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segunda-feira, dezembro 8, 2025

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Quando a Covid permitir, pautas de clima e meio ambiente devem retomar protagonismo

Crédito: Marcin Jozwiak/Unsplash

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Há quase um ano o coronavírus contagiou o noticiário, deixando em segundo plano outras pautas relevantes. A mudança climática foi uma delas.

Mas mesmo antes do coronavírus, dois jornalistas americanos já achavam que a imprensa deveria cobrir mais e melhor a emergência climática. E criaram em 2019 uma uma rede global de veículos comprometidos a intensificar e aprimorar cobertura ambiental.

Menos de dois anos depois, a Covering Climate Now reúne mais de 400 membros − e o MediaTalks by J&Cia acaba de se tornar um deles.

A ideia é simples, eficiente e altruísta. Os membros colocam à disposição algumas de suas matérias, vídeos e imagens para republicação sem cobrança de direitos autorais. E ganham o direito de reproduzir eles próprios conteúdo dos parceiros, o que abre um imenso leque de oportunidades, oferecendo a quem participa um acervo de altíssima qualidade jornalística.

O grupo promove encontros e fornece orientações a profissionais e a veículos sobre como aperfeiçoar a cobertura ambiental. Sugere pautas e indica tendências que vão influenciar o noticiário a partir da agenda política e social, como a posse de Joe Biden.

Mark Hertsgaard e Andrew McCormick, cofundadores da CCNow, estão animados. Em um artigo sobre o que esperar deste ano, eles disseram que, com Biden dando sinais de que tratará a questão ambiental de forma diferente do seu antecessor na Presidência americana, a humanidade entrou em 2021 com uma chance real de afastar-se da catástrofe climática.

Os jornalistas fizeram um chamado eloquente aos colegas ao redor do globo, propondo como resolução de ano novo redobrar o compromisso com a cobertura sobre o clima.

Eles defendem que toda redação deve aprofundar conhecimentos sobre a questão ambiental − de repórteres e editores a redatores de manchetes e equipes de mídia social. Exatamente o que ocorreu na crise do coronavírus, que levou profissionais de todas as áreas a aprender sobre saúde e ciência.

No artigo falam também da necessidade de suavizar a abordagem técnica e científica, tentação difícil de resistir diante de tantos dados e pesquisas. Hertsgaard e McCormick lembram que a mudança climática é acima de tudo uma pauta sobre vidas humanas.

Consenso científico ou opinião?

Ainda que o jornalismo tenha absorvido o consenso científico sobre mudança climática, a cobertura esbarra às vezes na delicada seara da liberdade de expressão. É legítimo abrir espaço para quem discorda da existência ou da gravidade da crise ambiental?

O dilema “publicar ou não publicar”, sobre o qual escreveu o professor Denis Muller, da Universidade de Melbourne, aplica-se à perfeição. Embora não aborde especificamente a questão do clima, ele defende o direito de não noticiar algo em caso de risco à sociedade.

Mas o problema pode não estar somente nas mãos de quem escreve e edita matérias. Em um artigo no portal acadêmico The Conversation, Sarah Coen, professora de psicologia de mídia da Universidade de Salford e ativista ambiental, fez uma observação sobre a presença de vozes dissonantes na mídia.

Ela aponta que embora o consenso científico esteja consolidado na imprensa, estudos identificam vozes céticas em artigos de opinião ou editoriais, sobretudo em veículos alinhados à direita.

O malabarismo para respeitar a liberdade de expressão em um assunto científico pode levar a constrangimentos, como o que envolveu a BBC ano passado, citado pela professora. Ao responder a uma reclamação sobre a posição manifestada pelo apresentador de rádio Justin Webb sobre a emergência climática, classificada por ele como uma questão de opinião, a emissora escorregou.

Escreveu em um comunicado que, “embora haja consenso sobre a existência de mudanças climáticas causadas pelo homem, a noção de emergência climática é objeto de algum debate”. Resultado: o comunicado acabou sendo objeto de alguma controvérsia nas redes sociais. E serviu para alimentar os que não perdem a chance de alfinetar a BBC por parcialidade.

Corporações em alerta

A questão ambiental não será este ano um problema apenas para redações. O mundo corporativo deve estar preparado para uma retomada da atenção sobre a performance ambiental das empresas, com determinadas indústrias cada vez mais expostas.

