os direitos do cidadão e ao mesmo tempo não induza a uma judicialização dos conflitos”. Defendeu ainda a imediata aprovação do PL 3.232/92, o chamado substitutivo Vilmar Rocha, que aguarda, desde agosto de 1997, para ser votado na Câmara dos Deputados. O projeto, lembra a Fenaj, foi exaustivamente debatido com os jornalistas, empresas e parlamento para construir um ambiente que, garantindo o direito do cidadão, não descuide dos perigos da judicialização das questões públicas inerentes ao Jornalismo. “Os jornalistas brasileiros apostam num Jornalismo de qualidade e ético que incremente a democracia e proteja a honra e a dignidade dos cidadãos e cidadãs. Comprometem-se a cumprir os preceitos éticos, técnicos e legais que constituem o Jornalismo emancipador e libertário”, diz a nota. Já segundo a nota do presidente da ABI, Domingos Meirelles, o PL garante direito de resposta gratuita e com os mesmo destaques, publicidade, periodicidade e dimensão da ofensa, o que na opinião da entidade poderia se transformar em uma forma de intimidar o trabalho jornalístico: “A ABI declara ter fundada preocupação de que a nova legislação, diante das áreas de sombra que envolvem o novo texto, seja utilizada como álibi para garrotear a liberdade de expressão e intimidar o trabalho investigativo da imprensa em diferentes áreas de atividades, incluindo os poderes Executivo e Legislativo”. Para o diretor executivo da ANJ, Ricardo Pedreira, é preciso bom senso por parte da justiça brasileira em garantir que a proposta não interfira na atividade jornalística: “Há preocupação com um dos artigos da lei. Se o veículo [de comunicação] decidir contestar uma liminar, essa contestação vai ser analisada por um colegiado, e aí o direito de resposta pode ter de ser aplicado antes da análise jurídica sobre a contestação”. De acordo com o PL, o ofendido terá 60 dias para pedir ao meio de comunicação o direito de resposta ou a retificação da informação. O prazo conta a partir de cada divulgação. Se tiverem ocorrido divulgações sucessivas e contínuas, conta a partir da primeira vez que apareceu a matéria. O texto considera ofensivo o conteúdo que atente, mesmo por erro de informação, contra a honra, a intimidade, a reputação, o conceito, o nome, a marca ou a imagem de pessoa física ou jurídica. A resposta deverá ser do mesmo tamanho e com as mesmas características da matéria considerada ofensiva, se publicada em mídia escrita ou na internet. Na tevê ou na rádio, também deverá ter a mesma duração, e o alcance territorial obtido pela matéria contestada deverá ser repetido para o direito de resposta. O texto aprovado foi o parecer do relator, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), que acolheu emenda da Câmara incluindo artigo para garantir ao ofendido, se assim o desejar, o direito à retratação pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. Segundo Valadares, esta iniciativa está preenchendo um vazio profundo na legislação brasileira: “As pessoas são atacadas e a mídia não leva a sério o sofrimento causado não só ao ofendido como à sua família sobre qualquer acusação que esteja de acordo com a verdade”. Ele também rejeitou emenda da Câmara que suprimia artigo do texto original e restabeleceu o direito ao ofendido de dar a resposta ou retificação no rádio ou na tevê por meio de gravação de áudio ou vídeo autorizado pelo juiz. Este entendimento não foi unânime entre os senadores e teve oito votos contrários. Na opinião de Aloysio Nunes (PSDB-SP), o artigo configura abuso do direito de resposta transformado em instrumento de promoção pessoal ao ocupar o lugar do locutor ou apresentador de tevê: “A lei, sem esse dispositivo, garante já ao ofendido todas as condições de repor a verdade”, defendeu Aloysio. (Com informações da Agência Senado).
Palestra aborda dados nunca investigados da Lista de Furnas
Joaquim de Carvalho realiza nesta 3ª.feira (10/11), às 19h, no Instituto Barão de Itararé (rua Rego Freiras, 458 – São Paulo), palestra sobre uma série de reportagens que investigaram a Lista de Furnas, produzidas por ele e publicadas no Diário do Centro do Mundo entre setembro e outubro. O projeto foi financiado pelos leitores por meio de uma campanha de crowdfunding, estratégia de financiamento coletivo que vem sendo cada vez mais empregada no jornalismo. O evento também contará com a presença do promotor José Carlos Blat. A Lista de Furnas se refere a uma relação com os nomes de 156 políticos que teriam recebido, como financiamento de suas campanhas nas eleições de 2002, dinheiro de caixa 2 de empresas que prestaram serviços para a estatal Furnas Centrais Elétricas. Joaquim de Carvalho, que já passou por Veja, Jornal Nacional e outros veículos, traz nesse especial uma investigação acerca do escândalo, esclarecendo pontos não explorados pela mídia, que, em sua maioria, pouco falou e investigou sobre o tema.
