A Folha de S.Paulo dedicou quase uma página de seu caderno de Economia de 16/9 para repercutir o crescente interesse de dois dos principais jornais do mundo no mercado brasileiro: o Financial Times e o New York Times. O primeiro tem estratégia definida: começa a circular, em inglês, em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília a partir de 3 de outubro. O sistema testa uma nova tecnologia desenvolvida pela HP para imprimir globalmente pequenas tiragens de uma mesma edição. O entusiasmo com o mercado local já fez o periódico criar, em 2011, o caderno quinzenal Brazil Confidential e, agora, além da impressão no País, está em andamento a produção de uma homepage e um aplicativo dirigidos à América Latina. No caso do NY Times, Michael Greenspon, gerente geral de Serviços de Notícias, falou durante o 9º Congresso Brasileiro de Jornais sobre o contingente de usuários da internet que falam Português (83 milhões, 5º maior idioma da rede) e do desenvolvimento de planos para o País. O diário já produz um suplemento semanal em português para alguns dos principais impressos brasileiros ? como O Povo e a própria Folha. Leia mais em http://bit.ly/fsp1609.
Abracopel de Jornalismo divulga vencedores
Foram divulgados na última semana os vencedores do 6º Prêmio Abracopel de Jornalismo, promovido pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, dedicado a premiar trabalhos sobre segurança em instalações elétricas. Os vencedores foram: na categoria Jornal, Daniella Oliveira (Gazeta de Piracicaba), com Perigos na energia; em Revista, Luciana Freitas (Lumière Eletric), com Perigo iminente; em Televisão, Wendell Rodrigues (TV Correio/PB), com a série Energia: use e (não) abuse; em Rádio, Marina Amaral e Bruno Carneiro (Agência Radioweb), com Proteja-se dos choques elétricos em casa; em Internet, Junia Letícia (O Estado de Minas), com Especialistas recomendam cuidados com a eletricidade dentro de casa; e na categoria Artigo Técnico, Estellito Rangel Jr. (O Setor Elétrico), com Risco de explosão nas redes subterrâneas.
Revista Pesquisa Fapesp comemora 200ª edição com especial
Lançada em 1995 como um boletim de apenas quatro páginas ? intitulado Notícias Fapesp ?, a Revista Pesquisa Fapesp chega à sua 200ª edição. Em 1999, na edição nº 47, o boletim mudou para o formato de revista e adotou o nome Pesquisa Fapesp. Com tiragem de 45 mil exemplares, a revista tem em média 96 páginas. Além da edição mensal, há uma meta de produção anual de quatro números em inglês, quatro em espanhol e um em francês. Na rádio USP, são veiculados os programas Pesquisa Brasil (semanal) e o Clipping Pesquisa (diário). Todo o trabalho é desenvolvido por uma equipe de 11 jornalistas fixos, três profissionais de design e 2 fotógrafos, comandados pela diretora de Redação Mariluce Moura. Para ela, o número 200 representa ?uma experiência vitoriosa e extremamente interessante no campo do jornalismo científico e da divulgação científica, em nosso país, o percurso feito pela publicação, primeiro, desde esse ponto inicial [em 1995, quando ainda se chamava Notícias Fapesp] até transformar-se, em outubro de 1999, na revista Pesquisa Fapesp?. Outro marco na trajetória da revista, segundo Mariluce, aconteceu em março de 2002, quando passou a ser também vendida em bancas e por assinaturas. Até então, a distribuição era dirigida a pesquisadores de São Paulo e custeada exclusivamente pela própria Fapesp. ?Editorialmente, ela passa a mirar aí a produção de ciência e tecnologia do País e não mais os resultados da pesquisa paulista. E vale a afirmação até o presente, quando a revista se afirma como um veículo de grande impacto, referencial da divulgação científica no Brasil. O que temos de original em todo esse caminho é a construção de um veículo rigorosamente jornalístico dentro de uma instituição pública, uma agência de fomento à pesquisa científica. Estamos, portanto, falando de uma publicação que exigiu desde o começo um diálogo fecundo entre o grupo de jornalistas que seria responsável pelo produto e os dirigentes da instituição, todos originários da comunidade