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terça-feira, dezembro 16, 2025

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Editora Globo é premiada no INMA Global Media Awards

Rio Gastronomia, iniciativa de O Globo (Editora Globo), venceu a categoria Melhor uso de um evento para construir uma marca de notícias no Prêmio INMA Global Media Awards 2020. O projeto multiplataforma oferece notícias sobre gastronomia, além de shows, aulas, palestras, workshops, feiras de produtores e dicas de restaurantes, bares e food trucks no Rio de Janeiro

Outras publicações brasileiras também tiveram seus trabalhos reconhecidos. O Correio, da Bahia, ficou em segundo lugar na categoria Melhor nova iniciativa para aprimorar a cultura corporativa, com o Prêmio Correio do Futuro; e o Grupo RBS ficou em terceiro lugar na categoria Melhor ideia para adquirir ou manter clientes de publicidade, com a iniciativa Tá e daí?, e recebeu menção honrosa com o Super App GaúchaZH, na categoria Melhor nova tecnologia ou produto digital.

O anúncio dos vencedores ocorreu em live no site da INMA. Confira a lista na íntegra (em inglês).

O coronavírus e os veículos de comunicação − XIII

Aos Fatos lança vídeos semanais verificados

Com o apoio da Google News Initiative, Aos Fatos lançou em 1º/6 o Boletim Aos Fatos, uma série de vídeos semanais com informações verificadas e análises sobre desinformação para serem exibidos em reportagens, plataformas sociais e aplicativos de mensagens.

O primeiro vídeo desta série focada em desinformação em tempos de pandemia desmente boatos de que substâncias presentes nas folhas de boldo seriam eficientes no combate à Covid-19. Isso é falso. Conforme Aos Fatos mostrou em duas oportunidades, o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde afirmam que nenhuma das substâncias presentes no boldo provou-se eficaz no tratamento da doença.

Ao longo dos próximos três meses, a plataforma publicará semanalmente vídeos com esclarecimentos sobre os mais populares boatos relacionados ao novo coronavírus, além de breves análises sobre campanhas de desinformação e infodemia. Para ver toda a produção de vídeos do Aos Fatos nesse período, basta acessar semanalmente seu canal no YouTube aqui.

Na comunicação corporativa

Mega Brasil produz websérie internacional sobre coronavírus

Estreia nesta sexta-feira (5/6) a websérie JCC Entrevista – A Pandemia e a Comunicação, produzida pela Mega Brasil sobre o coronavírus. Dividida inicialmente em quatro episódios, vai reunir semanalmente quatro jornalistas baseados em países da Europa e América para comentar os diversos aspectos que envolveram (e ainda envolvem) o papel da Comunicação no combate à Covid-19. Comandada por Marco Antonio Rossi, diretor da Mega Brasil, a webserie tem como convidados Rosana Dias (Toronto/Canadá), Maria Luiza Abbott (Reino Unido/Londres), Sandro Rego (Braga/Portugal) e José Gabriel Andrade (Lisboa /Portugal).

“Com o advento do coronavírus, nos demos conta da importância da comunicação no processo de informar a sociedade sobre os caminhos trilhados pela pandemia e as estratégias para enfrentá-la de forma eficaz”, diz Rossi. “Por outro lado, também há muito de desinformação, passada de forma intencional ou não, que impacta no comportamento social e nos resultados das políticas públicas criadas para o enfrentamento da doença”. De acordo com ele, embora a Covid-19 tenha atingido praticamente todo o planeta, a sua extensão, efeitos e grau de complexidade variou de país a país, de continente a continente e, nesse contexto, os meios e processos de comunicação exerceram papel fundamental no sucesso ou fracasso do enfrentamento à doença.

websérie será veiculada na Rádio Mega Brasil Online, sempre às sextas-feiras, às 18h, com reapresentações aos sábados, às 14h, e aos domingos, às 10 horas. O programa também ficará disponível no canal da Mega Brasil Comunicação no YouTube. (Veja+)

E mais…

A FleishmanHillard promove nesta quinta-feira (4/6), às 15h30, o webinar Reputação das marcas no contexto Covid-19, com a participação de Alessandra Tucci, gerente-geral de Comunicação Corporativa da Votorantim S.A., Priscilla Ferreira Naglieri, gerente de Comunicação Corporativa do Mercado Livre, e Roberta Catani, head de Comunicação e Public Affairs da Johnson & Johnson Consumer Health para América Latina. Patrícia Marins, diretora-geral da Fleishman, fará a mediação. No canal YouTube da FleishmanHillard. Inscreva-se!