Assessorias debatem novas estratégias empresariais a partir de ferramentas digitais
Câmara de Comércio França-Brasil, Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) e MSLGroup Andreoli promovem nesta 3ª.feira (10/11), a partir das 9h, no Espaço Sumaré Aberje (rua Amália de Noronha, 151, 6º – São Paulo), um encontro para debater estratégias empresariais a partir do uso de tecnologias digitais e redes sociais. O evento terá como tema central Inovação Digital: muito além do Facebook e será baseado no estudo Inside the Driving Forces of Disruptive Innovation, produzido este ano pela matriz do MSLGroup em Nova York. No comando da palestra estará Marcelo Minutti, head de Inovação e Práticas Digitais do MSLGroup Andreoli e professor de inovação e empreendedorismo do IBMEC. “As áreas de relações públicas, publicidade, vendas e atendimento ao cliente passam atualmente por uma verdadeira revolução e, para quem pretende manter-se competitivo no mercado, precisa desenvolver novos modelos de comunicação”, disse Minutti em nota. Inscrições gratuitas!
Funcionários da EBC entraram em greve
Atualizada em 10/11/2015, 16h40 Os trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) decidiram entrar em greve a partir de zero hora desta 3ª.feira (10/11). A decisão foi tomada em assembleia realizada em 5/11 e envolve as quatro praças de atuação da empresa: São Paulo, Rio de janeiro, Brasília e São Luís. Diz nota do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo que, “em negociação desde o mês de setembro, a empresa se manteve intransigente em oferecer zero de reajuste para as cláusulas econômicas. Os trabalhadores, por sua vez, mantiveram a contraproposta de 9,43%, referente ao IPCA do período. Na última rodada a empresa refez a proposta, oferecendo um reajuste de 2,5% para este ano e 2,5% para 2016 e fazendo valer a Convenção Coletiva de Trabalho por 2 anos”. Na assembleia do dia 5 os profissionais aprovaram o envio de uma carta à presidente Dilma Rousseff e ao ministro-chefe da Secom Edinho Silva cobrando “respeito aos trabalhadores, ao caráter público da EBC e sua importância para a democratização da comunicação no Brasil”. Rodrigo Dindo, superintendente Executivo de Comunicação, Marketing e Negócios da EBC, disse ao Portal dos Jornalistas que, nesse primeiro dia de greve, a empresa avaliava a situação da programação e conversava com representantes dos veículos que não aderiram à paralisação para melhor operacionalidade do jornalismo nesse período. Em nota, a Gerência de Comunicação Institucional da empresa informou que, na sétima reunião da ACT entre a Comissão de Negociação da EBC e os representantes das entidades sindicais, realizada em 9/11, em Brasília, “a empresa apresentou nova proposta de reajuste anual de salários de 3,5%, no limite das suas possibilidades. Diante desse quadro de greve, apesar das tentativas de negociação da empresa, não resta outra opção a não ser ingressar com pedido de Dissídio Coletivo junto ao TST. A direção da EBC lamenta a deflagração da greve e mantém sua disposição para encontrar uma solução negociada. E reitera que respeita o Direito de Greve, consagrado na Constituição Federal, mas também considera importante que seja respeitado o direito daqueles que quiserem trabalhar. Por desempenhar atividades essenciais, a EBC espera que o mínimo de pessoal a ser determinado pela Justiça do Trabalho seja respeitado pelos sindicatos e acompanhado pelos gestores”. Reunidos novamente no início da tarde desta 3ª, os funcionários decidiram pela manutenção da greve e da pauta de reivindicações.
A censura no Pará é tema de livro de Paulo Roberto Ferreira
Paulo Roberto Ferreira lança A censura no Pará, obra que aborda o período da ditadura militar no Estado. Diversos registros de jornais antigos e depoimentos de jornalistas da época estão reunidos no trabalho, narrando a caminhada da imprensa paraense desde 1964 até a reconquista da democracia, 21 anos depois. A obra é resultado de um levantamento em cinco jornais que circulavam no Pará antes e logo após o golpe militar. “Eu queria compreender como a mídia tratava a conjuntura que resultou na deposição do presidente João Goulart e desmistificar o discurso da neutralidade da imprensa paraense”, disse o autor ao Leia Já. Com 40 anos de profissão, jornalista e professor universitário, Ferreira passou por diversos jornais de renome, trabalhou como apresentador e diretor de tevê, comentarista em rádio, funcionário público na Caixa Econômica Federal e até secretário do Estado de Comunicação. Chegou a perder o emprego na Caixa Econômica por estar envolvido com o grupo de trabalhadores da empresa. Certa vez, ao ser intimado para depor na Polícia Federal, seu chefe recebeu ordens de não o liberar do expediente para isso. “O objetivo era criar um constrangimento para que eu não aparecesse para depor, pois assim a polícia iria me prender. E ao me prender minha ficha ficaria mais suja na empresa. Nunca consegui cargos de confiança dentro da Caixa, pois meu nome era tido como inimigo do regime”, contou.
