A Record TV anunciou a saída do apresentador Geraldo Luís, após 16 anos de casa. Ele comandava o programa Balanço Geral. O contrato de Luís com a Record terminaria em setembro de 2024, mas, em comum acordo, a emissora e o jornalista optaram por romper o vínculo.
O canal publicou nota sobre a saída: “A Record TV vem a público agradecer ao apresentador e jornalista Geraldo Luís pelos 16 anos que esteve na emissora onde comandou diversas atrações jornalísticas e de entretenimento”.
A CNN Brasil estreia no próximo domingo (4/6), às 20h45, o CNN Esportes S/A, projeto esportivo que faz parte do lançamento da marca de Esportes da CNN Brasil. A iniciativa, que abordará os negócios do mundo do futebol, será comandada pelo jornalista e radialista mineiro João Vítor Xavier.
O programa falará sobre temas que movimentam a indústria do futebol, sob o ponto de vista de negócios. A ideia é que as reportagens mostrem o lado business do esporte, como gestão esportiva, cases de sucesso, estratégias de investimentos, marketing de produtos, lucro em janelas de transferências, entre outros. João Xavier entrevistará empresários, lideranças e personalidades do mercado do futebol. A primeira convidada é Leila Pereira, presidente do Palmeiras.
Segundo o apresentador, o projeto será “um talk-show sobre esporte, sobre futebol, sobre negócios. Os negócios no mundo do futebol estão crescendo muito e vão crescer muito mais”. Além do CNN Esportes S/A, João Xavier também apresenta o programa Bastidores, da Rádio Itatiaia. Ele tem mais de 20 anos de experiência na cobertura esportiva.
O CNN Esportes S/A vai ao ar no próximo domingo, em todas as plataformas CNN Brasil.
Profissionais de imprensa foram agredidos por seguranças do presidente venezuelano Nicolas Maduro e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República nessa terça-feira (30/5), após a Cúpula de Presidentes Sul-Americanos no Palácio do Itamaraty.
O caso ocorreu após o encontro dos presidentes. À medida que iam saindo, os jornalistas se aglomeravam para ouvir os que paravam para dar entrevista. No caso de Maduro, o cordão que isolava os jornalistas do resto do salão foi rompido, e a imprensa se aproximou para ouvir o presidente da Venezuela. Nesse momento, houve uma confusão generalizada, e os seguranças começaram a empurrar os jornalistas para o local designado. Houve gritaria e relatos de agressões contra jornalistas.
Entre os profissionais agredidos estava Delis Ortiz, da TV Globo, que recebeu um soco no peito. Ela teve atendimento médico e passa bem. O clima esquentou e colegas de imprensa passaram a gravar a situação, tentando identificar quem teria agredido Delis.
Jornalista Delis Ortiz denuncia segurança que lhe deu um soco no peito durante saída de Nicolás Maduro do Itamaraty pic.twitter.com/DQ0uDJ4XOO
O Ministério das Relações Exteriores lamentou as agressões e afirmou que está tomando providências para identificar os autores. A avaliação é que houve uma falha na organização da saída dos chefes de Estado, incluindo ausência de uma estrutura adequada para entrevistas, o que gerou a confusão.
A Secretaria de Imprensa da Presidência da República solidarizou-se com Delis Ortiz e todos os jornalistas agredidos, e afirmou que tomará medidas para que casos do tipo não se repitam.
Marcos Antonio Amaro, ministro do GSI, lamentou o ocorrido e informou que o órgão abrirá uma sindicância para apurar os fatos e investigar as agressões, e que, a partir dessa investigação, “outros procedimentos apuratórios poderão ser instaurados”.
A Rede Globo repudiou o ato de violência e declarou que espera providências e punição aos responsáveis.
O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal (SJPDF) declarou que “é fundamental que a organização preveja um planejamento mais compatível e adequado em eventos dessa natureza. A entidade também se solidariza com os profissionais agredidos e se coloca à disposição para dar o suporte que venha a ser necessário”.
