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segunda-feira, julho 7, 2025

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Primeiras impressões de Octavio Costa de volta ao Rio

De volta ao Rio de Janeiro após temporada em Brasília, Octavio Costa (ocosta@brasileconomico.com.br e 21-2222-8111) assumiu no final de junho como diretor adjunto do Brasil Econômico. Em sua primeira entrevista ao Jornalistas&Cia após essa mudança, ele conta sobre essa transição. Jornalistas&Cia ? Quanto tempo esteve longe do Rio? Octavio Costa ? Fiquei fora oito anos. Fui para Brasília dirigir o JB, já na gestão do Tanure. Como sempre estive muito ligado à família Nascimento Brito, e também por ter sido do Sindicato de São Paulo ? na mesma diretoria do Eduardo [Ribeiro] ? e da Fenaj, havia uma certa desconfiança. No ano em que saí do JB, ganhei o Esso de Primeira Página. Houve vaias, por ser quem era o dono do jornal, mas, na minha fala, lembrei às pessoas que aquele prêmio era do JB, uma instituição no jornalismo brasileiro. J&Cia ? Parece que você gostou de Brasília… Octavio ? A família gostou de lá. Minha mulher fez um doutorado na UnB (Universidade de Brasília) ? não sei se você sabe, ela é filha do [Luiz Carlos] Prestes ? e depois prestou concurso para professora da Universidade Federal Fluminense. Veio para o Rio assumir em setembro do ano passado, depois veio minha filha e, desde janeiro, estou na Ponte Aérea. Quando surgiu este convite, era hora de eu vir também. J&Cia ? E o que mais o motivou a voltar? Octavio ? Aqui, a cidade vive um grande momento, se comparado com o tempo em que saí. Vejo a cidade revitalizada, com um astral fantástico. Ninguém fala nisso, mas vem aí o aniversário de 450 anos do Rio, em 2015, entre a Copa e as Olimpíadas. São três eventos fortíssimos. Não só volto para a minha cidade como para uma empresa que está crescendo, olhando para o futuro, investindo. O Brasil Econômico está crescendo, e o jornal é inspirado no Diário Económico, de Portugal, que lá é o maior jornal de Economia. J&Cia ? Então você continua carioca… Octavio ? Quem não me conhece aqui, na redação, pergunta se eu sou de Brasília. Respondo que nasci na Muda da Tijuca, ali me criei e mostro onde está (*). E a cidade continua linda. Estou morando no Jardim Botânico, com vista para a copa das árvores e o Morro Dois Irmãos. Em noite de lua cheia, fico extasiado. (*) A redação dos jornais da Ejesa, na Cidade Nova, tem paredes envidraçadas com vista de 360o da cidade. J&Cia ? Alguma curiosidade nessa sua reestreia? Octavio ? O fato de termos aqui várias pessoas egressas da IstoÉ. O chefe de Reportagem de O Dia, Chico Alves, que acaba de entrar, foi por 20 anos da IstoÉ. Aziz Filho, o editor-chefe, chefiou a sucursal do Rio, e Ramiro Alves, o diretor de Redação da Ejesa no Rio, também foi de lá. E eu agora, como diretor do Brasil Econômico, venho dali. Diante dos planos de expansão, não é demais lembrar que o grupo Ongoing, acionista da Ejesa, é um dos detentores da SIC (Sociedade Independente de Comunicação), o primeiro canal comercial de televisão em Portugal, depois de 35 anos de monopólio estatal. Seu logotipo original foi desenhado por Hans Donner e, desde 2010, firmou parceria com a Rede Globo para a coprodução de novelas em português. Será que o próximo passo é entrar na mídia televisão no Brasil?

O Povo lança Comes & Bebes e novo Buchicho Guia

O jornal O Povo registrou duas estreias no último dia 6/7: o caderno gastronômico Comes & Bebes e o novo Buchicho Guia, que ganhou seções e mais dicas para os finais de semana. Ivonilo Praciano, que há nove anos escreve a coluna Muito Prazer, encabeça a lista de colunistas do Comes & Bebes, ao lado de Felipe Araújo, editor-chefe de Cultura e Entretenimento do Grupo O Povo, que assina a coluna Papo de Botequim, e da chef Marie Anne Bauer, que passa a colaborar na seção Dica da Chef, com Lia Quinderé e Bia Leitão. Magela Lima, editor-executivo do Núcleo de Cultura e Entretenimento, disse que a transferência do conteúdo gastronômico para o novo caderno permitirá ao Buchicho Guia concentrar mais atrações para o final de semana. Temas como humor, programação infantil e forró ganham espaços específicos. O projeto gráfico de ambos é do editor de Arte Gil Dicelli.

