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segunda-feira, julho 7, 2025

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TV Senado exibe documentário sobre Landell de Moura

A TV Senado transmite neste sábado (5/11) o documentário Padre Landell ? Fé na Ciência, produção que integra as comemorações dos 150 anos de nascimento do padre-inventor gaúcho Roberto Landell de Moura. Responsável por importantes descobertas na área das telecomunicações e primeiro cientista no mundo a transmitir voz humana sem fio a uma distância de oito quilômetros, na cidade de São Paulo, em 16 de julho de 1899. Com direção de Deraldo Goulart e produção de Lorena Maria, o documentário apresenta fatos curiosos da vida de Landell e mostra a herança que ele deixou para as ciências. O documentário tem participações de Ethevaldo Siqueira e Heródoto Barbeiro, da jornalista e senadora Ana Amélia Lemos, do biógrafo Hamilton Almeida, do presidente do Memorial Landell de Moura Ivan Dornelles, do radialista e ex-senador Sérgio Zambiasi e de dois grandes nomes da Comunicação no Brasil, Reynaldo Tavares e José Marques de Melo. A produção, uma parceria entre TV e Rádio Senado, vai ao ar às 21h30, com reapresentações no domingo (6/11), às 15h30, e no dia 12/11, às 20h30. Na Rádio Senado o programa estreia nesta 6ª.feira (4/11), às 18h, e terá reapresentações no sábado, às 10h, e no domingo, às 17 horas. A chamada do programa pode ser conferida no portal de notícias do Senado Federal. Vale lembrar que foi por solicitação de Dirceu Braz Goulart Neto que a senadora Ana Amélia sugeriu a Fernando César Mesquita, diretor da Secretaria de Comunicação do Senado, a realização desse documentário. Na legislatura passada, Dirceu trabalhava no gabinete do senador gaúcho Sérgio Zambiasi, autor do projeto que inscreve o nome de Landell no Livro dos Heróis da Pátria (o projeto hoje está na Câmara). Nesta legislatura, Dirceu trabalha com Ana Amélia, ex-funcionária, como Zambiasi, da RBS. 

José Trajano deixa comando da ESPN em 2012

José Trajano anunciou na última semana sua saída do comando do Jornalismo da ESPN Brasil, função que exerce desde a fundação da emissora, em 1995. Para o seu lugar já foi confirmada a promoção de João Palomino, atual apresentador do Linha de Passe e diretor de Esportes da rádio Estadão/ESPN, também ligado à emissora desde a sua fundação. A mudança, porém, só será efetivada a partir de janeiro de 2012. Trajano permanecerá no cargo até o final deste ano, vai tirar férias em janeiro, durante a parada do futebol, como costuma fazer todos os anos, e em fevereiro volta apenas como comentarista, além de participar no meio do ano da coordenação do time que vai às Olimpíadas de Londres. ?Daqui para a frente não quero traçar o destino de mais ninguém, só o meu?, disse ele a J&Cia. ?Vou atrás de mais qualidade de vida, escrever mais, dar as palestras que sempre tive que recusar por falta de tempo. Na verdade, minha saída era uma ideia que eu já vinha amadurecendo havia algum tempo e acho que agora chegou o momento ideal?. E, em tom de brincadeira, aproveitou para alfinetar o presidente da CBF: ?Não quero me perpetuar no cargo como o Ricardo Teixeira, a quem tanto critico?.

Matéria do Estado de Minas motiva investigação no MP

O caderno Vrum do Estado de Minas publicou no mês de outubro uma reportagem sobre a diferença entre as especificações dos Hyundai Veloster e Elantra vendidos no Brasil e no exterior. Os modelos apresentaram grandes diferenças de rendimento, o que gerou nova investigação preliminar do Ministério Público de Minas Gerais sobre a fabricante. É a segunda vez este ano que uma reportagem do jornal mineiro motiva acompanhamento do MP sobre a empresa. Em maio, a equipe também do Vrum fez denúncias sobre preços de revisão e mão de obra gratuita que não eram atendidos. Com base nas informações, o Ministério Público instaurou procedimento que gerou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) a ser cumprido pela fabricante. A matéria foi feita em conjunto pelos repórteres Julio Cabral, Paula Carolina e Marcello Oliveira. 

