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segunda-feira, julho 21, 2025

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Projetos de jornalismo investigativo expõem violações de direitos

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O Fundo Brasil começou a divulgar as matérias subsidiadas pelo edital Jornalismo Investigativo e Direitos Humanos, lançado em junho de 2017 para estimular a produção de reportagens que contem histórias relevantes e contribuam para melhorar a compreensão da sociedade sobre violações de direitos humanos. O edital foi realizado pelo FB em parceria com Fundação Ford, Fundação Open Society e Clua (Climate and Land Use Alliance). Por meio desse edital, foram apoiadas 18 iniciativas de jornalismo investigativo em todo o Brasil, cada uma recebendo até R$ 40 mil. Confira os três primeiros resultados:

Tomado por grileiros, assentamento de Dorothy Stang está em colapso: Sílvia Lisboa, fundadora do Fronteira, estúdio de produção de conteúdo editorial, assina a matéria, publicada no jornal The Intercept. Nela, relata a tensão provocada pelos conflitos de terra em Anapu, no Pará, o que tem como consequências expulsões e mortes de trabalhadoras rurais. Conta também que estão ameaçados os projetos de desenvolvimento sustentável Esperança e Virola-Jatobá, assentamentos de trabalhadores rurais criados por Dorothy Stang, freira norte-americana que defendia o direito à terra que foi executada com seis tiros em 2005, em Anapu.

Especial: A volta dos Avá Guarani: Multimídia, a reportagem especial publicada no site Brasil de Fato conta o difícil processo de retomada de terra pelos povos indígenas Avá Guarani em Guaíra e Terra Roxa, no Paraná, cidades onde existem 14 aldeias ocupadas por cerca de duas mil pessoas. Eles retornam para áreas tradicionalmente ocupadas pelos povos Guaranis, expulsos ao longo dos últimos séculos. Júlia Rohden, uma das responsáveis pelo especial, assina a reportagem com Matheus Lobo.

Ditadura na democracia: A comunicadora comunitária Gizele Martins tem uma história de resistência à violência no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Por meio do edital, ela escreveu a reportagem denunciando que a intervenção militar no Rio provoca o aumento do extermínio nas favelas e periferias. O texto está na Medium, uma plataforma para publicação de histórias, ideias e interação sem filtros editoriais. Junto com Jessica Santos, Gizele abre a reportagem relatando a história de uma mãe que, dentro de casa, ouviu o tiro que matou o filho de 21 anos pelas costas. O jovem foi assassinado pela Polícia Militar.

A lista completa dos apoiados está disponível no site do Fundo.

Eleições 2018: Abraji registra mais de 130 agressões contra jornalistas

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nesta segunda-feira (8/10) um levantamento que aponta 137 casos de agressões a profissionais da comunicação em contexto político, partidário e eleitoral, ao longo de 2018. Segundo a pesquisa, foram 75 ataques por meios digitais (com 64 profissionais afetados) e outros 62 casos físicos (com 60 atingidos).

A maior parte das ocorrências físicas está relacionada à cobertura de manifestações ou eventos de grande repercussão ligados a eleições. O ônibus em que viajavam 28 comunicadores que cobriam a caravana de Lula no sul do país foi atingido por um atentado a tiros realizado por opositores ao ex-presidente. Durante a cobertura da prisão do petista, outros 19 profissionais foram hostilizados ou agredidos por seus apoiadores.

O caso mais recente é de uma jornalista pernambucana, agredida e ameaçada de estupro por apoiadores do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ) no último domingo (7/10), após deixar seu local de votação.

Entre os casos digitais, a maioria (91%) são de exposição indevida de comunicadores, quando os agressores compartilham fotos e/ou perfis apontando que o(a) profissional seguiria uma ideologia e, assim, incentivando ofensas em massa. As agressões ocorrem em especial no Facebook e no Twitter.

Pessoas públicas e políticos, como o economista Rodrigo Constantino, o humorista Danilo Gentili, a jornalista (e agora deputada federal eleita pelo PSL-SP) Joice Hasselmann, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e os procuradores Marcelo Rocha Monteiro (MP-RJ) e Ailton Benedito (MPF-GO) estão entre os autores das violações.

Perfis em redes sociais ligados a pautas conservadoras e com grande alcance como o Movimento Brasil Livre (MBL) também estão na lista de casos digitais. Em maio, o grupo produziu um “dossiê” acusando jornalistas de ter viés partidário e atuarem como “censores”. O levantamento foi feito após a divulgação de uma parceria de agências de checagem de fatos com o Facebook. No documento, circulado via WhatsApp e Facebook, há fotos de jornalistas classificados como “esquerda” e “extrema esquerda”, retiradas de redes sociais, além da reprodução de postagens que “comprovariam” a inclinação política dos profissionais.

