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terça-feira, dezembro 16, 2025

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A mídia regional pede socorro

Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia

Luciana Gurgel

A imprensa britânica acompanha atentamente a movimentação em torno da venda do Archant, um dos mais antigos grupos editoriais do país, dono de títulos regionais. Rumores sobre o interesse em passar a empresa adiante não são novos. Mas no início de julho a SkyNews revelou que os proprietários nomearam a KPMG para encontrar compradores.

O Archant, sediado em Norwich, foi fundado em 1845 pela família Colman, famosa pela marca de mostarda. Com 1,1 mil funcionários, publica 60 jornais e 75 revistas. Segundo a Sky, a tiragem total chega a 6 milhões de cópias, além de 9 milhões de visitantes únicos nas edições digitais.

A exemplo de outras organizações, a receita caiu nos últimos anos: quase 20% entre 2017 e 2019. Nem o reforço da parceria com o Google para a criação de um novo modelo de jornalismo digital, o PeterbouroughMatters.co.uk, resolveu a questão financeira. Mas é uma empresa legendária, e há interessados em adquiri-la.

Jornalismo regional sob risco −Ainda que o plano de vender o Archant tenha sido confirmado no momento em que o jornalismo enfrenta dificuldades financeiras devido à pandemia, a fragilidade da imprensa regional vem de longe. Essa tem sido uma preocupação recorrente no Reino Unido, país com forte tradição de veículos locais, sobretudo impressos, que desapareceram ou reduziram tiragem nos últimos anos.

Em 2009, Claire Enders, uma das mais respeitadas analistas de mídia britânica, projetara em depoimento a uma comissão do Parlamento sobre o futuro do jornalismo local no país que a metade dos então 1,3 mil veículos regionais britânicos fechariam nos cinco anos seguintes.

São jornais altamente dependentes de propaganda local e de venda individual. Assinaturas não são tão comuns, principalmente em pequenas localidades. Os jornais são vendidos em pontos como supermercados ou lojas de conveniência. Muitos são gratuitos e entregues nas residências.

Mesmo em Londres há jornais de bairro deixados nas casas e disponíveis nas estações de metrô. Por eles sabemos de fatos da vizinhança, como mudanças no trânsito e eventos, que não aparecem na BBC.

Muitas cidades britânicas padecem com o declínio econômico causado pelo fechamento de indústrias e pela concorrência do comércio online com lojas de rua, secando a fonte da receita publicitária. E com a pandemia, até nas cidades grandes os anunciantes sumiram, por causa de negócios fechados e lazer paralisado.

A Enders Analysis estimou que as vendas em bancas devem cair à metade este ano, um choque que muitos títulos não conseguirão absorver. O governo fez uma campanha de propaganda em jornais nacionais e locais, mas não alcançou boa parte dos pequenos sites e jornais que circulam pelo país.

Em março, jornais dos quatro principais grupos de mídia local, incluindo os do Archant, veicularam uma capa idêntica, chamando a atenção para a importância deles, sobretudo no momento da crise do coronavírus. Por vezes eles são a única fonte de notícias sobre as medidas de controle da Covid-19 na comunidade.

A sobrevivência da mídia regional − incluindo impressos e digitais, muitos deles independentes e sem o suporte de uma organização para atravessar crises como a que vivemos − não é uma questão que interesse apenas a jornalistas e donos de veículos. Um estudo do Pew Research Center nos Estados Unidos, publicado em 2016, apontou que pessoas que se mantêm informadas sobre as suas comunidades são mais engajadas civicamente.

Elas mantêm conexão forte com a sociedade local, atuando como voluntárias e votando nas eleições (o voto no país é facultativo). A falta desses jornais cria uma lacuna difícil de ser suprida por veículos nacionais, por melhores que sejam.

Record desculpa-se por associar imagem errada a acusado de pedofilia

A edição do domingo passado (2/8) do programa Domingo Espetacular (Record TV) exibiu de forma equivocada a imagem do youtuber Maicon Küster como se ele fosse um homem acusado de pedofilia. Uma reportagem do Jornal da Record, exibida na segunda-feira (3/8), reconheceu o erro da emissora.

O caso em questão trata de um homem, preso no Distrito Federal, acusado de pedofilia. A confusão ocorreu pois o acusado utilizava dois perfis falsos nas redes sociais, e em um deles usou uma foto de Küster com uma peruca loira, algo que o youtuber utiliza ao interpretar um de seus personagens. 