Flávio Pestana deixa o Diário de S.Paulo

O diretor-executivo do Diário de S.Paulo Flávio Pestana deixou na última semana o jornal e o Grupo Traffic, em que estava há quatro anos. Conforme informou ao informativo Jornalistas&Cia vai ?espairecer, desestressar? antes de assumir qualquer outro compromisso profissional. Ele ingressou na empresa em novembro de 2007, como diretor-geral da Rede Bom Dia de jornais, depois de exercer funções semelhantes em Gazeta Mercantil, Valor Econômico e Folha de S.Paulo. Pestana (pestana@uol.com.br), que acertou sua saída com J. Hawilla, presidente da Traffic, na semana passada, diz que ela se dá por motivos exclusivamente pessoais. Vale lembrar que a empresa contratou recentemente a consultoria Galeazzi com o objetivo de analisar uma possível reestruturação de suas atividades. A Galeazzi é a consultoria chamada anos atrás pelo Estadão para profissionalizar o grupo e monitorar a saída da família da operação. Vale lembrar também que desde agosto atua no Diário de S.Paulo o consultor Eucimar de Oliveira, profissional que tem grande parte de sua trajetória vivida no Rio de Janeiro, onde, entre outras responsabilidades, comandou o lançamento do Extra e dirigiu O Dia. Carlos Alencar está interinamente como editor-chefe, desde a saída de Nelson Nunes, no início deste mês.

100 anos de jornalismo automotivo no Brasil

Outubro marca o centenário do lançamento da Revista de Automóveis, a primeira especializada do setor no País, que circulou por alguns anos no Rio de Janeiro a partir de 1911. A informação é compartilhada por Rogério Louro, gerente de Comunicação Corporativa da PSA Peugeot Citroën do Brasil e um apaixonado por automóveis e história.100 anos de jornalismo automotivo no Brasil “O mês de outubro está chegando ao fim, mas não tinha como deixá-lo terminar sem lembrar um marco importante para todos nós, jornalistas automotivos brasileiros. Apesar de muitos não saberem, este mês marca os 100 anos do lançamento da primeira revista de automóveis do País, que tinha um título mais do que correto: Revista de Automóveis. Ela foi editada no Rio de Janeiro e lançada em outubro de 1911 com temas semelhantes aos que vemos nas publicações atuais, como produtos e serviços. Na capa, destaque para automóveis Benz, caminhões Saurer e pneus Continental. Na época, revistas especializadas já eram comuns nos Estados Unidos e na Europa, mas no Brasil o automóvel ainda não tinha conquistado tanto destaque na mídia, sendo lembrado mais em artigos sobre a sociedade ou fatos curiosos, onde aparecia para mostrar o status ou as proezas de seus donos. É verdade que serviu até de inspiração para batizar a mais importante revista de variedades nacional no início do Século XX, a Fon-Fon, só que a própria publicação dava pouco espaço para os carros em seus primeiros anos. A Revista de Automóveis nasceu para mudar isso. Logo na página 2 do primeiro número deixava bem claro seu objetivo: (na grafia original) ?É a primeira e unica publicação brazileira no genero. Redigida por especialistas neste assumpto, ella será de inestimavel valor informativo para os automobilistas e o melhor meio de propaganda para os fabricantes e agentes. Ler a Revista de Automóveis é conhecer o movimento mensal do automobilismo?. Ela durou apenas alguns anos, mas foi seguida ainda nas décadas de 1910 e 1920 por muitas outras, como Auto-propulsão, Auto-Sport, O Automóvel e O Auto e Automobilismo, que abriram a trilha para este mundo fantástico do jornalismo automotivo. Curioso é que o nome Revista de Automóveis foi usado novamente no Brasil em 1954, e mais uma vez foi marcante, por dar início ao que se pode considerar uma nova era das publicações automotivas no País. Mais isso é outra história…   Feliz centenário para todos!”

