O presidente Jair Bolsonaro revogou o edital para renovação de assinatura da versão digital de jornais e revistas da administração federal que excluía a participação da Folha de S.Paulo. O recuo ocorreu na manhã desta sexta-feira (6/12), em texto publicado no Diário Oficial da União.
O edital, publicado em 28/11, previa um gasto de R$
194.393,64 para acesso online de jornais e revistas em contratação de um ano,
prorrogável por mais cinco. A lista citava 24 jornais e dez revistas sem
incluir a Folha de S.Paulo, por determinação de Bolsonaro.
O presidente voltou atrás após críticas de entidades que defendem
a liberdade de expressão e de diversos juristas, além de ações na
Justiça. Na avaliação de especialistas, ao defender a exclusão do jornal da
concorrência e um boicote a anunciantes da Folha, Bolsonaro viola princípios
constitucionais como os da impessoalidade e moralidade.
Lucas Furtado, subprocurador-geral junto ao TCU (Tribunal
de Contas da União), por exemplo, havia entrado com uma representação na corte
pedindo a inclusão da Folha no edital. Para ele, a medida de Bolsonaro tinha
motivos que “desbordam dos estreitos limites da via discricionária do ato
administrativo”, além de ofender os “princípios constitucionais da
impessoalidade, isonomia, motivação e moralidade”.
Outro caso de retaliação oficial à imprensa muito discutido
na mídia foi a ação do prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella, que barrou
a entrada de jornalista do Globo em coletiva, na última terça-feira
(3/12).
De olho na cobertura ambiental no Brasil, a Mongabay, uma das principais agências internacionais de conteúdo sobre meio ambiente, anunciou a contratação do editor Xavier Bartaburu ([email protected]). Ao lado da editora e correspondente Karla Mendes, ele ficará responsável pela formação da nova equipe da Mongabay no Brasil, um esforço da agência americana em expandir a cobertura de temas ambientais na Amazônia e no Cerrado a partir de uma base no País.
Xavier trabalha há mais de 20 anos com temas socioambientais. Esteve por quase uma década na extinta revista Terra, onde foi editor executivo, e escreveu mais de 20 livros sobre assuntos que abrangem recursos naturais, sustentabilidade, desenvolvimento social e patrimônio cultural.
No aniversário de 20 anos do advento da internet, a Folha incumbiu o repórter Bruno Fávero de fazer matéria como se fazia 20 anos antes, quando não havia a rede mundial de computadores. Diz o texto que abre a matéria publicada no site do jornal: “Gravador portátil devidamente equipado com fita cassete e pilhas, bloco de papel, caneta e orelhão. Materiais que parecem jurássicos para jornalistas de hoje eram usados há apenas 20 anos na profissão, quando a internet ainda dava os primeiros passos no Brasil”.
Os leitores do J&Cia, principalmente os
mais jovens, hão de duvidar que alguém consiga trabalhar sem os recursos do
Google, do WhatsApp, dos e-mails, do envio imediato de textos e fotos…
Pois vou contar um segredo: fiz isso durante
pelo menos durante 20 anos. Eu e minha geração de jornalistas – além, é claro,
das gerações anteriores – fizemos não apenas uma matéria, como Bruno Fávero,
mas TODAS as nossas matérias sem os recursos disponíveis hoje em dia num
simples clique no teclado ou no mouse. Éramos os jornalistas off-line,
simplesmente porque ainda não existia a LINE.
Nossas pesquisas eram em meio a poeira, no
arquivo do jornal, o chamado banco de dados. Nossa comunicação, enquanto
estávamos na rua, era por meio de orelhões, com fichas telefônicas (os cartões
vieram muito mais tarde). Não havia internet e também não havia celulares. Às
vezes, em determinadas circunstâncias, tornava-se impossível você, da rua,
entrar em contato com a redação.
