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quinta-feira, dezembro 18, 2025

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ONU News lança podcast sobre violência contra mulheres na política

ONU News lança podcast sobre violência contra mulheres na política

A ONU News lança neste sábado (10/12), Dia dos Direitos Humanos, o podcast Nossa Voz, uma série de quatro episódios sobre violência contra mulheres na política. A data também encerra campanha de 16 dias de ativismo para o Fim da Violência de Gênero.

O especial destaca entrevistas das jornalistas Mayra Lopes e Ana Paula Loureiro com a ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff, a jurista e professora da PUC-SP Silvia Pimentel, coautora da Carta das Mulheres, de 1988, e María Fernanda Espinosa, ex-presidente da Assembleia Geral e ex-ministra de Relações Exteriores e da Defesa do Equador.

“Os diversos casos de ataques às mulheres políticas, democraticamente eleitas, tanto na internet como fora dela, chamaram a atenção da nossa equipe”, afirmou a brasileira Monica Grayley, editora-chefe da ONU News.

Com longa carreira em direitos da mulher, igualdade de gênero e pautas feministas no Brasil e nas Nações Unidas, Silvia Pimentel lembra no podcast de quando se candidatou a deputada federal e foi atacada fisicamente, em 1982: “Numa cidade do Estado de São Paulo, eu estava no palanque e fui empurrada pela liderança política daquela região. Quase fui derrubada de uma altura de dois metros. Foi uma ação não apenas machista, mas quase criminosa”.

A ex-presidente Dilma Rousseff declara ter sido vítima do machismo, um traço marcante na política do País: “Eu sofri os preconceitos impostos pela misoginia a todas as mulheres brasileiras que ousam lutar pela igualdade no meu País ou lutar contra toda a exploração, toda a trajetória de exploração que começa no Brasil com a escravidão e passa por todo um processo que chega nos dias atuais”.

María Fernanda Espinosa, a primeira latino-americana e caribenha a se tornar presidente do órgão da ONU e até agora a quarta mulher apesar a presidir a Casa em mais de 77 anos de história, diz que é preciso continuar lutando por espaços nas esferas de poder: “Vemos mulheres candidatas que são tratadas de maneira especialmente dura pela opinião pública. Mas acredito temos a inteligência, força e experiência para lutar pelos espaços que merecemos”.

O podcast conta ainda com depoimentos de Lucia Xavier, coordenadora da ONG Criola, e de Ilona Szabó, fundadora do Instituto Igarapé.

“Com esse especial, buscamos responder por que a presença das mulheres – e talvez a diversidade de forma geral – ainda incomoda tanto nas esferas de poder”, afirma Mayra Lopes. “Percebemos que a resposta vem em diversas camadas e foi interessante observar como cada uma das entrevistadas complementava a outra”. Para Ana Paula Loureiro, “infelizmente, uma visão comum das entrevistadas é que ainda é preciso muito trabalho para conquistarmos a paridade de gênero. A parte boa é que muitas mulheres e feministas estão dispostas a seguir trilhando esse caminho para um futuro mais igual”.

A igualdade de gênero é o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 5 da Agenda 2030 da ONU. O podcast Nossa Voz estreia neste 10 de dezembro ao meio-dia, horário de Brasília, em todas as plataformas da ONU News (https://news.un.org/pt, https://twitter.com/onunews e https://youtube.com/onunews). Veja a chamada no Twitter.

Estudo do Instituto Reuters revela como o público se informa sobre mudanças climáticas

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

O Especial MediaTalks COP27, em que jornalistas brasileiros analisaram o impacto da conferência do clima da ONU em oito países, mostrou uma situação diferente daquela registrada em 2021.

Na COP26, todos os correspondentes relataram uma cobertura intensa nos locais em que viviam.

Em 2022, com algumas exceções, a cúpula do clima teve visibilidade nos primeiros dias e depois sumiu do noticiário.

A atenção − ou falta dela − por parte da mídia tem influência sobre opiniões e atitudes relacionadas ao clima, como demonstra uma nova pesquisa do Instituto Reuters para Estudos do Jornalismo.