científica e, além disso, com o claro respaldo dos pesquisadores de São Paulo?, afirma Mariluce. Ela também atribui o sucesso da revista a um nicho não preenchido no mercado desde a extinção da Revista Brasileira de Tecnologia, em 1989: ?Experiência anterior semelhante, a RBT, publicada pelo CNPq a partir de 1982, havia sido descontinuada em razão do confisco da poupança e do bloqueio de grande parcela das contas correntes, que desordenaram toda a economia no início do governo Collor. Então, já havia um espaço vazio a ser ocupado?. ?Em paralelo, a Fapesp entrara numa fase de grande dinamismo no começo dos anos 1990 e isso, somado a outros fatores, impulsionaria bastante a expansão da pesquisa científica em São Paulo. O País também estava em processo de aperfeiçoar a democracia, o que implicava a necessidade de prestar contas à sociedade do que se faz com os recursos do contribuinte aplicados em pesquisa de ciência e tecnologia. No caso particular da Fapesp, 1% das receitas tributárias do estado constitucionalmente são aplicadas em seu orçamento para o apoio à pesquisa em todas as áreas do conhecimento; E divulgar o que resulta disso para toda a sociedade é uma obrigação da Fundação, faz parte de sua missão. Tudo isso não bastaria para o sucesso da revista se não tivéssemos encontrado um modelo editorial capaz de tornar extremamente atraentes as reportagens baseadas em fatos produzidos no campo da ciência e da tecnologia?, completa. Mariluce aponta como diferencial da revista o ?link indissolúvel entre o rigor das informações e alta qualidade jornalística dos textos, para apresentar, como nenhum outro veículo nacional, um panorama abrangente do que se passa no campo da produção de ciência e tecnologia no País. Pesquisa Fapesp traz furos jornalísticos, resultados de pesquisas que só meses depois estarão frequentando outros veículos, aponta novas tendências e mostra que a ciência é um processo permanentemente aberto de criação de conhecimento, resultante de uma prática que exige sujeitos altamente bem formados para levá-la adiante, o que talvez ajude a ampliar de forma consistente a cultura científica em nosso País e a despertar vocações. O que impressiona na revista é que 99% de seu público leitor, de acordo com pesquisa Datafolha elaborada no final de 2011, a qualifica como boa e ótima. Portanto, a revista goza de imensa (e justa) credibilidade?. A edição 200 chegará às bancas em outubro, com 150 páginas e brindes especiais, como um DVD com os dez melhores vídeos de divulgação científica produzidos a partir de reportagens da revista.
MJ Macedo lança A espetacular vida da Morte
O romance de estreia de MJ Macedo conta a história de Horácio Portobello, um jornalista atrapalhado que se torna vendedor de cachorro-quente após cobrir uma pauta ?bombástica? envolvendo ninguém menos que… a filha de seu chefe! Na nova profissão, porém, Horácio se vê diante de uma possibilidade de furo de reportagem quando a Morte, em pessoa, aparece à sua frente pedindo um ?dogão duplo?. Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, MJ ? como gosta de ser chamado ? fala sobre a inspiração para escrever seu primeiro romance, carreira e suas múltiplas habilidades, que vão do Jornalismo à Publicidade, passando por quadrinhos e arte-finalização. Portal dos Jornalistas ? A espetacular vida da Morte é seu primeiro romance. Como o definiria em uma palavra? MJ Macedo ? Eu o definiria como “lúdico”. Sempre o enxerguei assim: como uma grande brincadeira. Me diverti muito ao escrevê-lo e queria que os leitores tivessem a mesma sensação ao lê-lo. Portal dos Jornalistas ? Já havia rabiscado alguma coisa de romance antes? Por que resolveu enveredar por esse estilo? MJ ? Sempre gostei de contar histórias, desde que me dou por gente. Passei grande parte da minha adolescência escrevendo roteiros, contos, anotando ideias e pensando em como poderia colocá-las em prática. A ideia do livro surgiu naturalmente e creio que reflete muito do que sou e do que gosto como público. Portal dos Jornalistas ? Em quem se inspirou para criar Horácio? MJ ? A proposta