Uma dessas situações aconteceu comigo e é com
ela que pretendo ilustrar esse confronto entre épocas:
Aconteceu no Natal de 1980, 25 de dezembro.
Os presos da Penitenciária do Estado resolveram se rebelar. A imprensa toda foi
mandada para a entrada da cadeia, na avenida Ataliba Leonel, Zona Norte de São
Paulo. O chefe de Reportagem de plantão na Folha de S.Paulo era o Candinho (Cândido Cerqueira Silva) e ele me despachou para o local, mandando
que o mantivesse informado – por orelhão, é bom lembrar. A Agência Folhas, que trabalhava para
todos os veículos do grupo, mandou o repórter Jorge Zappia, meu amigo e colega de faculdade. Como estávamos em
dois carros com a mesma origem/destino, achamos melhor, por questão de
logística (plantões tinham menos veículos disponíveis), dispensar um deles
Eu achava que, justamente por ser dia de Natal,
o motim seria rapidamente dissolvido. Tinha duas fichas telefônicas no bolso e
achei que seriam suficientes.
(Sete anos mais tarde, conheci Cristina
Sant’Anna, que foi minha editora na extinta Folha da Tarde; Cris tinha uma moedeira estufada com fichas
telefônicas e a entregava ao repórter que tivesse de ir para a rua numa
situação imprevista – mas, infelizmente, como eu disse, só fui conhecê-la sete
anos depois.)
A rebelião ia se estendendo. Os repórteres
estavam confinados junto ao primeiro portão do complexo, sem qualquer
informação. Já eram quase seis da tarde quando gastei minha segunda ficha e
rodei mais de um quilômetro pelas imediações, procurando inutilmente um lugar
para comprar mais. Sem fichas telefônicas, sem comunicação com a redação – não existiam
celulares, lembram-se? – apostei na sorte de a situação resolver-se em no
máximo uma ou duas horas.
Pouco antes das nove, os repórteres puderam
chegar mais perto do portão principal e começaram a brotar as primeiras
informações: tudo estava sob controle, não havia feridos, a tropa de choque já
havia cumprido a missão e iria sair do presídio… E enquanto afirmavam que
tudo estava bem, um pastor alemão da PM passava com a boca cheia de sangue. Ou
seja, as informações reais ainda estavam para chegar…
Rebeliões em prisões nunca acabam bem. Eu não
podia abandonar o campo de batalha sem notícias mais precisas. Passava das dez
quando decidimos em comum acordo que o Zappia voltaria para o jornal com as
informações disponíveis (tínhamos apenas um carro, e ele escreveria para todos
os jornais do grupo). Pedi-lhe que, assim que chegasse, procurasse o
plantonista de fechamento da Folha de
S.Paulo – que, no dia, era o Carlinhos
Machado – e lhe informasse da situação, passando-lhe rapidamente a matéria
para o fechamento.
Era quase meia-noite quando finalmente voltei
para a redação, com informações mais completas. O Zappia ainda estava
escrevendo e me deu a má notícia: o Carlinhos disse simplesmente que o jornal
já estava fechado e que ele não esperaria o texto dele. Em vista disso, passei
algumas informações para o Zappia e fui para casa.
No dia 26 de dezembro de 1980, a Folha de S.Paulo foi provavelmente o
único jornal a não dar uma linha sobre a rebelião. Quando cheguei à redação,
tomei um esporro homérico do chefe de Reportagem Adilson Laranjeira – quem trabalhou com ele sabe exatamente do que
estou falando – e ganhei uma suspensão por não ter cumprido minha obrigação de
ter voltado para a redação a tempo de entregar a matéria para que o Carlinhos
Machado não fechasse o jornal sem a notícia. Ainda se tivesse passado pelo
telefone…
Bóris Casoy, que era o editor da Folha,
acabou abrandando minha punição: eu fora suspenso, segundo ele, porque a chefia
pensava que eu não tinha voltado para a redação depois do motim, que tinha ido
direto para casa, deixando a incumbência de escrever a matéria para o Jorge
Zappia.
