Com o fechamento do centenário Comércio do Jahu, no início de maio, quatro dos profissionais que integravam a Redação do jornal (os repórteres Ricardo Recchia e Estela Capra, a editora-chefe Bianca Zaniratto e diretora de Redação Ana Karina Victor) uniram-se à agência Grupo Big para desenvolver um portal de notícias da cidade e região, Notícias de Jaú, que começará a operar em breve.
Segundo Karina, o portal trará os principais fatos relacionados ao cotidiano, assim como reportagens sobre política, esportes e cultura da cidade e região, além dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo: “O objetivo do Notícias de Jaú é levar ao leitor, pelo site e redes sociais, os principais acontecimentos em Jaú e região, com informações completas, com ética e responsabilidade”.
O internauta já pode acompanhar as primeiras publicações do Notícias de Jaú pelo Facebook.
Os jornalistas alagoanos decidiram nessa segunda-feira (24/6) entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após uma assembleia da categoria que aconteceu no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL), no bairro do Farol, em Maceió. O motivo é a redução do piso salarial dos jornalistas em Alagoas, que atualmente é de R$ 3.565,27. De acordo com proposta apresentada pelas empresas, esse valor seria reduzido em 40%, o que daria pouco mais de R$ 2.100.
A assembleia contou com representantes do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) e da Fenaj. A reunião também contou com a presença de estudantes de Jornalismo, que reivindicaram melhores remunerações para os estagiários de Alagoas.
No encontro, Izaías Barbosa, presidente do Sindjornal, comentou que três profissionais da Gazeta de Alagoas – Yasmin Pontual, Giovanni Luiz e Cleide Oliveira – entregaram os cargos de chefia no local em apoio ao movimento dos trabalhadores da imprensa alagoana. Eles foram muito aplaudidos.
Se no Brasil vive-se sob a ameaça da violência urbana, em boa parte do mundo é o terrorismo que assombra. Para entender esses dois fenômenos, nada melhor do que as lições de um dos mais premiados jornalistas investigativos britânicos, Iain Overton.
Iain Overton
Ele vem pesquisando o flagelo
provocado por essas formas de violência desde 2015, quando lançou seu primeiro
livro, Gun Baby Gun, aberto com uma
pungente descrição do assassinato de uma mulher na periferia de São Paulo.
Seu novo livro, The Price of Paradise, mergulha no
universo dos terroristas suicidas. Em uma conversa na Associação de
Correspondentes Estrangeiros em Londres, Iain destacou números impressionantes:
mais de 250 mil pessoas já morreram vítimas desse tipo de atentado, 40% das
quais nos últimos cinco anos. Sete entre dez dos piores atos terroristas
ocorridos entre 2011 e 2018 foram perpetrados por suicidas.
O trabalho de Overton é mais do
que uma extensa reportagem. É uma aula de história. Começa pelo que classifica
como o primeiro ataque suicida, que vitimou o Tsar Alexander II na Rússia, em
1881. Passa pelos kamikazes japoneses
a partir de 1944 – na batalha de Okinawa foram 1.465 ataques – até chegar aos tempos
recentes, discorrendo sobre as principais organizações extremistas como Estado
Islâmico, Al-Qaeda, Taliban e Boko Haram.
O livro tem narrativa de novela,
com personagens reais e situações descritas de forma pictórica. Há passagens chocantes, como as do uso de
pessoas com deficiência para ataques. Os relatos impressionam. Em cada
história, Iain mostra a vida por trás dos atos que por vezes merecem poucas
linhas nas editorias internacionais dos jornais.
Bons exemplos são o caso do terrorista
iraniano de 13 anos convertido pelo regime em símbolo de martírio em 1980, a
ponto de ter a fisionomia estampada em selos postais. Ou o do extremista da
Cisjordânia explicando porque decidiu tornar-se um homem-bomba.
Ele procura entender o que motiva
pessoas tão diferentes e em épocas diversas a cometer tais atos, indo além da
simplista tese do “extremismo islâmico” – comprovado pelo fato de que a
história registra terroristas suicidas coreanos, japoneses, alemães, italianos,
britânicos, indianos e norte-americanos, não ligados ao Islã. Utopia de um
mundo perfeito, militarismo, nacionalismo e sentimento apocalíptico são alguns
dos motivos.
A discussão da responsabilidade
da mídia é abordada. Overton narra o papel de títulos sensacionalistas como o
Daily Mail no estímulo ao sentimento anti-islâmico, avalia o impacto provocado
pela cobertura online de atos terroristas e a apropriação do tema pela
indústria do cinema, questionando os limites tênues entre interesse público e
exagero que alimenta posições extremadas.
Uma curiosidade levantada é a
pouca mobilização de organizações quanto ao terrorismo suicida, a despeito de
morrerem mais pessoas por esses atos do que por minas terrestres ou ataques
aéreos. Ele acredita que se torna mais fácil combater um tipo de armamento que
depende de decisão política (como banimento de certas armas) do que o universo
difuso dos homens-bomba, que se utilizam geralmente de artefatos de fabricação
caseira, usando ingredientes simples como solvente ou cloro.