Isso porque em algum momento a cobertura sobre a Covid deve arrefecer, permitindo aos bem organizados grupos de pressão retomarem suas ações públicas. E em novembro − se a Covid permitir − tem a COP26, conferência promovida pelas Nações Unidas em Glasgow. Ela vai reunir líderes mundiais e os maiores especialistas em clima. E devolver à questão ambiental a primazia de pauta dominante. Se a Covid permitir…

Leia o artigo de Mark Hertsgaard e Andrew McCormick em MediaTalks.

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ESPN marca volta ao estúdio com novos cenário e apresentadores

Equipe do SportScenter. Da esquerda para a direita: Eduardo Elias, Marcela Rafael, Mariana Spinelli e Bruno Vicari (Crédito: Divulgação / Twitter)
Da esquerda para a direita: Eduardo Elias, Marcela Rafael, Mariana Spinelli e Bruno Vicari (Crédito: Divulgação / Twitter)

Os apresentadores da ESPN voltaram ao estúdio em 15/2, após quase um ano trabalhando de casa. O programa SportScenter ganhou um novo cenário e um novo quadro de apresentadores. Serão duas edições ao longo do dia, com duas horas de duração cada.

Das 10h às 12h, o programa é comandado por Bruno Vicari e Mariana Spinelli, com participações fixas de Eugênio Leal e Mário Marra. Já na faixa noturna, de 20h às 22h, o SportScenter é apresentado Eduardo Elias e Marcela Rafael.

Em relação ao novo cenário, o programa tem agora um telão versátil de 500 polegadas, e o novo estúdio permite que os apresentadores se desloquem entre cenários diferentes.

Paulo Roberto Martins, o Morsa, deixa a Bandeirantes

Paulo Roberto Martins, o Morsa
Paulo Roberto Martins, o Morsa
Paulo Roberto Martins, o Morsa

O comentarista esportivo Paulo Roberto Martins, o Morsa, não teve o contrato renovado e deixou a Bandeirantes após seis anos de casa. Ele participava desde 2014 do programa Jogo Aberto, apresentado por Renata Fan. Desde o começo da pandemia, estava trabalhando de casa por ser do grupo de risco, participando do programa via chamadas de vídeo.  

Segundo apurou Gabriel Vaquer, do UOL, a Band busca profissionais que façam trabalhos em múltiplas plataformas, diferentemente do que Morsa fazia na Band, pois só participava do Jogo Aberto. Outro motivo para a decisão seria contenção de gastos.

Ele foi contratado para o Jogo Aberto em 2014, após a morte Osmar de Oliveira. Antes, passou por Record TV, Rádio Globo, Rádio Transamérica e TV Cultura. Procurada pela reportagem do UOL para confirmar a saída de Morsa, a Bandeirantes não respondeu.

Câmara de São Paulo concede voto de júbilo e congratulações a J&Cia

Por iniciativa do vereador Gilson Barreto, do PSDB, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou em 10/2 a concessão de um voto de júbilo e congratulações a J&Cia “por seu trabalho exemplar e único na divulgação das ações relevantes dos profissionais de comunicação, contribuindo para a valorização da carreira jornalística, e por sua defesa cotidiana e intransigente da democracia, dos direitos humanos e da liberdade de expressão no País”.

Apoiaram o requerimento de Barreto os vereadores Adilson Amadeu (DEM), Alessandro Guedes (PT), Camilo Cristófaro (PSB), Cris Monteiro (Novo), Edir Sales (PSD), Eduardo Matarazzo Suplicy (PT), Eli Corrêa (DEM), Eliseu Gabriel (PSB), Felipe Becari (PSD), George Hato (MDB), Isac Felix (PL), Marcelo Messias (MDB), Ricardo Teixeira (DEM), Rodrigo Goulart (PSD), Rute Costa (PSDB), Sandra Tadeu (DEM), Sidney Cruz (Solidariedade) e Xexéu Tripoli (PSDB).

O adeus a Luis Humberto Pereira

Luis Humberto Pereira / Foto: Zuleika Souza (divulgação)
Luiz Humberto Pereira / Foto: Zuleika Souza (divulgação)

Morreu em 12/2, aos 86 anos, Luis Humberto Pereira, um dos mais renomados repórteres fotográficos do País. Ele estava internado no Hospital DF-Star desde dezembro em decorrência de complicações geradas por um linfoma no sistema nervoso central.

