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quarta-feira, maio 21, 2025

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Intervozes entra com representação no MPF contra a Record TV

Momento em que Andreia, mãe da jovem Marcela, descobre que a filha foi assassinada

Decisão ocorreu após o Cidade Alerta, apresentado por Luiz Bacci, informar ao vivo a uma mãe o assassinato de sua filha

O Coletivo Intervozes, organização que trabalha pela efetivação do direito humano à comunicação no Brasil, apresentou nessa terça-feira (18/2) à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal, um requerimento de providências legais para a responsabilização da Record TV por desrespeito e inadequação da emissora às normas vigentes para a radiodifusão brasileira e aos direitos humanos, em âmbito nacional e internacional, durante transmissão do programa Cidade Alerta na segunda-feira (17/2).

O caso que levou à representação diz respeito ao assassinato da jovem Marcela, que estava desaparecida desde o dia 8/2, e que foi comunicado ao vivo à mãe da jovem pelo programa da Record, comandado por Luiz Bacci. Em uma conversa que envolveu o apresentador, a mãe de Marcela e o advogado do namorado da jovem assassinada, até então suspeito do crime, o profissional responsável pela defesa do rapaz informou que ele havia confessado o crime.

A reação de Andreia (que chegou a desmaiar ao saber, em cadeia nacional, do ocorrido), foi transmitida pela emissora por cerca de 20 segundos. A transmissão só foi interrompida quando a mãe da vítima acordou do desmaio e começou a gritar.

Momento em que Andreia, mãe da jovem Marcela, descobre que a filha foi assassinada

O chamado “Caso Marcela”, sobre o desaparecimento da jovem, grávida, vinha sendo explorado pelo programa desde 11 de fevereiro. O episódio ocorrido na segunda-feira foi a quarta abordagem do caso no Cidade Alerta.

A representação ao MPF ressalta que a Record TV, concessionária de um serviço público, fere a Constituição Federal em relação ao direito à privacidade, à imagem e à intimidade dos indivíduos, bem como os valores éticos e sociais da pessoa e da família. Lembra, também, que a Carta Magna veda a veiculação de conteúdos que violem os direitos humanos e façam apologia à violência.

Em 2015, o Intervozes lançou a campanha Mídia sem Violações com o objetivo de receber denúncias de casos de violação de direitos na rádio e televisão brasileiras. À época, o programa Cidade Alerta já era campeão em violações e ocupava o primeiro lugar no Ranking de Violações de Direitos Humanos na tevê aberta.

MPF lança ferramenta para facilitar contatos da imprensa

O Ministério Público Federal (MPF) lançou há uma semana o Sistema de Atendimento a Jornalistas (SAJ), ferramenta que busca facilitar o contato da imprensa com a instituição. A partir de agora, repórteres que queiram solicitar informações ao MPF precisam apenas acessar http://saj.mpf.mp.br de qualquer dispositivo conectado à internet, inclusive celulares.

Não é mais necessário saber de antemão o telefone ou o e-mail da Secretaria de Comunicação Social ou de uma das 32 Assessorias de Comunicação do MPF espalhadas pelo País. Todas essas informações estão no sistema, além de breves explicações sobre as atribuições de cada unidade do MPF, o que auxilia o jornalista a saber a quem procurar.

Outra vantagem, segundo a entidade, é que o próprio jornalista cadastrará suas informações de contato na base de dados que gera o mailing, utilizado nas divulgações feitas pelo Ministério Público Federal. Com isso, caso o repórter mude de e-mail, de número de telefone ou até mesmo passe a trabalhar em outro veículo, basta fazer a atualização no SAJ para continuar recebendo as publicações.

“No painel de estatísticas, será possível, por exemplo, com poucos cliques, descobrir qual a temática mais procurada pelos repórteres, um tipo de informação gerencial valiosa para gestores públicos”, explica Gabriela Brunelli, gerente substituta do projeto de desenvolvimento do SAJ. “Se grande parte da procura é voltada para crimes eleitorais, podemos oferecer uma capacitação específica aos assessores de comunicação”.

Jornalistas que tenham alguma dúvida sobre o sistema podem procurar qualquer uma das assessorias de comunicação do MPF.

Morre em SP Luis Alberto Volpe

Luis Alberto Volpe

Luis Alberto Volpe, ex-apresentador da ESPN Brasil, morreu na noite dessa terça-feira (18/2), aos 67 anos, em São Paulo. A causa da morte não foi divulgada. O velório ocorreu durante a manhã desta quarta-feira (19/2), no cemitério do Araçá. O enterro será em Sertãozinho, no interior de São Paulo, terra natal de Volpe.

O ex-apresentador recebeu homenagens de colegas e das emissoras por onde passou. O programa Sportscenter, da ESPN Brasil, exibiu um vídeo em homenagem a ele, figura extremamente importante na história da emissora, onde trabalhou por 20 anos. Ele também teve passagens por Rede Globo, SBT, TV Cultura e Rádio Globo.

José Trajano, grande amigo de Volpe, disse que ele era “o maior locutor de off de matérias especiais e documentários de todos os tempos”.

