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segunda-feira, dezembro 8, 2025

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Gilmar Mendes suspende MP que desobrigava publicação de licitações em jornais

Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, do STF, suspendeu em 18/10 os efeitos da Medida Provisória (MP) 896, que retira a obrigação de publicar informações sobre licitações, tomadas de preços, concursos e leilões de órgãos da administração pública em jornais diários de grande circulação.

Gilmar acatou ação protocolada pela Rede Sustentabilidade, que argumentava que a MP “poderia desestabilizar uma imprensa livre e impedir a manutenção de critérios basilares de transparência e ampla participação no âmbito das licitações”.

Em nota, a Associação Nacional de Jornais reiterou que a medida atinge “pequenos e médios jornais no interior do País, onde já começam a se formar os chamados desertos de notícias”.

Ciente dessas informações, Mendes determinou que a MP não gere efeitos até ser analisada pelo Congresso Nacional.

Germano de Oliveira é o novo diretor de Redação da IstoÉ

Germano de Oliveira

Antonio Carlos Prado passa a diretor de Edição. Sérgio Pardellas, que estava no comando editorial, aceitou convite da revista Crusoé e está regressando a Brasília

A direção da Editora Três anunciou nesta segunda-feira (21/10) alterações no comando editorial de sua principal publicação, a revista IstoÉ. Sai Sérgio Pardellas, que aceitou convite para regressar a Brasília e integrar o estafe editorial da revista Crusoé, e sobem, para a posição de diretores, Germano de Oliveira, novo diretor de Redação, e Antonio Carlos Prado, diretor de Edição.

Ambos eram até então editores executivos da revista, por enquanto sem substitutos anunciados. A mudança já está valendo e foi comunicada pelo presidente da empresa, Caco Alzugaray, e pelo diretor editorial Carlos José Marques.

Morreu Carlos Nobre, o jornalismo a serviço da causa da afrodescendência

Carlos Nobre. Foto: Ernesto Carriço (Agência O Dia)

Carlos Nobre, professor da PUC-Rio, morreu no Dia do Professor (15/10). Tinha 66 anos, era diabético e teve sucessivas paradas cardíacas. O enterro foi nesta quarta (16), no cemitério de Irajá. A família dispensou o velório e as orações e homenagens foram feitas no momento do sepultamento.

Formado em Jornalismo, Nobre era mestre em Ciências Penais pela Universidade Cândido Mendes e pesquisador do Nirema – Núcleo Interdisciplinar de Reflexão e Memória Afrodescendente, do Departamento de História da PUC. Trabalhou em O Dia, Jornal do Brasil e Estado de S. Paulo.

Repórter atento, especializou-se na cobertura do Judiciário e, por isso, foi capa da revista Lide no final dos anos 1990, então editada pelo Sindicato dos Jornalistas do Município. Considerava o Brasil o “país com maior número de afrodescendentes na diáspora”, e foi porta-voz da causa nas pautas, nas palestras e nos livros que publicou.

Ultimamente, estava empenhado em ajudar a Escola de Samba Grande Rio, em Duque de Caxias, no enredo para o Carnaval de 2020, com base em seus trabalhos sobre o pai de santo Joaozinho da Gomeia.

Conheça os vencedores do Prêmio Abear de Jornalismo 2019

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) divulgou em 18/10 os vencedores do 7º Prêmio Abear de Jornalismo, nas categorias Cargas, Competitividade, Experiência de Voo, Imprensa Setorizada, Inovação e Sustentabilidade, e Prêmio Especial Asas do Bem e Responsabilidade Social, além do Prêmio Especial Regional, que reconhece a melhor produção jornalística de fora das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

O Grande Prêmio Abear de Jornalismo só será conhecido na cerimônia de premiação, em 6/11, em Brasília. Ele contemplará um dos demais vencedores, à exceção dos das categorias Prêmio Especial Asas do Bem e Responsabilidade Social e Prêmio Especial Regional.

