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sexta-feira, julho 4, 2025

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Ranking 2024: Pesquisa atinge a marca de 200 prêmios avaliados

O Ranking +Premiados da Imprensa Brasileira chegou em 2024 a 200 prêmios analisados. A marca é três vezes maior do que a registrada na primeira edição da pesquisa, publicada em 2011, quando foram analisadas 65 iniciativas.

Neste ano, dez novos prêmios de jornalismo foram incluídos. São eles o internacional One World Media Awards, promovido pela organização britânica OWM, que trabalha em prol da justiça social e do desenvolvimento global; o Prêmio INAC de Integridade, iniciativa nacional que em 2025 chega à sua 5ª edição; e os prêmios estaduais Sistema Famasul, SRCG de Agrojornalismo e OCB/MS, todos do Mato Grosso do Sul, Adepes e Jornalismo Cooperativista, do Espírito Santo, AMOP, do Paraná, MPGO, de Goiás, e Abapa, da Bahia.

Vale lembrar que apenas iniciativas que já tiveram ao menos três edições realizadas em sua história estão aptas a serem incluídas na lista de premiações avaliadas.

Cálculo para ranking de veículos não considera prêmios internos

Para chegar aos resultados dos rankings de veículos e grupos mais premiados do ano e da história algumas medidas e ajustes são necessárias. Além de considerar a pontuação integral de maneira única para o caso de trabalhos em equipe, não são computados os resultados dos prêmios internos de veículos.

Com isso, em vez de 200 iniciativas, esses levantamentos levam em consideração os resultados de 193 premiações, desconsiderando assim os prêmios Abril, Agência Estado, Editora Globo, Estadão, Folha, RBS e Zero Hora.

Confira a relação completa:

Internacionais

  • Colombe D’oro Per La Pace
  • CPJ Internacional Press Freedom
  • Econômico Ibero Americano
  • Every Human Has Rights
  • Eset-LA
  • Gabo
  • Global Shining Light Award
  • Iberoamericano Rei da Espanha
  • Knight International
  • Kurt Schork
  • Latino Americano em Saúde Vascular
  • Latinoamericano de Jornalismo Investigativo
  • Lorenzo Natali
  • Maria Moors Cabot
  • One World Media Awards**
  • Roche
  • Seal Awards
  • SIP
  • Wash Media Awards

 

Nacionais

  • +Admirados da Imprensa
  • 3M
  • 99
  • ABCR
  • ABCZ
  • Abdias Nascimento
  • Abear
  • Abecip
  • ABF
  • Abimilho
  • Abmes
  • ABP
  • Abraciclo
  • Abracopel
  • Abrafarma
  • Abraji
  • Abramge
  • Abrapp
  • Abrelpe
  • Abvcap
  • ACIE
  • Adpergs
  • AEA de Meio Ambiente
  • Allianz Seguros
  • Alltech
  • Amaerj – Patrícia Acioli
  • AMB
  • ANA
  • Anamatra
  • Andifes
  • ANTF
  • Automação Imprensa
  • Ayrton Senna
  • Biodiversidade da Mata Atlântica
  • BM&FBovespa
  • Bracelpa
  • Brasil Ambiental
  • C6
  • Caixa
  • Câmara Espanhola
  • Cbic
  • CICV
  • Citi
  • Cláudio Abramo
  • Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados
  • CNA
  • CNH
  • CNI
  • CNT
  • Comissão Europeia de Turismo
  • Comunique-se
  • Direitos Humanos
  • Ecopet
  • Embrapa
  • Embratel
  • Esso
  • Estácio de Sá
  • Ethos
  • Fenacon
  • Fraterno Vieira
  • Gilberto Velho
  • GTPS
  • IBGC
  • IGE
  • IMPA
  • Imprensa de Educação ao Investidor
  • INAC de Integridade**
  • IREE
  • Itaú de Finanças Sustentáveis
  • Jabuti
  • João Valiante
  • Jornalismo em Seguros
  • Jornalista de Impacto
  • Jornalista Tropical
  • Jornalistas&Cia
  • José Hamilton Ribeiro
  • José Luiz Egydio Setúbal
  • José Reis
  • Líbero Badaró
  • Longevidade
  • Massey Ferguson
  • Medtronic
  • Microcamp
  • Mobilidade Urbana Sustentável (ITDP)
  • Mongeral Imprensa
  • MPT
  • Mulher Imprensa
  • New Holland
  • NHR Brasil
  • Onip
  • Personalidade da Comunicação
  • Petrobras
  • Policiais Federais
  • República
  • SAE Brasil
  • Santos Dumont
  • SBD
  • Sbim
  • SBR/Pfizer
  • Sebrae
  • Sefin
  • Senai
  • Telesp
  • Tim Lopes (Andi)
  • Tim Lopes (Disque Denúncia-RJ)
  • Top Etanol
  • Transparência
  • Troféu Audálio Dantas
  • Unisys
  • Vladimir Herzog
  • Volvo

 

Regionais

  • BNB (Nordeste)

 

Estaduais

Alagoas

  • Braskem
  • Octávio Brandão

 

Amazonas

  • Fapeam

 

Bahia

  • Abapa**

 

Ceará

  • ACI
  • Adpec
  • Gandhi
  • MPCE
  • Prefeitura de Fortaleza

 

