Celso Cardoso anunciou sua saída da TV Gazeta, de São Paulo, após mais de 31 anos de casa. O jornalista, que por 25 anos fez parte da bancada do Gazeta Esportiva, segue na rádio 105 FM Futebol Club e com seus cursos na Fundação Cásper Líbero.
Na Gazeta, Celso foi produtor, repórter, narrador, comentarista, apresentador, âncora, entrevistador e chefe de Reportagem. Atuou em diversos programas da casa, como o próprio Gazeta Esportiva, além de A Hora do Voto, Plantão de Saúde, Jornal da Gazeta e Mesa Redonda.
No início de fevereiro, a Gazeta anunciou a saída do apresentador Flávio Prado, que deixará a emissora no final do mês. Ao longo de duas décadas, ele comandou o Mesa Redonda e atuou na criação do troféu homônimo. Na nota sobre a saída, empresa citou uma “reestruturação artística do seu conteúdo esportivo”.
A multinacional espanhola Eliminalia manipulou o mecanismo de busca do Google, criou fake news, sites falsos e denúncias também falsas para derrubar links de veículos de imprensa na internet, com o objetivo de “limpar a reputação de clientes” que contratassem os serviços da empresa.
A informação é da série Story Killers, investigação colaborativa sobre grupos de desinformação do consórcio Forbidden Stories, composto por 30 veículos de imprensa ao redor do globo, entre eles a Folha de S.Paulo.
O consórcio teve acesso a quase 50 mil documentos internos da Eliminalia que revelam o modus operandi da empresa de esconder notícias legítimas sobre criminosos e pessoas investigadas em 54 países, incluindo o Brasil. Entre 2015 e 2021, a Eliminalia eliminou reportagens produzidas por centenas de jornalistas e veículos de mídia no mundo.
Segundo a reportagem, a empresa criava notícias falsas, sites contendo fake news e denúncias falsas de violação de direitos autorais para derrubar links de notícias e ameaçar os veículos de imprensa.
Um dos clientes da Eliminalia foi Airton Grazzioli, ex-promotor de Fundações do Ministério Público de São Paulo, que conversou com a Folha sobre as ações da empresa. Denunciado por lavagem de dinheiro em 2021, após investigação por corrupção em 2019, ele foi aconselhado a contratar a Eliminalia para reduzir a visibilidade de textos e fotos sobre uma operação de busca e apreensão em sua casa. Diversas reportagens sobre a busca estampavam fotos com maços de dinheiro achados no local.
Para derrubar links de reportagens legítimas, a empresa bombardeou o Google com denúncias falsas de violação de direitos autorais, baseadas na lei americana Digital Millennium Copyright Act, criada em 1998, que facilita a remoção de conteúdo pirateado por sites. Muitos veículos brasileiros foram vítimas dessas denúncias falsas, como o jornal O Estado de Minas e o Portal R7.
Segundo o consórcio, a Eliminalia também prestou serviços a um médico acusado de trabalhar em um centro de tortura durante a ditadura militar no Chile, um banco investigado por lavagem de dinheiro para funcionários corruptos do regime na Venezuela, um brasileiro-libanês apontado como integrante de um esquema de tráfico de pessoas e prostituição, entre outros.
Seguem abertas até 28 de fevereiro as inscrições para o Prêmio Global Shining Light, da Rede Global de Jornalismo Investigativo (GIJN), que contempla o jornalismo investigativo em países em desenvolvimento ou em transição, feito sob ameaça e/ou outras condições ruins.
O prêmio, realizado a cada dois anos, fez uma pausa em decorrência da pandemia, mas retorna agora em 2023. Podem ser inscritos trabalhos jornalísticos publicados entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2022. As categorias são Small & Medium Outlets, para organizações com 20 funcionários ou menos, incluindo freelancers; e Large Outlets, para organizações com mais de 20 funcionários.
Os vencedores receberão US$ 2.500 e uma placa honorária, além de uma viagem para a Conferência Global de Jornalismo Investigativo de 2023. No evento, receberão o prêmio na frente de colegas de todo o mundo. Haverá também menções de excelência.
Interessados devem enviar para o GIJN um link do trabalho que desejam inscrever. Se a reportagem não estiver disponível em um link público, é possível enviar um link de Google Drive ou Dropbox para o e-mail [email protected]. Se o material não for em inglês, é preciso mandar também um resumo ou uma transcrição do trabalho em inglês. Mais informações e inscrições aqui (em inglês).