Assumo parte da culpa pelo que aconteceu. Foi um pouco de inépcia de minha parte. Não poderia ter confiado na solução rápida do conflito. E devia ter-me abastecido com fichas telefônicas. Porque, afinal, não tínhamos celular ou WhatsApp…
Marco Antonio Zafra
A história desta semana é novamente de Marco Antonio Zanfra ([email protected]), que atuou em diversos veículos na capital paulista, entre eles Folha de S.Paulo, Agora, revista Manchete, Jornal dos Concursos, Folha da Tarde e Diário Popular, e, em Santa Catarina, foi editor em O Município (Brusque) e em seguida no Jornal de Santa Catarina (Blumenau). Em Florianópolis, onde reside, trabalhou em O Estado e A Notícia, na assessoria de imprensa do Detran e do Instituto de Planejamento Urbano, além de ter sido diretor de Apoio e Mídias na Secretaria de Comunicação da Prefeitura.
O Grupo Abril concluiu a venda da unidade de negócios Exame. Em leilão realizado nessa quinta-feira (5/12) em São Paulo, o banco BTG Pactual comprou a marca por R$ 72,3 milhões – que era o lance mínimo estipulado no certame.
A compra da revista pelo BTG Pactual já era esperada. Há expectativa de que a empresa transforme o título em uma plataforma de conteúdo financeiro. A operação ainda terá que ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
O jornal esportivo italiano Corriere Dello Sport usou na capa da edição desta quinta-feira (5/12) a manchete Black Friday, acompanhada de fotos dos jogadores negros Romelu Lukaku (Internazionale de Milão) e Chris Smalling (Roma), trazendo notícias e atualizações sobre o clássico entre as duas equipes, marcado para sexta-feira (6/12).
Nas redes sociais, as duas equipes envolvidas repudiaram a
ação racista do jornal. A Inter afirmou que “sempre será oposta a qualquer tipo
de descriminação”. O técnico da Roma, Paulo Fonseca, postou que “precisamos ser
mais conscientes”. Outros times italianos também se posicionaram contra o ato.
Em nota, o jornal se defendeu afirmando que as críticas
“não passam de indignação barata” e que o termo “Black Friday” foi usado “como
elogio da diferença”.
Vale lembrar que esta foi apenas uma das inúmeras
manifestações racistas que já ocorreram no futebol italiano. Diversas vezes,
torcedores direcionaram xingamentos racistas e sons de macaco para jogadores
negros, entre eles o próprio Lukaku.
A jornalista esportiva e apresentadora Glenda Kozlowski assinou contrato com o SBT na última quarta-feira (4/12). Ela comandará o programa Uma Vida, um Sonho, novo reality show da emissora, que irá ao ar nas manhãs de domingo.
O programa reunirá 22 jovens, entre 18 e 20 anos, que
sonham em seguir carreira no futebol. O vencedor fará parte de algum time da
Europa. Glenda explica que a inovação que o projeto oferece foi o que a atraiu:
“Estar à frente de um projeto que além de inovador também traz uma preocupação
com o lado social é uma honra. Eu acredito no lado democrático do esporte, na
chance, na oportunidade, e o espaço que está sendo oferecido para 22 jovens
mostrarem seu talento foi o que mais me atraiu nesse formato, será um projeto
realmente transformador”.
Glenda deixou a Globo em outubro. Uma Vida, um Sonho tem
estreia prevista para o primeiro semestre de 2020.
Após quase 17 anos como correspondente da Agência Estado e colunista do Broadcast Agro em Ribeirão Preto (SP), Gustavo Porto deixará o posto e a cobertura diária de agronegócios e economia. Em janeiro assumirá como editor do Broadcast Político em Brasília, de onde comandará a equipe na Capital Federal e em São Paulo.