Semelhanças com a violência do
Brasil –
Perguntei se existe paralelo entre os terroristas suicidas e os jovens
brasileiros que entram para o crime sabendo que terão vida curta. Ele, que
viajou por cinco estados brasileiros para entender nossa violência urbana antes
de escrever o livro sobre armas, vê linhas comuns, como o desejo de fazer parte
de um grupo – o que chama de gang
identity. Outras são a pouca importância à segurança pessoal, e a revolta
contra o estado das coisas.
“Assassinos que entrevistei no
Brasil e no Oriente médio são invariavelmente jovens de baixa renda dominados
pela raiva. Rejeitam as estruturas de poder, acham que as elites são corruptas.
Não querem estabelecer um novo mundo – sua satisfação é ver o mundo existente
destruído”, disse Iain.
Além de escrever livros e fazer
documentários, Iain transformou o discurso em prática. Fundou a organização
Action on Armed Violence (AOAV), dedicada a advogar pela redução da violência
armada. Acompanhando com preocupação os movimentos de liberalização do uso de
armas, o jornalista não tem dúvidas de que mais armas levam a mais homicídios,
mortes por forças policiais e suicídios. Com trabalhos em vários países, sua organização já atuou no
Brasil, em parceria com ONGs como Instituto Igarapé e Sou da Paz.
Seu livro recém-lançado The Price of Paradise (somente em inglês, disponível na Amazon), não é uma leitura leve. Mas vale cada página.
Por Cristina Vaz de Carvalho, editora do J&Cia no Rio de Janeiro
Pedro Só
Pedro Só é o novo editor-chefe do Reverb – vertical de música resultado da parceria da Webedia com o Rock in Rio, lançado em agosto do ano passado. Reverb é um mercado online para equipamentos de música novos, usados e vintage. Webedia é uma multinacional francesa de mídia digital, produtora de conteúdo multiplataformas, incluindo o vertical, ou vídeo para ser assistido na tela do celular. Presente em 15 países, o grupo tem quase dez sites no Brasil, e hoje é um dos maiores empregadores de jornalistas no Rio.
Pedro traz para o site sua experiência como redator-chefe de veículos especializados em música, como Billboard e Bizz. Tem passagens como repórter, crítico e editor de jornais do Rio na área de Cultura. Também atuou como editor executivo do Globoesporte.com por seis anos e participou, na Editora Abril, de projetos pioneiros na internet, como Usina do som, primeiro serviço de streaming no Brasil. Seu currículo tem ainda trabalhos como roteirista de documentários e nos dois últimos anos manteve coluna como comentarista de música do Sistema Globo de Rádio.
No Reverb, suas responsabilidades serão curadoria, coordenação do time editorial de dez pessoas, identificação de oportunidades editoriais e produção de conteúdo, além de participar da criação de projetos de branded content. “Fazer jornalismo musical é um privilégio e a forma inovadora como o Reverb trabalha o universo da música é um dos desafios mais fascinantes da minha carreira”, afirma.
Estão abertas até 9/8 as inscrições para a 12ª edição do Prêmio ESET de Jornalismoem Segurança da Informação. Os interessados podem enviar seus conteúdos sobre segurança da informação publicados em mídias regionais e inscrever-se em três categorias diferentes, de acordo com o seu enfoque profissional: imprensa gráfica, digital e multimídia. O material deve ter sido publicado entre 31 de agosto de 2018 até o encerramento do concurso, previsto para 9 de agosto de 2019. Cada jornalista pode participar com um material por categoria.
O trabalho vencedor será premiado com uma viagem ao Mobile World Congress2020, evento tecnológico que será realizado em Barcelona, na Espanha. O vencedor também terá a oportunidade de viajar para a sede da ESET na Bratislava, Eslováquia. Os prêmios serão concedidos aos vencedores de cada categoria, e haverá premiações especiais por região – Brasil, México, região Andina, região Rioplatense, região da América Central e Caribe Sul-Americano. Mais informações e inscrições no site do prêmio.
O IV Encontro eXtadão, que reúne antigos profissionais do Estadão, será neste sábado (29/6), a partir do meio dia, no Siri Beer (av. Engenheiro Caetano Álvares, 800). Desta vez, com o tema Tributo a Cecília Thompson, em homenagem à jornalista que atuou no jornal por mais de 30 anos e morreu em abril, aos 82 anos. O evento está na página eXtadão do Facebook.
Segundo a Folha, nos dias anteriores, repórteres do jornal e do site trabalharam lado a lado, pesquisando as mensagens e analisando o seu conteúdo. Além delas, o acervo inclui áudios, vídeos, fotos e documentos compartilhados no aplicativo. A Folha afirma que, ao examinar o material, a reportagem não detectou nenhum indício de que ele possa ter sido adulterado: “Os repórteres, por exemplo, buscaram nomes de jornalistas da Folha e encontraram diversas mensagens que de fato esses profissionais trocaram com integrantes da força-tarefa nos últimos anos, obtendo assim um forte indício da integridade do material”.