Alex Barbosa deixa a TV Centro América
O repórter Alex Barbosa foi desligado da TV Centro América, afiliada da Globo em Mato Grosso. A informação é de Daniel Castro, do Notícias da TV. Repórter de rede, que produz para os telejornais de cobertura nacional, Barbosa foi preso no último dia 12/10, quando simulava tráfico de cocaína em uma reportagem em que testava a fragilidade do combate ao tráfico na fronteira do Brasil com a Bolívia. Alex e mais três funcionários da TV Centro América transportavam 240 quilos de gesso embalados como se fossem pacotes de cocaína. Eles permaneceram sete horas detidos na Polícia Federal de Cáceres (MT). Ainda segundo Daniel, Barbosa agora aguarda a decisão da Globo sobre seu futuro profissional. O repórter deverá ser contratado por outra afiliada da rede ou absorvido por alguma das emissoras da rede.
ECA-USP promove Semana de Fotojornalismo
A ECA-USP promove de 9 a 13/11 a 9ª Semana de Fotojornalismo da Jornalismo Júnior, empresa júnior da escola. O tema desta edição é Rua. No primeiro dia do evento, Cristiano Mascaro, Moacyr Lopes e Bruno Paes Manso comentarão sobre Liberdade de imprensa x Direito de imagem. Na 3ª, Solange Ferraz mediará debate com Vinícius Lima e André Soler sobre Personagens da rua – Direitos humanos. No dia 11/11, haverá workshop e saída fotográfica, com prêmios para as melhores fotografias produzidas. Na 5ª.feira será a vez de Marlene Bergamo e Rafael Vilela, mediados por Simoneta Persichetti, falarem sobre Manifestações de rua. Em 13/11, Rodrigo Zaim e Gustavo Gomes, com mediação de Dani Sandrini, abordarão Street Photography (o estilo puro). O evento será na Casa de Cultura Japonesa, na Cidade Universitária. Para participar, é necessário colaborar com 1kg de alimento não perecível (exceto sal e açúcar).
Columbia seleciona jornalistas especializados em Educação
A Universidade de Columbia, em Nova York, está com inscrições abertas para a seleção de quatro bolsistas Spencer. Os candidatos devem ser jornalistas especializados em educação. Os aprovados passarão um ano letivo produzindo uma grande reportagem com monitoria de um docente da Columbia Journalism School e acompanhamento de algum outro professor da Universidade, à escolha do bolsista. O programa de aulas envolve tanto disciplinas de jornalismo quanto da Teachers College, escola de educação pioneira nos Estados Unidos. Os bolsistas também poderão cursar quaisquer disciplinas que desejarem dentro da universidade. A bolsa cobre todos os custos com a universidade e fornece 75 mil dólares para custear a estadia em Nova York durante as aulas. Além desse valor, há ainda 7,5 mil dólares destinados a cobrir gastos com pesquisas (montante normalmente usado para cobrir custos de viagem). O programa começa na última semana de agosto de 2016 e se estende até maio de 2017. Esta é a primeira vez que jornalistas da América Latina poderão concorrer. Não há, no entanto, nenhuma cota de vagas reservadas para repórteres de qualquer região. O programa é inteiramente em inglês, e por isso os candidatos devem ser fluentes no idioma. Além das aulas, o período em Columbia servirá para os bolsistas trabalharem no projeto apresentado na inscrição, e a infraestrutura da universidade poderá ser usada para esse fim. Os alunos também são registrados como estudantes de pós-graduação, e, como tal, têm todos os benefícios, inclusive acesso às bibliotecas e a serviços de saúde. A bolsa Spencer foi criada na Faculdade de Jornalismo da Universidade Columbia em 2007 com financiamento da Fundação Spencer. Seu objetivo é aprimorar a cobertura por meio da aproximação do repórter com a pesquisa acadêmica na área educacional. Saiba mais.