A proposta, do deputado Carlos Bordallo (PT), estabelece a prioridade no atendimento pré-natal de mulheres ribeirinhas no Sistema de Saúde do Estado. O projeto será avaliado pelas Comissões Permanentes da Alepa e, em seguida, deve ir para votação no Plenário.
Assinada pelo diretor do Amazônia Vox, Daniel Nardin, a reportagem tem imagens em fotos e vídeos de Marcelo Lelis. Teve imagens de apoio de Márcio Nagano, edição final Ney Trindade e trilha sonora do maestro Robenare Santos. A direção de arte e diagramação de Rapha Regis e desenvolvimento web de Samuel Burlamaqui. O conteúdo possui ainda ilustração de Thai Rodrigues e mentoria e edição de Paula Perim. A revisão textual foi feita pela professora Marcela Castro e pelos alunos da Escola Estadual Antônio Lemos, de Santa Izabel do Pará.
O trabalho é resultado de bolsa do programa Early Childhood Reporting Fellowship, do The Dart Center for Journalism and Trauma, da Universidade de Columbia. O conteúdo inclui seis capítulos em texto e fotos, ilustração e um minidocumentário que está disponível no YouTube e foi exibido em março de 2024 pelo Canal Futura, em rede nacional.
Estão abertas as inscrições para o Programa de Jornalistas Internacionais (IJP, na sigla em alemão), que oferecerá bolsas para jornalistas atuarem por dois meses na redação de algum veículo midiático da Alemanha. As bolsas de estudos serão para maio e junho de 2025 e têm como objetivo fomentar as relações entre jornalistas da Alemanha e da América Latina. As inscrições vão até 17 de novembro.
O programa inclui um seminário introdutório de vários dias, de 26 a 30 de abril de 2025. Em maio e junho, os bolsistas latino-americanos permanecerão em Berlim. Depois, outro seminário será realizado em 28 e 29 de junho. A participação em ambos os seminários é obrigatória. Além disso, está prevista para o final de maio uma viagem de uma semana a duas ou três cidades da Alemanha, exclusivamente para bolsistas latinos.
Ao fim do programa, os jornalistas participantes passarão a fazer parte da rede de ex-alunos do IJP, que permanece ativa e estende a relação para além da duração da bolsa. Podem se inscrever jornalistas entre 25 e 38 anos, que estejam atuando como estagiários, redatores ou freelancer em mídia impressa, rádio, televisão ou online. Um requisito importante é bom conhecimento da língua alemã, mas bom domínio do inglês também pode ser aceito sob certas condições.
Para jornalistas da América Latina, a bolsa de estudos consiste em uma quantia de 4.000 euros. Do total, 3.500 euros serão pagos no início da bolsa de estudos, e os 500 euros restantes após a apresentação de um relatório da bolsa. Com este dinheiro, os bolsistas devem cobrir todas as despesas básicas da viagem, incluindo passagem aérea, transporte, hospedagem e alimentação. O IJP não será responsável por nenhum custo extra.
Inscrições devem ser feitas até 17 de novembro. É preciso enviar a inscrição via e-mail em formato PDF para a representação alemã de sua região. A inscrição deve conter uma carta de preferência em alemão (ou em inglês como segunda preferência), explicando motivos para participar do programa, interesse na Alemanha e meio de comunicação preferido para a estadia; currículo profissional; links para três trabalhos profissionais realizados; três tópicos a serem investigados no programa; e uma carta de recomendação do editor ou chefe do veículo onde o candidato trabalha.
Confira a lista de e-mails de acordo com a região:
Consulado Geral da Alemanha São Paulo – Estados: São Paulo, Parána e Mato Grosso do Sul. E-mail: pr-100@saop.diplo.de
Consulado Geral da Alemanha Rio de Janeiro – Estados: Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. E-mail: pr-10@rio.diplo.de
Consulado Geral da Alemanha Recife – Estados; Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. E-mail: info@reci.diplo.de
Consulado Geral da Alemanha Porto Alegre – Estados: Rio Grande do Sul e Santa Catarina. E-mail: info@porta.diplo.de
Embaixada em Brasília – Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins; além do Distrito Federal. E-mail: pr-11@bras.diplo.de
Brasil teve e tem poetas e poetisas de grande talento.