Distrito Federal

  • Engenho

 

Espírito Santo

  • Adepes**
  • Jornalismo Cooperativista**

 

Goiás

  • OAB-GO
  • MPGO**
  • Sincor-GO

 

Mato Grosso do Sul

  • Águas Guariroba
  • OCB-MS**
  • Sistema Famasul**
  • SRCG de Agrojornalismo**

 

Minas Gerais

  • CDL/BH
  • Chico Lins
  • Corecon-MG
  • Crea-MG
  • Délio Rocha

 

Pará

  • Aimex/Danilo Remor
  • Hamilton Pinheiro
  • Sistema Fiepa

 

Paraná

  • AMOP**
  • Fecomércio-PR
  • Femipa
  • Ocepar
  • Sangue Bom
  • Sistema Fiep

 

Pernambuco

  • Cristina Tavares

 

Piauí

  • MPPI

 

Rio de Janeiro

  • Alexandre Adler/Sindhrio
  • Corecon-RJ
  • Firjan
  • Mobilidade Urbana
  • Secovi-Rio

 

Rio Grande do Norte

  • MPRN

 

Rio Grande do Sul

  • Amrigs
  • ARI
  • Asdep
  • Cooperativismo Gaúcho
  • Corecon-RS
  • José Lutzemberger
  • Justiça Eleitoral
  • MPRS
  • Press
  • Setcergs
  • Sindilat-RS
  • Themis

 

Rondônia

  • MPRO

 

Santa Catarina

  • CRO-SC
  • Fenabrave-SC
  • Fiesc

 

São Paulo

  • Abag/RP
  • Aceesp
  • Crosp
  • Fecomércio-SP
  • Fundação Feac

 

Internos de veículos*

  • Abril
  • Agência Estado
  • Editora Globo
  • Estadão
  • Folha
  • RBS
  • Zero Hora

* Prêmios internos não são considerados nos rankings dos +Premiados Veículos e +Premiados Grupos de Comunicação
** Premiações incluídas nesta edição do Ranking

Por dentro da Comunicação Pública

A comunicação ocupou a cena em janeiro de 2025, principalmente pelas ameaças à liberdade de expressão, com perspectiva de silenciamento de opiniões de minorias e da livre circulação de discursos falsos, extremistas e a atuação implacável das plataformas digitais para não terem suas atividades submetidas à regulação.

Se você não está conseguindo acompanhar tudo, além de ficar antenado no conteúdo aqui do Portal dos Jornalistas, pode ler o artigo Afasta de mim esse cálice − Da ditadura do silêncio à ditadura da algazarra, que reúne uma seleção de dados e tendências já anunciados para a área da comunicação em 2025. Como a pesquisa do Instituto Reuters sobre o que vai impactar os trabalhos de jornalistas e de comunicadores públicos e a pesquisa da USP que foi traduzida em uma cartilha bem simples para orientar todos os públicos sobre o ainda pouco compreendido mas muito perigoso “normal” nas redes sociais: “Você é o produto”, embora os donos das plataformas queiram que o usuário acredite que You are the media now.

A notícia boa do mês é que, em direção contrária às investidas em favor da desinformação, tem órgão adotando iniciativas concretas em favor do acesso à informação e da participação social. A Defensoria Pública do Ceará acabou de lançar a sua Política Estadual de Comunicação, que, segundo eles anunciaram, está “alinhada aos princípios de transparência, publicidade e inclusão”.  O mais importante, na avaliação da ABCPública, é que a iniciativa coloca em prática uma recomendação do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos Gerais (Condege); sendo assim, torcemos para que reverbere em outras defensorias do País. Por meio da política de comunicação, o Condege pretende “consolidar uma comunicação mais acessível e estratégica, promovendo a educação em direitos e a participação cidadã”, usando “linguagem simples, acessível e inclusiva, com enfoque antirracista, antiLGBTfóbico e antimisógino”.

Veja a seguir alguns canais e projetos que vão te deixar bem informado sobre tudo que vai rolar na comunicação pública em 2025.

Mapa da Regulamentação da ABCPública

Se você é como nós e acredita que a comunicação pública só ganha força se estiver bem explicitada em compromissos oficiais, como as políticas de comunicação, não perca tempo: visite a área de políticas de comunicação disponível no site da ABCPública. São mais de 200 documentos que podem te ajudar a pensar uma proposta de política que melhor se adequa à instituição onde você trabalha.

Podcast Comunicação Pública: Guia de Sobrevivência – Sexta temporada traz novidades e temas relevantes

Ao celebrar cinco anos no ar, o podcast Comunicação Pública: Guia de Sobrevivência inicia a sexta temporada com novo quadro e diversidade de temas e de convidados

Se você ainda não ouviu o primeiro episódio de 2025, não perca! Aline Castro abriu os trabalhos com uma superdica sobre o uso de “mensagens-chave” ou key messages, para “fazer acontecer” na comunicação, ou seja, ajudar comunicadores a alcançar mais efetividade nos projetos. Usando linguagem simples, exemplos criativos e altíssimo astral, ela conduz um bate-papo que prende a sua atenção do início ao fim. Não perca!

E se você não conseguiu acompanhar, as edições históricas estão indicadas a seguir:

Vale a pena ouvir de novo: O episódio inaugural, lançado em 28 de janeiro de 2020, contou com a participação de Jorge Duarte, abordando o tema Comunicação Estratégica.