Diário do Nordeste leva Grande Prêmio J&Cia/HSBC

Jornalistas&Cia e HSBC realizaram na noite desta 4ª.feira (26/10) a festa de entrega do Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade, em cerimônia na EcoHouse, casa de eventos sustentável, inaugurada em 2010, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. E com o caderno Retrato Sertanejo: Esperança e Convivência, que já havia conquistado o prêmio no segmento Jornal, a equipe do Diário do Nordeste/CE, representada pela editora Maristela Crispim, ganhou também o Grande Prêmio da noite, levando, no total, R$ 20 mil (R$ 10 mil pelo prêmio em Jornal e outros R$ 10 mil pelo Grande Prêmio, que reconhece o melhor trabalho em sustentabilidade entre os vencedores da categoria Mídia Nacional). O total dos prêmios foi de R$ 95 mil, em valores líquidos, nas categorias Nacional (R$ 10 mil individualmente para Jornal, Revista, Televisão, Rádio e Internet; e R$ 15 mil para Imagem ? R$ 5 mil individualmente para Fotografia, Vídeo e Criação Gráfica) e Regional (R$ 5 mil para Regional 1, 2, 3 e 4), além de outros R$ 10 mil para o Grande Prêmio. Todos os vencedores compareceram para receber também o troféu, feito com vidro 60% reciclado e 40% novo, de autoria da artista plástica Elvira Schuartz. A cerimônia de entrega dos prêmios, aberta por Eduardo Ribeiro, diretor deste J&Cia, e por Hélio Duarte, diretor-executivo de Relações Institucionais do HSBC e presidente do Instituto HSBC Solidariedade, contou com a presença de cerca de 150 convidados. Em seu pronunciamento, Hélio Duarte citou algumas ações sustentáveis do HSBC que podem ter efeito transformador no comportamento de funcionários e clientes ? centro de treinamento com esse foco, em Curitiba; agência totalmente sustentável em São Luís, no Maranhão; e iniciativas mais simples, como troca de aparelhos de ar condicionado antigos e substituição de lâmpadas convencionais por outras de LED ?, informando que ?o Prêmio J&Cia/HSBC serve ao mesmo propósito no relacionamento do banco com a imprensa?. Eduardo Ribeiro afirmou que ?a questão-chave que se coloca é que o Planeta e a própria Humanidade já dão claras pistas de que os malfeitos estão chegando ao limite e que é necessário um enorme esforço para que consigamos compatibilizar progresso, bem estar e desenvolvimento com preservação ambiental, justiça social e equilíbrio econômico. O Prêmio Jornalistas&Cia / HSBC de Imprensa e Sustentabilidade é um esforço na direção de contribuir com esse objetivo?. A edição deste ano do Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade, que tem o propósito de incentivar a multiplicação de conteúdos sobre sustentabilidade em toda a mídia brasileira, superou a expectativa dos organizadores: 372 jornalistas inscreveram um total de 690 trabalhos, contra, respectivamente, 243 e 548 no ano passado. Foram 190 trabalhos de jornal, 129 de revista, 25 de rádio, 106 de televisão, 100 de internet, 76 de fotografia, sete de vídeo e 57 de criação gráfica, representando ao todo 23 estados, além do Distrito Federal (só não estiveram representados Amapá, Roraima e Tocantins). O prêmio teve apoio da Maxpress, que forneceu a plataforma tecnológica para inscrições e julgamento, coordenadoria de Lena Miessva e relatoria de Luciano Martins Costa. Detalhes dos trabalhos, depoimentos dos vencedores e jurados, e fotos da festa você confere na edição especial de Jornalistas&Cia clicando aqui, ou na página do Jornalistas&Cia, no Facebook.