Record TV é tricampeã do Prêmio Rei da Espanha

Da esquerda para a direita: Rafael Ramos, Renata Garofano, Romeu Piccoli, Gustavo Costa Pablo Toledo, Natália Florentino e Mateus Munin. Foto: Antonio Chahestian/Divulgação Record TV

A Record TV ganhou na semana passada o Prêmio Internacional de Jornalismo Rei da Espanha na categoria Televisão pela série especial A Besta – Episódio 1 e Episódio Final. Esta é a terceira vez que a emissora leva o prêmio nessa categoria.

A reportagem, exibida orginalmente no Câmera Record, aborda o tema da imigração irregular nos Estados Unidos, mostrando o drama de famílias que tentam atravessar a América Central e chegar ao país norte-americano por meio do trem la bestia, conhecido como “trem da morte”, cujo trajeto é extremamente perigoso: segundo a reportagem, por ano, mais de mil pessoas são mortas ou mutiladas.

A equipe da série especial foi composta por Fabiana Vilella, Gustavo Costa, Henrique Beirangê, Mateus Munin, Michel Mendes, Natália Florentino, Pablo Toledo, Rafael Gomide, Rafael Ramos, Renata Garofano e Romeu Piccoli.

Com insinuação sexual, Bolsonaro insulta Patrícia Campos Mello

O presidente Jair Bolsonaro insultou nesta terça-feira, em frente ao Palácio da Alvorada, a jornalista da Folha de S.Paulo Patrícia Campos Mello, enquanto comentava a polêmica do falso testemunho de Hans River na CPMI das Fake News. Com insinuações de cunho sexual, Bolsonaro disse que a repórter “queria um furo, queria dar o furo a qualquer preço contra mim”. Ele também comentou que em outro depoimento de Hans, ocorrido em 2018, é possível ver “o assédio da jornalista em cima dele”.

O ex-funcionário da empresa Yacows, Hans River, foi uma das fontes ouvidas por Patrícia em sua reportagem que denunciava um investimento milionário por parte de empresas apoiadoras do então candidato Jair Bolsonaro em mensagens contra o PT via WhatsApp, ação proibida pela Justiça Eleitoral. Intimado a depor à CPMI das Fake News, Hans afirmou que a repórter especial da Folha “deu em cima” dele para obter informações.

Em reportagem publicada posteriormente, a Folha de S.Paulo revelou as conversas entre Patrícia e Hans, que desmentiram o depoimento dele. Em uma das mensagens, é possível ver que foi o ex-funcionário que convidou a repórter para um show.

A Associação Nacional de Editores e Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) repudiaram as falas de Bolsonaro. Em nota, as entidades afirmaram que “as insinuações do presidente buscam desqualificar o livre exercício do jornalismo e confundir a opinião pública”, e que ele “se aproveita da presença de uma claque para atacar jornalistas, cujo trabalho é essencial para a sociedade e a preservação da democracia”.

Abril faz cortes pontuais, mas nega rumores de fechamento da gráfica

Sede da Editora Abril
Abril na Marginal Tietê – Crédito Onildo Lima

Última atualização: 18/2, às 20h52

A Editora Abril promoveu alguns cortes na última sexta-feira (14/2). Segundo apurou este Portal dos Jornalistas, as demissões foram concentradas, principalmente, em alguns cargos de liderança. Segundo a assessoria de imprensa do Grupo, as mudanças foram pontuais e “fazem parte de um processo natural de promoção de novos talentos”.

Do Jornalismo, deixaram a casa a diretora de Redação do Núcleo Digital de Viagem e Turismo e Guia do Estudante Angélica Santa Cruz, o redator-chefe da Quatro Rodas Zeca Chaves e o diretor da Capricho Thiago Theodoro.

Para o comando da Quatro Rodas foi promovido Paulo Campo Grande, editor de testes que integra a equipe desde 2000. Para a Capricho, foi promovida a editora de beleza Juliana Costa, há sete anos na casa. Ambos assumirão os mesmos cargos ocupados pelos seus antecessores.

Ainda não está definido o nome do profissional – ou dos profissionais – que assumirá o Guia do Estudante e a Viagem e Turismo.

Também houve demissões, porém não em cargos de liderança, nas redações de Veja e Claudia, além de cortes nas áreas de Publicidade e Administrativa.

Fim da gráfica?

Outro impacto das recentes mudanças na Abril, que desde agosto de 2018 está em processo de recuperação judicial, poderia ser o fechamento da gráfica. Segundo uma fonte ouvida por este Portal dos Jornalistas, o setor seria desativado até abril, quando as revistas passariam a ser impressas em uma gráfica terceirizada.

Em um primeiro contato com a assessoria de imprensa da Editora Abril, nesta segunda-feira (17/2), a reportagem foi informada que ainda não havia uma definição sobre essa decisão. Já nesta terça-feira (18/2) a agência que atende a editora informou que não há planos para o fechamento da gráfica. A conferir!