Trajetória: De lá para cá, foram produzidos 60 episódios completos, além de mais de 40 interprogramas e cases de sucesso, apresentados por profissionais e especialistas de diversas regiões. Ao todo, o podcast já trouxe mais de 90 pessoas entrevistadas.

Propósito: O podcast busca combinar leveza e bom humor com insights práticos, que inspirem profissionais de comunicação a agir pelo interesse público e pela transformação social brasileira.

Sexta temporada: A nova temporada traz o novo quadro Dica de Sobrevivente, com entrevistas curtas com profissionais que atuam no setor público, compartilhando aspectos de suas rotinas e experiências práticas.

Em 2025, também estão previstos temas de episódios variados, tais como diagnóstico de comunicação; criação digital; gestão de equipes; experiência do usuário; participação social, e muito mais!

Onde ouvir: O podcast é apresentado e produzido por Aline Castro, jornalista, servidora pública e integrante da diretoria nacional da ABCPública. Ele está disponível nos principais players de áudio e vídeo: Spotify; Apple Podcasts; Amazon Music; Deezer; YouTube.

Audiência pública sobre moderação de conteúdo em plataformas digitais

Audiência AGU (Crédito: Emanuelle Sena/AscomAGU)

A Advocacia-Geral da União (AGU) promoveu em 22/1 uma audiência pública para debater diretrizes de moderação do conteúdo nas plataformas digitais.

Um dos resultados é que a AGU vai elaborar um documento com sugestões para a regulamentação das redes sociais no Brasil, que será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e para o Congresso Nacional. Leia mais aqui.

A ausência de representantes das empresas que atuam no País, mesmo tendo sido convidadas, não impediu o debate, que seguiu com a participação de especialistas e integrantes da sociedade civil. Eles discutiram propostas para combater a desinformação, promover direitos fundamentais e estabelecer novas regras para as redes sociais. Assista aqui.

Pode não parecer novidade, mas aqui há dados que te ajudam a trabalhar em direção contrária

De acordo com o levantamento do Instituto Ipsos, 62% dos brasileiros acreditam em notícias falsas. Nesse quesito somos líderes e estamos à frente de Arábia Saudita e Coreia do Sul, Peru e Espanha. A pesquisa mundial, segundo o Ipsos, revela ainda “uma redução da confiança nos políticos e um aumento no uso indevido dos fatos”.

Sabemos que às vezes as fake news são tão bem elaboradas que é difícil até desconfiar. Sabendo disso, várias instituições criaram programas de verificação de fatos para salvar os brasileiros da dúvida cruel: “é ou não é fake news?”. Aqui vão algumas dessas iniciativas:

●       Senado Verifica – Fato ou Fake? é um canal de interação com o cidadão destinado à checagem da veracidade de informações sobre o Senado publicadas em quaisquer meios de comunicação e nas redes sociais, consideradas falsas, incorretas ou que tenham a finalidade de gerar engano ou ânimo contrário à instituição: https://www12.senado.leg.br/verifica.

  • O site Brasil Contra Fake é uma plataforma dedicada à divulgação de informações e esclarecimentos sobre desinformação relacionada às ações institucionais do Governo Federal, assim como às políticas públicas que são alvo de desinformação: https://www.gov.br/secom/pt-br/fatos/brasil-contra-fake.

●       Para combater as fake news sobre saúde, o Ministério da Saúde criou o projeto Saúde Sem Fake News, um canal de comunicação com a população. Qualquer cidadão pode adicionar gratuitamente no celular o WhatsApp do Ministério da Saúde − (61) 99289-4640.

●       A agência Lupa é um hub de combate à desinformação por meio do jornalismo e da educação midiática: https://lupa.uol.com.br/.

●       Aos Fatos é uma organização jornalística dedicada à investigação de campanhas de desinformação e à checagem de fatos: https://www.aosfatos.org/.

●       A Justiça Eleitoral possui o Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação, que tem o objetivo de estimular a confiança social no processo eleitoral brasileiro, assim como a percepção em torno da imparcialidade, do profissionalismo e da fundamentalidade da Justiça Eleitoral: https://www.justicaeleitoral.jus.br/desinformacao/#desinformacao-parceiros.

●       G1 − Fato ou Fake, é serviço de verificação de fatos do Grupo Globo, lançado em 2018: https://g1.globo.com/fato-ou-fake/.

●       O Comprove é o canal de checagem de notícias relacionadas à Câmara dos Deputados. Por meio dele, o cidadão pode tirar dúvidas sobre conteúdos recebidos pelas redes sociais ou divulgados em sites da internet: https://www.camara.leg.br/comprove.

●       O FactCheck é focado em entregar notícias verdadeiras sobre a política norte-americana: https://www.factcheck.org/.

Preciosidades do acervo Assis Ângelo: Licenciosidade na cultura popular (XCV)

Por Assis Ângelo

O Pecado, conto de Olavo Bilac, trata de uma jovem cheia de medo por ter cometido pecados cabeludos. Tinha de se confessar, de qualquer jeito, pra se sentir melhor. A caminho da igreja e do confessor, a jovem topa com uma amiga que vinha da igreja. Começa assim:

 

A Anacleta ia caminho da igreja, muito atrapalhada, pensando no modo porque havia de dizer ao confessor os seus pecados… Teria a coragem de tudo? E a pobre Anacleta tremia só com a ideia de contar a menor daquelas cousas ao severo padre Roxo, um padre terrível, cujo olhar de coruja punha um frio na alma da gente. E a desventurada ia quase chorando de desespero, quando, já perto da igreja, encontrou a comadre Rita.