Conforme manifestado em notas sobre os casos mencionados, a Abraji se solidariza com os repórteres e repudia as agressões. Ofensas, assédio e ameaças a jornalistas com o objetivo de silenciá-los são sintomas de desprezo pela democracia. O direito à informação, essencial para toda a sociedade, fica comprometido quando profissionais da imprensa são impedidos de exercer seu ofício livremente.

* Com informações da Abraji

Record News estreia programa semanal

Tainá Falcão
Tainá Falcão

A Record News estreou na quarta-feira (3/10), o Estúdio News, programa semanal de entrevistas apresentado por Tainá Falcão, que tem a proposta de mostrar sob diferentes pontos de vista os assuntos escolhidos a cada edição, ligados a política, economia, sistema judiciário e comportamento.

A edição de estreia vai abordar a influência das fakes news e dos meios digitais nas eleições, com a participação de Mario D’Andre, diretor-presidente da Associação Brasileira de Agências Publicitárias, Rosangela Giembinsky, presidente da ONG Voto Consciente, e Cristina Tardáguila, diretora da Agência Lupa. Reapresentação aos sábados, às 23 horas.

Como tirar um projeto do papel, em 333 sugestões

Capa do livro
Capa do livro

O livro 333 páginas para tirar seu projeto do papel, editado pela Belas Letras chega às livrarias este mês. Os autores Gabriel Gomes, Luciano Braga e Daniel Larusso, logo nas primeiras páginas, provocam o leitor: “Este não é um livro para você ler, é um livro para você fazer”. Por meio de dicas e desafios interativos, os leitores são conduzidos e encorajados a organizarem suas mentes e planejarem. São breves explicações sobre o que precisa ser feito, o passo a passo para transformar as ideias em projetos e fazê-los acontecer.

Formado em Comunicação Social pela PUC-RS, Gabriel é hoje gerente de Inovação Social na Red Bull. Larusso é designer e foi publicitário. Luciano, formado em Comunicação Social pela UFRGS, tem sua própria agência de criação. Quem tiver interesse em receber PDF do livro e outras informações, pode entrar em contato com Bruna Paulin no 51-984-070-657 ou bruna@brunapaulin.com. O título está em pré-venda, pelo site da editora.

Ideal é indicada ao Prêmio Caboré

A Ideal H+K Strategies foi indicada ao Prêmio Caboré, do Grupo Meio & Mensagem. É a única representante do segmento de comunicação corporativa e PR a figurar entre os finalistas. Em sua categoria, Serviços de Marketing, disputa com a agência digital Sapient AG2 e a com a empresa de mídia In Loco.

“Estar entre os finalistas do Caboré é uma grande honra, um reconhecimento profundo do mercado em relação ao crescimento e a atuação da Ideal”, afirma Eduardo Vieira, fundador e coCEO do Grupo Ideal, ao lado de Ricardo Cesar. “Além disso, a indicação atesta mais uma vez o lugar de destaque que o PR moderno tem na indústria de comunicação como um todo, inclusive dentro da publicidade. Um movimento que só vai valorizar nosso setor e seus profissionais”.

Os vencedores serão escolhidos entre os dias 29/10 e 30/11, em votação online aberta apenas a assinantes do Meio & Mensagem. Os vencedores serão conhecidos numa cerimônia no Dia Mundial da Propaganda, 4 de dezembro.

Facha debate mercado de trabalho em Semana Acadêmica

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A Facha promove de 8 a 11 de outubro, nos campi Botafogo (rua Muniz Barreto, 51) e Méier (rua Lucídio Lago,345), no Rio de Janeiro a III Semana Acadêmica, sob o tema Mercado de Trabalho: novos caminhos, novas possibilidades, com participações de especialistas nas áreas de Jornalismo e Publicidade, entre outras. Serão mais de 30 atividades gratuitas, entre painéis, rodas de conversa e oficinas, além de apresentações culturais.

A abertura, no dia 8, às 9h, no campus Botafogo, abordará o tema Mulheres no Brasil, Aborto e Feminicídio, com Priscila Marques (coletivo Nossa Hora de Legalizar o Aborto), Rafamon (grafiteira feminista), Ana-Maria Iencarelli; Tássia di Carvalho (diretora da Agência Is) e Pedro Schneider (diretor do coletivo Papo de Homem).

A programação completa está no site da Facha. Para participar basta comparecer ao local. Mais informações com Claudio Cotrim (coordenador do Escritório de Relações Públicas da Facha), pelo 21-996-060-467.