Vale lembrar que o GIJN também está oferecendo 150 bolsas para jornalistas de países em desenvolvimento e emergentes participarem da Conferência Global de Jornalismo Investigativo de 2023. O prazo de inscrições também termina em 28 de fevereiro.
A Énois Laboratório de Jornalismo lançou o projeto Retrato do Jornalismo Brasileiro para avaliar o perfil das redações no País.
Com objetivo de fazer um levantamento sobre quem produz jornalismo no Brasil, assim como de traçar o perfil das redações no País, considerando questões de gênero, raça e social, a Énois Laboratório de Jornalismo lançou o projeto Retrato do Jornalismo Brasileiro.
O projeto é um estudo nacional representativo que contará com uma pesquisa acerca do tema com 100 veículos de notícias. Para participar, as redações precisam ser inscritas através de um formulário, até 13 de março.
Após o processo, a Énois realizará um encontro de boas-vindas, onde será apresentado o passo a passo da pesquisa e firmada a parceria com os veículos. As respostas obtidas serão referência para que se compreenda se há diversidade nas empresas e nas equipes, o que possibilitará a criação de estratégias de inclusão.
O levantamento é aberto para todos os veículos de notícias, de quaquer porte. Podem se inscrever organizações que já participaram de algum programa de formação da Énois ou que ainda não fazem parte da rede da entidade.
Estão abertas as inscrições para o Prêmio ANA 2023, com o tema as Melhores Ideias para Cuidar das Águas e do Saneamento Básico no Brasil.
Estão abertas até 22/3 as inscrições para o Prêmio ANA 2023. Com o tema as Melhores Ideias para Cuidar das Águas e do Saneamento Básico no Brasil, este ano o evento conta com duas categorias para profissionais de comunicação: Mídia Audiovisual e Mídia Impressa ou Sonora.
Para concorrer, a veiculação do material submetido deve ter sido realizada entre 15 de agosto de 2020 e 22 de março de 2023.
A categoria Comunicação – Mídia Audiovisual é voltada para jornalistas e produtores de conteúdos de emissoras de TV e de canais audiovisuais veiculados por internet. Podem ser inscritos nesta categoria programas, filmes e séries de reportagens relacionados a qualquer tema que tenha pertinência com os objetivos da premiação.
A categoria Mídia Impressa ou Sonora é direcionada a jornalistas e produtores de conteúdos em texto ou em áudio, veiculados em plataformas analógicas ou digitais, como jornais, revistas, sites, rádios e canais de podcast.
Os vencedores ganharão, além do Troféu Prêmio ANA, a oportunidade de utilizar em seus materiais de divulgação o Selo Prêmio ANA: Vencedor. Os três finalistas de cada categoria terão o direito ao uso do Selo Prêmio ANA: Finalista, além de passarem a compor o Banco de Projetos do Prêmio ANA.
Mais associado a temas leves e ao mundo feliz das celebridades promovendo viagens e produtos de luxo, o Instagram não costuma ser visto como uma plataforma de mídia social apropriada para assuntos hard news.
No entanto, um estudo feito pela USC (University of Southern California) demonstrou que a rede social teve um papel vital em uma das maiores mobilizações sociais recentes, o movimento Black Lives Matter, graças ao poder das imagens que são a sua base.
Além de consagrar o Instagram como rede que pode ser mais do que a favorita de marcas e influenciadores profissionais, o estudo coloca também em pauta o papel do jornalismo tradicional e do Twitter, visto como a plataforma número um para questões sociais.
O poder mobilizador de vídeos e fotos no Instagram no caso George Floyd dá vida nova à antiga frase “uma imagem vale mais do que mil palavras”.
O estudo da USC, publicado no periódico científico PLOS One em dezembro passado, analisou mais de 1,1 milhão de postagens e 1,6 milhão de fotos no Instagram publicadas em um período de 30 dias após o assassinato de Floyd com a hashtag #JusticeForGeorgeFloyd.
Os pesquisadores concluíram que fotos e vídeos foram os principais responsáveis por amplificar as conversas online sobre direitos civis, impulsionando atos como as marchas do movimento Black Lives Matter e o debate público sobre racismo.
Jornalistas independentes, ativistas, artistas e grupos de memes estavam entre os muitos formadores de opinião que emergiram durante os protestos graças a conteúdos visuais que se tornaram virais, diz o estudo.
Segundo os pesquisadores, isso contrasta com plataformas baseadas em texto como o Twitter, nas quais vozes com poder institucional (como políticos, mídia tradicional ou departamentos de polícia) controlam o fluxo de informações.