Na próxima segunda-feira (8/6), às 18h, a FSB realiza o webinar O que vem de Oxford: o desafio da vacina para a Covid-19. Nele, três importantes pesquisadores brasileiros – os doutores Eneida Parizotto-Lee e Wen Hwa Lee, de Oxford, e Margareth Dalcolmo, da Fiocruz – falarão sobre as reais perspectivas de desenvolvimento de uma vacina, onde estão as pesquisas mais promissoras e como ficará o Brasil quando houver uma vacina aprovada. Inscreva-se!

A Abracom e a LexisNexis | Nexis Solutions, empresa de monitoramento de mídias, promovem na próxima terça-feira (9/6), às 10h, em live pelo Google Meet, conversa sobre o tema Como a mídia global está tratando a Covid-19. O evento, gratuito, terá apresentação de Carlos Henrique Carvalho, presidente-executivo da Abracom, e de Juliana Coneglian, coordenadora de marketing da Nexis Solutions, que vão dialogar com Juliano Nóbrega, CEO da CDN, Carina Almeida, CEO da Textual, Marcio Cavalieri, coCEO da RPMA, e Beth Garcia, sócia-diretora da Approach. Eles vão analisar o tratamento dado pela mídia ao tema da Covid-19, abordando assuntos como a importância do jornalismo tradicional no combate às fake news e o papel das agências e de seus clientes na difusão de informações seguras para a população. Inscrições pelo [email protected]. Vagas limitadas.

A agência Ink vem preparando semanalmente para clientes, parceiros e mercados papers sobre a comunicação em tempos de pandemia. Comunicação Interna, PR, Social Media e Conteúdo Digital foram os primeiros temas abordados, sempre trazendo a visão da agência por meio de dicas e orientações.

“Esta crise trouxe grandes mudanças e incertezas nos negócios. Em momentos assim, contar com uma rede de apoio de pessoas e empresas pode ser essencial para enfrentar os desafios diários que estamos vivendo”, explica Raul Fagundes Neto, diretor geral da Ink.

Os papers estão disponíveis no site da agência, neste link.

Após lançar ranking para monitorar o nível de publicidade sobre os gastos de estados e municípios no enfrentamento da pandemia, Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Internacional no Brasil, falou à CDI sobre como a sociedade e as empresas ganham ao acompanhar de perto as compras emergenciais dos governos no combate à Covid-19. Confira na edição nº 3 do boletim CDI Trends.

A agência de comunicação Marco lançou em 1º/6 um novo estudo sobre mudanças nos hábitos de consumo no contexto da pandemia. O levantamento foi feito com 4.500 pessoas em Brasil, Espanha, Itália, Portugal, México e Colômbia. No Brasil, os principais dados são

• 65% dos brasileiros fizeram mais compras online durante o distanciamento social;
• 54% dos brasileiros continuarão fazendo mais compras online depois do isolamento;
• 81% dos brasileiros mudaram seus hábitos de consumo durante a quarentena;
• a televisão é o canal de informação preferido por 75% dos brasileiros durante o isolamento social;
• os canais preferidos seguintes são imprensa online (58%), Facebook (38%) e WhatsApp (34%);
• quase metade dos brasileiros (47%) acredita que há censura ou controle da mídia e das redes sociais desde o início da crise.

Confira este vídeo, que resume as principais conclusões do estudo.

Internacional

Comportamento do consumidor após a Covid-19

A Fleishman Hillard apresentou na semana passada uma pesquisa sobre o comportamento do consumidor após a pandemia da Covid-19.

Como será o novo comportamento de consumo considerado normal? Quais os impactos da pandemia do coronavírus nas percepções e valores da sociedade? São algumas das questões presentes no estudo Covid-19 Mindset: Como os tempos de pandemia estão moldando os consumidores globais, realizado pela True Global Intelligence – área de pesquisa da agência – em seis países: Estados Unidos, China, Alemanha, Itália, Coreia do Sul e Reino Unido.

