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Nas previsões do Instituto Reuters para 2024, mais pessimismo do que otimismo

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

O relatório de previsões do Instituto Reuters para Estudos de Jornalismo em 2024 começa com o que não é novidade − o impacto da inteligência artificial na atividade −, mas segue com insights que podem não estar no radar de todos.

Um deles diz respeito às redes sociais, demonizadas por muitos da indústria de mídia pela falta de controle sobre a desinformação e pela fatia da receita publicitária abocanhada do jornalismo tradicional, afetando a sustentabilidade financeira da imprensa.

No entanto, Nic Newman, autor do relatório e também do Digital News Report do Reuters, listou como um dos cinco destaques deste ano a preocupação dos editores com o declínio acentuado do tráfego de referência advindo de sites de mídia social, um sentimento que lembra o ditado “ruim com elas, pior sem elas”.

Na pesquisa feita para subsidiar as previsões com mais de 300 líderes de empresas jornalísticas em vários países, incluindo Brasil, 63% dos entrevistados se disseram preocupados.

O documento do Instituto cita dados da empresa de análises Chartbeat mostrando que o tráfego para sites de notícias proveniente do Facebook caiu 48% em 2023, enquanto o que veio do X/Twitter recuou 27%.

Diante dessa nova realidade, cerca de três quartos (77%) dos entrevistados afirmam na pesquisa que se concentrarão mais nos seus próprios canais diretos em 2024, com um quinto (22%) afirmando que irá reduzir investimentos. Uma proporção semelhante (20%) experimentará plataformas alternativas.

WhatsApp: nova tábua de salvação?

O queridinho da vez parece ser o WhatsApp. Em uma escala que pondera as respostas “menor concentração” e “maior concentração”, a plataforma de mensagens marcou 61 pontos. O Instagram foi beneficiado pela decisão da Meta de abrir canais de transmissão para veículos de notícias, e ficou com 39 pontos.

Os pesquisadores constataram que o interesse em redes de vídeo como TikTok (+55) e YouTube (+44) permanece forte, enquanto o Google Discover está se tornando uma fonte de referência mais importante, mas volátil.

Por outro lado, o sentimento dos editores em relação ao Facebook piorou ainda mais este ano, na visão dos editores entrevistados. A rede social marcou 38 pontos negativos, quase empatada com o X/Twitter (-39).

Logo ele, que já foi a rede mais importante para notícias em vários países, mas que desde a aquisição por Elon Musk, em 2022, só vem descendo a ladeira.

Seguindo a mesma metodologia de escala de pontuação, os formatos que devem crescer mais são vídeo (64 pontos), boletim informativo (52 ) e podcast (47). O volume de conteúdo escrito ficará estacionado, o que faz sentido com outra constatação do relatório que vai entristecer os amantes do papel.

Nic Newman

O papel vai saindo de cena

Nic Newman prevê que mais jornais interromperão a impressão diária este ano, na medida em que os custos aumentam e a rede de distribuição enfraquece. Nesse ponto entra a inteligência artificial.

O relatório aponta que não apenas o conteúdo será turbinado por ela, mas também a distribuição. Segundo o documento, este será o ano em que as Search Generative Experiences (SGE) começarão a ser implantadas na internet, juntamente com chatbots baseados em IA, “oferecendo uma forma mais rápida e intuitiva de acessar informação”.

A previsão não é positiva em vários aspectos. Newman sinaliza que essas mudanças tendem a reduzir ainda mais o acesso a veículos estabelecidos, afetando a receita.

Juntando com outra tendência apontada por ele, a de as empresas jornalísticas criarem paywalls e serviços pagos para compensar o esvaziamento de tráfego gerado por plataformas digitais, o resultado pode ser uma dificuldade ainda maior de atingir audiências jovens e com menor nível de instrução, “que já estão confortáveis com as notícias geradas por algoritmos e têm laços mais fracos com a mídia tradicional”.

Nic Newman tenta ser otimista, lembrando que com mudanças surgem oportunidades. Mas não parece ser esse o espírito no comando das empresas jornalísticas. Menos da metade (47%) dos líderes entrevistados se disse otimista com as perspectivas para o jornalismo em 2024, e 12% admitiram que a confiança este ano é baixa.

O relatório completo pode ser visto aqui.


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Adriana Fernandes é a nova colunista da Folha de S.Paulo

Com 28 anos na cobertura de economia em Brasília, Adriana Fernandes estreou em 22/1 como colunista da Folha de S.Paulo. Ela escreverá duas colunas por semana sobre os principais temas econômicos do País e a ligação deles com a política. A coluna trará análises e bastidores às segundas e sextas-feiras no site do jornal, e às terças e sábados na edição impressa.

Graduada pela UnB, Adriana tem especialização em Economia e Meio Ambiente pela Fundação Getulio Vargas e MBA em Informações Econômicas-Financeiras e Mercado de Capitais pela FIA-USP. Começou a carreira na Agência Brasil, passou pela agência O Globo e trabalhou por 25 anos no Grupo Estado.