Abraços, beijos… E lá ficam as duas, no meio da praça, ao sol, conversando.

− Venho da igreja, comadre Anacleta, venho da igreja… Lá me confessei com o padre Roxo, que é um santo homem…

− Ai! comadre! − gemeu a Anacleta − também para lá vou… e se soubesse com que medo! Nem sei se terei a ousadia de dizer os meus pecados… Aquele padre é tão rigoroso…

− Histórias, comadre, histórias! − exclamou a Rita − vá com confiança e verá que o padre Roxo não é tão mau como se diz…

− Mas é que meus pecados são grandes…

− E os meus então, filha? Olhe: disse-os todos e o Sr. padre Roxo me ouviu com toda a indulgência…

− Comadre Rita, todo o meu medo é da penitência que ele me há de impor, comadre Rita…

− Qual penitência, comadre?! − diz a outra, rindo − as penitências que ele impõe são tão brandas!… Quer saber? contei−lhe que ontem o José Ferrador me deu um beijo na boca… um grande pecado, não é verdade? Pois sabe a penitência que o padre Roxo me deu?… mandou−me ficar com a boca de molho na pia de água benta durante cinco minutos…

 

Bom, a obra de Olavo Bilac é sem dúvidas uma obra exemplar. Como exemplar também é a enorme obra do cearense Chico Anysio.

Chico Anysio

Chico foi humorista, ator, escritor e um monte de outras coisas. Deixou muitos livros publicados. Seus espetáculos levavam muita gente, que ria de tudo que ele dizia.

Num dos seus últimos stand-ups, Chico conta histórias de amor, sexo e palavrões. Era seu jeito, solto e sem firulas. Fez o povo mijar-se de rir quando começou dizendo que no seu tempo “era muito difícil comer gente”. E mais: “Era só puta ou empregada… Eu gosto de puta porque a puta não me reconhece no dia seguinte”. Disse também: “Eu tinha um Fiat Pulga, que é um carro mínimo, né? Quem tem pau grande não cabe nele…”.

Pois é, teve um tempo rico de autores e atores.

Chico Anysio criou mais de 200 personagens. Incluindo mulheres ditas da vida.

Casou-se várias vezes, inclusive com uma ex-ministra do governo Collor: Zélia Cardoso de Mello, que por sua vez teve um caso com o ex-senador Bernardo Cabral.

Chico foi quem foi, no humorismo desenvolvido de todas as formas.

Na poesia, como no teatro, são inúmeros os autores que abordam desde sempre o tema erótico, que a hipocrisia social teima em torcer o nariz.

O poeta paraibano Augusto dos Anjos não deixou de enveredar por tais trilhas. Os exemplos são muitos e bons, como esses que escreveu: Orgia, A Meretriz e o mais conhecido de todos: Versos Íntimos.

Augusto dos Anjos

Houve um tempo em que o autor era chamado de O Poeta das Putas. A razão disso devia-se ao fato de ele ser declamado por tudo quanto era “mulher perdida”.

Aqui, um exemplo da escrita erótica do autor de Eu e Outras Poesias:

 

Ah! Por que monstruosíssimo motivo

Prenderam para sempre, nesta rede,

Dentro do ângulo diedro da parede,

A alma do homem polígamo e lascivo?!

Este lugar, moços do mundo, vêde:

É o grande bebedouro colectivo,

Onde os bandalhos, como um gado vivo,

Todas as noites, vêm matar a sede!

É o afrodístico leito do hetairismo,

A antecâmara lúbrica do abismo,

Em que é mister que o gênero humano entre,

Quando a promiscuidade aterradora

Matar a última força geradora

E comer o último óvulo do ventre!

 

Em 1982, Hilda Hilst lançou à praça o livro A Obscena Senhora D.

Nesse livro a narrativa é em primeira pessoa, e os desavisados ficam na dúvida de a quem de fato a autora se refere: a ela mesma ou à personagem do título.

No decorrer de toda a sua existência, Hilda Hilst provocou grandes polêmicas, ora falando mal de Deus e tudo mais. A sua boca era uma espécie de cachoeira de palavrões e a sua mente, um universo de fogo sem preconceitos.

Hilda era filha de um fazendeiro do interior paulista, da linhagem quatrocentona de Prado. Apolônio, que conheceu a futura esposa Bedecilda no Rio de Janeiro. Corria o ano de 1920. Ele voltou para a sua cidade, Jau, e Bedecilda logo depois foi à sua procura. Na cidade, começou a perguntar onde era possível achá-lo. Encontrou-o num bordel em Bauru.

Voltaram os dois às boas e logo se casaram. Ele não queria filho. Em 1930 nasce, pra seu desespero, Hilda.

No correr do tempo, Hilda conta que o pai largou a mãe quando ela tinha dois ou três anos de idade.

Essa história é longa; longa e acidentada. A própria Hilda chegou a revelar que o pai ficara louco e fora internado num hospício. Morreu em 1966. Revelou também que a mãe era uma doidivanas.