Confira os vencedores:

Cargas

A morte pede caronaGuilherme Eler (Revista Superinteressante – São Paulo)

Competitividade

Mudanças na aviação Mariana Clemente Jungmann (TV Brasil – Brasília)

Experiência de voo

90 anos da Panair do BrasilFlávia Freitas Gomes (GloboNews – Rio de Janeiro)

Imprensa setorizada

Especial Aviação ComercialEdmundo Ubiratan Fernandes (Revista Aeromagazine – São Paulo)

Inovação e sustentabilidade

Asas cortadasRafael Battaglia Popp (Revista Superinteressante – São Paulo)

Especial Asas do bem e Responsabilidade Social

Transplante no Brasil: Um voo de esperançaSuely Frota Bezerra (TV Assembleia – Fortaleza)

Especial regional

Apagar das luzes depois de seis décadasJéssica Rebeca Weber

(Zero Hora – Porto Alegre)

Acelerador de Notícias apresenta primeiros resultados

Facebook para Jornalistas
Facebook para Jornalistas

Desenvolvido em parceria com o Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, na sigla em Inglês), o Acelerador de Notícias Locais, projeto do Facebook para apoio do Jornalismo, já começa a apresentar os primeiros resultados às publicações participantes. Em apenas um mês, foram registrados 300 mil novos acessos e 900 mil pageviews, além da média de dois mil novos assinantes de newsletters por semana.

O programa de 12 semanas tem o objetivo de apoiar veículos de notícias locais para tornar seus modelos de negócio mais sustentáveis, ajudando a encontrar novos públicos, fidelizar audiências e potencializar receitas. Dez veículos de diferentes estados, representando todas as regiões do País, participam do programa. Foram selecionados: A Crítica (AM), A Gazeta (ES), Correio (BA), Correio do Estado (MS), Estado de Minas (MG), Gazeta do Povo (PR), Jornal do Commercio (PE), NSC Total (SC), O Popular (GO) e O Povo (CE).

AutoData, Automotive Business e Webmotors vencem SAE Brasil de Jornalismo

Foram anunciados em 16/10, durante a Fenatran 2019, os vencedores do 13º Prêmio SAE Brasil de Jornalismo. O concurso, direcionado a reportagens sobre tecnologia da mobilidade nos modais automotivo, aeroespacial, ferroviário e naval, destacou 15 trabalhos nas categorias Impresso, Eletrônico e Vídeo.

Na categoria Mídia Impressa, André Barros e Marcos Rozen, da Revista AutoData, ganharam com a reportagem Beca e crachá. As duas menções honrosas foram para Rodrigo Ribeiro (Quatro Rodas) e Diogo de Oliveira (Autoesporte), enquanto os dois destaques ficaram com Adair Santos (Jornal NH) e José Antonio Leme (Jornal do Carro/Estadão).

Em Mídia Eletrônica o prêmio principal foi para Pedro Kutney, do portal Automotive Business, pela reportagem Veículos Euro 6 no Brasil enfrentarão dificuldades. Receberam menções honrosas nessa categoria Gabriel Francisco Ribeiro (UOL) e Tarcísio Dias (Mecânica Online), e os destaques ficaram com Elton Alisson de Moura (Agência Fapesp) e Henrique Koifman (blog Rebimboca/O Globo).

E na recém-criada categoria Vídeo, o primeiro lugar foi para Isadora Carvalho, da Webmotors, pela reportagem Preparador deixa antigos com conforto de carro novo. As menções honrosas foram para Alexandre Akashi (O Crítico Automotivo) e André Paixão (G1), e os destaques, para Carolina Villacreces e equipe, do programa Via Legal (TV Cultura / TV Justiça / TV Brasil), e Rafaela Borges, do canal do Jornal do Carro/Estadão no YouTube.

Jurados – Integraram o júri desta edição do SAE Brasil de Jornalismo Fernando Calmon (Alta Roda e Os Especialistas), Décio Costa (AutoIndústria) e Ricardo Simões de Abreu (SAE Brasil).

Abraji apoia Guga Noblat após ataques de deputado

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) emitiu nota nessa quinta-feira (17/10) manifestando solidariedade a Guga Noblat (Jovem Pan) pelo ataque do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que, na quarta-feira (16/10), na Câmara dos Deputados, arremessou o celular dele no chão e ameaçou agredi-lo.

Na nota, a Abraji condena a atitude de Daniel Silveira e reitera que tais agressões representam uma afronta à Constituição: “A agressão a um jornalista que está no exercício da profissão é absolutamente incompatível com a Constituição Federal, que o deputado jurou cumprir ao assumir o cargo, e um atentado direto à democracia que lhe garante o mandato. Um deputado federal deve ‘tratar com respeito (…) os cidadãos com os quais mantenha contato no exercício da atividade parlamentar’, como determina o Código de Ética da Casa, independentemente do tipo de questionamentos a que seja submetido”.