No Broadcast Agro, o repórter Augusto Decker passará a cobrir o setor de açúcar, etanol e bioenergia. As outras demandas do agronegócio ficarão com equipe do Broadcast Agro, sob o comando de Jane Miklasevicius.
Perto das eleições gerais que podem destravar o Brexit, tirar o Reino Unido da União Europeia e redesenhar o mapa do continente, o país respira política. E a compra do jornal “i” pelo grupo que edita o Daily Mail no dia 29 de novembro por £ 49,6 milhões virou tema da campanha e colocou em discussão a alta concentração da imprensa no país.
Tão logo a operação foi
anunciada, Jeremy Corbyn, líder do partido Trabalhista, adversário do atual
Governo, em mãos do Partido Conservador, protestou via Twitter: “Dois barões
bilionários da imprensa agora detêm a metade dos dez principais impressos.
Lembrem-se disso quando eles atacarem os planos do Partido Trabalhista para
fazer os super-ricos pagarem a sua parte”.
O i é um jornal novo para os
padrões do jornalismo britânico, dominado por marcas históricas. Nasceu em 2010
a partir do The Independent, que em seguida deixou de ser publicado em papel.
Havia sido comprado pela Johnston Press em 2016 por £ 24 milhões, mas a empresa
entrou em dificuldades e há um ano o jornal foi para as mãos de uma empresa
criada para administrar seus bens, a JPMedia, que agora passou o título
adiante.
A manifestação de Corbyn disparou
uma sequência de comentários expressando a preocupação com a concentração. Oly Duff, editor do i, respondeu
imediatamente assegurando que a imparcialidade será mantida.
O tempo dirá. Mas de fato a
compra aumenta o poder dos grandes grupos sobre o que se lê no país. O grupo
que adquiriu o i também é dono de Daily Mail, Mail on Sunday e do gratuito
Metro. A compra eleva a circulação dos títulos em seu poder a 3,7 milhões de
exemplares, consolidando-o como o de maior tiragem no Reino Unido.
Em seguida vem o News UK, do
lendário empresário Rupert Murdoch, que supera os 3,2 milhões com The Times e
The Sun e suas edições dominicais. O Reach está em terceiro, com pouco mais de
2 milhões, tendo como carro-chefe o Mirror. Lá atrás figuram o Telegraph Media
Group, dos irmãos Barclay, com quase 550 mil exemplares, o Guardian, com 288
mil, e o Financial Times, do Nikkey, com 168 mil.
O visconde discreto – O
termo “barão da imprensa” não é figura de linguagem. O novo dono do i é mais do que um barão, na
hierarquia da nobreza. Ele é Jonathan
Harmsworth, 4º visconde de Rothermere, herdeiro do império iniciado pelo
bisavô, Harold Sidney Harmsworth, fundador do Daily Mail no século 19. Nasceu
em 1967, estudou História na Universidade Duke, nos Estados Unidos, e mantém um
estilo discreto, oposto ao de seu concorrente Murdoch.
Em um perfil escrito há três anos
por Peter Preston, colunista de
mídia do Guardian – falecido em 2018 –, Lord Harmsworth é apontado como um dono
que não interfere nos jornais, dando liberdade aos editores. O artigo destaca
que títulos do grupo mantiveram posições opostas sobre o Brexit. A aquisição foi bem recebida pelo Sindicato, já que
assegura a manutenção dos empregos, ameaçados quando os antigos proprietários
enfrentavam dificuldades.
Campanha quente, imprensa na
berlinda – Mas essa não é a única controvérsia envolvendo a
imprensa durante a campanha política aqui. Decisões editoriais têm desagradado
a gregos e troianos.
A BBC teve que se desculpar por
ter cortado risos e aplausos da plateia em um trecho da cobertura do debate
eleitoral em que o primeiro-ministro Boris Johnson ouvia uma pergunta sobre a
importância de falar a verdade na política. A edição foi considerada imprópria
porque a expressão do público era relevante no contexto.