São muitos os textos em versos e prosa deixados por Hilda Hilst.

Aníbal Machado, que chegou a se esconder no pseudônimo Antônio Verde, é um nome pouco lembrado hoje em dia. Deixou boas coisas publicadas, entre elas o conto Viagem aos Seios de Duília. Trata de uma história que tem como protagonista o funcionário aposentado José Maria. Solteirão. Uma hora, esse José lembra-se da sua primeira namorada e resolve procurá-la nos cafundós do Judas, onde nasceu. Reencontra a amada, viúva, com uma porrada de filhos e netos nas costas. As dificuldades a deixaram velhinha, velhinha da Silva. Num determinado momento, o personagem dá no pé, arrependido de ter voltado ao passado. Virou filme, em 1964, mesmo ano em que aos 70 Aníbal morreu.


Reproduções de Flor Maria e Anna da Hora

Contatos pelos assisangelo@uol.com.br, http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333

  • Leia também:

100 anos de Rádio no Brasil: IA poderá mudar futuro da música, publicidade e design de som

Por Álvaro Bufarah (*)

O Fugatto, uma inovadora ferramenta de inteligência artificial desenvolvida pela NVidia, promete transformar a criação e a manipulação de áudio, criando novas possibilidades para diversos setores criativos. Esse modelo de IA é capaz de gerar e modificar músicas, vozes e efeitos sonoros a partir de descrições textuais e arquivos de áudio. Por sua versatilidade, permite a criação de sons nunca antes ouvidos, como a combinação de saxofones com latidos ou trombetas com miados, demonstrando a amplitude de suas possibilidades. Ela pode alterar ainda o tom das vozes, modificando sotaques ou emoções em falas e até editar músicas, isolando vocais ou substituindo instrumentos de forma simplificada.

O potencial de aplicações dessa IA é vasto. No campo da produção musical, compositores podem utilizá-la para criar rapidamente protótipos de músicas, experimentar diferentes estilos e instrumentos e melhorar faixas existentes. Essa ferramenta permite uma liberdade criativa sem a necessidade de uma vasta infraestrutura de gravação e produção, o que a torna acessível e eficiente, principalmente para artistas independentes.

Em publicidade, o Fugatto pode ser usado para personalizar campanhas publicitárias de maneira precisa. Agências de marketing podem adaptar vozes com diferentes sotaques e emoções para atingir públicos específicos, aumentando a relevância e a eficácia das mensagens. A personalização é um recurso crucial em um cenário competitivo, onde as marcas buscam se conectar mais intimamente com seus consumidores.

Na área de educação e aprendizado de idiomas, recursos baseados na ferramenta podem gerar materiais personalizados, criando vozes específicas para diferentes necessidades de aprendizagem. Por exemplo, ao estudar um novo idioma, os alunos podem ouvir falas com diferentes sotaques ou variações emocionais, o que facilita a assimilação das nuances da língua. A tecnologia pode se adaptar ao ritmo de aprendizado do estudante, promovendo uma abordagem personalizada e eficaz.

No mercado de desenvolvimento de jogos, a ferramenta pode ser um trunfo para criar sons dinâmicos, que se ajustam às ações dos jogadores, proporcionando uma experiência mais imersiva. O áudio é um elemento essencial para a atmosfera de um jogo, e com o Fugatto desenvolvedores podem gerar efeitos sonoros únicos, que reagem em tempo real ao comportamento do jogador, criando uma interação ainda mais realista e envolvente.

Já no design de som, profissionais podem utilizar a IA  para criar efeitos sonoros inovadores ou modificar características de áudios para atender a requisitos específicos de projetos cinematográficos ou de mídia. A capacidade de gerar sons complexos de maneira rápida e eficiente é um grande benefício para a indústria de filmes, animações e outras produções audiovisuais que dependem de efeitos sonoros de alta qualidade.

Contudo, apesar de seu potencial transformador, o Fugatto ainda não está disponível ao público em geral. A NVidia ainda não anunciou planos para liberar o modelo amplamente, uma vez que a empresa reconhece os riscos associados ao uso indevido da tecnologia, como a violação de direitos autorais ou a criação de deep fakes de áudio. A disseminação de desinformação por meio de modificações de áudio, por exemplo, é uma preocupação crescente, que demanda regulamentações cuidadosas para garantir o uso ético e seguro da ferramenta. A empresa destaca que, embora a tecnologia tenha o poder de revolucionar as indústrias criativas, é crucial considerar as implicações éticas e sociais de seu uso, especialmente quando se trata de manipulação de áudio que pode ser usado para enganar ou criar falsidades.

Ainda assim, o Fugatto apresenta-se como uma ferramenta de grande impacto no futuro da criação de áudio, com um grande potencial para expandir os horizontes da criatividade sonora e transformar indústrias como música, publicidade, educação, design de som e games. No entanto, o debate sobre o seu uso responsável e as medidas de proteção de dados e direitos autorais permanece essencial para garantir que a tecnologia seja explorada de maneira ética e benéfica para todos os envolvidos.


Álvaro Bufarah

Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.

(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.