O Jornal da Record declarou que “o programa pede desculpas pelo erro e pela exposição da imagem. Não houve qualquer intenção de expor ou causar transtorno à sua imagem”. Em comunicado à imprensa, a Record escreveu: “Durante uma reportagem exibida ontem, 2/8, no Domingo Espetacular, sobre a prisão de um homem acusado de pedofilia no Distrito Federal, foram utilizados vídeos e fotos de perfis falsos que constam da investigação conduzida pela Polícia Civil local. Infelizmente, houve um equívoco ao apontar a imagem de um dos perfis como sendo a do pedófilo, quando, na verdade, ele usava fotos obtidas na internet. Lamentamos o que aconteceu”.

Vale lembrar que a Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito para investigar a conduta dos jornalistas do Cidade Alerta, também da Record. Em julho, o programa exibiu a imagem de um homem como suspeito de um assassinato. Horas após a exibição de sua imagem na TV, o homem foi morto com sete tiros.

ABI lança relatório mensal sobre ataques à liberdade de imprensa

Logo ABI

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) lançou um relatório mensal sobre ocorrências de atentados à liberdade de imprensa no Brasil, que reúne os ataques direcionados a profissionais de imprensa e veículos de comunicação ocorridos ao longo do mês.

Em sua segunda edição, a versão mais recente do relatório registra os ataques feitos no mês de julho, destacando casos como a denúncia do presidente Jair Bolsonaro à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e à ONU por ataques a profissionais de imprensa; o caso em que o próprio Bolsonaro retirou sua máscara durante uma entrevista, após afirmar que estava com coronavírus; e diversos ataques e ofensas pessoais direcionados a jornalistas por causa de seus trabalhos.

Confira o relatório na íntegra.

Josué Suzuki anuncia que deixará a EPTV em outubro

Josué Suzuki / Foto: Matheus Urenha
Josué Suzuki / Foto: Matheus Urenha

Josué Suzuki, diretor de Rádios e Mídias Digitais do Grupo EP (ex-EPTV, que atua no interior de São Paulo e Sul de Minas), informou ao mercado que deixará a empresa em outubro, após 12 anos de casa, completados agora em agosto.

Pelas rádios, coordenava as CBNs Ribeirão Preto, Araraquara e São Carlos, esta inaugurada em dezembro de 2019, a mais nova do grupo. Pelas mídias digitais, era responsável por ACidade ON, rede de portais hiperlocais em Ribeirão Preto, Araraquara, São Carlos e Campinas.

“Aliás, estamos lançando em agosto mais um portal, ACidade ON Circuito das Águas, o primeiro no modelo de afiliadas”, informa Josué. “Também lançamos este ano, pelo ACidade ON, o projeto de verticais de nichos pela Home + (acidadeon.com)”.

Segundo ele, outros diretores do grupo vão acumular suas funções: “Estou em transição e fico no grupo até outubro. Depois, pronto para novos desafios”.

Maria Cristina Poli discute em MídiaMundo a hiperinformação na atualidade

Estreou em junho no YouTube o programa MídiaMundo, que traz discussões sobre a grande quantidade de informações que circulam na sociedade contemporânea. Apresentado por Maria Cristina Poli (ex-TV Cultura, Globo e Band) e Alexandre Sayad (Futura), MídiaMundo aborda assuntos como tecnologia e comunicação, hiperinformação, educação midiática, fake news, hiperconectividade e cultura digital. A direção é de Luciano Cury (ex-Academia de Filmes, Bandeirantes e canal Arte1).

O programa, que vai ao ar toda segunda-feira, às 10h, no canal do YouTube do MídiaMundo, dura cerca de quatro minutos e tem participações especiais de jornalistas, educadores, políticos, analistas e especialistas. A primeira temporada do projeto terá 24 episódios.

O episódio de 3/8, sobre Fontes: onde nasce a notícia, contou com a participação de Sônia Racy (O Estado de S. Paulo), Leão Serva (diretor de Jornalismo da TV Cultura) e Valmir Salaro (TV Globo). Confira!

Alessandra Ber começa na TIM

Alessandra Ber é a nova gerente executiva de Relações com a Imprensa da TIM. Chega com mais de 20 anos de experiência em comunicação corporativa, com passagens por Santander, McDonald’s e, mais recentemente, Via Varejo. Tem especialização em marketing e governança corporativa. Ela comenta as novas funções: “Queremos ser mais proativos, explorando para o público externo assuntos como employer branding e diversidade, além dos temas relacionados a telecom”.

Alessandra e sua equipe estão sob o comando de Mário Girasole, VP de Regulatório, Institucional e Relações com a Imprensa. Na sede da TIM, no Rio, ela conta com Kaliandra Sá, Débora Proença, Juliana Isidoro e Caroline Pimentel. Nas regionais, estão Roberta Câmara e Fernanda Veiga (Norte e Nordeste), Sheyla Modesto (São Paulo), Rafael Guimarães (Centro-oeste) e Silvia Bica (Sul).