Demitri Túlio, do jornal O Povo (CE), o +Premiado Jornalista da História na região Nordeste, vem sofrendo ataques e ameaças de grupos religiosos após a publicação da crônica Santo Antônio, deixe as árvores de mão!, que questiona a necessidade de derrubar troncos dos jatobás no século XXI.
No texto, Demitri faz uma análise social da situação, destacando a influência da heteronormatividade nessa tradição. Após a publicação da crônica, o jornalista recebeu diversos ataques de grupos religiosos e outros segmentos, que se sentiram ofendidos e alegam que Demitri fez uma “ofensa à fé”.
Em nota conjunta, o Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) prestaram apoio e solidariedade a ele e repudiaram os ataques: “É importante deixar claro que a crônica de Demitri Túlio não é uma ofensa à fé, mas sim uma crítica livre aos usos da fé, uma reflexão sobre tradições e sua relação com a sociedade contemporânea”.
“O jornalismo desempenha um papel fundamental na promoção do debate público e na análise crítica dos fatos e das ideias”, destaca a nota. “Assim, repudiamos veementemente os ataques, ameaças e ofensas dirigidos ao jornalista. É inaceitável que profissionais sejam alvo de agressões pessoais por expressarem sua opinião e exercerem seu trabalho”.
As entidades pedem que aqueles que se sentiram ofendidos com o texto recorram aos canais de O Povo para manifestarem, de forma respeitosa, suas críticas, como a seção de cartas do leitor.
Estão abertas as inscrições para a primeira edição do Prêmio Boehringer Ingelheim de Jornalismo. A iniciativa reconhecerá trabalhos que alertem sobre Psoríase Pustulosa Generalizada, doença rara que atinge 9 em cada 1 milhão de brasileiros, sendo potencialmente fatal sem diagnóstico e tratamento adequado.
O objetivo do prêmio é trazer visibilidade, conscientização e debate sobre esta enfermidade ainda pouco conhecida. Poderão concorrer reportagens produzidas entre 1º de janeiro e 15 de novembro de 2023 nas categorias Eletrônico e Impresso.
Serão escolhidos três finalistas para cada categoria, sendo que o 1º lugar receberá R$ 10 mil, o segundo R$ 7,5 mil e o terceiro R$ 5 mil. Os vencedores serão anunciados em cerimônia prevista para 2024. Os interessados podem se inscrever no site do prêmio até 16 de novembro.
Estudo escancara desigualdade nos três principais jornais brasileiros
O Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA), núcleo de pesquisas ligado ao IESP-UERJ, lançou um estudo sobre a sub-representação de minorias dentro dos jornais brasileiros. Os dados coletados escancaram a falta de diversidade e exibem um espaço majoritariamente branco e masculino.
O Raça, gênero e imprensa: quem escreve nos principais jornais do Brasil? expõe o cenário desigual enfrentado por profissionais negros e mulheres dentro das redações. A pesquisa, feita em Estadão, Folha e O Globo, revelou que negros e pardos representam menos de 10% das equipes, enquanto brancos são 80%.
O GEEMA também denuncia a presença da desproporção de gênero na análise. Os resultados apontam que cerca de 60% dos profissionais encontrados são homens. Durante a pesquisa não houve registro de inclusão transgênero significativa em todas as redações.
O estudo destacou ainda a influência do etarismo, pois profissionais acima de 50 anos correspondem a 36%, caindo para 15% se forem negros. A discrepância permanece entre as mulheres, sendo apenas 23% contra 40% de homens.
João Feres Júnior, coordenador do GEMAA, aponta a necessidade de políticas igualitárias para reverter a desigualdade social. “O ideal é a criação de uma política de inclusão com metas, ou que estabeleça cotas, como fixar que, em cinco anos, tenhamos 20% ou 30% de negros e mulheres nas redações”.