O Brasil é um dos oito países pesquisados, junto com França, Alemanha, Índia, Japão, Paquistão, Reino Unido e EUA. As entrevistas foram feitas em setembro, quando o tema não estava entre as pautas prioritárias da mídia, mesmo sendo período de campanha eleitoral no Brasil e nos EUA.

Para defesa da imprensa brasileira, este é um problema recorrente em campanhas. Em vários países, o clima perde espaço para outras pautas antes de eleições.

O resultado consolidado do estudo do Reuters indica que metade dos entrevistados foi exposta a notícias sobre as mudanças climáticas na semana anterior à da pesquisa.

O meio mais importante globalmente foi a televisão, identificada por quase um terço dos entrevistados como a principal fonte de informação.

No Brasil o comportamento foi diferente: apenas 29% dos pesquisados disseram ter se informado sobre clima pela TV, enquanto na França a taxa foi de 44%.

O meio mais eficiente para os brasileiros foi o online, que na pesquisa engloba sites de notícias e serviços de mensagem, mas não inclui mídias sociais. Um total de 38% dos entrevistados recebeu informações sobre as mudanças climáticas no que o estudo agrupa como online no País. O percentual só foi superado no Paquistão, que marcou 46%.

Uma revelação surpreendente do estudo é que, apesar de o clima ser supostamente uma causa que mobiliza mais os jovens, grupos etários mais velhos demonstraram mais exposição a notícias sobre as mudanças climática do que eles. Segundo o Reuters, a explicação está na conexão menor de jovens com o jornalismo, já constatada em estudos sobre hábitos de consumo e de confiança nas notícias.

Cheias no Paquistão (Crédito: ADB)

Cientistas e ativistas ambientais são as fontes mais lembradas entre os que viram notícias sobre o clima. No Brasil, os cientistas foram mencionados por 25% dos entrevistados, perdendo só para a França, com 29%.

Quando a pergunta é sobre confiança, novamente os cientistas se destacam no Brasil: 76% dos entrevistados pelo Instituto Reuters disseram acreditar neles, mesmo percentual que a Índia e quase o mesmo que o Paquistão, com 75%.

Na outra ponta, os menos confiáveis são as celebridades e partidos ou políticos, que se revezam entre o último e o penúltimo lugar.

No Brasil, políticos são vistos como fontes com credibilidade por 19% dos participantes do estudo, enquanto as celebridades ficam com 22%.

A influência pessoal é outra revelação interessante. Nos EUA, Alemanha, Índia e no Paquistão, os entrevistados disseram confiar mais em pessoas conhecidas para se informar sobre o clima do que em organismos internacionais como a ONU.

No Brasil isso não acontece. Pessoas conhecidas têm menos credibilidade como fonte (51%) do que organizações internacionais (63%) e mídia (56%).

A má notícia do trabalho do Reuters, e que serve de alerta para a imprensa, é que continua preocupante o percentual de gente evitando se informar sobre o clima. No Brasil ele é de 22%, taxa maior do que a da fadiga de notícias de forma geral (20%).

Tornar o noticiário mais atrativo é um desafio para a indústria e pode gerar negócios, como observou o professor Rosental Calmon Alves em entrevista para o Especial MediaTalks COP27.

O jornalismo de soluções, orientado a mostrar caminhos e não apenas o lado dramático da crise ambiental, é uma oportunidade para conectar os que se afastam do noticiário, como está fazendo o Washington Post em sua nova iniciativa de jornalismo climático − um bom modelo a ser observado.


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O adeus a Sérgio Amaral

Morreu nesta quarta-feira (7), em Brasília, o jornalista Sérgio Amaral, diretor de jornalismo da TV Band na capital federal. Ele lutava há cinco anos contra um câncer.

Sérgio Amaral tinha 66 anos. Formado em relações públicas e jornalismo, era pós-graduado em administração e marketing. O jornalista mineiro estava na Band desde 2011. Na emissora, foi diretor de jornalismo, apresentador e comentarista de política.

Em mais de 40 anos de profissão, teve passagem por veículos impressos de Minas Gerais e por outras emissoras de TV, como Record, SBT e Manchete. O jornalista deixa esposa, três filhos e uma neta.