Para ter uma resposta sobre o comportamento dos brasileiros sobre os mesmos temas avaliados, a FleishmanHillard Brasil fez parceria com a Cortex Intelligence, empresa de ciência de dados, que desenvolveu uma análise comparativa dessas atitudes.

“Um ponto muito importante neste estudo é que não existe mais uma volta ao estágio que antes considerávamos como o normal, comum entre as sociedades”, afirma Natasha Kennedy, diretora geral da True Global Intelligence. “Com um entendimento claro de como a crise mudou nossas expectativas e crenças, as organizações podem tomar decisões e se comunicar de forma relevante e significativa entre funcionários, clientes e comunidades”.

O vírus versus nós

Crédito: Angel Boligán Corbo

Estamos reproduzindo charges sobre a Covid-19 publicadas na exposição O vírus versus nós, em cartaz no site da Associação dos Cartunistas do Brasil.

A desta semana é de Angel Boligán Corbo, cubano que vive no México, onde é cartunista editorial do jornal El Universal.

Estudo diz que aumentaram ansiedade e estresse de jornalistas na pandemia

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) realizou uma pesquisa sobre condições de trabalho de jornalistas em meio à pandemia do coronavírus. Os resultados evidenciaram, entre outros itens, uma mudança significativa no fator psicológico dos jornalistas: dos 295 participantes, 177 relataram aumento da ansiedade e do estresse, o equivalente a aproximadamente 61%. Vale lembrar que cerca de 22% do total de jornalistas entrevistados são brasileiros e que aqui no Brasil a pesquisa foi aplicada pela Fenaj.

Ela também questionou temas como mudanças em questões financeiras e restrições ao exercício da profissão. Quase 60% dos entrevistados relataram reduções nos salários, e cerca de 70%, que enfrentaram impactos negativos no trabalho. Outros dados relevantes do estudo da FIJ são que 108 jornalistas foram deslocados para outras editorias; 21 foram demitidos; aproximadamente 16% relataram falta de equipamento de proteção para trabalho externo; e quase 10% disseram não ter ocorrido nenhuma mudança no trabalho durante a pandemia.

A Fenaj está fazendo uma nova pesquisa, para mapear as condições de trabalho e os casos de coronavírus entre os jornalistas do País. Participe

TV Cultura estreia novo programa esportivo

Crédito: TV Cultura

A TV Cultura anunciou a estreia do programa Revista do Esporte, semanal, exibido às quartas-feiras, que trará as principais notícias do mundo esportivo. A atração será apresentada por Vladir Lemos e terá a participação dos comentaristas Celso Unzelte, Vitor Birner e do ex-jogador Roberto Rivellino. A estreia será na próxima quarta-feira (10/6), às 20h45.

Além das últimas informações da área, Revista do Esporte focará na memória esportiva e levará convidados para discutir temas atuais. A primeira edição destacará o aniversário de 50 anos da conquista da Copa do Mundo de 1970 pela Seleção Brasileira. 

Especial Dia da Imprensa discute o legado do coronavírus para o jornalismo

Circulou em 1º/6, Dia da Imprensa, uma edição especial do Jornalistas&Cia sobre o legado do coronavírus para o jornalismo, com 129 depoimentos de profissionais de imprensa de diferentes regiões do País, gerações, plataformas e editorias, oferecendo uma pluralidade de ideias e opiniões que enriquecem ainda mais o debate.

Os participantes foram convidados a responder a duas perguntas essenciais: Quais as lições e o legado da crise da Covid-19 para o jornalismo; e Como será o jornalismo do amanhã. A edição apresenta também um cordel especial feito por Assis Ângelo, colaborador de J&Cia, idealizador e mantenedor do Instituto Memória Brasil, que narra alguns dos recentes episódios envolvendo a imprensa brasileira.

O especial teve apoio comercial de Gerdau, McDonalds, Samsung, Textual Comunicação, FSB Comunicação, Fundamento RP, Banco PAN, Amil, Grupo Pão de Açúcar, Vivo, Via Varejo, XP Inc., Mecânica, Mercado Livre, B3, Africa, Vale, Tereos, Sabesp, Prefeitura de SP, CNA, Volkswagen, Neoenergia, Convergência, Klabin, PayPal, Bureau Ideais, Ink e Pepsico.