O técnico do Palmeiras Abel Ferreira tomou o celular da mão do produtor Pedro Spinelli, da Globo Minas, nesse domingo (28/5), após o empate do Palmeiras por 1 x 1 contra o Atlético Mineiro. O caso ocorreu na zona mista do estádio Mineirão, local onde ocorrem entrevistas pós-jogo.
Spinelli filmava uma discussão entre Anderson Barros, diretor de futebol do Palmeiras, e o quarto árbitro Ronei Cândido Alves. Nas gravações, é possível ver a discussão entre os dois, até que o técnico palmeirense se aproxima e oferece uma camisa do time paulista para o membro da arbitragem, que educadamente recusa.
Após perceber que estava sendo filmado, Abel se aproxima de Spinelli, toma o celular da mão do produtor, e a gravação é interrompida. Abel só devolve o aparelho ao perceber que estava sendo filmado pelo também jornalista Henrique André, da rádio Itatiaia. O técnico do Palmeiras discutiu com a imprensa, dizendo que “o futebol brasileiro está assim por vossa responsabilidade”. Ele então sai do local, acompanhado de um segurança do clube.
🫣O técnico Abel Ferreira se aproximou e tentou presentear o membro da equipe de arbitragem com uma camisa do Palmeiras. Educadamente, o árbitro recusou a oferta
Após isso o português tomou o celular da mão do repórter Pedro Spinelli, da TV Globo.
Mais tarde, na entrevista coletiva pós-jogo, Abel comentou o ocorrido, pediu desculpas e disse que não sabia se Spinelli era jornalista ou torcedor: “Fazer um esclarecimento, uma vez que todo mundo aqui gosta de transformar um copo d’água em uma tempestade. Passou-se aqui uma discussão, uma confusão ali no túnel, entre nosso diretor esportivo e um dos assistentes da arbitragem. E tinha ali, não sei se repórteres, a filmarem tudo. Eu peço desculpas se me excedi. São coisas do futebol, isso é muito nosso, mas infelizmente hoje todos têm câmeras. Peço desculpas se me excedi”.
O técnico do Palmeiras, no entanto, declarou também que “há coisas que a imprensa não tem que saber” e que sentiu sua privacidade invadida. Vale lembrar que a gravação foi feita na zona mista do Mineirão, onde são realizadas entrevistas após os jogos, sob autorização da própria CBF.
Em nota, a Associação de Cronistas Esportivos do Brasil (ACEB) repudiou a atitude de Abel Ferreira: “A gravação estava sendo feita na zona mista do Mineirão, após o jogo Atlético-MG 1 x 1 Palmeiras, em local destinado às entrevistas quando o treinador tomou o telefone celular das mãos do repórter. A ACEB repudia qualquer ato contra a liberdade de imprensa e se solidariza ao repórter Pedro Spinelli”.
Na manhã desta segunda-feira (29/5), Abel fez uma chamada de vídeo com Pedro Spinelli, e pediu desculpas ao jornalista.
A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai analisar as imagens do ocorrido.
Homenageados do Troféu Audálio Dantas 2023: Bruno Paes Manso, Gregório Duvivier e Juliana Campo Mello (acima); Leonardo Sakamoto, Rene Silva e Valmir Salaro (abaixo).
Será realizada na próxima semana, em São Paulo, a cerimônia de premiação da quarta edição do Troféu Audálio Dantas – Indignação, Coragem, Esperança. Criada em 2020, a distinção reconhece o trabalho de comunicadores pelos seus trabalhos contra injustiças sociais. Neste ano serão seis homenageados: Bruno Paes Manso, Gregório Duvivier, Juliana Dal Piva, Leonardo Sakamoto, Rene Silva e Valmir Salaro.
A cerimônia, que também celebrará o Dia do Jornalista (7/4) e o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa (7/6), será em 6/6 (terça-feira), a partir das 19h, no Auditório Prestes Maia/Plenarinho da Câmara Municipal de São Paulo (Viaduto Jacareí, 100). Os homenageados receberão uma escultura produzida pelo designerRoger Matua a partir de um desenho da cartunista Laerte.