Adriana Barsotti faz tese premiada

Adriana Barsotti
Adriana Barsotti

Adriana Barsotti, professora de Produção de Textos Jornalísticos da ESPM-Rio, recebeu o Prêmio Adelmo Genro Filho, da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo. A honraria foi conquistada com sua tese de doutorado Primeira página: do grito no papel ao silêncio no jornalismo em rede. A entrega do prêmio será em São Paulo, em 7/11, às 19h, na Universidade Anhembi Morumbi (rua Casa do Ator, 275, Vila Olímpia).

O estudo retrata dois momentos do jornalismo. O primeiro período, entre 1875 e 1925, início da primeira página dedicada às manchetes, mostra a influência dos periódicos importantes da época, como Gazeta de Notícias, O Paiz, Jornal do Brasil, Correio do Povo e O Estado de S. Paulo, na sociedade em que, apesar do grande número de analfabetos, os jornais eram lidos em voz alta e debatidos nas ruas e nos transportes públicos. A segunda parte traz o cenário atual em que as home pages perdem relevância à medida que a navegação migra para redes sociais e Google. A população informa-se por meio de links compartilhados e mecanismos de busca e nesses ambientes são os algoritmos que fazem a seleção do que será exibido aos usuários.

Adriana pesquisou 446 capas de jornais antigas, analisou o nível de incidência entre os conteúdos publicados pelos jornais O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo em suas primeiras páginas impressas e em suas redes sociais, e entrevistou 28 jornalistas que já editaram primeira página e/ou editam home pages, entre eles Ricardo Boechat, Luiz Erlanger, Ricardo Noblat e Jânio de Freitas.

ESPM e a Columbia Journalism School promovem o 2º Seminário Internacional de Jornalismo

A ESPM e a Columbia Journalism School promovem em 15/10 o 2º Seminário Internacional de Jornalismo, que contará com as presenças do editor da Columbia Journalism Review Kyle Pope, da apresentadora do programa Entre Aspas, da GloboNews, Mônica Waldvolgel, do editor do site Catraca Livre Gilberto Dimenstein e do diretor de iniciativas latino-americanas da Columbia Journalism Ernest Sotomayor.

Além do debate sobre Democracia e Desinformação, o evento terá uma fala de abertura do presidente da ANJ Marcelo Rech e, no período da tarde, dois painéis simultâneos sobre cobertura jornalística de Educação e de Meio Ambiente. Das 8h30 às 16h30, na ESPM-SP (rua Dr. Álvaro Alvim, 123). Inscrições abertas.

Thomson Reuters Foundation lança a plataforma Stop Slavery

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A Thomson Reuters Foundation lançou em setembro a plataforma digital Stop Slavery, que já é a maior fonte de notícias e informações online sobre a escravidão moderna e o tráfico de pessoas. O objetivo do programa é ser um eixo que atende ao crescente número de indivíduos, organizações, governos, empresas e financiadores engajados nas causas.

O centro digital disponibiliza as últimas notícias nacionais e internacionais, além de investigações aprofundadas sobre escravidão e tráfico de pessoas. A plataforma dá ainda destaque a eventos relevantes em torno do assunto e documenta as pesquisas mais recentes, relatórios e anúncios de políticas de todo o mundo. Também estão disponíveis relatos de sobreviventes e especialistas no campo para inspirar a mudança.

Apoiada pelo time global do Instituto C&A, a equipe exclusiva para a criação de conteúdos da plataforma foi expandida, com o objetivo de tornar o veículo a maior fonte de notícias sobre escravidão e tráfico de pessoas no mundo. Os repórteres dedicados estarão localizados em oito países – Brasil, Índia, Camboja, Tailândia, Bangladesh, México, Reino Unido e Estados Unidos. Os novos membros têm apoio dos 50 jornalistas da Thomson Reuters Foundation em todo o mundo e de uma rede de mais de 250 freelances.

Anna Boyiazis recebe o Prêmio Alfred Fried de Fotografia 2018

Imagem vencedora
Foto de Anna Boyiazis

O prêmio de dez mil euros para a Imagem da Paz do Ano de 2018, da World Press Photo, que homenageia em seu nome o austríaco Alfred Hermann Fried, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1911, foi concedido à repórter fotográfica norte-americana Anna Boyiazis, por sua série de fotos sobre o Projeto Panje: meninas na ilha de Zanzibar.

A ilha é parte da Tanzânia e dominada por normas islâmicas, e o projeto reivindica o direito de desobedecer à proibição de nadar imposta às mulheres. O júri elogiou a matéria fotográfica de Boyiazis por mostrar, em uma história pequena, algo muito grande: o desejo de liberdade e a autoafirmação das mulheres.

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