Vanessa Adachi e Natalia Viri lançam site de negócios e investimentos sustentáveis

Projeto nasceu como newsletter semanal e agora ganha a web

Vanessa Adachi e Natalia Viri

Estreou em 29/5 o site Reset, veículo de jornalismo econômico voltado para negócios e investimentos sustentáveis. Assim como outros criados antes por profissionais que deixaram as grandes redações, o Reset é digital e não conta com versão impressa. “Nosso foco é tirar o tema da sustentabilidade dos negócios do nicho e trazê-lo para o mainstream“, explica Vanessa Adachi, que decidiu deixar para trás os 17 anos de Valor Econômico, de onde saiu em dezembro, para criar algo nessa área. Ela diz que a ideia é “aplicar a essa cobertura a mesma régua profissional usada durante os anos de experiência na cobertura de negócios e finanças em veículos relevantes”.

Vanessa tem como sócia Natalia Viri, vinda do Brazil Journal: “Fiz o convite em fevereiro, quando o projeto começava a tomar forma, porque a Natalia fazia um excelente trabalho na cobertura de negócios. E ela topou embarcar. Tornou-se sócia e cofundadora do Reset. Ela é antenadíssima, tem apuração rigorosa e um texto fluído e com muita sacação, que é a cara do digital”.

Vanessa concedeu a este J&Cia a entrevista que segue:

Jornalistas&Cia – Como nasceu a ideia de lançar o Reset?

Vanessa Adachi – Nasceu da constatação de que existia um vácuo nessa cobertura no Brasil, ainda muito nichada. E também da vontade de contribuir para catalisar o debate em torno de uma tendência que ganha força no mundo todo: a de repensar como se fazem negócios e investimentos para incluir os impactos ambientais e sociais na equação, ao lado do lucro.

J&Cia – Com qual estrutura vocês contam?

Vanessa – Começamos modestos, pequenos, com uma estrutura superenxuta.

J&Cia – O tema sustentabilidade está em alta, sobretudo em tempos de pandemia. Mas qual a real dimensão desse mercado?

Vanessa – No mundo, hoje, já existem US$ 31 trilhões aplicados em investimentos considerados sustentáveis – esse número não para de crescer, inclusive na pandemia − e cada vez mais vozes que formam opinião no mundo dos negócios, como Larry Fink, CEO da BlackRock, a maior gestora de fundos do mundo, têm defendido essa revolução. Aliás, o nome Reset vem dessa ideia de que o capitalismo, as empresas e os investidores precisam dar um reset e atuar de um jeito novo.

J&Cia – O início foi com uma newsletter,confere?

Vanessa – Antes mesmo de o site estrear, o Reset já vinha produzindo conteúdo exclusivo, entregue na forma de newsletter semanal para assinantes, todas as sextas-feiras. Foram oito edições até agora.

J&Cia – Vocês apostam muito também numa cobertura diferenciada, de temas até certo ponto inusuais na mídia. Pode dar alguns exemplos?

Vanessa – Um dos nossos hits foi uma reportagem que mostrou que o MST acessou o mercado de capitais e outro foi a matéria da semana passada, contando a estratégia do BTG Pactual na área de impacto. Nossa ideia é mesclar temas mais técnicos a boas histórias, cases e entrevistas. Ser um guia da evolução do ESG – Environmental, Social and Governance − no País, ajudando a entender o que funciona e vai bem e também o que precisa melhorar. Estaremos muito atentos ao que é simplesmente marketing verde e social, que devem crescer muito conforme a tendência ganhe força.

J&Cia – Como estão trabalhando a audiência e a monetização do projeto?

Vanessa – O mailing da newsletter vem encorpando semana a semana, com a entrada de um público variado, de profissionais que já atuam na área de impacto e sustentabilidade a executivos de bancos, gestoras e empresas que começam a buscar mais informações sobre esses temas, passando por investidores institucionais e individuais que querem entender como podem aplicar melhor o seu dinheiro. Importante enfatizar que o conteúdo é aberto e gratuito, porque nessa fase a prioridade é ampliar a audiência.