O Brasil já deu um poeta com as características de Pietro Aretino (1492-1556): Gregório de Matos e Guerra (1636-1696), o “Boca do Inferno”.
Gregório de Matos e Guerra
É muito improvável que esse Guerra nunca tenha tido conhecimento da existência do italiano Aretino. Falavam o que falavam com palavrão e tudo o mais. Eram destabocados.
Aretino tinha intimidade com religiosos da Igreja Católica e o baiano Guerra também, que chegou a ser até padre na terra onde nasceu, embora não acreditasse em Deus.
Ele escrevia coisas assim:
O Muleiro, e o Criado
tiveram grande porfia
sobre qual deles teria
mor membro, e mais estirado:
pôs-se o negócio em julgado,
e botando ao soalheiro
um, e outro membro inteiro,
às polegadas medido,
se viu, que era mais comprido
O caralho do Muleiro.
Disto Criado apelou,
e foi a razão, que deu,
que o membro então mais cresceu,
porque então mais arreitou:
logo alegou, e provou
não ser bastante razão
a polegada da mão
para vencer-lhe o partido.
que suposto que é comprido,
É feito de papelão.
Item sendo necessário,
disse mais, que provaria,
que se era papel, se havia
abaixar como ordinário:
que o membro era mui falsário
feito de um pobre quaderno,
tão fora do uso moderno,
que se uma Moça arreitada
lhe dá no verão entrada,
É para foder no inverno.
E que depois de se erguer,
é tão tardo, e tão ronceiro,
que há de mister o Muleiro
seis meses para o meter:
porque depois de já ter
aceso como um tição,
engana a putinha então,
pois pedindo a fornicasse,
lhe dizia, que esperasse
Para foder no verão
Gregório de Matos e Guerra estudou em Coimbra, de onde saiu com diploma de advogado.
Em Recife, esquecido, e agora e naquela hora da sua morte fechou os olhos acreditando em Deus. Amém.
Caio Valério Catulo
Mas é bom dizer que antes de Aretino, bem antes de Aretino, houve outro poeta veneziano de pena ferina e completamente desbocado. Seu nome: Caio Valério Catulo (84 a.C − 54 a.C).
Caio escrevia coisas assim:
Meu pau no cu, na boca, eu vou meter-vos,
Aurélio bicha e Fúrio chupador,
que por meus versos breves, delicados,
me julgastes não ter nenhum pudor.
A um poeta pio convém ser casto
ele mesmo, aos seus versos não há lei.
Estes só têm sabor e graça quando
são delicados, sem nenhum pudor,
e quando incitam o que excite não
digo os meninos, mas esses peludos
que jogo de cintura já não tem
E vós, que muitos beijos (aos milhares!)
já lestes, me julgais não ser viril?
Meu pau no cu, na boca, eu vou meter-vos.
Entre nós, brasileiros, o poeta é praticamente desconhecido. Aqui e acolá, porém, um intelectual se diverte com suas coisas.
Em 1996, a Edusp lançou à praça O Livro de Catulo. Nesse livro, do professor doutor João Ângelo Oliva Neto, lê-se com destaque:
Um poeta, quanto mais sofisticado e diverso for, mais sujeito a controvérsia: ou não se atinge a complexidade própria de sua sofisticação ou rejeitam-se, por escrúpulos de toda ordem, temas integrantes de sua diversidade. Catulo foi um desses. A julgar pela opinião de T. S. Eliot (1888-1965), era um rufião, e pela de Baudelaire, ele e seu bando eram poetas grosseiros e puramente epidérmicos, sem misticismo algum. Cícero, contemporâneo do grupo de Catulo, mais de uma vez referiu-se a eles com desdém: chamava-os pelo termo grego neóteroi, “juvenis”, com que implicava aversão não só à novidade dos poemas, mas também compreensível num louvador dos costumes dos ancestrais à juventude, supostamente temerária, daqueles poetas. Mais tarde, tachou-os de poetae noui, “poetas modernos”, e, acusando-os por não apreciar Enio, antigo poeta latino, diz serem cantores Euphorionis, expressão cujo sentido deletério é “repetidores de Euforião”, poeta grego do período helenístico.
Catulo, embora italiano de origem, gostava, como todos os intelectuais do seu tempo, de escrever em latim. Seus poemas são quase todos nessa língua, hoje morta.