Um dos fundadores do Instituto de Artes da UnB, Luis Humberto registrou com maestria tanto a arquitetura como a vida política da Capital da República. Chegou a Brasília em 1961, com a então mulher, Eloá, que veio transferida da Câmara dos Deputados no Rio de Janeiro para a nova capital. Formado em Arquitetura e funcionário do Ministério da Educação, Luis Humberto foi trabalhar nos projetos de construção do campus da UnB. Ali, registrando a flora local, começou os primeiros cliques que o levariam a empenhar-se em registrar a arquitetura e a política que permeiam o Planalto Central.

Em 1965, com a ditadura, juntou-se a outros professores da UnB e pediu demissão do cargo de professor, por não se alinhar à linha dura do então reitor Laerte Ramos de Carvalho. Foi trabalhar como repórter fotográfico para veículos como Veja, Visão, Realidade, IstoÉ e Jornal do Brasil. Com seu olhar instigante, crítico e muitas vezes carregado de ironia, registrou de forma única e inusitada a rotina do poder instalado entre os militares.

Nos anos 1980, deixou as redações para retornar ao magistério, na Faculdade de Comunicação da UnB, onde formou várias gerações e tornou-se referência no ensino da fotografia. Publicou os livros Fotografia: Universos & arrabaldes (1983); Brasília, sonho do Império, capital da República (1981); e Do lado de dentro de minha porta, do lado de fora de minha janela (2007).

Nos últimos anos, afetado pelo Parkinson, passou a registrar o ambiente ao redor a partir da perspectiva da cadeira de rodas. “Comecei a fotografar, a olhar as coisas de outra maneira, descobrir coisas, trabalhar num universo de dimensões menores, o que não desqualifica, mas faz você mergulhar em outra escala de coisas. Você vai descobrindo coisas que têm um certo encanto, é um jogo”, revelou ao Correio Braziliense. A trajetória de vida dele também foi contada no documentário Luis Humberto: O olhar possível.

Com velório restrito a familiares, por causa da pandemia, o corpo do fotógrafo foi enterrado no Cemitério Campo da Esperança. Foi vestido com a camisa do Fluminense e teve no caixão a bandeira do time do coração.

Algumas despedidas

“Luis Humberto Pereira é o filósofo das práticas e respectivas reflexões. Os processos de descobertas, partindo do universo particular de cada um, sempre foram sua maior aposta, seja para seu olhar pessoal seja para instigar outros olhares”, disse o fotógrafo e ex-aluno Rinaldo Morelli.

“Luis praticamente fundou o movimento da fotografia na capital. Primeiro, como professor, e depois como militante da fotografia na imprensa. Ele tem um apuro tal, com relação às artes fotográficas, que é uma referência quando se trata de fotografia artística. Ele era uma espécie de líder de todos os companheiros que estavam no batente, especialmente na época da ditadura”, disse o cineasta Vladimir Carvalho, também professor da UnB e seu amigo pessoal.

“Luis Humberto, para mim, foi como um irmão: nós convivemos, lutamos juntos dentro da mesma trincheira, à época da resistência à ditadura. Acho que ele transmite o espaço imenso de Brasília e a figura humana presente neste espaço. São imagens que ficaram célebres”, afirmou José Carlos Coutinho, amigo arquiteto e professor da UnB.

* Por Katia Moraes, correspondente de Jornalistas&Cia no Rio de Janeiro

Dia do Repórter: Metrópoles lista sete livros-reportagem de impacto

Crédito: Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Na lista estão obras dos brasileiros Eliane Brum, Daniela Arbex e Caco Barcellos, além dos americanos John Hersey, Bob Woodward e Carl Bernstein. A lista foi baseada em um post da Estante Virtual de 2019, que traz esses e outros títulos do gênero.

O Olho da Rua apresenta os bastidores de dez reportagens de Eliane Brum, com detalhes sobre entrevistas, personagens, locais visitados, e todos os dilemas e dores envolvidos nos temas dos textos, que fazem o repórter questionar sua própria jornada.

Rota 66, de Caco Barcellos, explica as origens e o funcionamento do sistema de extermínio “Esquadrão da Morte”, incluindo seus métodos e pensamentos. E o livro Todo dia a mesma noite, de Daniela Arbex, relembra e homenageia os 242 mortos no incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul.