Com Alessandra, chega também nova agência de comunicação da operadora. Depois de seis anos respondendo por mensuração de dados de imprensa e consultoria para a TIM, a MassMedia conquistou a conta e vai responder pelo trabalho de assessoria de imprensa e relações públicas da empresa. Serão dez profissionais dela no atendimento, distribuídos entre São Paulo, Rio, Brasília e Belo Horizonte.  No Sul, terá como parceira a Zigg Comunicação e, no interior de São Paulo, a ComTexto.

Ricardo Feltrin, do UOL, diz que CNN Brasil vai lançar rádio FM

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A CNN Brasil está em negociações avançadas com grupos de mídia para lançar uma rádio de notícias em FM. A informação é do colunista do UOL Ricardo Feltrin. Esse pode ser o primeiro projeto em rádio da marca CNN.

Segundo Feltrin apurou, a rádio terá participação de toda a equipe da emissora de TV, incluindo repórteres e comentaristas, além de contratados exclusivos. Já estariam garantidos na futura FM nomes como William Waack, Monalisa Perrone, Daniela Lima, Evaristo Costa, Rafael Colombo, Mari Palma, Leandro Karnal, Alexandre Garcia, Gabriela Prioli, Sidney Resende, Thais Herédia, além dos jornalistas políticos e de economia de Brasília e Rio de Janeiro.

Ele garante que a nova rádio terá programas exclusivos, mas que deve aproveitar o conteúdo veiculado em outras plataformas. Boletins diários exibidos na TV devem ser reproduzidos noa rádio. Alguns programas, como o Grande Debate, podem ter transmissão simultânea.

Procurada por Feltrin, a CNN Brasil emitiu a seguinte nota:

“Estudamos todas as possibilidades de novos negócios de mídia porque desenvolve um projeto de comunicação sólido, estável e de longo prazo no Brasil. Consideramos essas iniciativas como naturais resultados da operação bem-sucedida do lançamento da CNN no País, tanto no alcance de audiência do seu público-alvo como com os anunciantes, apesar de ter apenas cinco meses de existência, contra concorrentes com décadas de atuação no mercado”.

Encontros e desencontros

Bill

Por Márcio ABC

Em 1987, quando Dino Magnoni me resgatou e me levou para Bauru, e Eduardo Nasralla acreditou nele e me contratou, o Diário de Bauru ficava na rua Azarias Leite, em frente à polícia, ao lado da Câmara, vizinho do Pão de Queijo (na esquina com a Rodrigues Alves), a meia quadra da Pizzaria Vila Rica, a umas três quadras do Molina (onde comíamos aquele poderoso marmitex), e bem perto de bares subindo a rua, descendo, bares para qualquer lado que você fosse. O prédio do jornal era mal ajambrado, o estacionamento ficava no meio de dois blocos antigos, sendo à direita, como quem subisse até a Bandeirantes, o administrativo, o comercial e, acreditem, as instalações quentes e abafadas da linotipo. Já a redação (com Carlos Torrente, Erlinton Goulart, Heliana De Souza DeWeese, João Willian Ranazzi, Maria America Ferreira, e depois ainda com o Japonês, o Aceituno Junior e o Eder Azevedo) e aqueles banheiros velhos (que a Dona Ana Camargo odiava limpar) ocupavam umas salas à esquerda, como quem descesse na direção da Rodrigues.

Numa dessas salas ficava o Milton Bill Oliveira, o Bill e sua enorme prancha de diagramação, o Bill e seu enorme talento. Foi lá que o conheci. Eu entrava na sala à tardezinha para ver quantas laudas seriam necessárias para encher a página (cálculo em paicas, claro).

Um dia, saí para cobrir um acidente. Um caminhão de bebidas havia tombado na área urbana, atrapalhando o trânsito. Apenas isso. Ninguém ferido. Só as garrafas de cerveja esparramadas no meio da rua. “Caiu o anúncio”, me disse o Bill. “Você vai ter que escrever sete laudas”. Se não me engano, traduzindo para os padrões atuais, isso dá mais ou menos dez ou onze mil caracteres.

Ficamos amigos, depois eu saí de Bauru, voltei dois anos mais tarde, acabamos nos tornando ainda mais íntimos, viajávamos juntos, bebíamos juntos. Fizemos vários projetos juntos, o Bill sempre com suas ideias diferentonas!, às vezes tão sonhador!, às vezes tão amargurado por não poder levá-las adiante em razão da quadradice alheia!

Hoje (24/7), quando João Pedro Feza e Gilmar Dias me avisaram sobre a morte dele, em vez de rememorar todos os trabalhos e todos os encontros de uma época em que os encontros, apesar dos desencontros, pareciam ser uma coisa mais simples, em vez disso, uma pergunta badalou aqui dentro: como a gente pode se afastar de amigos tão queridos? O Bill e eu fomos amigos de verdade, e mesmo assim talvez eu não o visse há mais de uma década.