O prêmio tem curadoria de família Kunc Dantas e Oboré e conta com o apoio de Agência Sindical, Associação Brasileira de Imprensa, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, Associação Paulista de Jornalistas Veteranos, Associação Profissão Jornalista, Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Canal da Praça, Centro Acadêmico Vladimir Herzog / Cásper Líbero, Centro Acadêmico Benevides Paixão / PUC-SP, Coletivo Amigos de Paúba, Coletivo Café Sem Pauta, Federação dos Professores do Estado de São Paulo, Gabinete Vereador Eliseu Gabriel, Instituto do Memorial de Artes Gráficas do Brasil, Instituto Elifas Andreato, Instituto Premier, Instituto Vladimir Herzog, Projeto Repórter do Futuro, Ricardo Viveiros & Associados e Sindicato dos Professores de SP.
História
A primeira e única edição do prêmio jornalístico Indignação, Coragem, Esperança, criado por iniciativa de Agência Sindical, Barão de Itararé e Oboré, foi entregue ao próprio Audálio em 8 de julho de 2017, dia do seu aniversário de 88 anos.
Depois do falecimento dele, o troféu foi rebatizado, ganhou novas adesões de entidades de jornalistas, defesa da democracia e se tornou um prêmio unitário com o propósito de lembrar a importância do Audálio em momentos cruciais da história recente do Brasil e iluminar a trajetória de jornalistas que lutam pela democracia e contra as injustiças.
A primeira homenageada pelo novo formato, em 2020, foi a repórter Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo. Em 2021 o prêmio foi entregue a Mara Régia Di Perna, Luis Nassif e Jamil Chade, e em 2022 para Julian Assange, Eliane Brum e aos jornalistas do Consórcio de Veículos de Imprensa pela cobertura da pandemia.
Perfil dos homenageados
Homenageados do Troféu Audálio Dantas 2023: Bruno Paes Manso (em cima, esq.), Gregório Duvivier e Juliana Dal Piva; embaixo, Leonardo Sakamoto, Rene Silva e Valmir Salaro.
Bruno Paes Manso – Como escritor, notabilizou-se pelo livro-reportagem A guerra: a ascensão do PCC e o mundo do crime no Brasil, que explora a fisionomia do crime no Brasil através de relatos de integrantes do grupo, feito em coautoria com Camila Nunes Dias. Em A república das milícias: Dos esquadrões da morte à era Bolsonaro, Paes Manso evidencia a proximidade do bolsonarismo ao sistema de milícias cariocas, que ocorre através do discurso de ódio e a fragilização do controle às armas e das instituições. É formado em economia, além de ser jornalista, mestre e doutor em ciência política. Atualmente, é um dos pesquisadores do NEV (Núcleo de Estudos da Violência) da USP. Como repórter, especializou-se na cobertura jornalística de temas ligados à segurança pública, no jornal O Estado de S. Paulo.
Gregório Duvivier – Nasceu no Rio de Janeiro (37 anos) e é apresentador do programa humorístico Greg News (HBO), produzido pelo coletivo Porta dos Fundos, do qual foi um dos fundadores em 2012 e que traduz temas considerados polêmicos sem censura. O semanal Greg News discute pautas de interesse público e em defesa da liberdade e da democracia através do humor e do rigor jornalístico. Duvivier é ator, escritor, poeta, comediante, roteirista, ativista, empresário e Youtuber. Iniciou a carreira artística na escola de teatro Tablado. Graduou-se em Letras pela PUC do Rio. Ainda aos 17 anos, passou a fazer parte, ao lado de colegas como Marcelo Adnet, Fernando Caruso e Rafael Queiroga. É autor dos livros “A partir de amanhã eu juro que a vida vai ser agora”, “Ligue os pontos – Poemas de amor e Big Bang” e “Put Some Farofa”. Como ator ou roteirista, teve participação em dezenas de programas de televisão, séries e longa metragens de grande sucesso.