inicial era que apenas a Morte fosse a personagem principal. Ela tinha aquele jeito inocente de enxergar qualquer situação, por mais bizarra que fosse, com uma naturalidade absurda. E uma falta de entendimento absoluto sobre coisas simples e rotineiras, do mundo “mortal”. Porém, conforme fui desenvolvendo a história, vi que o Horácio ganhava uma importância cada vez maior, dividindo o papel principal com a Morte. Portanto, ele deveria ser engraçado por si só. Logo me vieram à mente as antigas comédias do [ator britânico] Peter Sellers. Não só o inspetor Clouseau de A Pantera Cor de Rosa, mas também alguns outros personagens dele, como o Hrundi V. Bakshi de Um convidado bem trapalhão. Dali tirei o DNA principal do Horácio, com uma pitada de Jerry Lewis [comediante e diretor norte-americano]. Portal dos Jornalistas ? Alguma vez, em seu trabalho, envolveu-se em uma confusão parecida com a de Horácio? MJ ? Muitas vezes. Creio ter uma aptidão natural para atrair situações constrangedoras (risos). Eu, assim como Horácio, sou muito distraído e isso já me colocou em episódios bem complicados. Portal dos Jornalistas ? Por exemplo? MJ ? Certa vez, nem tão distante assim, minha mãe, que mora no interior, estava fazendo uma limpeza na garagem dela e achou uma réplica de arma que eu tinha quando era moleque. Daquelas que atiravam bolinhas de pressão de plástico. Nem me lembrava que tinha mais aquilo. Conversando com um amigo, ele perguntou se eu podia dar a réplica para ele. Concordei e, quando fui visitar minha mãe, peguei a tal arma de brinquedo e coloquei na mochila. Na volta, tinha que ir para um congresso em um hotel de luxo, aqui em São Paulo, e, devido ao trânsito na entrada da cidade, não tive tempo de passar no meu apartamento. Estava no saguão principal, atrasado, apressado, procurando meu crachá e, compenetrado, falando ao telefone com meu chefe, resolvendo um problema bem sério. E, nessas, puxei a arma da mochila, pra desenroscar o cordão do crachá preso nela. Juro que demorei alguns momentos para entender porque todos aqueles gringos, paranoicos com terrorismo e essas coisas, começaram a se jogar no chão. Fiquei olhando em volta, tentando encontrar o que estava assustando a todos e pensando se ficava parado ali ou me jogava no chão também, enquanto meu chefe gritava, perguntando o porque eu estava mudo. Então me dei conta de onde meu crachá tinha ficado enrolado e porque as pessoas estavam apavoradas. No mesmo instante guardei a réplica de plástico, mas já havia um batalhão de seguranças vindo na minha direção e um estado de histeria ao meu redor. Graças a Deus, antes de ser morto pelos seguranças do local consegui explicar o malentendido e entrar no congresso. Mas todo mundo ficou me olhando estranho o resto da tarde (risos). Portal dos Jornalistas ? Você é um profissional de muitas habilidades. Consegue eleger uma favorita? MJ ? É difícil. Sempre fiz tudo com muito amor e afinco. Mas acredito que minha maior paixão é criar histórias e gerar ideias. Não importa como. Seja em palavras, desenhos ou qualquer outra forma. Nada dá mais prazer que ver uma proposta concretizada. Portal dos Jornalistas ? O que veio primeiro em sua carreira: quadrinhos ou Jornalismo? MJ ?Sempre quis trabalhar com quadrinhos, mas acabei me envolvendo com Jornalismo e Publicidade primeiro. Acho que por serem mercados mais acessíveis, mesmo com toda a competição existente em ambos. Portal dos Jornalistas ? Fale um pouco mais sobre como desenvolveu sua carreira… MJ ? Entretenimento sempre foi meu foco. Gosto muito de trabalhar com isso. Quando era mais jovem passava muito tempo pensando em como entrar na área. Hoje, mesmo ainda sendo um setor bem restrito, é bem mais fácil do que dez anos atrás, por exemplo. Analisando a história de outras pessoas que trabalhavam com entretenimento, percebi que muitos haviam trabalhado antes com Jornalismo, Publicidade ou algum outro setor de Comunicação. Então resolvi trilhar o mesmo caminho. Sempre tive facilidade para aprender a mexer em programas sozinho e isso me garantiu emprego como arte-finalista, em