Embora a inteligência artificial (IA) generativa tenha ganhado visibilidade nos últimos tempos, o uso cotidiano de chatbots ainda não é tão amplo. De acordo com o Pew Research Center, apenas um quarto dos americanos experimentou o ChatGPT da OpenAI. Diante dessa resistência, grandes empresas de tecnologia como Meta, OpenAI, ElevenLabs, Microsoft e Amazon estão investindo em uma inovação de peso: sistemas de IA com vozes personalizadas que simulam interações altamente convincentes, capazes de convencer os usuários de que estão falando com humanos reais.
A Meta, por exemplo, anunciou recentemente que licenciou vozes de celebridades como Awkwafina, Judi Dench, John Cena, Keegan-Michael Key e Kristen Bell para integrar seu Meta AI. Dessa forma, com a personalidade dessas vozes, o chatbot pode responder a perguntas, fazer piadas e interagir em conversas. Segundo Mark Zuckerberg, CEO da empresa, “a voz será uma forma muito mais natural de interagir com IA do que o texto”. Ao imitar a inflexão, ritmo e características próprias de cada celebridade, a Meta aposta em criar uma experiência em que o usuário não apenas interaja, mas sinta que está falando com uma pessoa de verdade.
Essa tendência também é adotada pela ElevenLabs, que incluiu em sua plataforma de áudio a voz de Deepak Chopra, autor renomado, e de ícones do cinema como Judy Garland e James Dean. Além de reproduzir vozes icônicas, o sistema permite aos usuários criarem clones de sua própria voz com uma amostra mínima. No aplicativo Reader, essas vozes podem ler livros, artigos ou PDFs em uma simulação que chega a enganar o ouvinte sobre a autenticidade da voz. São centenas de opções em mais de 30 idiomas, com variações tonais que reforçam a percepção de uma interação genuína.
A OpenAI também atualizou seu ChatGPT com vozes aperfeiçoadas, inclusive após uma pausa nas funcionalidades de áudio devido a uma disputa envolvendo a atriz Scarlett Johansson, que alegou uso de características vocais similares às suas. Agora, com um total de nove vozes com sotaques diversos e modulações naturais, o Modo de Voz Avançado permite conversas realistas e está disponível para assinantes do ChatGPT Plus e Team. Esses aprimoramentos criam um nível de interação em que o usuário pode se sentir em uma conversa autêntica, como se o chatbot fosse capaz de raciocinar como uma pessoa.
A Microsoft, por sua vez, incluiu novos recursos vocais em seu Copilot. Além de responder por voz, a funcionalidade “Think Deeper” promove uma análise mais detalhada e permite que o usuário interrompa ou ajuste o rumo da conversa. Ao criar uma experiência mais interativa e menos linear, a IA da Microsoft estabelece um diálogo que parece ter nuances humanas, dificultando a percepção de que se trata de um sistema automatizado.
Na Amazon, a Alexa está em processo de atualização para oferecer respostas mais naturais e expressivas. A nova versão da assistente de voz promete uma conversação que imita cada vez mais o tom humano, explorando modulações vocais e padrões de fala característicos das interações diárias. Essa tecnologia busca não apenas responder, mas adaptar o tom e o contexto para criar uma comunicação mais verossímil.
Essas inovações em IA de voz representam um passo significativo na criação de sistemas que imitam a fala humana de forma tão realista que, para muitos usuários, torna-se difícil distinguir entre uma interação com um chatbot e uma conversa com outra pessoa. O avanço desses assistentes coloca o setor de comunicação em um novo paradigma, onde a IA não apenas responde, mas participa ativamente das conversas, explorando o potencial de influência e convencimento através de uma presença vocal que cativa. Essas melhorias podem acelerar a aceitação dessas tecnologias, abrindo portas para interações mais fluidas, com impacto direto na rotina de trabalho e lazer dos usuários, que já estão sendo preparados para um mundo em que a linha entre humano e máquina está mais tênue do que nunca.