Juliana Dal Piva – Jornalista vítima de assédio de Frederick Wassef, advogado do ex-presidente da República e a autora do livro O Negócio do Jair: A história proibida do clã Bolsonaro. O trabalho investiga as origens do patrimônio e as histórias ocultas da família do ex-presidente. Juliana também apresentou o podcast A Vida Secreta de Jair, do UOL Investiga, série de reportagens sobre os temas do livro, com sua apuração. Nasceu em Santa Catarina (37 anos) e é jornalista com mestrado pelo CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil), da Escola de Ciências Sociais da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas – São Paulo). Foi repórter do Portal Terra, da revista Istoé e dos jornais O Globo, Folha de S. Paulo e O Dia. Foi vencedora de prêmios como Líbero Badaró e Embratel, além de ter recebido menção honrosa do Prêmio Vladimir Herzog, por suas reportagens acerca de temas dos direitos humanos.
Leonardo Sakamoto – Natural de São Paulo (46 anos), fundou a ONG Repórter Brasil para investigar violações dos direitos humanos em 2001. As reportagens da organização levaram grandes empresas e governos a mudarem suas políticas a fim de combater a escravidão contemporânea. Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política pela USP e foi pesquisador visitante do Departamento de Política da New School, em Nova York. É professor de Jornalismo na PUC-SP. Na ONU, foi conselheiro do fundo global contra a escravidão (2014-2020), em Genebra. Como repórter, cobriu conflitos em Timor Leste, Angola e Paquistão. Ganhador do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, do Prêmio Gabo de Jornalismo e do Freedom Awards, entre outros, escreveu livros como Escravidão Contemporânea (2020) e O que aprendi sendo xingado na internet (2016).
Rene Silva – Nascido no Morro do Adeus (28 anos), que pertence ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, é o Fundador, com apenas 11 anos de idade, do jornal Voz das Comunidades, veículo que hoje conta com 35 profissionais e noticia os fatos e histórias não contados pela grande mídia sobre a vida na periferia. É referência no Brasil e no exterior. A atuação de destaque nas comunidades locais fez de Rene Silva uma personalidade de projeção internacional. Rene foi palestrante em Harvard (2013), recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia, foi apontado como uma das cem pessoas negras mais influentes do mundo na lista da Forbes Under 30 (que faz o ranking dos influenciadores com menos de 30 anos), e hoje trabalha como captador de recursos para ONGs do setor para incentivar projetos jornalísticos nas escolas. Em 2012, tornou-se uma das personalidades brasileiras escolhidas para carregar a pira olímpica, nos jogos do Rio de Janeiro.
Valmir Salaro – Repórter paulistano (69 anos) marcado pela cobertura da Escola Base, de 1994, um dos maiores erros jornalísticos e de investigação policial. No documentário Escola Base: um repórter enfrenta o passado da Globoplay, de iniciativa própria, Salaro refaz o caminho da apuração, reconhece o erro jornalístico e busca se perdoar. O jornalista iniciou a carreira como laboratorista no jornal Shopping News, foi estagiário na Gazeta Esportiva e passou pelo Diário do Grande ABC, onde começou a cobertura de temas de segurança pública, que marcaria sua carreira daí em diante. Foi para a Agência Folha e para o jornal Folha de S. Paulo, onde publicou reportagem com a qual venceu pela primeira vez o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Desde 1992, trabalha na Rede Globo, onde é repórter especial do Fantástico, responsável por matérias investigativas sobre crimes de grande repercussão.
A Justiça de São Paulo condenou em segunda instância o ex-presidente Jair Bolsonaro por dano moral coletivo e ataques à categoria dos jornalistas. Ele deverá pagar uma indenização de R$ 50 mil, quantia que será revertida para o Fundo Estadual de Defesa dos Direitos Difusos.
A 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve decisão da 24ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, proferida em junho de 2022, modificando apenas o valor da indenização, que antes era de R$ 100 mil reais.