Globo contrata Thomas Traumann como comentarista do Estúdio i

Globo contrata Thomas Traumann como comentarista do Estúdio i
Crédito: Sérgio Zalis/Divulgação

O jornalista e ex-ministro Thomas Traumann foi contratado pela Globo para integrar o programa Estúdio i. Na atração, comandada por Andréia Sadi na GloboNews, ele participará duas vezes por semana como comentarista dos bastidores da política, trazendo análises e informações sobre o tema em dias pré-estabelecidos pela emissora. A informação é da coluna F5, da Folha de S.Paulo. De acordo com a coluna, outros nomes também devem ser incluídos no programa.

Reconhecido por sua atuação na cobertura política, Thomas Traumann já passou por veículos como as revistas Veja e Época, além da própria Folha, onde atuou como repórter especial. Entre fevereiro de 2014 e março de 2015, ele foi ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social durante o governo de Dilma Rousseff (PT).

Mauro Naves deixa a ESPN e assina com a Amazon

Mauro Naves deixa a ESPN e assina com a Amazon

O comentarista Mauro Naves deixou a ESPN após cinco anos de casa. Ele assinou contrato com o Amazon Prime Video para as transmissões do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, ao lado de nomes como Galvão Bueno, André Hernan e Rafael Oliveira.

Segundo informações do F5 (Folha de S.Paulo), a contratação de Naves foi um pedido de Galvão Bueno. Por muito anos, os dois fizeram uma dupla de sucesso na cobertura esportiva no Grupo Globo. No Amazon Prime, atuarão juntos novamente nas partidas do Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil.

Naves chegou ao Grupo Disney em 2020, pouco antes da fusão entre ESPN e Fox Sports. Após a fusão, atuou pela ESPN em programas como o SportsCenter e em transmissões de jogos da Libertadores e torneios europeus de futebol. Ultimamente, trabalhava como comentarista do programa ESPN FC Nacional.

Antes da ESPN, Naves atuou como repórter da Globo por mais de 30 anos, entre 1987 e 2019, cobrindo diversos eventos esportivos. Fez dupla de sucesso com Galvão Bueno na transmissão dos jogos da Seleção Brasileira de futebol.

A Amazon fechou contrato para transmitir os jogos dos times da Liga Forte União no Campeonato Brasileiro. Ao todo, serão 38 partidas por ano exibidas exclusivamente no Amazon Prime.

Editora Três encerra versões impressas de IstoÉ e IstoÉ Dinheiro

Editora Três encerra versões impressas de IstoÉ e IstoÉ Dinheiro

Em comunicado enviado em 24/1 aos jornaleiros e bancas de jornais, a Editora Três anunciou o fim das versões impressas das revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro. O texto diz ainda que as publicações vão transicionar para o meio digital. Segundo o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), a decisão não havia sido comunicada para os jornalistas, que estão em greve há mais de 20 dias, desde 6/1.

A editora se reuniu com o SJSP em 24/1 e oficializou a decisão de encerrar as versões impressas das revistas. A empresa admitiu o momento crítico, destacando o número muito abaixo do esperado de anúncios, especialmente no mês de dezembro. Em grave crise financeira, a editora diz não ter dinheiro para regularizar as várias dívidas trabalhistas, adotando o pagamento de metade dos salários, sem comunicar os funcionários do pagamento, e isso quando os pagamentos são de fato realizados.

A situação é gravíssima há anos na Editora Três. Em seu segundo processo de recuperação judicial, iniciado em 2020, a empresa não cumpriu diversos acordos trabalhistas com seus funcionários, que estão com meses de salário atrasados e estão na sexta greve em menos de um ano. Os funcionários exigem que a empresa cumpra um acordo feito em julho do ano passado, que incluía o pagamento de salários atrasados, 13º de 2024 e metade da mesma gratificação de 2023, que não honrado pela editora. Nem o presidente da editora, Caco Alzugaray, nem os responsáveis pelos setores financeiro e jurídico têm dado qualquer informação sobre prazos para os pagamentos. A empresa foi denunciada pelo SJSP à Justiça do Trabalho e à Vara de Falência.

Vale lembrar que, na semana passada, o SJSP denunciou que, para seguir publicando as edições semanais da IstoÉ e Dinheiro e a mensal da Motorshow, a editora recorreu a matérias de gaveta e frilas para furar a paralisação.

A situação é gravíssima há anos na Editora Três. Em 2021, a empresa leiloou seu prédio industrial de quase 130 mil m², localizado em Cajamar (SP), que abrigava a gráfica da editora. O leilão, que estava previsto no plano de recuperação judicial da editora, foi realizado para quitar uma dívida de quase R$ 300 milhões.

E em 2022, o portal da Editora Três, responsável pelas versões digitais de IstoÉ, IstoÉ Dinheiro, Motorshow e Planeta, foi comprado pelo empresário Antonio Freixo Junior, sócio na Entre Investimentos, por R$ 15 milhões.

Leia na íntegra o comunicado que circulou na sexta-feira (24/1):

Prezado jornaleiro,

Informamos por meio deste que a Editora Três, responsável pelos títulos IstoÉ e IstoÉ Dinheiro, encerrará a produção de revistas impressas, transicionando para o meio digital. Sendo assim não haverá mais o envio de exemplares as bancas.

Entendemos que essa situação pode trazer instabilidade para aqueles que possuem clientes fixos e boas vendas, infelizmente produtos como jornais e revistas se tornam cada vez mais escassos no mundo atual.