A entidade também relembra que não é a primeira vez que o deputado Daniel Silveira ataca jornalistas, cobrando providências da Câmara dos Deputados: “Em 20 de setembro ele amplificou peças de desinformação sobre a revista AzMina, intensificando ataques virtuais às jornalistas que lá trabalham. A Câmara dos Deputados deve tomar providências para determinar se houve infração ao decoro parlamentar e aplicar as sanções cabíveis”.

Leia a nota na íntegra.

Central Press inaugura unidade no Reino Unido

Lorena Nogaroli e Claudio Stringari

Logo depois de completar 21 anos de atividades no Brasil, a Central Press amplia suas atividades no Reino Unido. A agência de comunicação corporativa paranaense, que desde 2013 mantinha na Europa uma aliança estratégica com sua congênere Agency Brazil, tem agora uma operação própria em Londres, ao lado do Brondesbury Park, no norte da cidade.

Registrada na Companies House do Governo Britânico em 16 de setembro passado, a Central Press UK  inicia a operação com clientes locais: Oxitec, empresa fundada em 2001 como uma spinout da Universidade de Oxford e que atua na área de biotecnologia; e a fabricante de chuveiros Triton, que está ampliando suas atividades no Brasil.

Fundada em Curitiba por Lorena Nogaroli e Claudio Stringari, a Central Press foi eleita em 2016 a melhor agência de comunicação corporativa do Sul e uma das Top 10 do País no prêmio Top Mega Brasil / MaxPress, além de ganhar sete prêmios Aberje.

Roseann Kennedy deixa a TV Brasil e começa no SBT

Roseann Kennedy e Fernando Rodrigues

Roseann Kennedy é a nova editora-chefe do programa Poder em foco, apresentado no SBT por Fernando Rodrigues. Ela deixa a TV Brasil depois de três anos como apresentadora e entrevistadora. Sobre o trabalho atrás das câmeras, novo para ela, comentou em entrevista ao Comunique-se: “Mantenho o hábito de acompanhar, pessoalmente, discussões e votações no Congresso, conversar com autoridades e buscar informações em primeira mão”.

De volta ao SBT, em que já foi repórter, passou 13 anos na CBN, lá conquistando o prêmio Mulher Imprensa na categoria Melhor repórter de rádio. Publicou, em coautoria, o livro Jornalismo e publicidade no rádio: como fazer.

Foi comentarista da GloboNews e esteve por último na TV Brasil, como apresentadora e entrevistadora, entre outras funções, no comando do programa Conversa com Roseann Kennedy. Ali, pela natureza de sua contratação (livre provimento), não será substituída. As entrevistas do programa Impressões serão feitas por Katiuscia Neri, âncora do telejornal Repórter Brasil.

No SBT, o programa Poder em foco, de entrevistas com personalidades da política brasileira, foi descontinuado em 2018. Mas reestreou há poucas semanas, numa segunda fase. A parceria com o novo apresentador, Fernando Rodrigues, diretor do premiado site Poder360, sinaliza uma tendência da emissora para levar seu jornalismo a outras plataformas além da telinha.

Extinction Rebellion desenvolveu uma poderosa máquina de gerar fatos e imagens

Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia

Luciana Gurgel

Mais de 60 cidades em vários continentes viveram transtornos nos últimos dias devido à ação do grupo Extinction Rebellion, ou XR, nascido em Londres. Importantes ruas do centro da capital britânica foram bloqueadas por manifestantes preocupados com os efeitos da mudança climática. O ato foi programado para durar duas semanas.

A forma de ação do grupo coloca em pauta as estratégias das organizações dedicadas a lutar por uma causa. Qual é a melhor maneira de transformar a sociedade? Eventos espetaculares? Lobby sobre quem decide? Engajamento pelas redes sociais? Boicotes a marcas? Protestos violentos?

O Extinction Rebellion escolheu como caminho manifestações pacíficas, mas que causem um impacto enorme na vida das pessoas, com altíssima visibilidade. Eles paralisam ruas e pontes, montam acampamentos, acorrentam-se a postes, colam-se ao chão para resistir à polícia e fazem barulho com batucadas e megafones.