Ulisses Campbell encerra trilogia Mulheres Assassinas com livro sobre Flordelis

Ulisses Campbell encerra trilogia Mulheres Assassinas com livro sobre Flordelis

Ulisses Campbell lança nesta quarta-feira (7/12) o livro Flordelis – A Pastora do Diabo (Matrix Editora), que conta a vida da pastora condenada pela morte do marido, além de bastidores de escândalos como sequestro de bebês de mães vulneráveis e abusos sexuais contra os “filhos”. O lançamento será em São Paulo, na Livraria Drummond, do Conjunto Nacional, na Capital paulista, às 19 horas.

Ulisses Campbell

A obra é fruto de dois anos de pesquisa e entrevistas com a mãe, os filhos, parentes e outras pessoas que conheciam intimamente a rotina de Flordelis. Ao longo de 304 páginas, Campbell revela detalhes da infância e adolescência dela e bastidores perturbadores dos abusos sexuais cometidos contra os “filhos”, orgias disfarçadas de sessões de purificação, acesso limitado à comida imposto no lar adotivo, rituais e o plano para matar o cônjuge.

O livro encerra a trilogia Mulheres Assassinas, que inclui os títulos Suzane − Assassina e manipuladora, sobre o caso de Suzane Richthofen, e Elize Matsunaga − A mulher que esquartejou o marido, que detalha o assassinato do herdeiro da indústria de alimentos Yoki.

Nascido em Belém, Campbell trabalhou nos jornais A Província do Pará, O Liberal, Folha de S.Paulo e Correio Braziliense, além das revistas Superinteressante, Veja e Época. Ganhou três prêmios Esso de Reportagem e um Embratel de Jornalismo.

Serrapilheira e ICFJ financiarão reportagens de brasileiros sobre desinformação na ciência

Serrapilheira e ICFJ financiarão reportagens de brasileiros sobre desinformação na ciência

O Instituto Serrapilheira e o International Center for Journalists (ICFJ) firmaram uma parceria para levar até cinco comunicadores e jornalistas brasileiros para o Investigathon, treinamento presencial sobre desinformação na ciência, em abril de 2023, em Austin, nos Estados Unidos.

A iniciativa faz parte do programa Disarming Disinformation, lançado pelo ICFJ, que financiará a produção de reportagens sobre notícias falsas na área de ciência, que busquem revelar quem ou o que está por trás dessas campanhas de desinformação.

No encontro, os cinco selecionados e mais 15 comunicadores de outros países das Américas receberão mentoria para aprimorar estratégias de investigação, colaboração e distribuição de conteúdo, além de elaborar um projeto da reportagem que pretendem produzir. Entre os especialistas que conduzirão a mentoria está Patrícia Campos Mello, repórter especial da Folha de S.Paulo.

Até três dos cinco brasileiros selecionados receberão bolsas de até US$ 10 mil para produzir e publicar suas reportagens ainda no primeiro semestre de 2023.

Interessados devem fazer a inscrição de 17 de janeiro a 5 de fevereiro de 2023. É preciso que os candidatos atuem no Brasil como jornalistas, pesquisadores e/ou comunicadores; possam contribuir para a produção de uma reportagem investigativa sobre desinformação científica; sejam capazes de propor estratégias de investigação e abordagens narrativas interessantes sobre desinformação científica e quem a financia; e sejam capazes de participar de uma conferência em inglês. Mais informações aqui.

Glória Maria afasta-se da Globo para retomar tratamento contra câncer

Glória Maria afasta-se da Globo para retomar tratamento contra câncer

A apresentadora Glória Maria, ausente da apresentação do Globo Repórter há meses, está se submetendo a novos tratamentos contra o câncer e não deve retornar ao trabalho este ano. A informação é de Cristina Padiglione, da Folha de S.Paulo.

A coluna entrou em contato com a Globo, que informou que Glória “está afastada do Globo Repórter dando prosseguimento a uma nova etapa de seu tratamento, prevista já há alguns meses. Ela está bem, em casa, com previsão de retorno apenas no ano que vem”.