Em decorrência dos constantes e crescentes ataques e agressões de Bolsonaro contra a imprensa durante seu governo, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) ajuizou em abril de 2021 uma ação civil pública denunciando o ex-presidente por suas atitudes. Segundo a entidade, Bolsonaro praticou “assédio moral sistemático contra toda a categoria profissional, ao afrontar a imagem e a honra dos e das jornalistas de maneira indistinta”.
O SJSP usou como base levantamentos da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), que registrou 175 ataques de Bolsonaro à imprensa em 2020, e da organização Repórteres sem Fronteiras (RSF), que mapeou 103 insultos contra jornalistas no mesmo ano.
O advogado Raphael Maia, coordenador jurídico do SJSP, sustentou no julgamento que “tais ataques reiterados do réu à categoria dos jornalistas, em pronunciamentos públicos ou em suas redes sociais, se dão de forma hostil, desrespeitosa e humilhante, com a utilização de violência verbal, palavras de baixo calão, expressões pejorativas, homofóbicas, xenófobas e misóginas”.
Segundo Maia, os ataques de Bolsonaro “extrapolam seu direito à liberdade de expressão e importam assédio moral coletivo contra toda a categoria de jornalistas, atentando contra a própria liberdade de imprensa e a democracia, porquanto têm o condão de causar temor nos profissionais da imprensa, muitas vezes atacados moral e até fisicamente pelos apoiadores do requerido, que o têm como exemplo.”
Até a próxima quarta-feira, 31 de maio, as agências e outras organizações que quiserem participar da edição 2023 do Prêmio Jatobá PR poderão pagar as inscrições antecipadamente, com 20% de desconto no valor total. E terão até 30 de setembro, prazo final das inscrições, para fazer o upload dos cases na plataforma da premiação.
Helio Garcia, diretor do Gecom (Grupo Empresarial de Comunicação), mantenedor do certame, explica que, assim, as empresas se beneficiam desse bônus e podem depois escolher com calma os cases que desejam inscrever: “O desconto vale tanto para as agências (grandes e butiques, sendo que para as butiques o valor é mais em conta) quanto para as demais organizações empresariais e públicas. E temos ainda o desconto por volume, ou seja, quanto maior o número de cases inscritos por uma mesma organização maior o desconto concedido”.
As inscrições antecipadas para as organizações empresariais e grandes agências terão um desconto de R$ 430, caindo até 31 de maio de R$ 2.150 para R$ 1.720. E para as agências-butique, esse desconto será de R$ 290 (de R$ 1.450 por R$ 1.160). Garcia dá um exemplo do desconto por volume: “Se uma grande agência, que tem 40, 50 ou mesmo 100 clientes, quiser comprar um pacote com dez inscrições e, desse modo, fazer uma ação de RP com eles, em especial com suas principais marcas, o valor de tabela, que seria de R$ 16.878, com o desconto progressivo de 20% pela compra antecipada cairia para R$ 13.502,40 (desconto total de R$ 3.375,60). E para as butiques, cairia de R$ 11.383 para R$ 9.106,40 (R$ 2.276,60 de desconto total)”.
O Prêmio Jatobá PR abrange 31 categorias, uma delas internacional, focada na América Latina, aberta a todo o mercado. As outras 30 são exclusivas e dividem-se em dez para as organizações empresariais e públicas; dez para as grandes agências; e dez para as agências-butique. Marco Rossi, também diretor do Gecom, lembra que no caso das agências as categorias são as mesmas, porém grandes e butiques concorrem apenas entre si e são contempladas de modo igual: “Desde que o Prêmio Jatobá PR foi lançado essa é uma preocupação presente, conceder às agências-butique a mesma premiação das grandes, porém cada uma concorrendo em sua faixa de mercado. Nessas dez categorias, portanto, são dez troféus de campeã para as grandes e outros dez para as butiques; e dez shortlists para cada um dos segmentos”.
As inscrições vão até 30/9 e a festa de premiação, novamente programada para o Hotel Renaissance, em São Paulo, será em 5 de dezembro. Clique neste link para outras informações.