(Crédito: Aviiperu.com)
Para finalizar, vale explorar algumas considerações sobre os possíveis impactos e desafios que essas inovações em IA de voz trarão para o futuro da comunicação e da interação humana:
Implicações éticas e legais: Com a crescente capacidade dos sistemas de IA em imitar a voz humana, surgem preocupações éticas, especialmente no que se refere à privacidade e ao uso não autorizado de vozes de figuras públicas. O caso envolvendo Scarlett Johansson, que mencionou a replicação indevida de seu tom, é um exemplo relevante de como essas questões podem levantar debates legais sobre consentimento e uso de dados biométricos, incluindo voz.
Possibilidade de manipulação e fake news: Outra questão relevante é o potencial uso de IA de voz para criar deepfakes auditivos, em que vozes idênticas às de figuras públicas poderiam ser usadas para fazer afirmações falsas. Isso adiciona uma camada de complexidade no combate à desinformação e na necessidade de filtros e verificações de autenticidade. Empresas e desenvolvedores estão trabalhando em sistemas que possam identificar e combater esses usos indevidos, mas o avanço tecnológico pode tornar essa tarefa cada vez mais desafiadora.
Humanização das interfaces e efeitos psicológicos: Estudos mostram que vozes e personalidades associadas aos chatbots podem criar um vínculo emocional com o usuário, tornando as interações mais envolventes. Contudo, essa humanização também levanta questionamentos sobre o impacto psicológico de interações com uma máquina que simula empatia e resposta emocional. Profissionais de comunicação e especialistas em IA precisam avaliar o impacto dessas interações para que os sistemas sejam utilizados de forma ética e saudável para o público.
Aplicações no mercado e na experiência do usuário: Em termos comerciais, os assistentes de voz avançados já começam a transformar o atendimento ao cliente, o suporte técnico e até mesmo áreas como saúde mental, onde chatbots simulam conversas terapêuticas. Empresas de todos os setores devem observar as possibilidades que esses sistemas oferecem para melhorar a experiência do cliente, mas também devem considerar os limites e as necessidades de supervisão humana para que o atendimento mantenha a qualidade e a segurança.
Educação e capacitação profissional: O aumento do uso de IA de voz e a sua sofisticação trazem uma necessidade de capacitação para profissionais de comunicação e tecnologia, que precisam entender não só o funcionamento técnico desses sistemas, mas também suas implicações sociais. Profissionais da área devem estar preparados para lidar com o surgimento dessas novas tecnologias, compreendendo os riscos e as oportunidades que apresentam para o mercado e para a sociedade em geral.
Ou seja, temos muitas tecnologias inovadoras, mas também ainda um longo caminho até que tudo seja realmente seguro e ético.
Álvaro Bufarah
Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.
(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.
Após 25 anos no SBT, José Roberto Maciel deixará a Presidência do Grupo Silvio Santos nesta quinta-feira (31/10) para assumir a posição de CEO da CNBC Brasil, segundo informações da coluna de Daniel Castro, no Notícias da TV.
Com a mudança, o diretor financeiro Marcelo Barp ocupará a função interinamente. De acordo com nota assinada por Renata Abravanel, filha de Silvio Santos, o desligamento foi em comum acordo.
Maciel ingressou como controller do SBT em 1998, passando por diversas funções até se tornar CEO da empresa em 2011. Ele assumiu a presidência do Grupo Silvio Santos em 2022. Em 2023, Daniela Beyruti, também filha de Silvio, passou a comandar a emissora, substituindo-o no cargo.
A CNBC Brasil, novo canal focado em jornalismo de negócios que estreia em novembro, anunciou nesta segunda-feira (28/10) um time de 12 analisas e comentaristas especialistas em negócios. Os profissionais farão participações durante as 15 horas de jornalismo ao vivo na grade do canal.
O time é composto por Ad Junior, Alberto Azjental, Eduardo Vieira, Erasmo Battistella, Fabiano Rosa, Julia Lindner, Kátia Abreu, Margarete Coelho, Pedro Lupion, Rafael Valim, Vinicius Torres Freire e Walfrido Warde.
Ad Junior focará nos temas de Economia e Inclusão. Comunicador, empresário e diretor geral do Super Finanças, é palestrante sobre combate ao racismo.
Alberto Azjental fará parte do time de analisas de Economia. É especialista em estratégia e gestão e atuou em incorporadoras, fundos imobiliários e lidera uma empresa patrimonialista há 14 anos.