Houve também uma mudança de enfoque. Para os autores, a nova onda de líderes de opinião que floresceu no Instagram após o assassinato de Floyd ajudou a reformular as narrativas ao postar imagens que retratavam os protestos como memoriais em vez de tumultos, como são tradicionalmente enquadrados pela mídia tradicional.
E representavam os manifestantes como pessoas que sofriam, e não como arruaceiros.
Para quem tem saudades dos velhos tempos do Twitter, o estudo acentua o poder das imagens para engajar a sociedade em causas, o que a rede hoje controlada por Elon Musk fez em seus primeiros anos de vida, quando era menos dominada por fontes institucionais.
E tomando como exemplo a morte de George Floyd, o estudo da USC levanta ressalvas sobre o impacto da cobertura de protestos pela mídia tradicional, visto que criadores de conteúdo, jornalistas independentes e usuários comuns foram os reais responsáveis por levar as pessoas às ruas.
Cena da morte de George Floyd
É interessante recordar as imagens que desencadearam o BLM, provocando uma tomada de consciência sobre racismo estrutural, colonialismo e escravidão em todo o mundo, não foram feitas por um cinegrafista profissional.
O assassinato poderia ter sido mais um entre tantos episódios de violência policial contra negros nos EUA se Darnella Frazier, de 17 anos, não tivesse usado seu celular para documentar o policial branco com o joelho sobre o pescoço de Floyd, postando o vídeo chocante no Facebook.
Exemplo do jornalismo-cidadão, Frazier foi homenageada pelo mais importante prêmio de imprensa do mundo, o Pulitzer.
Darnella Frazier e seu prêmio
Em 2021, ela recebeu uma homenagem especial na série anual de premiações da entidade, justificada como reconhecimento do papel dos cidadãos na busca do jornalismo por justiça e verdade.
Embora as grandes empresas de mídia social recriminadas pela proliferação de discurso de ódio e fake news em suas plataformas, estudos como esses confirmam o valor da tecnologia que deu voz a pessoas comuns e onde há censura sobre meios de comunicação tradicionais.
Ou em situações em que o jornalismo tradicional não percebe tão rapidamente para onde os ventos da mudança estão soprando.
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Termina nesta sexta-feira (17/2) o prazo de inscrições para o 2º Prêmio Megafone, que valoriza iniciativas voltadas ao ativismo. A premiação inclui a categoria Reportagem de Mídia Independente.
Podem ser inscritos trabalhos jornalísticos que abordem a realidade social ou socioambiental brasileira, publicados em 2022, em algum veículo de mídia independente. Serão aceitas reportagens em formato escrito, audiovisual, podcast, entre outros.
Os critérios de avaliação são: impacto na causa ao qual o ativismo se dirige e no debate público sobre o tema; criatividade na transmissão da mensagem; e coerência em relação ao tema abordado. Os vencedores serão revelados em março, em cerimônia online. Cada um receberá pelo correio um megafone customizado e um troféu.
Este não é um texto produzido pelo ChatGPT. Talvez esse mecanismo de inteligência artificial esteja dizendo isto, quem sabe? Aí que está o desafio do repórter, inerente à profissão, que é ter credibilidade. Só a consegue quem assina embaixo do que escreve e, caso divulgue informação errada, admita e corrija o erro cometido. Fake News, expressão disseminada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em seus delirantes tempos de Casa Branca, não é coisa nova.
Na história, o jornalismo está repleto de publicações mentirosas, distorções de acontecimentos, abordagens intencionalmente erradas, omissões de fatos e dados, manipulações grotescas e reportagens criminosas. O ingrediente que fez pesar este cardápio foi a tecnologia digital. Com a chegada da internet no início dos anos 1990, mais precisamente da world wide web, a www, a comunicação virou de ponta-cabeça várias vezes. Os referenciais do jornalismo começaram, então, a ser trucidados. Como? Velocidade e ubiquidade, ou seja, a capacidade de instantaneamente se estar em todos os lugares ao mesmo tempo, tornaram-se a tônica do processo de apuração e publicação de notícias.
Imagine que delícia, apertar um botão do seu computador e, no mesmo instante, centenas, milhares, milhões de pessoas lerem o que você escreveu. Impossível um jornalista não se apaixonar por esse poder. Acontece que tudo o que chega fácil some mais depressa ainda, não demorou muito para nós descobrirmos a mão dupla dessa via. Essa mesma tecnologia permitiu a todos publicarem o que quisessem para as mesmas centenas, milhares, milhões de pessoas, nos trazendo para a era da participação total da população no jornalismo, um sistema de carta do leitor nunca imaginado.