Seguiremos responsáveis pela logística até a última numeração enviada (Ed. 2864).

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“Pai, afasta de mim esse cálice!” – Da ditadura do silêncio à ditadura da algazarra

Crédito: Piotr Cichosz/Unsplash

Por Lília Gomes de Menezes

Pai, afasta de mim esse cale-se! Em 1978, quando a letra dessa canção foi composta por Chico Buarque e Gilberto Gil, em plena ditadura militar, o cálice era na verdade um cale-se!: um grito de alerta e de resistência contra o silenciamento do cidadão que queria pensar diferente, analisar, questionar. Rebelando-se com o imprevisível foi capaz de driblar a lente da censura e ganhar as ruas. Hoje, esse cale-se! pode ser um belo convite para uma análise dos fatos e dados da atualidade considerando pontos de toque entre a ditadura do silêncio imposta pela força policial na década de 70 e a algazarra ou ditadura do silêncio manejada pelos algorítmicos, via redes sociais. Na essência, ambas miram um mesmo alvo letal para a democracia: a desinformação, que alija ou distrai o cidadão do que de fato lhe importa para pensar, fiscalizar e cobrar prestação de contas e bons serviços públicos.

O balanço dos acontecimentos no Brasil e no mundo neste mês de janeiro, a comunicação em favor da desinformação foi a vedete. Tivemos a Big Tech Meta (7/01), responsável por WhatsApp, Facebook e Instagram, anunciando o fim da moderação e da checagem de conteúdo a começar pelos EUA. Na mesma esteira, Donald Trump bate seu recorde de ameaças e medidas antidemocráticas anunciando ordem de silêncio a servidores, restrições de acesso a jornalistas, perseguição a servidores de carreira, tudo sob o falso argumento de proteger a democracia, como analisa Zack Beauchamp da Vox. Aqui no Brasil, o governo federal, imediatamente após tentar mudar os rumos da comunicação em busca de mais acertos, capota na crise da comunicação do pix, encerrada com vitória para a  desinformação.

Gerenciando a algazarra na arena da informação/desinformação, a serviço das big techs, está o intangível e onipresente algoritmo, que “administra” os interesses individuais de informação na sociedade do controle (Deleuze,1990), silenciando ideias de minorias e dando visibilidade a discursos de ódio, preconceito.  Sob a embalagem e o discurso de “liberdade de expressão”, os chefes dos algoritmos controlam “o quê” o “quem” o “quando” e o “onde” um conteúdo vai viralizar. “A desinformação, defendida por essas empresas ao recusarem a moderação de conteúdos, é um instrumento político que combate as forças democráticas, impede o exercício dos direitos civis e o debate de ideias sem discurso de ódio”, alertam as professoras e pesquisadoras da USP Roseli Figaro e Claudia Nonato.

Analisar o cenário atual por meio de pesquisas recentes e buscar inspiração em projetos que romperam paradigmas no passado talvez possa fornecer insights úteis a jornalistas e comunicadores. Atualíssimas e carimbadas de credibilidade são as recentes pesquisas divulgadas pelo Instituto Reuters sobre o panorama do jornalismo para 2025 e o uso de dados pessoais pela empresa Meta feita pela USP.

O relatório da pesquisa « Journalism and Technology Trends and Predisctions 2025” do Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo, produzido a partir da escuta de  326 líderes digitais de 51 países apresenta um panorama do futuro do jornalismo em 2025. Além de revelar em quais redes sociais os grandes CEOs e heads pretendem centrar força em 2025, há pistas reforçando conteúdo curto, divertido, ilustrado, acessível, investimento em história de vida, em criar conexão emocional com o público e equilibrar as doses de cobertura negativa com histórias inspiradoras de superação.

A pesquisa da USP, “Meta: se apropriar de seus dados. O caminho das informações pessoais no ambiente digital”, resultou em uma cartilha que explica em detalhes como e pra que o usuário é usado, tudo que as plataformas querem captar para vender e obter lucro, boa para ajudar comunicadores a pensar em possíveis antídotos.

Para arrematar as atualizações oferecidas aos comunicadores no mês de janeiro, vale ler os resultados da pesquisa da Université de Zurich e o ETH Zurich e respondida por 72 mil pessoas de 68 países. O estudo revela que a confiança das pessoas na ciência não está em declínio, mas que os pesquisadores precisam se aproximar mais do cidadão explicar de modo acessível as implicações sociais de seus estudos, ou seja: falta comunicação.

Então, bora buscar inspiração! Irreverência, forte identificação com o leitor, quebra dos padrões jornalísticos da época foram algumas das estratégias que levaram o “rato que ruge”, o nanico periódico O Pásquim a viralizar à moda antiga, saindo de uma tiragem de 28 mil exemplares para 250 mil, em seis meses. Dá pra conhecer essa história por meio do livro Rato de redação: Sig e a história do Pasquim e ler todas as edições no acervo digital da Biblioteca Nacional.