Eduardo Vieira focará em Tech, Mídia e Inovação. É Chief Communications e Marketing Officer do SoftBank para a América Latina. Especialista em estratégias que valorizam marcas e reputações.
Erasmo Battistella vai comentar o tema Energia Sustentável. Especialista em bioenergia, é um dos maiores empresários do agronegócio brasileiro.
Fabiano Rosa analisará tópicos sobre Diversidade e Negócios. É advogado e empresário especializado em Compliance Antidiscriminatório e Gestão de Crises, referência em temas de discriminação e inclusão.
Julia Lindner será comentarista de Economia e Política. Jornalista, tem dez anos de cobertura jornalística em Brasília, com trabalhos nos jornais Estadão, O Globo e Valor Econômico.
Kátia Abreu, ex-ministra da Agricultura, deputada federal e senadora pelo Tocantins, comentará o tema Transição Energética. Foi também presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
Margarete Coelho analisará temas relacionados ao Empreendedorismo. É diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional e advogada e doutora em políticas públicas. Foi vice-governadora do Piauí.
Pedro Lupion focará em Agrobusiness. Empresário e político, é atualmente presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária.
Rafael Valim comentará Direito & Negócios. Especialista em Direito Público e Direito Empresarial, atua em universidades na Europa e América Latina.
Vinicius Torres Freire, colunista da Folha de S.Paulo, analisará temas de Economia e Política. Foi secretário de Redação e editor de Economia na mesma Folha, e atuou também como ex-correspondente em Paris.
E Walfrido Warde focará em assuntos de Direito e Negócios. Jurista e empresário, é autor de obras sobre direito e economia.
Foram anunciados em 24/10 os vencedores do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde 2024, que premia trabalhos jornalísticos sobre temas relacionados à saúde e à ciência. Ao todo, 811 trabalhos foram inscritos nas três categorias do prêmio, com o Brasil sendo vitorioso em uma delas.
Na categoria Jornalismo Digital, os vencedores foram Amazônia Vox e Canal Futura, pela reportagem Desafios e soluções para melhorar a cobertura pré-natal em comunidades ribeirinhas na Amazônia. Ela foi produzida por Daniel Nardin, Marcelo Lélis, Márcio Nagano, Ney Trindade, Robenare Marques, Thai Rodrigues, Rapha Regis, Samuel Burlamaqui, Paula Perim e a professora Marcela Castro, com alunos da Escola Antônio Lemos.
Em Jornalismo Sonoro, El hilo (Estados Unidos) ganhou com o podcast Deportadas y embarazadas: o drama das mulheres haitianas na República Dominicana, realizado por Mariana Zúñiga, Silvia Viñas, Daniel Alarcón, Eliezer Budasoff, Bruno Scelza, Elías González e Remy Lozano. El Mundo (Espanha) levou em Cobertura, com o trabalho Onze Vidas, de Yaiza Perera, Santiago Saiz, Rebeca Yanke e Rafael Álvarez.
Jornalistas da Editora Três, responsável pela publicação das revistas Dinheiro Rural, IstoÉ, IstoÉ Dinheiro e Motor Show, seguem em greve após ao menos três quinzenas de salários atrasados. Os profissionais entraram em estado de greve na última quinta-feira (25/10) e seguem assim neste início de semana, após assembleia sem solução na sexta-feira (26/10).
Segundo informações do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), a Editora Três, em recuperação judicial pela segunda vez, passa por grave crise econômica e administração financeira instável. Segundo a entidade, os problemas incluem não pagamento de salários, FGTS e outras obrigações trabalhistas; suspensão da impressão das revistas devido ao não pagamento da gráfica; e não quitamento de débitos com agências de notícias e imagens, o que prejudica a edição das publicações.
O SJSP denunciou que até a internet da redação foi cortada por falta de pagamento. Fontes ouvidas por este Portal dos Jornalistas, que confirmaram a informação, denunciaram que a editora faz a cada semana uma proposta de quitação das dívidas aos profissionais, mas acaba não cumprindo. Destacam ainda que, em meio aos problemas financeiros e falta de pagamento de salários e direitos trabalhistas, quase todos os jornalistas da Editora Três são contratados em esquema Pessoa Jurídica (PJ).