Foi essa coisa obscura e dolorosa que se alojou em mim. Um desejo de estar mais triste pela morte dele do que pelo sentido impiedoso desse raciocínio, um sentimento de dívida com o Bill, de quem me afastei há mais de vinte anos e com quem não trocava palavra fazia dez anos ou mais. A dívida por não poder me sentir tão desolado, pois há tempos não tínhamos mais qualquer relação. Nem mesmo o recorte feliz de uma noite em que um amigo fotógrafo (que agora também me escapa à memória) registrou nossa amizade num dos bares da vida eu tenho mais. Tomando emprestado um versinho de Adoniran: Bill, eu perdi o seu retrato.

Nesta sexta-feira angustiante, vou diagramar este resto de dia com um copo, uma bebida e uma sincera saudade que não tem mais conserto, Bill.

Márcio ABC

A história desta semana é de Márcio ABC, ex-Diário de Bauru, O Imparcial, TV Globo/TV TEM e Rede Bom Dia de Jornais, entre outros, escritor, que hoje atua em comunicação corporativa.


Tem alguma história de redação interessante para contar? Mande para [email protected].

Patrícia Campos Mello lança livro sobre manipulação de redes sociais e desinformação

Patrícia Campos Mello
Patrícia Campos Mello

A repórter especial da Folha de S.Paulo Patrícia Campos Mello lançou em julho o livro A Máquina do Ódio: Notas de uma repórter sobre fake news e violência digital (Companhia das Letras). Baseada na cobertura que ela fez de três eleições presidenciais em Brasil, Estados Unidos e Índia, a obra trata sobre campanhas virtuais, manipulação de redes sociais, fake news e desinformação em geral.

O livro também aborda os diversos ataques direcionados a jornalistas como parte desse sistema de manipulação e campanhas digitais que espalham notícias falsas. A ideia de adicionar este tema ao livro surgiu após os ataques pessoais que sofreu de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

O lançamento do livro foi feito em live no canal do YouTube da Cia das Letras. Patrícia conversou com o doutor em sociologia Celso Rocha de Barros. A repórter da Folha também conversou com o Portal Imprensa sobre o livro. Confira!

Demitri Túlio (O Povo) sofre ataques após artigo sobre o Colégio Militar de Fortaleza

Demitri Túlio
Demitri Túlio

Demitri Túlio, colunista de O Povo (CE), recebeu diversos ataques nas redes sociais por causa de um artigo com críticas à postura do Colégio Militar de Fortaleza, que planeja a retomada das aulas presenciais – o que vai contra a determinação do Estado – e que ordenou aos professores que não citem o coronavírus em provas. Vale lembrar que o artigo foi publicado em um espaço destinado à opinião de Demitri.

O colunista teve acesso a um documento denominado Orientações para a 2ª AE on-line, assinado pelo coronel Alfredo Ferreira Nunes, chefe da Seção Técnica de Ensino do colégio, onde estava escrito “para a 2ª AE, evitar formular questões relacionadas à Codiv-19”. Demitri também teve acesso a troca de e-mails, lives e mensagens de Whatsapp nas quais havia determinação dos gestores coronéis para evitar também usar nos canais de comunicação do colégio as hashtags #fiqueemcasa e #isolamentosocial.

Em entrevista ao Portal Imprensa, Demitri explicou que, “no artigo, eu opino e digo que o colégio tinha posturas negacionistas e está provado. Mostrei que foi feita uma consulta aos pais, se queriam que voltassem as aulas presenciais, porque o colégio tinha tentado por duas vezes voltar, quando o decreto do governo do Ceará proíbe”. Segundo a consulta, quase 70% dos pais são contrários à retomada das aulas.

O colunista e até o jornal O Povo estão recebendo ataques nas redes sociais por causa do artigo. Um dos pais puxou um abaixo-assinado dizendo que Demitri proferiu calúnias, injúrias, difamação. A foto do jornalista está no documento. Demitri disse que “nunca publiquei conteúdo falso. Estão retirando da comunidade o direito de discutir a Covid. A pandemia não acabou, o debate tem que estar presente”.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) Rafael Mesquita declarou que os ataques a Demitri são “tarefa coletiva de negar a realidade. (…) A onda de ódio que se espalhou pela internet e ataca a honra do jornalista Demitri Túlio ganhou inclusive petição online, e a gente está aqui para defender o jornalismo e o jornalista, para defender o direito de informar do Demitri. Nós confiamos no trabalho do jornalista Demitri Túlio, confiamos na apuração dele e de sua equipe”.

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