As demissões anunciadas de Folha e JT

Os primeiros dias de julho foram tensos e tristes em duas das mais importantes redações de São Paulo, Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo. As estimativas dão conta de um corte total de 40 vagas, metade em cada uma das redações. Como as empresas não se posicionaram oficialmente, este não é um dado preciso, mas é o número que corria entre os colegas dos dois jornais e o que apurou Jornalistas&Cia. Com novo corte, JT passa a ter 50 integrantes na redação Novo projeto gráfico e fim da edição dominical devem ser anunciados em agosto Embora esperado, o novo corte de pessoal realizado pelo Grupo Estado no Jornal da Tarde nos últimos dias espraiou tristeza pela redação, tanto entre os que saíram quanto entre os que ficaram. E nem poderia ser diferente. Teriam sido 21 os postos de trabalho fechados, entre demissões, transferências e congelamento de vagas. Há também a informação de que o corte foi um pouco menor, 19 postos de trabalho. De concreto, já se tem conhecimento de oito demissões, quatro transferências e três vagas congeladas, o que totaliza 15 postos. O editor de Economia, Roberto Capisano Filho, foi o primeiro a ser comunicado. Depois dele consumaram-se as saídas de José Costeira (editor de Internacional), Gabriel Batista (pauteiro de Geral), Gislaine Gutierre (redatora de Geral), Saulo Luz (repórter de Economia), Suzane Frutuoso (repórter de Economia), Solange Spligliatti (internet) e Felipe Branco Cruz (repórter de Variedades). Os transferidos foram Glauco de Pierri, da primeira página do JT para Esportes do Estadão; Mariana Lenharo, da reportagem de Geral para o Vida&, do Estadão; Gisele Tamamar, da reportagem de Economia do JT para Pequenas e Médias Empresas do portal; e Felipe Tau, da reportagem de Geral do JT para o portal. Com o corte de pessoal, a redação do JT, que em dezembro de 2010 tinha 110 profissionais, foi reduzida, em um ano e meio, para 50, sendo que desse total apenas 30 são jornalistas ? os outros 20 atuam em funções acessórias. ?Foi uma adequação do produto à receita comercial? disse fonte da empresa a este J&Cia, salientando que ela aposta na retomada do crescimento de circulação com o novo projeto gráfico que deverá ser anunciado em agosto (seria agora em julho, mas em função desse ajuste ficou para o próximo mês). Uma das novidades dessa nova fase será a extinção da edição dominical, retomando a fórmula original do JT, que foi lançado e circulou por mais de três décadas de 2ª a sábado, descansando aos domingos (período em que o Estadão descansava às 2as.feiras). A ideia é reforçar a edição de sábado, caracterizando-a como de fim de semana. E a aposta é que ela possa ter um retorno comercial e de circulação que compense o domingo, que não teve o desempenho que se esperava desde que foi lançada, pouco mais de dez anos atrás. Sobre os rumores que sempre retornam ao Grupo Estado em períodos de turbulência como esse, de que o JT pode acabar, parecem continuar sendo apenas rumores. Na Folha, cortes objetivam reduzir 6% da folha salarial Se no JT as demissões já eram esperadas, pois a informação estava nos corredores do jornal, na Folha o novo corte surpreendeu. E teve início na 5ª.feira passada (5/7). J&Cia apurou que o corte deve atingir 6% da folha salarial do jornal, o que totalizaria 20 profissionais ? razão pela qual a opção foi por funcionários com salários maiores e com mais tempo de casa. A empresa alega dificuldades econômicas e necessidade de ajustar seus custos para fazer frente ao cenário que se avizinha. Outras medidas estão em estudo. Entre os que saem estão: Lucia Valentim, da Ilustrada; Vaguinaldo Marinheiro, repórter especial; Julio Veríssimo, da Agência Folha; e Lucio Vaz e Claudio Angelo, da Sucursal de Brasília. Também saiu Carolina Vila-Nova, da Internacional, cujos contatos pessoais são carolinavilanova@gmail.com e 11-8332-3631. Pegou carona no corte, como voluntário, o editor Ricardo Feltrin. E o fez para se dedicar a projetos no campo da literatura, um desejo de muitos anos. Mas ele se despede apenas do dia a dia e do cargo de editor, permanecendo como titular da coluna que leva seu nome no site de entretenimento F5, que criou, e do programa Ooops, transmitido pelo UOL ? ele também participará eventualmente de reportagens para o jornal. Feltrin contabiliza 21 anos de Grupo Folha, onde ingressou como trainée, na 9ª turma, em julho de 1991 ? seu período digital começou em 2001, como editor-chefe da Folha Online, onde em 2007 passou a secretário de Redação; em 2010 assumiu a Secretaria de Redação de Novas Mídias.