Esta é a terceira greve na editora em menos de dois meses. Segundo o Sindicato, nas últimas semanas, a empresa só conseguiu colocar a IstoÉ nas bancas graças à colaboração de três ou quatro editores da revista, que decidiram não aderir à greve.
O Portal dos Jornalistas entrou em contato Caco Alzugaray, presidente da editora, para ouvir o lado da empresa, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. Caso haja resposta, a matéria será atualizada.
O repórter Paulo Motoryn, do Intercept Brasil, recebeu ameaças judiciais da defesa do prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, após a publicação de uma reportagem que investiga a ligação de Nunes com Osvaldo Cavalcante Maciel, empresário condenado por desvios no Banco do Brasil em 1995.
A série Endereços, do site De Olho nos Ruralistas, revelou uma suposta ligação entre Maciel e Ricardo Nunes. Uma das reportagens ouviu de um ex-vizinho de Nunes que o prefeito era empregado de Maciel. Motoryn resolveu apurar, analisou processos judiciais e administrativos que tratavam da fraude, e conseguiu contato com Julianno Maciel, filho de Osvaldo. Questionado sobre a relação de seu pai com Nunes, ele confirmou que o prefeito foi funcionário de Maciel.
Depois disso, o repórter do Intercept Brasil entrou em contato com a assessoria de Ricardo Nunes e fez algumas perguntas sobre a relação do prefeito com Maciel, como “por quantos anos o prefeito trabalhou com Maciel?”, “Qual função?” e “Entre 1994 e 1996, o prefeito foi remunerado com parte do patrimônio de Maciel?”.
Em resposta aos questionamentos, Motoryn recebeu uma nota, assinada pelo advogado criminalista Daniel Bialski, acusando o repórter e o Intercept Brasil de calúnia e difamação, e anunciando que Nunes entrará na Justiça contra “os autores, asseclas e participes das acusações falsas”.
“O site Intercept Brasil procurou a campanha de Ricardo Nunes, com acusações graves, caluniosas e totalmente infundadas que tentam vincular o prefeito a um escândalo de fraude bancária ocorrido em meados da década de 1990”, diz a nota. “A defesa adianta, inclusive, que vai ingressar, imediatamente, na Justiça, e adotará as medidas criminais contra os autores, asseclas e participes das acusações falsas, caluniosas e inescrupulosas que procuram de forma criminosa envolver Nunes em algo que não tem qualquer relação com a sua história ou com seus atos”.
A defesa de Nunes também afirmou que a reportagem teria “mandantes”: “Buscaremos a condenação por esses crimes também dos aloprados que atuam como mandantes dessa tentativa desesperada de tumultuar e manchar a reputação e a dignidade do prefeito – uma farsa que fere a democracia e desrespeita os eleitores”.
Na reportagem, Motoryn explicou que a história ainda estava em apuração e que mandar perguntas é um passo básico do processo. Destacou também se tratar de um assunto de interesse público, envolvendo um governante de São Paulo e candidato à reeleição.
Em nota, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiaram as ameaças judicias. As entidades destacaram que “o jornalismo investigativo é fundamental para garantir a transparência e o controle social sobre o poder público”.
A SEC Newgate, grupo de comunicação estratégica e advocacy, com sede em Milão, Itália, com mais de 1.300 profissionais em 60 escritórios distribuídos por cinco continentes e que reportou receita de U$ 103,6 milhões no primeiro semestre deste ano, anunciou na última semana a contratação de Thyago Mathias como seu vice-presidente de advocacy e assuntos públicos para Brasil e América Latina.
O objetivo é a expansão da rede na região, em especial para os mercados de Brasil, México, Argentina, Chile, Peru e Panamá. Esse novo movimento da SEC Newgate se dá cerca de 2 anos após o grupo ter adquirido a agência another, também com forte atuação no continente. E 7 anos após iniciar as operações na região, por meio de escritório na Colômbia, país onde hoje é vice-líder de mercado.
Thyago foi por quase 3 anos diretor-geral da LLYC, inicialmente do Brasil e no período final, para a América Latina. Esteve também, por pouco mais de 1 ano e meio, na FTI Consulting, como diretor sênior e senior advisor. No período em que atuou na imprensa, foi correspondente do portal g1 da TV Globo no Oriente Médio, baseado no Egito, e repórter especial de política no UOL.