Sérgio Spagnuolo, noNúcleo Jornalismo, acaba de lançar oLegislatech, ferramenta de monitoramento do legislativo e do executivo em âmbito nacional. Spagnuolo tem como sócios Felippe Mercurio, diretor de Tecnologia, e Alexandre Orrico, ex-Folha de S.Paulo.
O Núcleo Jornalismo, veículo que cobre tecnologia e o impacto das plataformas digitais, se define como Jornalismo inteligente sobre redes sociais. Forte em tecnologia, cria projetos e produtos para subsidiar seu jornalismo. Por enquanto, seus principais clientes são as consultorias que trabalham com risco político e de negócios e as ONGs que monitoram o legislativo. Em breve, chegam os escritórios de advocacia.
Legislatech é um de seus produtos. Em agosto de 2023, a empresa lançou uma primeira versão, mais limitada, para testagem, que foi aperfeiçoada com feedbacks. Agora saiu a versão definitiva, para ser comercializada. Apesar de ter vários níveis de aprofundamento, e de ser uma ferramenta que costuma sair caro, Logitech tem uma versão básica, com preço módico, que pode ser adquirida por uma pessoa física, principalmente em ano de eleições municipais.
Spagnuolo, graduado em Jornalismo pelo Mackenzie, é mestre em Relações Internacionais e Direitos Humanos pela PUC-SP. Foi fellow do Tow-Knight Center for Entrepreneurial Journalism, programa de empreendedorismo para jornalistas, em Nova York. Editor do Aos fatos até 2018, já atuou pelas agências Reuters e Mergermarket, para as revistas AméricaEconomia, IstoÉ Dinheiro e Capital Aberto, entre outras, e para os portais Yahoo News, Estadao.com e Último Segundo. Foi diretor da Abraji.
A apresentadora Aline Klemt, mais conhecida por Ali Klemt, da TV Pampa, foi indiciada pela Delegacia de Combate à Intolerância de Porto Alegre por crime de praticar, induzir ou incitar discriminação contra etnia ou procedência nacional, após inquérito policial aberto que apurou delito em declarações dadas durante o programa Atualidades Pampa. O motivo foi uma declaração dela na edição de 10 de outubro de 2023, em que manifestou apoio aos ataques israelenses a Gaza e propôs dizimar o povo palestino.
“Hoje, sinceramente, não tem outra forma, a não ser, realmente, dizimando uma população que acha que matar aleatoriamente tá tudo certo” (sic.), disse no programa. Para justificar a afirmação, ela resgatou a falsa notícia de que os palestinos teriam degolado crianças em 7 de outubro de 2023, desmentida no mesmo dia pela mídia israelense. A edição de 10 de outubro do Atualidades Pampa não está mais disponível nas redes sociais da emissora, no entanto, o vídeo com a fala de Ali foi resgatado pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) e pode ser visto nolink.
Procurada pela reportagem do site Coletiva.net, Klemt afirmou que, por orientação de seus advogados, só se manifestará em juízo.
Prestes a completar 27 anos de casa, a repórter Cleide Silva anunciou em 6/2 sua saída do Estadão. O motivo, segundo ela, foi corte de custos promovido pelo jornal.
“Saio agradecida por todo o aprendizado, por todas as oportunidades e principalmente pelas amizades que fiz com companheiros de trabalho, fontes e assessores”, destacou Cleide, que ao longo de sua passagem pelo jornal acumulou prêmios e reconhecimentos, tendo sido inclusive presença constante entre os homenageados nas eleições dos +Admirados Jornalistas da Imprensa Automotiva e de Economia, Negócios e Finanças, promovidas pelo Jornalistas&Cia.
“Foram anos de alegrias, tristezas, tensão, matérias que amei fazer, outras nem tanto, muitas que me emocionaram, outras que me desafiaram, algumas que me levaram a terras distantes e umas poucas que renderam prêmios. Na maior parte desse tempo acompanhei o setor automotivo e agradeço a todos pelo profissionalismo em todo esse tempo. Agradecimento enorme a todos os editores e editoras com quem trabalhei, em especial ao Eleno Mendonça, que em 1997 me convidou para trabalhar no Estadão. Aos colegas queridos da redação, especial obrigada pela ajuda em todos os momentos, pelas parcerias, risadas, afeto, carinho”. Ela diz ainda não ter nada em mente sobre seus próximos passos profissionais.
Vai até 19/2 o prazo para as agências de comunicação participarem da Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação – 2024, que serve de base para a montagem do Ranking das Agências e para a produção dos indicadores setoriais, como faturamento, investimentos, tendências, total de colaboradores etc. O trabalho é coordenado por Maurício Bandeira, diretor do Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, com supervisão da editora executiva Adriana Teixeira.
O levantamento é aberto a todas as empresas de PR do País, independentemente de porte ou especialidade. Para participar, é só entrar nestelink.
Cerca de 40 empresas já confirmaram presença no Anuário. Outras organizações e agências interessadas em participar publicitária e editorialmente da publicação podem procurar a diretoraCélia Radzvilaviez, pelo e-mail [email protected].