A lista do Metrópoles cita também a obra Hiroshima, de John Hersey, que conta a história de seis sobreviventes da bomba atômica que matou 100 mil pessoas na cidade de Hiroshima, em 1945; e Todos os homens do presidente, de Bob Woodward e Carl Bernstein, que conta o processo de investigação dos repórteres sobre o Caso Watergate e como conseguiram revelar uma poderosa rede de espionagem e sabotagem montada dentro da Casa Branca.

Por fim, o texto do Metrópoles destaca A menina da quebrada, de Eliane Brum, e Holocausto brasileiro, de Daniela Arbex. 

PL que obriga Google e Facebook a pagarem por conteúdo chega ao Parlamento da Austrália

eis estrela nova campanha da Audi
eis estrela nova campanha da Audi

Após meses de tensão entre Google e Facebook e o Governo australiano, com direito a ameaças por parte das gigantes digitais de sairem do país, o conflito chegou a uma etapa decisiva. O Parlamento da Austrália deve votar esta semana em um projeto de lei que obriga Google e Facebook a pagarem pelo conteúdo jornalístico compartilhado em suas plataformas.

Jornais do país dizem que partidos de oposição mostraram-se a favor do PL, o que fortalece a posição do primeiro-ministro Scott Morrison. Algumas grandes organizações de mídia do País fecharam acordos diretos para entrar no Google News Showcase, como a Seven West Media, e a Nine Entertainment, dona do jornal Sydney Morning Herald.

Mais recentemente, o Google fechou contrato com a News Corp., do empresário Rupert Murdoch. O valor do acordo desta última, inclusive, não foi revelado, mas vale também para títulos nos Estados Unidos, como Wall Street Journal e The New York Post, e no Reino Unido, como The Times e The Sun.

Segundo o Financial Times, quando o Google foi lançado, em 1998, jornais e revistas respondiam ​​por quase um em cada dois dólares em publicidade em todo o mundo. Em 2020, de acordo com o GroupM, as editoras detinham apenas 8.3% da verba de publicidade, totalizando US$ 578 bilhões. Não é à toa que União Europeia, Reino Unido e Canadá, que já deram a partida na implantação de leis para as plataformas digitais, estão de olho no conflito na Austrália, cujos desdobramentos podem transformar a relação entre a indústria midiática e gigantes de tecnologia.

Leia mais detalhes do caso em MediaTalks by J&Cia.

UOL denuncia que jornalista de Minas Gerais ameaçou e perseguiu colegas de TV

Reportagem de Adriano Wilkson, do UOL, denuncia que o repórter Bernardo Lima, que se diz dono de uma webrádio em Minas Gerais, ameaçou, assediou, importunou e perseguiu jornalistas mulheres de emissoras de TV como Globo, Band e SBT. As profissionais relataram que, pelas redes sociais e telefone, Bernardo dirigiu ofensas e comentários inoportunos e recorrentes, e ameaçou publicar histórias falsas sobre elas.

Segundo a reportagem, os relatos das jornalistas ameaçadas mostram um padrão de comportamento: Bernardo entra em contato como a colega de profissão, mostra admiração pelo trabalho e insiste em se comunicar com ela até se tornar incômodo. Quando é ignorado ou bloqueado, passa a se comportar, segundo elas, como um hater e um perseguidor. As profissionais que relataram a perseguição do repórter optaram por não registrar boletins de ocorrência.

Uma das importunadas disse que Bernardo descobriu sua senha do Facebook e ameaçou publicar uma história falsa inventada por ele. Outra relevou que o repórter chegou a comentar com uma conhecida dela que gostaria de matá-la.

Há duas semanas, a repórter Lívia Laranjeira, da TV Globo, denunciou em seu Twitter uma mensagem que recebeu de Bernardo. Na ocasião, ele escreveu utilizando o perfil um veículo de comunicação que afirmava possuir:

Em 2018, o repórter admitiu ter falsificado a carteirinha da Associação Mineira de Cronistas Esportivos (AMCE). A reportagem do UOL teve acesso a uma troca de e-mails na qual Bernardo justificou a falsificação dizendo que precisava se defender pois estava “sendo vítima de difamação”. Desde então, a AMCE vem recusando todas as tentativas de credenciamento feitas por Bernardo. A entidade afirmou que recebeu diversas denúncias contra o comportamento do jornalista, mas que nada pode fazer justamente por ele não ser filiado.