Edição especial de J&Cia celebra os 80 anos de Audálio Dantas

Ícone do jornalismo brasileiro, Audálio Dantas completou 80 anos de vida no último dia 8 de julho. Para comemorar a data, J&Cia circulou em edição especial homenageando o mestre. A edição traz um resumo da trajetória de Audálio; depoimentos de amigos e admiradores, entre os quais Helena Chagas, Juca Kfouri, Washington Olivetto e Carlos Chaparro; e uma entrevista que ele concedeu ao editor Igor Ribeiro, tomando por base o lançamento do livro Tempo de reportagem, que acontecerá na próxima 3ª.feira (17/7), em São Paulo. Para o diretor de J&Cia Eduardo Ribeiro, ?Audálio Dantas é uma das grandes referências do jornalismo e dos jornalistas brasileiros, por tudo o que fez e pelo que representa em campos como direitos humanos, cidadania, solidariedade e outros mais. Poderia ter dormido nos louros de sua gloriosa carreira ? jornalística e política ?, mas nunca sucumbiu aos encantos do poder. Ao contrário. Valeu-se dele para defender os mais necessitados e lutar por justiça. E assim tem sido desde sempre. Por fim, nunca é demais lembrar o carinho que esse alagoano de Tanque D’Arca sempre teve com Jornalistas&Cia, sendo o seu primeiro assinante, quando este ainda estava na edição zero”. Leia a edição completa aqui.SERVIÇO Lançamento do livro Tempo de reportagem, de Audálio Dantas Data: 17/7 (3ª.feira) Horário: 19 horasLocal: Jacaré Grill (rua Harmonia, 321, Vila Madalena) 

Congresso da Abraji começa nesta 5ª.feira (12/7)

Começa nesta 5ª.feira (12/7) e vai até sábado, no campus Vila Olímpia da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo (rua Casa do Ator, 275), a 7ª edição do Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, evento promovido pela Abraji e que conta com o apoio deste Portal dos Jornalistas. Com mais de 130 palestrantes e cerca de 70 painéis e cursos práticos, o congresso trará debates como conflitos e prevenção de riscos em coberturas, eleições municipais e megaeventos esportivos, em especial Copa 2014 e Olimpíadas 2016, e contará com a presença do colunista do The New York Times David Carr, protagonista no premiado documentário Page one: inside the New York Times e autor do livro The Night of the gun, em que relata a experiência pessoal com cocaína. Além dele, estão confirmadas, entre outras, as participações de Eliane Brum, Juca Kfouri, Elvira Lobato, José Paulo Kupfer, Míriam Leitão, Roberto Cabrini, Marcelo Tas, David Friedlander, André Trigueiro, Fernando Mitre, Leonardo Sakamoto e Sérgio Dávila. A programação inclui ainda homenagens aos dez anos da morte de Tim Lopes, cujo assassinato motivou a criação da associação, e a Janio de Freitas, por sua contribuição ao jornalismo investigativo brasileiro das últimas décadas. As inscrições pela internet já estão encerradas, mas os interessados podem efetuá-las no ato. Os valores são R$ 270 (sócio), R$ 440 (não-sócio), R$ 200 (estudante-sócio) e R$ 290 (estudante não-sócio). Mais informações no abraji@abraji.org.br.