A Record TV fez cortes na sua equipe de jornalismo. A emissora demitiu o repórter Luiz Gustavo, conhecido como Biló, em Belo Horizonte, e a também repórter Priscila Doroche, em São Paulo. As informações são do F5 (Folha de S.Paulo).
Luiz Gustavo estava há 14 anos na Record. Atuava principalmente no Jornal da Record e em telejornais locais da emissora. Segundo o F5, a demissão do profissional ocorreu devido a seu alto salário. Antes da Record, Luiz Gustavo trabalhou por 22 anos na Globo.
Priscila Doroche (Crédito: Instagram)
Em São Paulo, deixa a emissora Priscila Doroche, repórter do Balanço Geral SP, apresentado por Reinaldo Gottini na hora do almoço. Ela estava na Record desde 2012. De 2013 a 2014, foi âncora do Record News. Também foi produtora do Fala Brasil, programa matinal da Record. Antes, trabalhou no SBT do Rio Grande do Sul.
Segundo o F5, as demissões ocorreram devido à crise financeira que a Record enfrenta nos últimos anos.
O Canal Rural anunciou mudanças na gestão de jornalismo e de conteúdo. Laila Muniz assume o cargo de gerente nacional de Jornalismo do grupo, e será responsável pela área de conteúdo de televisão, portal, projetos especiais e afiliadas em Rio Grande do Sul, Brasília, Bahia, Mato Grosso e Paraná.
Muniz substitui a Giovani Ferreira, que assumirá, a partir de março, o cargo de CEO da afiliada Sul, que abrange os estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Laila tem 26 anos no jornalismo. Está no Canal Rural desde 2019, inicialmente na unidade de Brasília, e desde 2021 atua em São Paulo, como coordenadora de Jornalismo da TV. Já cobriu política, economia, saúde e agro. Trabalhou anteriormente em Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ministério da Agricultura, Presidência da República e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Foi responsável pelas redes sociais do Congresso Nacional por quase oito anos.
Estão abertas as inscrições para o curso Inteligência Artificial na prática para o seu negócio, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). A iniciativa busca capacitar profissionais a explorar o uso de inteligência artificial em negócios.
Disponível nas modalidades presencial e online, sendo a primeira no campus da ESPM Tech em São Paulo (Rua Joaquim Távora, 1240, Vila Mariana) e a segunda com transmissões ao vivo. Com início marcado para 26/2, as aulas semanais ocorrerão das 19h30 até 22h30. As inscrições permanecem abertas até 25/2.
O programa faz parte dos cursos de extensão Dynamic da instituição e é destinado a profissionais que atuam na área de comunicação em empresas. O curso tem mentoria de Elaine Coimbra, CEO e fundadora da agência Foster, e Renata Benigna, mestre da ESPM em disciplinas como Marketing Digital e Redes Sociais.
Inscrições e mais informações podem ser conferidas aqui.
Maurício Noriega, Débora Bergamasco e Luciana Taddeo (Crédito: Divulgação/CNN Brasil)
A CNN Brasil anunciou as contratações de Débora Bergamasco, Luciana Taddeo e Maurício Noriega, que chegam para reforçar a equipe de jornalismo da emissora.
A repórter e analista política Débora Bergamasco atuará em Brasília, com análises sobre a política nacional e internacional, nos telejornais e no site da emissora. Ela também terá um blog no qual publicará reportagens e apurações exclusivas. Antes da CNN, passou por Folha de S. Paulo, Estadão, Isto É e SBT.
Luciana Taddeo atuará como correspondente internacional na Argentina. A jornalista já atua cobrindo assuntos da América Latina há dez anos, e foi correspondente na Venezuela. Antes da CNN, contribuiu para UOL, Estadão, além da própria CNN. Ela focará em assuntos relevantes no cenário latino em 2024, como o governo de Javier Milei na Argentina, e eleições no México, no Uruguai e na Venezuela.
Maurício Noriega, jornalista com 30 anos de experiência no setor esportivo, integrará o quadro Domingol com Benja, com Benjamin Back, aos domingos. Noriega também terá um blog para escrever sobre futebol e falará sobre as últimas notícias esportivas em programas como CNN Novo Dia e Brasil Meio-Dia. Antes da CNN Brasil, foi comentarista do SporTV por 21 anos. Cobriu todas as Copas do Mundo de Futebol desde 1990 e as Olimpíadas de Barcelona e do Rio de Janeiro.
Daniela Arbex lançou o livro-reportagem Longe do Ninho (Editora Intrínseca), sobre o incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, que matou dez garotos das categorias de base do time carioca, há cinco anos, em fevereiro de 2019.
A obra conta as trajetórias dos garotos de 14 a 16 anos que morreram na tragédia: Athila Paixão, de 14 anos; Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, de 14; Bernardo Pisetta, 14; Christian Esmério, 15; Gedson Santos, 14; Jorge Eduardo Santos, 15; Pablo Henrique da Silva Matos, 14; Rykelmo de Souza Vianna, 16; Samuel Thomas Rosa, 15; e Vitor Isaías, 15.