Procurado pela reportagem do UOL, Bernardo afirmou por telefone em 9/2 que não se pronunciaria sobre o teor das denúncias. Procurado pelo WhatsApp, ele insistiu que não comentaria.

Leia a reportagem completa do UOL.

Jornalistas do Ceará estão há três anos sem reajuste salarial e outros direitos

Ilustração: Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce)

O Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) denunciou em comunicado as condições precárias de trabalho dos jornalistas cearenses, há três anos sem reajuste salarial, Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e outros direitos.

A entidade reitera que, sem tais direitos, os profissionais estão “descobertos”, pois seguem na linha de frente, trazendo informações sobre a Covid-19 com risco de contrair a doença. Segundo o Sindjorce, a situação é provocada “pela intransigência dos principais conglomerados de comunicação do Estado”.

O comunicado afirma que a entidade “vem tentando negociar com os patrões durante todo esse tempo, mas só recebe desculpas evasivas e nenhuma proposta concreta para restabelecer os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da mídia”. O texto destaca que Sistema Verdes Mares, Sistema Jangadeiro e Grupo O Povo, os maiores empregadores de profissionais de imprensa, cortaram pelo menos 25% dos salários durante a pandemia.

Rafael Mesquita, presidente do Sindjorce e diretor de Mobilização da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), declarou que “os jornalistas do Ceará são colocados sob risco sanitário, sobrecarga de trabalho, multifunção e ainda são obrigados a utilizar recursos próprios para manter o trabalho em casa. Ao mesmo tempo, grupos como Sistema Verdes Mares, O Povo, Cidade e Sistema Jangadeiro mentem para a sociedade, afirmando que valorizam o jornalismo profissional. Na nossa avaliação, valorizar o jornalismo é garantir trabalho decente e remuneração digna para os profissionais da área“.

Projeto reunindo TVs britânicas monitora diversidade e inclusão nas telas e nos bastidores

Crédito: Aarón Blanco Tejedor / Unsplash

O relatório 2021 do programa Diamond, que monitora a diversidade e inclusão nas telas e nos bastidores da TV britânica, não trouxe boas notícias para três dos seis grupos pesquisados pela iniciativa. O trabalho abrange todos os gêneros de produção, como drama, comédia, infantil, factual e entretenimento.

Mulheres, negros e minorias étnicas diminuíram sua presença tanto nas telas como nos bastidores, mas continuaram com índices acima de sua participação na população e na força de trabalho do Reino Unido. O grupo LGB foi  o único a conquistar mais espaço no vídeo e nos bastidores, atingindo índices que representam o dobro de sua participação na composição da força de trabalho e da população do Reino Unido.

Maiores de 50 anos e pessoas com necessidades especiais, apesar dos pequenos avanços verificados, continuaram sub-representados nas telas e por trás das câmeras. O mesmo aconteceu com os transgêneros, só que para estes foi pior, pois viram sua participação diminuir ainda mais no vídeo.

No jornalismo, as mulheres permaneceram, como no ano anterior, sub-representadas nas telas, mas aumentaram a participação nos bastidores. Com os negros e minorias ocorreu o contrário: elevaram a presença nas telas e perderam espaço atrás das câmeras. A presença de negros e minorias diminuiu 1% nas telas das produções factuais e 3,1% nas de current affairs.

O acompanhamento, que vem sendo feito desde 2016, é apontado como o primeiro sistema de coleta de dados online a ter sido implantado no mundo para monitorar e apontar caminhos para aumentar a diversidade e a inclusão de uma indústria.

Participam cinco das principais emissoras britânicas − BBC, SKY, ITV, Channel 4 e Channel 5/ViacomCBS. Junto com BAFTA, ScreenSkills, Pact, ITN e S4C, elas mantêm a Creative Diversity Network, que conduz a iniciativa.

Esta última edição consolida dados coletados de 36 mil formulários preenchidos por participantes de produções televisivas. Desde a primeira edição, o Diamond já coletou mais de 1,9 milhão de contribuições.

Veja o artigo completo em MediaTalks by J&Cia.

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