Críticos denunciam a falta de diversidade do movimento, liderado por pessoas brancas de classe alta. Criticam o aumento do consumo de energia causado pelos bloqueios. Ou as exigências quase impossíveis de serem atendidas, como a de zerar o saldo de emissões de carbono até 2025 no Reino Unido.

Mas o Extinction Rebellion “pegou”. Impressionante a quantidade de pessoas de diferentes idades, origens e formações marchando pelas ruas de Londres, sob chuva e frio, muitas acomodadas em acampamentos improvisados. Apesar dos transtornos, uma pesquisa do Instituto YouGov feita no primeiro dia apontou aprovação superior a 40% nas faixas etárias de 18 a 24 e 25 a 49 anos.

Muita gente está se debruçando sobre o XR para entender os fundamentos da estratégia que vem dando certo. E que podem servir como parâmetro para outras organizações.

Uma interessante análise sobre a forma de ação do grupo foi publicada pela Tortoise Media. Um de seus fundadores, entrevistado pela publicação, é um pós-graduando de 53 anos que pesquisa movimentos de protesto. Sinal de que não se trata de um ajuntamento de adolescentes idealistas, e sim de uma estrutura planejada por gente qualificada.

Foi destacado o mecanismo para engajar não-iniciados em causas sociais. A fim de atrair gente da classe média britânica que nunca foi a um protesto, optaram por um discurso capaz de sensibilizar pessoas comuns: o futuro das crianças. Apelo eficiente para as próprias crianças e também pais e avós. E suficientemente vago para acomodar uma vasta gama de preocupações individuais – do desmatamento da Amazônia à perfuração do solo britânico para extração de gás.

Uma estrutura descentralizada, composta por pequenas unidades autônomas, favorece o engajamento. Segundo o Tortoise Media, o XR inspirou-se em um modelo utilizado na Guerra Civil Espanhola. São grupos em torno de dez pessoas, que não precisam de autorização prévia de um “comando central” para se unir e protestar. Basta aderir aos dez princípios do grupo.

Estima-se que existam cerca de 500 unidades em 72 países, sendo mais de 100 no Reino Unido. Mas esse pessoal não fica solto por aí. Há uma sofisticada estrutura quase empresarial para assegurar o alinhamento. Quem trabalha ou já trabalhou em multinacionais ou empresas que operam via franquia sabe o que é isso.

Coordenadores regionais supervisionam as unidades. Recém-chegados recebem treinamento antes dos protestos, principalmente sobre como não utilizar violência. Veteranos fazem simulações ensinando como se relacionar com a Polícia caso sejam abordados.

O modelo tecnológico que faz essa estrutura rodar foi escrutinado pela revista Wired. Para a comunicação em larga escala, começaram com o WhatsApp mas agora estão migrando para o Telegram, devido à segurança e à limitação de grupos de até 256 participantes na rede mais popular. Dentro dos grupos, empregam o Signal (uma alternativa ao Facebook) e o Matter Most.

A ferramenta de treinamento antes dos protestos é a plataforma Zoom. Planos de trabalho e documentos de referência estão no Google Drive. Há orientações de segurança de dados para os que participam dos protestos – incluindo a de usar um aparelho alternativo que possa ser inutilizado caso apreendido pela Polícia.

Do ponto de vista de comunicação, o Extinction Rebellion desenvolveu uma poderosa máquina de gerar fatos e imagens, com atos simultâneos em vários locais disseminados por um exército de voluntários. O pacifismo dos protestos ajuda a criar uma imagem simpática, distante da agressividade de outros grupos ambientalistas que se notabilizaram por atos violentos.

Até a prisão dos ativistas virou material para alimentar essa máquina. Em um lance genial, o Extinction Rebellion transformou os presos em heróis da causa. São aplaudidos, gerando simpatia. E deixando a Polícia constrangida, parecendo estar involuntariamente fazendo parte de um bem orquestrado teatro em que os manifestantes é que são os protagonistas.

O capital de imagem e a capacidade de mobilização do Extinction Rebellion são altos nesse momento. Seu profissionalismo é superior ao de grupos mais heroicos e menos organizados. O modelo descentralizado pode dar mais agilidade e eficiência em comparação a ONGs com estruturas mais pesadas.

O desafio será manter essa bola no alto. E conseguir vitórias reais que possam validar o modelo.

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