O livro-reportagem traz detalhes sobre o incêndio e a estrutura inadequada do CT, que tinha apenas uma porta de saída. Fruto de dois anos de apuração, a obra também aborda as consequências na vida das pessoas envolvidas na tragédia, com laudos técnicos, trocas de mensagens e e-mails, dados e relatos até então não divulgados, e entrevistas com as famílias dos jovens, sobreviventes, profissionais da perícia criminal e do Instituto Médico Legal (IML).
Em entrevista ao Metrópoles, Arbex contou que teve a ideia de fazer um livro sobre a tragédia no Ninho do Urubu quando a mãe de Bernardo Pisetta, uma das vítimas do incêndio, entrou em contato com ela após uma entrevista que a jornalista deu sobre seu livro Arrastados, sobre a tragédia de Brumadinho. A mãe do jovem goleiro de base do Flamengo mandou uma foto do menino quando criança, dormindo ao lado de uma bola de futebol.
Além dos livros sobre o Ninho do Urubu e Brumadinho, Arbex também publicou Todo dia a mesma noite, sobre o incêndio na Boate Kiss.
A desinformação climática não é nova, mas um relatório produzido pela organização não-governamental Center for Countering Digital Hate (CCDH) mapeou o que os pesquisadores chamaram de “novo negacionismo”, usando como exemplo o conteúdo encontrado no YouTube.
O novo foco é atacar a ciência climática e os cientistas e desacreditar as soluções para combater o problema, em vez de negar que o aquecimento global existe ou é influenciado por ações do homem.
Segundo o estudo, essas menagens agora representam 70% de todo o conteúdo negacionista sobre mudanças climáticas encontrado no universo pesquisado no YouTube. Há seis anos, a taxa era de 35%, segundo o CCDH.
A organização é a mesma que está sendo processada pelo Twitter/X por ter apontado aumento de discurso de ódio na rede social após a aquisição por Elon Musk e assim ter “afastado anunciantes”.
O foco no YouTube para o novo estudo é um sinal de que não se trata de um problema pessoal do chefe da ONG, o combativo Imran Ahmed, com Elon Musk.
O tamanho da influência do YouTube
O resultado da investigação é impressionante quando se leva em conta a penetração do YouTube. Uma pesquisa do Pew Research Center feita nos EUA em setembro do ano passado revelou que 83% dos adultos usam a plataforma regularmente.
A penetração entre adolescentes de 13 a 17 anos é ainda maior: 93% deles consomem conteúdo no YouTube, muito mais do que em TikTok (63%), Instagram (59%) e Facebook (33%).
Toda essa gente está sendo cada vez mais exposta a teses do chamado “novo negacionismo”, que foi mapeado a partir de uma análise realizada com auxílio de uma ferramenta de inteligência artificial chamada CARDS, desenvolvida por acadêmicos.
Os pesquisadores quantificaram a frequência de diferentes tipos de alegações de negação climática em um conjunto significativo de conteúdo.
Foram examinadas transcrições de texto de 12.058 vídeos relacionados com o clima, publicados entre 1º de janeiro de 2018 e 30 de setembro de 2023 em 96 canais do YouTube conhecidos por terem publicado conteúdo negacionista do clima. No total, o conjunto de dados cobre 4.458 horas ou quase 186 dias de conteúdo.
O velho e o novo negacionismo
O discurso em 2018, quando o mundo não estava tão quente, concentrava-se em duas linhas de argumentação, batizadas de “antigo negacionismo”:
O aquecimento global não está acontecendo
Os gases de efeito estufa gerados pelo homem não são a causa do aquecimento global
Só que o aumento da temperatura foi “derretendo” essas argumentações, e as narrativas tiveram que mudar.
A análise do CCDH mostra que o percentual de alegações associadas ao “velho negacionismo” caiu de 65% em 2018 para apenas 30% em 2023. A nova narrativa, que responde por 70%, é apoiada em três linhas de argumentação, segundo os pesquisadores:
Os impactos do aquecimento global são benéficos ou inofensivos
As soluções climáticas não funcionarão
A ciência climática e o movimento climático não são confiáveis
A ONG afirmou que o YouTube fatura até US$ 13,4 milhões por ano com anúncios nos canais estudados, e que as políticas da plataforma proíbem a monetização do velho negacionismo, mas não do novo negacionismo.
ONG pede atualização da política
Ainda que parte desses argumentos contra o consenso científico seja em teoria proibida pelas regras da comunidade, o CCDH diz ter encontrado evidências de monetização das antigas teses.
Uma das conclusões do trabalho é a cobrança ao Google para que atualize a política sobre conteúdo de negação climática a fim de refletir as narrativas adaptadas ao momento. O texto da política atual diz:
“Não permitimos conteúdo que contrarie o consenso científico oficial sobre as alterações climáticas.”
O Center For Countering Digital Hate pede que seja alterada para:
“Não permitimos conteúdo que contrarie o consenso científico oficial sobre as causas, impactos e soluções para as alterações climáticas.”
A mudança parece pequena, apenas três palavras. Mas pode fazer diferença para embasar remoções e desmonetização − caso o YouTube queira, é claro.
O relatório completo pode ser visto aqui.
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