RBS anuncia nova empresa de mídia digital, com sede em SP

Eduardo Sirotsky Melzer, novo presidente-executivo do Grupo RBS, anunciou em entrevista ao Meio&Mensagem que a organização deve expandir suas plataformas digitais para outros estados, criando inclusive para elas empresa e marca separadas do negócio tradicional. O grupo já tem 12 empresas do gênero reunidas numa holding que, nos últimos anos, investiu R$ 200 milhões em aquisições. O portfólio já conta com marcas expressivas, como Guia da Semana, Oba Oba, Predicta e Mobi, mas a ideia é crescer em projetos e em números para além do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde está a audiência-base dos produtos da RBS. A empresa deve, inclusive, ter sede em São Paulo, com Fabio Bruggioni no comando. O novo empreendimento ainda não tem nome nem previsão de lançamento.

No blog do Juca Kfouri é o novo livro de Roberto Vieira

?Existem muitas histórias para serem contadas por este mundo afora?. É assim que Roberto Vieira, médico oftalmologista e cronista esportivo pernambucano, justifica seu interesse pela escrita. Ele lança No Blog do Juca Kfouri, quarto livro de sua carreira. A obra é uma seleção de crônicas publicadas desde 2007 no blog de Juca Kfouri. O prefácio é assinado pelo próprio Juca, com quarta capa de Roberto Sander e orelha de Celso Unzelte. Roberto conta ao Portal dos Jornalistas que começou a escrever ainda na infância: ?Eu brinco falando sério que fui alfabetizado com Monteiro Lobato e a revista Placar. O que é uma verdade absoluta. Futebol e literatura chegaram lado a lado . Escrevi até a adolescência, mas depois isso ficou adormecido em minha vida durante muito tempo. Escrevia apenas quando compunha alguma música. Basicamente poesia?. O lado cronista começou a ser desenvolvido em 2006, a partir de um concurso de contos promovido pelo Estadão: ?Tive meu conto Sándor escolhido para publicação. Depois o mandei para o Blog do Juca Kfouri, de quem sou fã desde criança, nos anos 1970. Ele me falou que podia continuar enviando material. Um dia, começou a publicar esses textos. Em outra ocasião, me incentivou a criar meu próprio blog. Foi o começo da aventura”. O autor também comenta que até hoje não sabe como consegue conciliar as carreiras, mas identifica semelhanças entre suas duas profissões: ?Todo diagnóstico começa com a investigação da história do paciente. Bons médicos normalmente são bons contadores de histórias, de tanto que ouvem causos dos seus pacientes?. Para Roberto, está fora de cogitação largar a Medicina para se dedicar aos textos. E o contrário também não se aplica: ?São metades de mim. Não me vejo como apenas metade?. 

ANJ lança cartilha com orientações para eleições 2012

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) oferece em seu site uma cartilha com orientações a associados para as eleições municipais deste ano. Publicado desde 2002, o documento traz informações como datas importantes do pleito e regras sobre o tratamento que deve ser dado a notícias e propaganda eleitoral.

E é em relação a esta que o diretor-executivo da entidade Ricardo Pedreira mostra maior preocupação:  “Novas regras surgiram em relação à limitação de anúncios por candidato, algo que não existia até um tempo atrás”.

Segundo determinação da Justiça Eleitoral, válida já na campanha de 2010, cada candidato pode divulgar no máximo até dez anúncios por veículo, mas o texto não definia as regras para essa contagem. “No último período eleitoral esse limite já estava estabelecido, mas não estava claro se isso também valia para os demais políticos aliados citados na propaganda, como deputados, governadores, senadores e presidentes. Agora a Justiça esclareceu essa questão e definiu que esse limite é por citação”, informa Ricardo.

Significa que, no caso das eleições municipais, se um candidato a vereador publicar um anúncio, conhecido como dobradinha, onde também cita o prefeito que apoia, esse anúncio será computado dentro da cota individual de cada candidato citado. Detalhes sobre as novas regras para anúncios e informações sobre datas e orientações de cobertura estão disponíveis na cartilha Eleições 2012.