Lançada edição póstuma de livro de Sidnei Basile

A editora Campus/Elsevier lançou na última semana, a 2ª edição do livro Elementos de Jornalismo Econômico, que Sidnei Basile escreveu no início da década passada. Revista e ampliada pelo próprio autor, falecido em março deste ano, a nova edição aborda temas atuais, como Lei de Imprensa e multipolarização do poder, além de trazer um relato sobre a produção de matérias econômicas e suas principais ferramentas de apoio. Advogado e cientista social formado pela USP, Sidnei foi vice-presidente de Relações Institucionais da Editora Abril e professor de Jornalismo Econômico na Faculdade de Jornalismo Cásper Líbero. Segundo Elizabeth Basile, viúva de Sidnei, ele vinha trabalhando na nova edição havia alguns anos: ?Decidimos manter o livro do jeito que achamos que ele gostaria que fosse lançado. Os novos capítulos, as revisões e as novas histórias desta edição foram todas escritas por ele. Até a capa foi ele que escolheu?. No Prefácio, os filhos Alexandre, Juliano e Felipe Basile relembram, com saudosa emoção: ?Passados alguns anos do lançamento deste livro, nosso pai começou a trabalhar na reedição que o leitor tem agora em mãos. Ele reviu cada capítulo, fez acréscimos e contou novas histórias. A reedição do livro fazia parte de seu plano de vida de continuar a transmitir o conhecimento e a experiência acumulados em décadas de prática jornalística. Era onde pretendia deixar suas mensagens, continuar o seu projeto de levar um pouco mais de seu conhecimento para as pessoas que iniciavam a carreira profissional e também ingressar em discussões pertinentes a quem já está estabelecido há mais tempo na profissão. Ele começou esse processo com grande entusiasmo. Pretendia acrescentar pelo menos cinco capítulos novos aos 16 da primeira edição. No fim de 2010, quando estava envolvido nesse processo, Sidnei foi surpreendido por uma fortíssima dor de cabeça, tão intensa que o deixou alguns dias sem trabalhar. Num fim de semana, foi para o hospital, onde soube que tinha uma inflamação no cérebro. Tratava-se de uma doença rara, mas que não o impossibilitaria de continuar as suas atividades, após um período de tratamento. A doença não deixaria sequelas e ele logo voltaria a escrever, trabalhar, conviver com família e amigos. Mas, no início de 2011, uma súbita piora o levou novamente a exames que revelaram um tumor maligno no cérebro?.

Quatro brasileiros participarão do próximo Balboa

O Brasil terá quatro representantes no Programa Balboa para Jovens Jornalistas Ibero-americanos, cuja 11ª edição acontecerá na Espanha em 2012. Cláudia Vasconcelos (Jornal do Commercio/PE), Karla Mendes (Grupo Estado/DF), Naira Hofmeister (O Globo/RS) e Flávia Mantovani (Folha de S.Paulo/SP), que embarcam para a Europa em janeiro, estão entre os 25 selecionados na América Latina. Foram mais de 2.700 inscritos (quase a metade brasileiros) para o programa, que inclui seis meses de trabalho como jornalista em Madri. As inscrições para 2013 começam em abril do ano que vem. Para participar, é necessário ser graduado em Jornalismo, ter até 32 anos e espanhol fluente. Mais informações em www.programabalboa.com.