J&Cia – Como sustentar o negócio?

Vanessa – Nessa fase inicial, contamos com três fontes de receita. Para tirar o projeto do papel, contamos com doações de indivíduos e famílias que valorizam o jornalismo independente e acreditam na importância da cobertura dessa área. Esses doadores não têm qualquer influência editorial e nossa independência é resguardada em contrato. A partir de agora, anúncios de empresas e marcas que tenham afinidade com o conteúdo também serão uma fonte de receita importante, para ajudar-nos a crescer. Por fim, criamos uma campanha de assinatura espontânea recorrente no Catarse. É um jeito de conscientizar desde cedo o nosso leitor sobre o fato de que informação de qualidade custa e abrir a porta para que aqueles que percebem esse valor possam contribuir para o nosso jornalismo.  Para o futuro, vemos outros caminhos para monetizar o negócio.

J&Cia – Chegaram a temer pelo negócio, com a chegada da pandemia?

Vanessa – A pandemia nos pegou quando estávamos aquecendo os motores. Como escrevemos em nossa primeira newsletter, chegamos a temer pela relevância de um veículo jornalístico voltado para investimentos e negócios sustentáveis num mundo que está no modo de sobrevivência. Mas, passado o pânico inicial, vimos que o cenário é exatamente o oposto. A pandemia tornou a pauta social dos negócios mais concreta e escancarou também quão alto pode ser o custo da inação diante da emergência climática.

Debate virtual discute a cobertura da Amazônia durante a pandemia

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o Amazon Rainforest Journalism Fund (Amazon RJF) promovem nesta sexta-feira (5/6), das 11h às 12h30, o webinar Os desafios de cobrir a Amazônia em tempos de pandemia, que debaterá questões ambientais e a cobertura da Floresta Amazônica em meio a pandemia do coronavírus.

O evento, gratuito, será moderado por Katia Brembatti, diretora da Abraji. Participarão Elaíze Farias, cofundadora da agência de jornalismo independente Amazônia Real; Mara Régia, radialista e apresentadora do programa Natureza Viva, da EBC; e Camilo Jiménez Santofimio, integrante do comitê de seleção de projetos do Amazon RJF. Inscreva-se aqui.

Microsoft substitui equipe de jornalistas por Inteligência Artificial

Mike Blake / Reuters

A Microsoft demitiu ao menos 50 jornalistas de suas equipes nas plataformas Microsoft Notícias e MSN.com, que serão substituídos por uma Inteligência Artificial que “procura, processa, filtra e sugere as histórias que devem ser transmitidas”. A informação é do Olhar Digital.

Boa parte dos funcionários demitidos fazia parte da divisão SANE, que reúne os setores de pesquisa, anúncios, notícias e Edge (seu navegador). A ideia agora é confiar a uma IA a tarefa de selecionar o conteúdo e notícias apresentadas em suas plataformas.

Um porta-voz da Microsoft declarou que a medida não está relacionada à pandemia do coronavírus: “Como todas as empresas, avaliamos nossos negócios regularmente. Isso pode resultar em aumento do investimento em alguns lugares e, de tempos em tempos, reimplantação em outros”.

Segundo o jornal Business Insider, as primeiras demissões ocorreram na última sexta-feira (29/5), nos Estados Unidos: cerca de 50 funcionários. O jornal britânico The Guardian contou que 27 demissões ocorreram na sede da empresa na Inglaterra. 

Um ex-funcionário não identificado da Microsoft fez a seguinte declaração: “Eu passo todo o meu tempo lendo sobre como a automação e a IA vão assumir todos os nossos trabalhos, e aqui estou: a IA assumiu o meu trabalho”.

Portal Notícias Falsas Matam alerta sobre os perigos das fake news

Flávia Lima Moreira e Fabrício Barreto lançaram o portal Notícias Falsas Matam, que reúne casos em que as fake news geraram pânico, linchamento e até morte. O site apresenta também dados, depoimentos e reportagens sobre os perigos de notícias falsas.