Últimos dias de inscrições para o Prêmio Imprensa de Educação ao Investidor

Últimos dias de inscrições para o Prêmio Imprensa de Educação ao Investidor
Crédito: Daniel Thomas/Unsplash

Encerra-se na próxima quarta-feira (31/1) o período de inscrições para o 17º Prêmio Imprensa de Educação ao Investidor. Organizado pelo Comitê Consultivo de Educação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e com apoio da B3, a iniciativa reconhece trabalhos sobre finanças pessoais e investimentos.

O prêmio é dividido em quatro categorias: Jornal de cobertura nacional, Jornal de cobertura local/regional, Revista e Mídia digital, na qual são considerados somente conteúdos em portais de empresas jornalísticas com domínio brasileiro. Podem participar reportagens publicadas entre 1/1/2023 e 31/12/2023.

O vencedor de cada categoria receberá R$ 3.500,00 mil, juntamente com um certificado e placa. Em caso de coautoria, o valor será dividido entre o número de autores. As inscrições podem ser feitas de forma gratuita até as 17h de 31/1 no Portal do Investidor.

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Amandi Audi vai para a Agência Pública

Amandi Audi vai para a Agência Pública

Amanda Audi anunciou em 22/1 que passou a fazer parte do time da Agência Pública, como repórter em São Paulo. “Depois de 2 anos e meio, esta semana encerrei meu ciclo no @BrazilianReport. Só tenho amor e gratidão por tudo o que fizemos neste período. Aprendi muito, fizemos coisas incríveis, fiz amigos que quero levar para a vida […]”, escreveu em rede social.

Amanda é especializada na cobertura de política e direitos humanos. Formada pela UFPR, foi diretora de redação do Congresso em Foco, e repórter de The Intercept Brazil, Folha de S.Paulo e The Brazilian Report. Recebeu o Prêmio Comunique-se de melhor repórter em mídia impressa em 2019 e o Troféu Mulher Imprensa na categoria Revelação em 2020, e o Fellow do Dart Center for Journalism and Trauma da Universidade de Columbia, em 2022.

Outra novidade na redação da Agência Pública é a chegada do repórter Rafael Custódio. Ele trabalhou anteriormente no Núcleo de Jornalismo Investigativo da Record TV, onde produziu reportagens sobre Segurança Pública, Saúde, Cidades e Política. Antes, também na Record, fez parte da equipe de apuração por seis anos.

Farol Jornalismo lança guia sobre Inteligência Artificial para jornalistas

Farol Jornalismo lança guia sobre Inteligência Artificial para jornalistas
Crédito: Markus Winkler/Unsplash

A Farol Jornalismo lançou um guia básico sobre Inteligência Artificial voltado para jornalistas, com o objetivo de fornecer aos comunicadores informações essenciais e relevantes sobre o tema.

O guia, com o nome O mínimo que um jornalista precisa saber sobre Inteligência Artificial para começar 2024, é baseado no conteúdo publicado pela Farol Jornalismo em sua newsletter ao longo de 2023. Segundo o veículo, em cerca de 80% das edições da newsletter foram abordados temas relacionados à Inteligência Artificial.

O manual trata de tópicos essenciais como a definição do conceito de Inteligência Artificial, o que são modelos de linguagem (ou LLMs), ChatGPT e seus usos, utilidades e perigos/problemas de uma IA generativa nas redações, e recomendações de cursos sobre o uso da IA no jornalismo.

“Ao longo de 2023, nos debruçamos quase toda a semana sobre o tema da inteligência artificial no jornalismo. Esse guia é um esforço para dar sentido à superabundância de conteúdo relacionado ao assunto”, diz o guia.

A produção do manual é de Giuliander Carpes, com edição de Moreno Osório e Lívia Vieira.

Confira o guia na íntegra aqui.

Jiane Carvalho assume o comando da Capital Aberto

Jiane Carvalho (Crédito: Capital Aberto)

A Capital Aberto anunciou a contratação de Jiane Carvalho como sua nova diretora de Redação. Com 30 anos de carreira, a maior parte acompanhando o mercado financeiro, Jiane esteve por dez anos na Gazeta Mercantil, participou da criação do Brasil Econômico como editora-executiva e responsável pelas editorias de Economia e Finanças, e colaborou como freelancer para Estadão, Valor Econômico e Exame. Também teve passagens pelas rádios Gazeta e CBN.

Com 20 anos de história, a Capital Aberto traz conteúdos jornalísticos sobre investimentos e negócios, trazendo a “visão de dentro” do setor. O projeto faz parte do Grupo Vórtx.

Renan Bandeira está de volta ao Mobiauto

Renan Bandeira está de volta ao Mobiauto
Crédito: Renan Bandeira/ Linkedin

Depois de desligar-se ao final de 2023 da redação da Autoesporte, onde era repórter, Renan Bandeira assumiu em 15/1 a gerência de Conteúdo do Mobiauto. Esta será sua terceira passagem pela publicação, sendo a primeira como repórter, entre agosto de 2020 a abril de 2022, e a segunda como editor de Conteúdo, entre dezembro de 2022 e setembro de 2023.