gráfica, enquanto estudava. Aprendi demais sobre a parte técnica de impressão, diagramação, custos etc.. Pouco depois fui chamado para diagramar um jornal e, posteriormente, trabalhar na Redação. Passei um bom período alternando entre Jornalismo e Publicidade/Marketing, em vários locais diferentes. Sempre tive perfil inquieto. Até hoje não sei se é algo bom ou ruim (risos). Como tinha experiência tanto com textos quanto com a parte gráfica, tinha facilidade para transitar de um para o outro e ? ainda bem ? vários convites de trabalho. Durante todos esses anos, paralelamente, estudava sobre mercado de entretenimento e aprimorava minhas técnicas de desenho e escrita. Além de preencher minhas horas vagas com trabalhos menores para algumas editoras e produtoras. Em 2010 julguei já ter know-how suficiente e um bom portfólio para me dedicar integralmente aos quadrinhos e à concept art. E isso foi um passo muito importante. Embora seja bem puxada a rotina de um quadrinista, trabalhar por conta própria me deu a liberdade que sempre quis para me dedicar a projetos pessoais e colocar em prática os planos de anos. Portal dos Jornalistas ? Você também fez a adaptação de Cidade de Deus do cinema para o HQ. Como foi a experiência? Já havia feito algum trabalho semelhante? MJ ? Trabalhar com o Fernando Meirelles e o pessoal da O2 [Filmes] é um experiência maravilhosa. O Fernando, sempre digo, é um amor de pessoa. Humilde, gentil, atencioso e extremamente flexível. Não houve, em momento algum, imposições ou restrições. Tive liberdade, do início ao fim, para sugerir o que quisesse e defender minhas convicções do que seria melhor para o projeto. Eu nunca havia adaptado antes um filme e foi algo desafiador. Fazer essa conversão entre dois formatos tão distintos é mais complexo do que parece. Você deve manter-se fiel à obra original, mas saber os momentos corretos de intervir e modificar as cenas e diálogos para que se adapte bem às HQs. Em momento algum eu poderia perder o tom narrativo do Fernando. Era uma história dele, não minha. Era a voz dele que deveria permanecer ativa, ou seria só mais uma adaptação do livro, e não do filme. Portal dos Jornalistas ? Tem novos projetos à vista? MJ ? Estou envolvido em vários projetos no momento, inclusive um nacional bem grande e um europeu, que é algo que me dará muito orgulho, quando puder contar mais. Infelizmente são contratos bem engessados em termos de sigilo. Estou, também, preparando há um ano e meio um canal de animação de humor com personagens meus. Tem uma proposta diferente, que consegue agradar a crianças e adultos. Inicialmente será divulgado no youtube, para disseminação mais rápida. Mas já estamos negociando histórias em quadrinhos e álbuns de luxo, produtos franqueados e iniciando conversas com alguns canais por assinatura. O bom é que hoje em dia tenho acesso a essas pessoas com mais facilidade. Recentemente fechei contrato com uma editora americana de quadrinhos para a publicação de cinco títulos voltados para o publico adulto, com personagens meus. São histórias de super-herói, ficção e terror, com um toque muito particular. Conversando com o editor, adiamos para 2013, para conseguir conciliar com a minha agenda e a dos artistas que convidei para o projeto. E, para finalizar, a ideia é publicar mais três livros ano que vem, também pela Gutenberg. Um segundo livro da Morte, que é uma história independente e não uma continuação, e outros dois de fantasia. É uma saga que cultivo com carinho faz bastante tempo e só não desenvolvi melhor antes porque queria algo realmente diferente do que o pessoal tem feito por aí. Sem elfos, fadas, anões, lobisomens, vampiros e toda essa mesmice. Já tenho grande parte desse material pronto. A ideia, a longo prazo, é só ficar com meus personagens e projetos. Desenvolver um negócio sólido de entretenimento em torno disso. E, em algum momento dessa maluquice toda, descansar um pouco e, se der, dormir (risos).SERVIÇOLivro A espetacular vida da Morte, de MJ MacedoEditora: GutenbergNúmero de páginas: 248Preço: R$ 34,90 Disponível para compra aqui.