Também o Channel Four foi
alvejado por reclamações no Ofcom, órgão regulador da imprensa, ao substituir o
primeiro-ministro e o líder do partido Brexit, Nigel Farage, por esculturas de
gelo no debate sobre mudança climática a que ambos se recusaram a comparecer. O
Partido Conservador chegou a dizer ao BuzzFeed que revisaria a licença do
canal. Vai ser difícil, pois a reclamação não foi acatada pelo Ofcom.
Mas os partidos políticos também
têm dado a sua contribuição para a controvérsia. O Conservador, comandado pelo
ex-jornalista Boris Johnson, teve sete anúncios retirados do ar pelo Facebook
por utilizarem clipes de profissionais da BBC sem autorização, entre eles a
popular editora de política Laura
Kuenssberg.
Os trechos pinçados pelo partido
mostravam falas verdadeiras sobre a confusão do Brexit, que foram ao ar no jornalismo da emissora. Ao final entrava
a mensagem do partido: “Acabe com o caos no Parlamento, vamos fazer o Brexit”, dando a nítida impressão de que
a jornalista havia gravado para a peça publicitária.
Nem o moderninho
Liberal-Democrata, que se opõe ao Brexit
e tem uma líder de 39 anos, escapou da polêmica. Ele foi um dos que produziu
material de campanha simulando capas de jornais regionais, provocando severas
críticas da News Media Association, que congrega os veículos. Jo Swinson,
candidata do Lib-Dem, defendeu a prática argumentando que é “antiga como as
montanhas”. Mas o CEO da organização, David Dinsmore, discordou do que
classificou como tentativa de enganar o eleitor utilizando a credibilidade dos
títulos.
Em tempos de alta polarização,
não está fácil ser editor nem marqueteiro de campanha por aqui.
A TV Cultura inaugura agora em dezembro três estúdios para a produção de conteúdo em Libras, closed caption (legendas) e audiodescrição, a fim de aumentar e melhorar a acessibilidade de pessoas com deficiência ao que é produzido na emissora.
Segundo informações do Meio&Mensagem, os estúdios também serão acessíveis a deficientes e, mais para a frente, disponíveis para uso do mercado audiovisual em geral. A emissora já tem programação acessível, mas agora disporá um espaço totalmente votado à questão, segundo o diretor de Programação Del Rangel: “Assim como os estúdios de gravação, teremos em breve estúdios capazes de realizar todas as etapas necessárias para tornar a programação acessível, não sendo mais necessário qualquer recurso externo ou terceirizado”.
A emissora tem um núcleo de acessibilidade com 51 integrantes, que produzem o conteúdo acessível. Para Del Rangel, “um núcleo totalmente voltado à acessibilidade da programação é incluir toda a comunidade que fica à margem desse processo na programação de outras emissoras. Dessa forma, a decisão de criar esses estúdios passa por isso”.
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, afirmou esta semana que não vai mais responder a O Globo quando o jornal solicitar informações, porque é sempre para falar mal. Conforme notícia do UOL, que reproduziu postagem da Prefeitura no Twitter, o jornal é um “panfleto político quando seus interesses comerciais não são atendidos”. O motivo dessa “queda de braço” é a série de reportagens que o jornal vem publicando: uma acusação de recebimento de propina para liberar verbas para empresas credoras da Prefeitura.
Na tarde dessa terça-feira (3/12), o prefeito proibiu a entrada de repórter e fotógrafo do Globo numa coletiva para apresentar a programação do Réveillon, um dos principais eventos turísticos do Rio. Logo ao chegar, ainda na portaria, a equipe foi avisada de que não poderia subir para o quarto andar, onde seria a coletiva, e que não fora convidada. Em solidariedade, os profissionais de outros veículos do Grupo Globo que lá estavam – TV Globo, GloboNews, G1 e CBN – com eles se retiraram.