No texto em que anuncia a parceria, o Intercept informa que, desde antes de começar a publicar a série sobre o arquivo secreto em relação ao então juiz Sergio Moro e a Lava Jato, o site já sabia que precisaria contar com parceiros para “reportar a enorme quantidade de complexas histórias de interesse público encontradas nos materiais” e que o fato de a Folha não ter encontrado nenhum indício de adulteração “contraria as insinuações do ministro Sergio Moro, do procurador Deltan Dallagnol e de seus colegas”
O Intercept explica a decisão de firmar parceria com a Folha: “Nós sabemos que não é comum que os jornalistas compartilhem seus mais importantes furos com outros meios de comunicação, preferindo reportá-los por conta própria. Mas nós vemos o arquivo fornecido por nossa fonte como um bem público crucial, que pertence ao povo brasileiro, não apenas a nós. Decidimos compartilhar esse material com outras redações e jornalistas – e hoje anunciamos a Folha – porque nossa prioridade é informar o público da maneira mais confiável, justa e completa sobre o que esses funcionários públicos – que até ontem movimentavam um grande poder nas sombras – faziam quando acreditavam que ninguém jamais descobriria suas ações. O papel de uma imprensa livre em uma democracia é garantir que aqueles que exercem o maior poder o façam apenas com transparência, porque todos os humanos inevitavelmente abusam do poder quando lhes é permitido usá-lo no escuro. Tudo o que fizemos com este arquivo até este ponto, e tudo o que continuaremos a fazer, é dedicado a este objetivo e ao interesse público. Trabalhar em parceria com a Folha e outros meios jornalísticos ajudará o público a ter acesso e a entender esses materiais o mais rápido e com a maior responsabilidade possível”.
Notícia falsa se combate com boa informação é o slogan da campanha que o Senado lançou em 10/6, para esclarecimento sobre as fake news. A iniciativa mostra como reconhecer uma informação falsa sobre o Congresso Nacional e como o cidadão pode ajudar a impedir que uma notícia falsa se espalhe. De acordo com o órgão, as peças publicitárias serão publicadas no portal Senado Notícias e no Jornal do Senado, e veiculadas na Rádio Senado e na TV Senado ao longo de suas programações.
As redes sociais da Casa também divulgarão as peças. Todo o conteúdo terá perfil de serviço de utilidade pública, com dicas e sugestões. Nas primeiras peças, os próprios jornalistas do Senado fazem o chamamento à sociedade. Angela Brandão, diretora da Secom, ressalta que a campanha foi feita com recursos da própria estrutura do órgão legislativo e, portanto, sem custos adicionais para o contribuinte.
A Academia Brasileira de Letras promove nesta terça-feira (25/6), no Rio de Janeiro, o seminário Brasil, brasis, recebendo o editor e escritor Rogério Pereira para debater o tema O lugar da literatura na imprensa hoje. A coordenação é do acadêmico, jornalista e romancista Antônio Torres.
O evento, gratuito, será no Teatro R. Magalhães Jr. (av. Presidente Wilson, 203, Centro), às 17h30, com transmissão ao vivo pelo Portal do ABL. Mais informações no site da Academia ou no 21-3974-2500.
A 2ª Mostra de Cinema do Brasil em Lisboa tem início nesta
terça-feira (25/6), com 16 filmes, cinco curtas-metragens e a presença de
artistas e diretores. A sessão de abertura será com o filme O beijo
no asfalto, terá
entre os convidados a atriz Marjorie Estiano, protagonista do longa As
boas maneiras,e trará
como destaque o documentário Eu, meu pai e Os Cariocas, de Lúcia
Veríssimo.
Alguns dos mais recentes e premiados curtas-metragens
brasileiros também ganharão uma sessão exclusiva no festival deste ano. No
domingo (30/6), às 17h, serão exibidos os curtas O Órfão; Eu, Minha
Mãe e Wallace; Guaxuma; Mesmo com tanta agonia, e A volta para
casa.
Durante todo o período da mostra, o Cine São Jorge também
vai abrigar uma exposição do fotógrafo brasileiro Daryan Dornelles, com mais
de 100 imagens de alguns dos mais consagrados artistas brasileiros, como Chico
Buarque de Holanda, Fernanda Montenegro, Gilberto Gil, Wagner Moura e Maria
Bethânia.
A mostra, que vai até 30/6, é organizada pela Linhas Produções Culturais, unidade da Linhas Comunicação, que tem à frente Ederaldo Kosa e Fernanda Bulhões, em parceria com a Embaixada do Brasil em Lisboa e o Cinema São Jorge. O festival tem apoio da TV Globo e do portal SAPO. Mais informações no site da Linhas Comunicação.