Rapidamente, as empresas jornalísticas passaram a oferecer links para comentários, fóruns de discussão e e-mails para falar diretamente com o seu público. Isso é muito bom, informação para todos é condição básica de qualquer sociedade desenvolvida e civilizada, assim como ouvir as demandas daqueles que o leem, ouvem e veem é extremamente saudável para qualquer jornal, portal de notícias, canal do YouTube, rádio, emissora de TV e por aí vai. O problema é que essa facilidade toda também serviu aos mal-intencionados.
É aí que está a chave para essa questão. A disciplina da verificação é a alma do trabalho jornalístico. Não se publica algo, qualquer que seja a informação, sem a devida checagem e antes de ouvir o contraditório. É assim que deve trabalhar um repórter, não vou nem dizer bom repórter porque quem não age assim não pode ser chamado como tal. No bom jornalismo, essa é a postura dos profissionais com comportamento ético e uma profunda consciência de classe e de seu papel perante a sociedade. É isso o que procuramos ensinar no curso de jornalismo da Universidade São Judas. Ser repórter é algo maravilhoso. Não há ChatGPT que o substitua.
(*) Este artigo é de Osvaldo Rodrigues Filho, jornalista e coordenador de Comunicação e Artes da Universidade São Judas campus Mooca.
Evidenciando agências de comunicação que nascem com o objetivo de serem mais plurais Luana Ibelli conversa com Ellen Bileski e Sheila Farah.
Para evidenciar agências de comunicação que nascem com o objetivo de serem mais plurais, contrariando o modelo predominante de trabalho homogêneo, no terceiro episódio do #diversificaLuana Ibelli conversa com Ellen Bileski, CEO e fundadora da Ecomunica, e com Sheila Farah, diretora executiva de diversidade, equidade e inclusão do Grupo In Press.
Com o tema Práticas DEI, os episódios dessa segunda temporada estão disponíveis no canal do Portal dos Jornalistas no YouTube e no Spotify,
O videocast, que faz parte do projeto multimídia produzido pelo hub de Diversidade, Equidade & Inclusão (DEI) da Jornalistas Editora, que publica o Portal dos Jornalistas e este Jornalistas&Cia, reúne profissionais do jornalismo e da comunicação para discutir a diversidade nas redações e as iniciativas que agem para que o campo da comunicação seja cada vez mais inclusivo.
Tem início nesta quinta-feira (16/2) o primeiro turno da eleição dos +Admirados da Imprensa Automotiva 2023. Ela abre o ano da série +Admirados da Imprensa, promovida por Jornalistas&Cia e Portal dos Jornalistas desde 2014, e que neste ano contará também com edições para reconhecer o trabalho de jornalistas e publicações das áreas de Agronegócio; Saúde, Ciência e Bem Estar; Tecnologia; e Economia, Negócios e Finanças.
Com os patrocínios de Bosch, General Motors e Honda, e apoios da Volkswagen e VWCO, a eleição reconhecerá os jornalistas e publicações mais admirados da imprensa automotiva brasileira em 12 categorias: Jornalista – Geral, Jornalista – Duas Rodas e Jornalista – Veículos Comerciais, Colunista, Influenciador Digital, Áudio (Podcast), Áudio (Rádio), Jornal, Revista, Site, Vídeo (Canal/Redes Sociais) e Vídeo (Programa de TV).
O formato da eleição seguirá o mesmo adotado nos anos anteriores, em duas fases, com o primeiro turno de livre indicações e o segundo direcionado, em que concorrerão os nomes mais lembrados na primeira fase. A votação do primeiro turno vai até 2 de março e a cerimônia de premiação está prevista para 24 de abril, em São Paulo.
Categoria especial
Uma das principais novidades desta edição é o retorno da categoria Projeto Especial, dedicada a reconhecer uma iniciativa inovadora criada por profissionais ou publicações do setor.
Podem concorrer projetos lançados entre janeiro de 2022 e fevereiro de 2023 que tenham trazido algum impacto positivo para o trabalho jornalístico, envolvendo, entre outras, questões como aumento de engajamento ou receita, desenvolvimento e diversificação de modelos de negócios, combate à desinformação, aumento na confiança no jornalismo, alcance de novos públicos, melhoria na eficiência do fluxo de trabalho.
Para concorrer nesta categoria basta acessar o link e incluir um breve relato sobre o trabalho, com resultados obtidos nesse período.