Paulo Mancha D?Amaro lança Guia Futebol Americano 2012/2013
Já está disponível na internet ? e em breve nas bancas ? a terceira edição da revista-guia Futebol Americano ? Especial 2012/2013 (Emporium de Ideias). Com produção de Paulo Mancha D?Amaro e colaboração de Eduardo Galvão Zolin, a publicação traz as novidades da próxima temporada da NFL, principal campeonato de futebol americano dos Estados Unidos. São 100 páginas reunindo matérias e artigos, as regras e um resumo da história da competição. A publicação traz ainda uma reportagem sobre os bastidores do último Super Bowl (final do campeonato da NFL) e a difusão do esporte no Brasil, com a criação de duas importantes ligas nacionais. Participam como colunistas o narrador e apresentador Everaldo Marques e o apresentador e comentarista Paulo Antunes, ambos dos canais ESPN. Com preço de capa de R$ 19,90, o guia pode ser adquirido pelo http://migre.me/aKLeV, com frete já incluso.
Marion Strecker está de volta ao Brasil
Marion Strecker, co-fundadora do UOL e sua diretora de Conteúdo por 15 anos, deixou no final de agosto o portal e San Francisco, nos EUA, onde era correspondente, e está de volta ao Brasil. Diz ela que regressou por Nova York, onde começou a escrever um livro, ?inspirada pela incrível reação dos leitores quando nos últimos meses passei a narrar em primeira pessoa e com certa dose de humor como me dei conta de que estava viciada em internet, na coluna que escrevo para a Folha de S.Paulo desde 2010?. Já aqui, assinou contrato com a Editora Record, pela qual o livro deve sair em 2013. Em paralelo, segue com a coluna na Folha. Ainda na Folha, Álvaro Fagundes assumiu na última semana como editor-adjunto de Mercado, na vaga aberta semanas atrás com a ida de Gitânio Fortes para Poder. No jornal desde 2006, Álvaro retorna ao caderno em que já havia atuado até novembro de 2010, quando seguiu para Nova York como correspondente. Em seu retorno ao Brasil, em setembro de 2011, foi para Mundo, onde estava até agora. Ainda por lá, registro para o retorno de Cassiano Elek Machado, que já havia atuado na casa de 1996 a 2005. Depois passou por Trip, Piauí e Cosac Naify, além de ter sido curador da Festa Literária Internacional de Paraty, em 2007. Repórter especial, escreverá para os cadernos Ilustrada e Ilustríssima, além de colaborar nos trabalhos da Três Estrelas, selo jornalístico da Publifolha. E Rafael Cariello, editorialista do jornal desde 2009, aceitou convite do editor-chefe da piauí Fernando Barros e Silva e começa como repórter na revista carioca em outubro. Na Folha há 11 anos, onde entrou como trainee, em janeiro de 2002 Rafael foi contratado como redator de Política, passando depois a repórter de Política e de Cultura, editor-interino do extinto caderno Mais e correspondente em Nova York. Voltará a trabalhar com Fernando, seu ex-chefe em Política da Folha, que assumiu a edição da piauí no início deste ano.