Interino assume Jornalismo do SBT no Rio

Nomeado diretor Nacional de Jornalismo do SBT, em caráter interino e em São Paulo, para onde se transferiu, Paulo Nogueira já tem sucessor no Rio de Janeiro, também em caráter interino: Antônio Castello Branco, até então chefe de Redação. Castello trabalha com Nogueira desde 1988, contando intervalos em que passaram por outras emissoras. Em seu lugar, está agora Eleida Góis. Ele falou a J&Cia que ?o que vai levar à saída da interinidade são os resultados. Em geral, o SBT procura soluções externas e, desta vez, mostrou que acredita nas pessoas criadas na casa. No Rio, até Prêmio Esso conseguimos, coisa impensável antes. As pessoas aqui estão torcendo para que dê certo. No fim das contas, o que aparece é o trabalho?. Em São Paulo, deixou a emissora nesta 2ª.feira (24/10) a chefe de Redação Cláudia Liz (ex-Band e Record), que o antecessor de Nogueira, Alberto Villas, havia levado para lá em abril (ver J&Cia 792). Para o lugar dela Nogueira indicou nesta 3ª outra ?prata da casa?, Cilene Frias, informando em comunicado interno que ?a história dela no SBT dispensa maiores apresentações; poucas pessoas conhecem melhor vocês e o funcionamento da emissora. Cilene topou o desafio de me ajudar no esforço para retomar melhores caminhos no nosso Jornalismo. Vontade que sei também está na alma de vocês?. Ele fez uma reunião geral na redação na própria 2ª.feira e para as chefias dos telejornais SBT Brasil, Jornal do SBT e SBT Manhã orientou que as reportagens ?terão cunho mais popular, de acordo com o público da emissora?.

Memórias da Redação – O fim, o fim e o recomeço

A história desta semana é de Marcos Sergio Silva (msergio12@gmail.com), que foi editor de Geral do extinto Notícias Populares (circulou em São Paulo de 1963 a janeiro de 2001), passou por Agora e Folha de S.Paulo e hoje é editor da revista Placar. Ele também é autor do livro O Brasil nas Copas. O fim, o fim e o recomeço Segunda, janeiro, calor forte. Verão paulistano. O telefone de casa tocou ao meio-dia. Débora, recém-desempregada como eu, dizia que a segurança do prédio da Folha da Manhã não a deixara retirar o que acumulara durante 20 anos de serviços prestados ao Notícias Populares, jornal que não existia mais desde a 6ª.feira anterior, 19 de janeiro de 2001 ? a última edição saíra no dia seguinte. A diretoria temia uma ameaça. A coragem da decisão da 6ª, tomada com a antecedência que os negócios exigem, estava agora sob o medo da reação não só dos funcionários como das dezenas que ali trabalharam por acreditar ? sim, mais até do que os vencimentos suficientes para pagar pensão de filhos, remédios da mãe, tratamentos que a rotina de estafa de um jornal exigiam. A 6ª havia sido de revolta, mais do que tristeza. As lágrimas corriam pelo 5º andar. André, um dos mais exaltados, se apressou em deixar em um arquivo de texto sua revolta. Assim como eu, ele aprendeu a ler e gostar de jornal, como aquele defunto. Aquele clima era um contraste e tanto para a animação da chegada. Lá pelas 14h do dia 19 um recado deixado na minha mesa avisava que Luciana, do Rio, pedira para ligar. Ao retornar, ouvi de um carioca desaforado que a Lulu não estava. Desliguei e percebi que outros riam de minha reação. Era uma gravação. Nos 120 metros2 de redação, divididos por seis bancadas, a receita era ter bom humor e torcer para um caso bizarro cair no teu colo. Àquela hora os repórteres já tinham os relatos prontos. Um dia antes os chefes haviam exigido pressa na conclusão daquela edição. Com pelo menos duas horas de antecedência, cumprimos o pedido. A espera pelo OK de as 12 páginas seguirem para a gráfica durou 100 minutos. Até que um anúncio de adeus apareceu na primeira página. O que seria um caderno de ofertas de uma rede de eletroeletrônicos na verdade era um convite para os cerca de 22 mil leitores embarcarem em um outro periódico, com mais páginas ? a maior parte colorida ? e um preço menor, à medida em que a sisudez também crescia e o senso de humor (ou melhor, o bom humor) jazia. Seguiram-se colegas atirando ao chão a edição de apresentação encartada. Minutos depois, aquela afronta exibia rugas (de quem a amassou) e solas (de quem a pisou). Minha viagem para o Rio, marcada para o dia seguinte, caiu. Neil Young eu veria só pela tevê. Júlia, meu romance da época, não entendia no telefone o que tinha acontecido. E quatro dias depois eu já cumpria expediente em outro andar, mas que não exalava o cheiro que me acostumei a sentir naquela redação.

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