Os idealizadores do projeto escreveram que a ideia é “dialogar com quem está fora da bolha política, da polarização e do extremismo. (…) Ao resgatar casos reais, a iniciativa quer chegar às casas de todos os brasileiros com outra visão de um problema real e que leva à morte de inocentes, ainda mais em tempos de pandemia, quando promessas milagrosas de cura ou combate ao coronavírus se propagam numa velocidade jamais vista“.

BBC novamente na linha de tiro

Emily Maitlis

Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia

Luciana Gurgel

A crise política desencadeada pela viagem de Dominic Cummings, principal assessor do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, para visitar os pais em pleno lockdown e pela decisão do Governo de não demiti-lo pode bem ser comparada a terremotos que depois do choque principal continuam emitindo abalos secundários. Entre os atingidos pelos efeitos colaterais do imbróglio está a BBC, envolvida em uma série de controvérsias relacionadas ao episódio.

A emissora pública, já enredada em questionamentos sobre seu modelo de negócio, não precisava de mais confusões em um momento tão complicado de sua história. Mas pelo seu papel central no jornalismo do país e pela relação afetiva que o povo britânico tem com ela, é quase impossível navegar tranquila em casos altamente mobilizadores, sobretudo no momento em que a sociedade tornou-se tão polarizada por causa do Brexit.

Uma das polêmicas envolveu Emily Maitlis, apresentadora do Newsnight. É uma jornalista renomada, premiada pela devastadora entrevista com o príncipe Andrew em 2019, que custou ao nobre o afastamento das atividades públicas. Na semana passada, usou a abertura do programa para um comentário sobre o caso de Cummings, expondo sua opinião contrária ao tratamento dado pelo Governo ao tema.

A avalanche provocada por sua fala colocou em pauta a discussão sobre imparcialidade. Diferentemente de outros países, os principais jornais do Reino Unido são alinhados aos partidos que dominam a política local, o Conservador (atualmente no Governo) e o Trabalhista, de oposição. Mas a BBC, a despeito de ser a principal fonte de notícias para a população, é financiada por uma taxa obrigatória paga por todas as residências do país, esperando-se dela uma postura independente.

Aqui começa a dificuldade. Seria parcialidade criticar o ato mal explicado de um membro relevante do Governo, apontado por especialistas em saúde como desastroso por incentivar o público a não respeitar as medidas de controle do coronavírus? Ou estaria a apresentadora apenas verbalizando o senso comum, já que redes sociais e pesquisas de opinião apontavam condenação veemente à viagem?

Para a direção da BBC, o discurso de Maitlis infringiu o código de conduta da emissora. Embora no dia seguinte ela não tenha apresentado o programa, dando margem a especulações sobre se seria demitida ou se teria sido afastada, retornou ao posto esta semana sem comentários sobre o incidente. Mas o caso continua sendo debatido em reportagens, artigos de opinião e nas redes sociais.

No domingo (31/5), o Sunday Times aprofundou o tema confrontando a opinião de fontes diversas, incluindo alguns ex-diretores da BBC. E levantou um aspecto importante da questão da imparcialidade: a prática de jornalistas serem autorizados e até incentivados a alimentar perfis nas redes sociais.

Nesse caso, a manifestação foi no próprio programa de TV. Mas os principais jornalistas políticos do Reino Unido são ativos no Twitter, dando furos ou emitindo comentários pessoais. Para os que trabalham em veículos privados pode não ser um problema. Mas para os da BBC é uma areia movediça.

Laura Kuenssberg, editora de Política da emissora, já havia sido alvo de ataques no dia em que a denúncia sobre a viagem de Cummings foi revelada. Ela postou a explicação oficial, e imediatamente passou a receber críticas por estar supostamente defendendo o Governo. Nesse caso, a BBC saiu em defesa dela, observando que a jornalista estava registrando um fato.

O que se depreende dessas controvérsias é que imparcialidade no jornalismo não é algo simples de ser delimitado. E para uma emissora com o peso institucional e o modelo de negócio da BBC, financiada por eleitores de todos os partidos, torna-se ainda mais desafiante.

De olho no problema, a emissora contratou − antes do episódio de Maitlis − o professor de jornalismo da Universidade de Cardiff Richard Sambrook, que atuou como diretor da rede por 30 anos, para uma revisão nas práticas de uso de mídias sociais por seus jornalistas. Ele vai ter muito trabalho.

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