Memórias da Redação – To be or not to be: that’s the question

A história desta semana é outra vez de autoria de Plínio Vicente da Silva (plinio.vsilva@hotmail.com), ex-Estadão, atualmente vivendo em Roraima.   To be or not to be: that’s the question A lerdeza do ser humano em livrar-se de alguns vícios é a razão de muitas vezes a gente não conseguir fazer com que o real se sobressaia ao imaginário. Para ilustrar melhor a historinha que pretendo contar aqui, que faz parte das minhas memórias de redação, recorro ao filme O homem que matou o facínora, de 1962, um dos clássicos do cinema faroeste que levaram a marca de John Ford. A película conta a saga de Ransom Stoddard, personagem interpretado por James Stewart, um rábula que, em 1910, lavava pratos para sobreviver numa cidadezinha do velho Oeste. Depois foi eleito senador ao ser considerado herói por ter eliminado Liberty Vance, um perigoso fora da lei vivido por Lee Marvin. Vinte anos depois ele e a esposa, Halie Stoddard (Vera Miles) retornam à cidadezinha palco da cena, agora para o funeral do cowboy Tom Doniphon (John Wayne), que se tornara seu amigo e protetor, embora tenha perdido para o advogado e senador a mulher que amava. O moral da história é que ambos desejavam acabar com a tirania imposta à população pelo bandido e seus comparsas, cada um à sua maneira: Stoddard de forma pacífica, pela palavra; Doniphon de forma violenta, pelas armas. Na entrevista a um jornalista, o senador confessa que não fora ele quem matara o bandido. Descoberta a farsa, o repórter se depara com um dilema: manter a história ou contar a verdade, o que acabou gerando a famosa frase “Quando a lenda torna-se mais forte que a realidade, publique-se a lenda…”. Valho-me dessa pequena resenha para contar um fato em que me envolvi anos atrás, ainda correspondente do Estadão em Roraima, quando fui procurado pelo fotógrafo J. Pavani, profissional de primeira linha, com trabalhos publicados em vários países. Viera me convidar para coordenar textos e imagens de um projeto que pretendia transformar em livro uma excursão que fizera com os militares do 2º Batalhão Especial de Fronteiras, agora 7º Batalhão de Infantaria de Selva, sediado em Boa Vista. A missão, cumprida entre 3 e 6 de setembro de 1998, teve a finalidade de fincar marco geodésico no monte Caburaí, um dos tepuy do maciço das Guianas, e hastear a Bandeira nacional no ponto mais setentrional da fronteira norte do Brasil, na divisa territorial com a República da Guiana. A intenção de Pavani, causa abraçada depois pelo também fotógrafo e jornalista Platão Arantes – este assim acabou publicando recentemente uma obra sobre o assunto –, era e continua sendo mudar o conteúdo dos livros de Geografia para que a frase “Do Oiapoque ao Chuí” seja substituída pela nova realidade, “Do Caburaí ao Chuí”. Disse-lhe, naquela época, com a experiência de quem está há mais de 50 anos na estrada, que essa era uma missão ingrata, pois a lenda continuaria sendo mais forte que a verdade. E não deu outra. Eu não aceitei o convite e os livros de Geografia não mudaram. Ou, se mudaram, foram tão poucos que não dá para ter certeza. Mesmo que Paulo Renato, ministro da Educação de FHC, tenha garantido a todos que essa mudança seria a posição oficial do MEC. Hoje, qual Quixote de La Mancha e seu Sancho Pança, os dois mantém uma incrível disposição para sustentar essa briga, a de fazer os brasileiros adotarem o novo slogan, cuja frase define os limites setentrionais e meridionais do território brasileiro. De sua parte, os moradores do Oiapoque protestam. Para eles, de lá ao Chuí é a distância continental, de costa a costa, pelo Atlântico; já a daqui é a distância territorial, de latitude a latitude, em terra firme. Enfim, se estão certas ou erradas, as pretensões dos amapaenses e roraimenses me parecem igualmente justas. Em todo o caso, só para ajudar os que leem esta coluna a se decidirem, aqui vai o link do You Tube – http://migre.me/9GOtu – com o qual poderão ver e ouvir o clipe e a música, muito boa por sinal, produzidos por Platão Arantes e Kleber Gomes. Que o auditório faça sua escolha: deixar de lado a realidade – “Do Caburaí ao Chuí” – ou manter a lenda – “Do Oiapoque ao Chuí”. Eu cá comigo, vestindo as penas de um tucano, ainda estou em dúvida: ser ou não ser, eis a questão…

Vaivém das redações!