Quatro Rodas comemora os bons números do 1° semestre
A redação de Quatro Rodas comemora os números consolidados da revista no primeiro semestre em circulação paga. A média ficou em 237,58 mil ao mês de janeiro a maio, segundo o IVC, sendo 28,5 mil exemplares em venda avulsa, nas bancas. A circulação total bate o recorde da publicação na década e é crescente pelo menos nos últimos sete anos. Na internet, outra marca: registrou em agosto 26,5 milhões de page views, segundo o Google Analytics. É o melhor número da história do site da revista e representa crescimento de 36% de unique visitors em relação a 2011. Eleitos 2012 ? Quatro Rodas está colhendo depoimentos para a pesquisa Os Eleitos deste ano, que elege os melhores carros segundo a opinião de proprietários, e não de jornalistas. Realizada em conjunto com o Instituto GFK Brasil, somente podem ser preenchidos 90 questionários por modelo de carro concorrente. Quem completa a enquete ganha uma assinatura trimestral ou semestral de títulos da Editora Abril.
Vaivém das redações!
Confira o resumo das mudanças que movimentaram nos últimos dias as redações de São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco e Ceará:São Paulo: O redator-chefe da Info Gustavo Poloni está deixando a revista após um ano e meio para tirar um período sabático. Em seu lugar assume Juliano Barreto, que ocupava anteriormente o cargo de editor. Poloni esteve antes no iG, por cerca de um ano, e teve passagens pelo portal Terra e pelas revistas Época Negócios, Exame e Veja.Depois de dois anos como repórter do site Planeta Sustentável, da Editora Abril, Marina Franco está de malas prontas e embarca na próxima 2ª.feira (17/9) para Barcelona, onde fará mestrado em Meio Ambiente com especialização em Comunicação e Educação Ambiental pela Universidade de Barcelona. Ela acumula passagens na reportagem de Época e na organização de seu Prêmio Empresa Verde (ex-Mudanças Climáticas). Em 2010, ganhou o Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade, nas categorias Revista e Grande Prêmio, como integrante da equipe de Época. Permanecerá na Espanha até novembro de 2013 e até lá estará disponível para frilas, não apenas em pautas relacionadas a sustentabilidade, pelo e-mail franco.marina@gmail.com ou skype marina.franco.Quem já seguiu para a Espanha foi a repórter Vanessa Dezem, da editoria de Indústria do Valor Econômico. Ela pediu licença não-remunerada para estudar em Madri e volta no início de 2014.Três repórteres deixaram o JT recentemente: Pedro Antunes, de Variedades, que foi para a Rolling Stone Brasil; Cris Bomfim, de Cidades, que seguiu para a reportagem de Veja São Paulo; e Luciele Velluto, de Economia, foi para IstoÉ Dinheiro, na vaga deixada por Márcio Orsolini, outro que foi estudar na Espanha.Na Dinheiro Online, entrou o repórter Diego Marcel.Filipe Domingues despede-se da Agência Estado no próximo domingo (16/9) e embarca no final do mês para um período de dois anos na Itália, onde irá fazer Mestrado em Comunicação pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Repórter de Agronegócio e Economia, Filipe é também estudioso da religião católica e mantém o blog Praça de Sales. Ingressou no Grupo Estado como repórter da coluna de Celso Ming, depois de participar do Curso Focas de 2008. Estará disponível para frilas pelo filipe.domingues@gmail.com.Depois de quatro anos atuando como repórter de Playboy, Camila Gomes deixou a publicação no começo do mês para dedicar-se a trabalhos freelancer. Ela teve passagens também pela Caros Amigos e pelo jornal argentino Perfil, em Buenos Aires. Seus novos contatos são www.camilagomes.com e 11-98702-3336.Guilhermes Damian, o Guilhes, deixou o comando da editoria de Infografia do iG no final de agosto para se dedicar em tempo integral ao QUByte Interactive, estúdio digital que mantinha paralelamente havia quatro anos. A empresa, que focava em jogos para celulares e tablets, agora vai reformular seu modelo de