Na certeza de que o “cale-se!” da atualidade ditado pelos algoritmos é sutil e talvez mais potente que o do passado em função do seu poder (até agora livre dos freios da lei na maior parte do mundo) para selecionar e impulsionar o que será distribuído aos usuários; para favorecer a circulação de ideias equivocadas sobre fatos e sobre o funcionamento da democracia, por meio do silenciando de opiniões contrárias de interesses públicos e de pautas democráticas, o cenário exige de jornalistas e comunicadores muito mais esforço, qualificação e criatividade. Vale então considerar para 2025, capacitar bem para identificar o custo-benefício de cada rede social e definir sem paixão onde vale concentrar esforços; identificar um seguimento de público e adequar formato e linguagem para surpreender; fazer esforço para entrar em relação com o público, humanizar postagens colocando pessoas para entregar seu conteúdo, com bom humor e bom astral, tentar tirar do papel os 12 Princípios da Comunicação Pública. E, principalmente, acreditar no pequeno mas importante compromisso de cada um com a democracia brasileira, que depende da verdade dos fatos.

 

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal dos Jornalistas.

 

Referências

Carta Capital – https://www.cartacapital.com.br/mundo/a-conversa-entre-lula-e-macron-sobre-mudancas-na-moderacao-da-meta/?utm_source=chatgpt.com

Embaixada da França em Lisboa – https://pt.ambafrance.org/Integridade-da-informacao-Recuo-da-empresa-META-na-moderacao-de-conteudos-e-na?utm_source=chatgpt.com

Site Razão inadequada – Deleuze sociedade de controle – https://razaoinadequada.com/2017/06/11/deleuze-sociedade-de-controle/

AH Aventuras na História – https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/vitrine/o-pasquim-o-jornal-humoristico-que-foi-icone-de-resistencia-durante-ditatura-militar.phtml

A Tribuna RJ – https://www.atribunarj.com.br/materia/livro-resgata-historia-de-o-pasquim-icone-da-resistencia-contra-a-ditatura-militar-no-brasil

Correio Brasiliense – https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2025/01/7041563-zuckerberg-sinaliza-que-big-techs-querem-governar-a-politica-mundial.html

Tendencias do jornalismo em 2025 – relat´rio Reuters – https://mediatalks.uol.com.br/2025/01/13/relatorio-apresenta-tendencias-para-o-futuro-do-jornalismo-em-2025/?utm_source=NEWSLETTER

https://mediatalks.uol.com.br/wp-content/uploads/2025/01/Trends_and_Predictions_2025.pdf

Como Trump esconderá sua política antidemocrática – Vox – https://www.vox.com/on-the-right-newsletter/396127/trump-democracy-executive-orders-day-one?utm_source=sailthru&utm_medium=email&utm_content=wildfireroundup&utm_campaign=storyroundup&ueid=x&utm_term=All%20newsletter%20subscribers%20%28valid%29

Link dos boletins da vox para Jornalistas e Cia – https://www.vox.com/newsletters


Folha abre inscrições para 69º Programa de Treinamento em Jornalismo Diário

Folha abre inscrições para 69º Programa de Treinamento em Jornalismo Diário
Crédito: Folha de S. Paulo

Estão abertas as inscrições para o 69º Programa de Treinamento em Jornalismo Diário da Folha de S.Paulo. Com foco na cobertura ambiental, o programa oferecerá 20 vagas e será realizado presencialmente na redação da Folha, em São Paulo, de 24 de março a 24 de junho, das 9h às 18h30.

Os participantes terão aulas sobre práticas jornalísticas e escrita, com uma carga horária especialmente dedicada a temas ambientais apresentados por especialistas. O treinamento é voltado para jornalistas, estudantes e profissionais de outras áreas.

Metade das vagas será reservada para candidatos pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência. O processo seletivo inclui prova, análise de currículo, dinâmicas e entrevistas. Bolsas com ajuda de custo serão oferecidas, caso necessário.

Inscrições aqui.

Ranking +Premiados Jornalistas do Ano – 2024 (Norte)

Posição Pontos Prêmios Nome Nacional
70 2 Alex Rufino
70 2 Diane Sampaio
70 2 Emily Costa
70 2 Wagner Almeida
55 2 Daniel Nardin 49º
55 2 Marcio Nagano 49º
55 2 Raffael Regis 49º
50 1 Celia Fernanda Trindade Lima Sanches 53º
45 3 Vinicius Jorge Carneiro Sassine 69º
10º 35 1 Ana Teresa Brasil 93º
10º 35 1 João Paulo Seabra 93º
10º 35 1 Mauricio Max 93º
10º 35 1 Sergio Ricardo de Oliveira 93º
14º 32,5 1 Marcelo Lélis 139º
14º 32,5 1 Ney Trindade 139º
14º 32,5 1 Paula Perim 139º
14º 32,5 1 Robenare Marques 139º
14º 32,5 1 Samuel Burlamaqui 139º
14º 32,5 1 Thai Rodrigues 139º
20º 30 1 Hellen Lirtêz 213º
20º 30 2 Katia Maria Alexandre Brasil 213º
20º 30 1 Marcela Bonfim 213º
23º 25 1 Cintia Magno 242º
24º 22,5 1 Ana Paula Santos 294º
24º 22,5 1 Ricardo Garcia 294º
26º 17,5 1 Fred Santana 307º
27º 15 1 Gabriel dos Santos 357º
27º 15 1 Gabriela Gutierrez 357º
27º 15 1 Gleiton Felipe Baracho 357º
27º 15 1 Jaine Quele Cruz 357º
27º 15 1 Juliana Alvarez 357º
27º 15 1 Lena Mendonça 357º
27º 15 1 Victor Furtado 357º
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