Confira o resumo das mudanças que movimentaram nos últimos dias as redações de São Paulo (capital e interior), Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio Grande do Sul:São Paulo: Depois de cinco anos na Abril, primeiro no site Abril.com e nos últimos três anos como editora do M de Mulher, Carol Hungria (carolhungria@gmail.com) está de casa nova. Ela começou na última 4ª.feira (4/7) como editora-chefe da edição online do Harper?s Bazaar. Além da Abril, teve passagem por Agora São Paulo e Blue Bus, mas, ao contrário do que seu sobrenome leva a crer, não é parente de Julio Hungria, publisher do site.Alberto Pereira Jr. começou recentemente como repórter de Ilustrada da Folha de S.Paulo. No grupo Folha desde o final de 2007, Alberto começou como repórter na Folha.com e havia quatro anos era também repórter do caderno Show e colunista do Zapping, no Agora SP. São Paulo ? Interior: Em A Cidade, de Ribeirão Preto, Jean Vicente assumiu a edição de Cidades. Silvia Pereira é a nova editora do Caderno C. Ela entrou no lugar de Ângelo Davanço, que passou à recém-criada função de editor de Praças, respondendo pela sinergia e edição do material comum entre A Cidade e Tribuna Impressa, de Araraquara, jornais do grupo EPTV. Na reportagem, Wesley Alcântara foi para a editoria de Política e Marcelo Fontes chegou para a editoria de Cidades.Na Tribuna Impressa, Fernando Martins assume Economia; Felipe Santilho, Esporte; Matheus Vieira, o caderno Tô Ligado; Emerson Bellini, Cidades; e Antonio Marquez chega como repórter.   Rio de Janeiro: Francisco Alves Filho assumiu nesta 3ª feira (3/7) a Chefia de Reportagem de O Dia, a convite de Aziz Filho. Ele substitui a Érika Castro, que deixou a casa. Chico foi o sub de Aziz quando este chefiou a sucursal de IstoÉ no Rio. Prêmio Embratel de Jornalismo Investigativo em 2002, um dos mais consagrados repórteres da área, leva sua experiência para o jornal. Distrito Federal: Depois de um ano e meio no escritório Brasília da In Press Porter Novelli, Deco Bancillon está de volta à Economia do Correio Braziliense. Ele começou nesta 2ª feira (2/7) na cobertura de Macroeconomia, como setorista no Ministério da Fazenda, na vaga anteriormente ocupada por Cristiane Bonfanti, que seguiu para a sucursal de O Globo. Juliana Borre também começou lá nesta 2ª, como sub, no lugar de Débora Diniz, que deixou o jornal para voltar para o Rio de Janeiro, por uma proposta de trabalho que ela não revelou. Outro que saiu foi o sub Carlos Franco, por convite para atuar na Transpetro, também no Rio. Para lá igualmente seguiu há algumas semanas Liana Verdini, ex-CNI.   Minas Gerais: Após 14 anos em Porto Alegre, Ana Mota, da revista Voto, retorna este mês a Belo Horizonte, onde morou por dez anos. Razões familiares levaram-na a ?unir o útil ao agradável?: vai seguir com projetos na área de eventos e coordenar as ações da Voto em Minas Gerais. A ideia é consolidar, entre o público mineiro, seminários como o Brasil de Ideias.Depois da saída de Glória Tupinambás do caderno de Gerais do Estado de Minas, a redação ganhou o reforço de Thiago Holanda.    Rio Grande do Sul: Haroldo dos Santos acertou na semana passada sua ida para a rádio Bradesco Esportes FM, nova emissora do Grupo Bandeirantes, onde será coordenador de Produção e terá participações como debatedor. Responsável pela implantação da rádio e da tevê do Grêmio e pela criação do Departamento de Comunicação do Novo Hamburgo, vai ajudar a montar e preparar a equipe para a estreia do veículo ainda este mês. Haroldo ficou mais de cinco anos no setor de Comunicação do Grêmio, teve passagens por Pampa e Grêmio Náutico União e até março participava do programa Virando a mesa, da Ulbra TV. Há dois anos dirige a assessoria de imprensa Chute 10.Tulio Milman anunciou que após 14 anos deixará a apresentação do Teledomingo, exibido pela RBS TV. Em entrevista ao Coletiva.net, esclareceu que sua saída ainda não tem data definida, principalmente porque viaja para Londres para a cobertura dos Jogos Olímpicos, e que a mudança é resultado de um desejo seu, articulado junto à diretoria, de dedicar-se a um novo projeto na TVCom. Ciça Kraemer dirigirá esse programa, ainda em desenvolvimento.

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