Em entrevista à revista GE, Glória comentou sobre sua luta contra um tumor no cérebro, descoberto em 2019: “Depois do tumor no cérebro, eu não vivo mais de sonhos. Eu vivo de realidade. Tenho muita coisa para realizar. Ganhei mais um ‘prazo de validade’. E estou aproveitando de todas as maneiras”.

Abraji e Transparência Brasil lançam edital colaborativo sobre a LAI

A Abraji lançou um edital para a colaboração de jornalistas e veículos de comunicação que utilizam a Lei de Acesso à Informação (LAI).
A Abraji lançou um edital para a colaboração de jornalistas e veículos de comunicação que utilizam a Lei de Acesso à Informação (LAI).

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lançou, em parceria com a Transparência Brasil, um edital para a colaboração de jornalistas e veículos de comunicação que utilizam a Lei de Acesso à Informação (LAI).

Com inscrições até 31/1 de 2023, o edital propõe que ele compartilhem suas solicitações de acesso à informação por meio de quatro entregas durante o período de um ano. Em troca, o projeto oferecerá um ano de associação gratuita à Abraji e consultorias pontuais com a Transparência Brasil sobre acesso à informação.

Podem se inscrever repórteres que acionam LAI para reportagens em todos os veículos no País e aqueles que participaram do curso LAI nas Redações. No caso de candidaturas coletivas, podem participar redações de grandes veículos de comunicação ou de veículos independentes.

A iniciativa foi planejada após estudo feito pela Transparência Brasil revelar que, de 48.507 pedidos de informação via LAI feitos a órgãos federais de janeiro de 2021 a agosto de 2022, 20% foram classificados oficialmente como acesso concedido, mas não forneceram a informação solicitada; outros 12% responderam apenas parte da informação.

Fiquem Sabendo e Ajor são os novos membros do Global Forum for Media Development

A Fiquem Sabendo e a Associação de Jornalismo Digital (Ajor) estão entre os novos membros do Global Forum for Media Development.
A Fiquem Sabendo e a Associação de Jornalismo Digital (Ajor) estão entre os novos membros do Global Forum for Media Development.

A Fiquem Sabendo e a Associação de Jornalismo Digital (Ajor) estão entre os novos membros do Global Forum for Media Development, comunidade global que reúne cerca de 150 entidades de todo o mundo que promovem liberdade de imprensa, jornalismo, desenvolvimento de mídia e educação midiática.

Fundada em 3 de maio de 2021, Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, por um grupo de empresas e ONGs que se uniram inicialmente para criar o Festival 3i, hoje a Ajor conta com mais de 100 membros e é uma associação com foco na defesa do jornalismo e da democracia, e na diversidade.

A Fiquem Sabendo é uma agência de dados independente, especializada na Lei de Acesso à Informação (LAI). Com o objetivo de evidenciar dados e documentos que são escondidos da sociedade, a entidade conta com mais de 600 publicações em seu site, além de mais de 5 mil assinantes em sua newsletter Don’t LAI to me

Aplicativo do Projeto Comprova vence premiação da Google Play Store

O aplicativo para celular do Projeto Comprova, foi o vencedor do Best of 2022, na categoria Melhores apps do bem.
O aplicativo para celular do Projeto Comprova, foi o vencedor do Best of 2022, na categoria Melhores apps do bem.

O aplicativo para celular do Projeto Comprova, uma colaborativa de verificação de fatos formada por 43 veículos de comunicação nacionais, liderados pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), foi o vencedor do Best of 2022, na categoria Melhores apps do bem. A premiação é uma iniciativa da Google Play Store para o mercado brasileiro.

Lançado em agosto de 2022 como um recurso que oferece múltiplas funções aos seus usuários, além de reproduzir as checagens feitas pelos profissionais do Comprova, o aplicativo disponibiliza dicas para detectar desinformação e não a disseminar. Permite ainda o envio de sugestões de checagem aos editores do projeto e incentiva os usuários a fazerem suas próprias verificações de imagens suspeitas.

O aplicativo, desenvolvido pela Vórtigo, contou com financiamento do Google Brasil e está disponível as lojas de aplicativos Google Play Store e Apple Store.

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