Em Cáceres (MT), jornalista resgata a história da cidade e da imprensa local

Wilson Kishi, fotógrafo e proprietário do site de notícias Zakinews, reuniu em uma reportagem registros dos primeiros jornais impressos que circularam na cidade de Cáceres, em Mato Grosso. O objetivo é resgatar histórias antigas dos 241 anos da cidade, relembrando fatos e acontecimentos para contar a história local para as novas gerações, e fazer os mais velhos lembrarem de tempos longínquos. Ele faz o trabalho com Antonio Costa.

Segundo Kishi, a inspiração para a reportagem foi o livro Um trecho do oeste brasileiro, de Gabriel Pinto de Arruda, lançado há 82 anos, que retrata a cidade de Cáceres naquela época, com muitas lembranças e riqueza de informações. Em seu texto, ressalta o capítulo do livro sobre a imprensa, que relembra os jornais da cidade desde o final do século XIX até as primeiras décadas do século XX.

Ao apostar na valorização da história e do jornalismo local, a iniciativa de Kishi mostra um novo caminho para os jornalistas e veículos do interior brasileiro. Ele explica que o mais importante é “manter viva na memória dos mais novos toda a importância que cada personalidade e/ou família tiveram no passado, em uma cidade com história e cultura muito ricas”.

Verónica Goyzueta é a nova coordenadora de projetos do Amazon Rainforest Journalism Fund (RJF)

Verónica Goyzueta

Verónica Goyzueta assumiu em janeiro o cargo de coordenadora de projetos do Amazon Rainforest Journalism Fund (RJF) na América Latina, iniciativa do Pulitizer Center que tem o objetivo de aumentar a conscientização sobre a importância de florestas tropicais no clima do mundo todo, incentivando a produção de reportagens sobre temas como desmatamento, mudanças climáticas locais e globais, entre outros.

Ela será responsável por identificar e entrar em contato com possíveis parcerias locais; comunicar-se com os jornalistas que integram o projeto e garantir que estão trabalhando de acordo com os princípios que o fundo estabelece; e fazer relatórios com levantamentos de dados e pesquisas sobre o tema. Verónica assume no lugar da inglesa Jan Rocha, a primeira responsável por coordenar o RJF na América Latina.

Nascida no Peru, Verónica mora no Brasil há mais de duas décadas, tendo sido correspondente internacional de veículos como Dow Jones, Financial Times, os espanhóis Vocento e ABC, entre outros, cobrindo principalmente política, temas sociais e questões ambientais. Em 2004, venceu o Prêmio Comunique-se como melhor correspondente estrangeira no Brasil. É vice-presidente da Associação dos Correspondentes Estrangeiros em São Paulo, entidade que presidiu por duas vezes.

Morre Antonio Fornazieri Junior, o Tonhão

Antonio Fornazieri Júnior

Faleceu nesse domingo (16/2), aos 58 anos, Antonio Fornazieri Júnior. Especializado no segmento automotivo, Tonhão, como era carinhosamente conhecido, sofreu um infarto fulminante enquanto dormia, na madrugada de sábado para domingo.

Formado em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, cidade onde sempre atuou e morava, começou a carreira em 1980 como revisor do Diário do Povo. Integrou por muitos anos a redação do Correio Popular, além de colaborar com outros jornais da Rede Anhanguera de Comunicação. Com dificuldades para se recolocar no mercado, desde seu desligamento do Correio, Tonhão ultimamente fazia alguns frilas.

Ele mantinha o costume de acordar bem cedo todos os dias e comunicar-se com a filha Lígia, que vive atualmente na Eslováquia. Na manhã desse domingo, porém, Lígia não recebeu o contato dele. A esposa, Isabel, só percebeu quando acordou, por volta das 7h30.

Velado com uma camisa retrô do Corinthians, seu time do coração, o sepultamento ocorreu na tarde do mesmo dia, no Cemitério Aleias, em Campinas.

The Intercept Brasil afirma que Eduardo e Flávio Bolsonaro são donos de grupos de Whatsapp que espalham fake news

Ilustração: Rodrigo Bento/The Intercept Brasil

O The Intercept Brasil publicou nesta sexta-feira (14/2) uma reportagem que denuncia a participação do deputado federal Eduardo Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro no compartilhamento de notícias falsas via WhatsApp. Segundo David Nemer, autor da reportagem, ao menos 20 grupos de WhatsApp são administrados pelos números de telefone vinculados aos dois políticos.

A reportagem mostra que as informações falsas e conteúdo de extrema direita compartilhados nos grupos atingiram mais de cinco mil pessoas. Além disso, parte do conteúdo atacava diretamente a jornalista da Folha de S.Paulo Patrícia Campos Mello, com montagens, mensagens misóginas e trechos editados de vídeos que insinuavam que ela estaria se prostituindo para conseguir informações de Hans River, ex-funcionário da empresa Yacows, que mentiu e a atacou em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News.

Nemer conta que monitorou 70 grupos de WhatsApp desde março de 2018, e que 20 deles eram administrados pelos dois filhos de Jair Bolsonaro. O objetivo era promover campanhas eleitorais e espalhar informações falsas para denegrir pessoas contrárias a Bolsonaro, formando um “ecossistema sofisticado que dava aos usuários funções específicas: produzir, compartilhar e consumir informações erradas, bem como recrutar novos membros do grupo”.

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