Ele entra no lugar de Leonardo Felix, que em movimento oposto assumiu no final de dezembro a vaga de diretor de Redação da Autoesporte. “Com a iminente saída do Leonardo, o Sant Clair, que é o nosso CEO, me procurou por eu ter participado do projeto Revista Mobiauto desde o início, lá em 2020, e por conhecer nosso público e todo o funcionamento da empresa”, explica Renan. “A Mobiauto é uma empresa pela qual tenho carinho enorme. Me acolheu quando saí do estágio na Quatro Rodas e foi onde mais cresci profissionalmente. Gerente de Conteúdo é um cargo de bastante responsabilidade, mas, junto desse time forte e do nosso bom relacionamento com todas as fabricantes, tenho certeza de que vamos colher bons frutos”.

Nesta nova passagem pela publicação, Renan terá em sua equipe o editor Renan Rodrigues, os repórteres Diego Dias e Vinicius Moreira, e os estagiários Davi Rocha e Lucas Frasson. Ele atende pelo [email protected].

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Edward Pimenta é o novo diretor de comunicação do InvestNews

Edward Pimenta é o novo diretor de comunicação do portal InvestNews, respondendo à vice-presidente de comunicação Leila Suwwan. Pimenta será responsável por liderar a parte editorial e comercial do site, e continuar a evolução do InvestNews como plataforma de notícias especializadas em finanças e negócios.

Com mais de 20 anos de carreira na comunicação, Pimenta trabalhou anteriormente em Estadão, O Globo, Superinteressante e Veja. Foi executivo nos grupos Globo e Abril e liderou equipes de treinamento editorial, brand publishing, projetos multiplataforma, licenciamento e branded content.

É também professor de Marketing de Conteúdo na Universidade Presbiteriana Mackenzie, colaborador da Associação Brasileira de Jornalismo Empresarial (Aberje) e colunista da International News Media Association (INMA).

Está no ar a edição 2024 da Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação

Vai até sexta, 10/2, o prazo para participar da Pesquisa Mega Brasil

Foi aberta oficialmente na quinta-feira, 18 de janeiro, com encerramento previsto para 19 de fevereiro, a Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação, iniciativa coordenada pelo Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas para o Anuário da Comunicação Corporativa e que se destina a mapear detalhadamente esse universo empresarial que, em 2022, faturou cerca de R$ 4,88 bilhões e empregou quase 18.800 profissionais.

É com base nesse levantamento, com informações passadas diretamente pelas próprias empresas, que são construídos os múltiplos indicadores setoriais, como o faturamento e o índice de crescimento da atividade, e também o Ranking das Agências e Grupos de Comunicação.

A Pesquisa identifica, por exemplo, as profissões majoritárias nas agências, os esforços na busca de maior diversidade de gênero e étnico-racial nas equipes, o índice de otimismo/pessimismo dos dirigentes, os fatores negativos e positivos que impactaram a atividade, os produtos e serviços mais demandados pelo mercado, a produtividade média por cliente e por funcionário do segmento. E este ano, passa a acompanhar, também, uma outra informação até hoje nunca pesquisada dentro da atividade: a quantidade de press-releases produzidos e distribuídos pelo conjunto das agências diariamente e ao longo da semana, do mês e do ano.

São, no total, 33 questões, sendo que a Pesquisa é aberta e pode ser respondida por todas as agências de comunicação do País. Para aquelas que tradicionalmente a respondem, basta entrar no link www.megabrasil.com.br/anuario2024 e digitar login e senha. Para as demais, é só seguir as orientações da plataforma.

Outras informações com Bruna Valim ([email protected]) e Clara Francisco ([email protected]).

Rede JP e UFRJ abrem inscrições para curso sobre diversidade e inclusão no jornalismo

Rede JP e UFRJ abrem inscrições para curso sobre diversidade e inclusão no jornalismo
Crédito: Clay Banks/Unsplash

Abertas as inscrições para o curso Diversidade, Inclusão e Novos Formatos no Jornalismo Pós-Cultura Digital. Oferecido pela Rede de Jornalistas Pretos, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a iniciativa discutirá o papel do jornalismo na ampliação da diversidade e representatividade.

O curso terá duas turmas, sendo uma presencial, com aulas realizadas no auditório da Escola de Comunicação da UFRJ, e outra online, com transmissões feitas pelo YouTube. Terá a participação de convidados nacionais e internacionais. Entre os temas que serão abordados estão a importância de evitar estereótipos e preconceitos no jornalismo, os desafios do mercado da comunicação e como torná-lo um espaço que permita inclusão de diversas narrativas.

Coordenado por Marcelle Chagas (UFF e Rede JP) e Ivana Bentes (ECO/UFRJ), em parceria com o Pontão de Cultura Digital da ECO/UFRJ, é aberto para qualquer pessoa e terá ao todo 18 aulas semanais, com início previsto para 8 de março.

O formulário de inscrição e mais informações podem ser conferidos aqui.

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