negócios para fornecer também soluções em aplicativos e serviços de infografia e ilustração digitais, entre outros produtos, para clientes no Brasil e no exterior. Os novos contatos de Guilhes são contact@qubyteinteractive.com e 11-2307-8425. No iG, ele está sendo substituído por Marcos da Veiga Jordão, da própria equipe.Darlene Santiago, que fazia atendimento na agência Holofote, começou como repórter da Dinheiro Rural na Editora Três. Entrou na vaga de Diego Costa, que aceitou convite para ser pauteiro do Jornal da Band.Na Editora Europa, Manoel de Souza, que em março havia deixado o comando da revista Natureza para se dedicar integralmente ao novo projeto mensal da revista Mundo dos Super-Heróis, assume paralelamente a edição de uma segunda publicação da casa. Acumula a vaga de Nelson Alves Junior, que deixou a editora, no comando da Xbox, revista oficial do console da Microsoft no Brasil. Licenciada e originalmente produzida na Inglaterra, a revista conta também com parte de seu material produzido no Brasil pelos redatores Leandro Rodrigues e Vitor Tritto. Para auxiliar na operação da Mundo dos Super-Heróis, foi contratado o redator Gustavo Vícola, que já vinha colaborando com a publicação. Inicialmente distribuída em São Paulo e Rio de Janeiro, a Mundo também anunciou que ampliará sua circulação para todo Brasil.Na revista Bites, destaque para a chegada de Fabiana Parajara (ex-Veja, Saúde, Forbes, Dinheiro e Revista Poder), que assume como gerente de Análise, e a promoção de Isabela Crepaldi a gerente de Informações Sociais.Foi ao ar nesta 2ª.feira (10/9) o Programa da Tarde, nova atração diária da TV Record ancorada por Britto Jr. e Ana Hickmann. Com direção geral de Vildomar Batista, o programa conta com participação da plateia em estúdio e abordará temas como moda, sexualidade, comportamento, saúde, celebridades e turismo. Para a reportagem chegam os repórteres Hélio Almeida (ex-Band) e Guilherme Arruda (ex-Band e SBT), além de personalidades como o psicólogo Jairo Bouer, a veterinária Manu Karsten e o consultor de moda Gustavo Sarti. A atração vai ao ar de 2ª a 6ª.feira, a partir das 14h30, com duração de três horas. Distrito Federal: Transferido da editoria de Finanças do Valor Econômico em São Paulo, Eduardo Campos chegou a Brasília para cobrir o Ministério da Fazenda. Entrou na vaga de João Villaverde, que deixou o jornal em 20/8 em direção da sucursal do Estadão. Ainda por lá, houve uma troca de funções entre Ivna Sousa, que passou a cuidar do Senado, e Bruno Peres, que cobre agora o Palácio do Planalto.As repórteres Jose Jerônimo e Paula Filizola deixaram o Correio Braziliense na semana passada. Jose, que cobria Economia, foi para a sucursal de IstoÉ. Paula, que atuava em Educação, seguiu para a assessoria do MEC. O Correio estuda novas contratações para os próximos dias nas editorias de Política e Brasil, que trabalham juntas, como explicou o coordenador Ivan Nunes.q Anthony Boadle é o novo correspondente da Agência Reuters em Brasília, em substituição ao editor de Redação Raymond Colitt, que deixou a empresa. Os contatos de Anthony são anthony.boadle@thomsonreuters.com e 61-3426-7000 / 7021. Minas Gerais: Thaís Pacheco deixou o Estado de Minas e começou na Produção da Rádio Globo. Pernambuco: Sheila Borges substitui Ana Lúcia Andrade na coluna política Pinga Fogo do Jornal do Commercio. Gilvando Filho vinha respondendo interinamente pelo espaço. Ceará: Rafael Luis Azevedo (rafaelluis.azevedo@gmail.com) deixou em julho a edição de Esportes do jornal O Povo para assumir a edição e produção dos programas Esporte Cidade e Velocidade, da TV Cidade, afiliada da Record no Ceará, ambos apresentados Ana Cláudia Andrade. Em agosto, ele lançou o site Verminosos por Futebol, sobre cultura, memória e lado B do futebol, que, diz, ?em três semanas foi acessado em 26 estados e 31 países?. Segundo Rafael, ?verminosos? é uma expressão local para designar fanáticos.
Memórias da Redação – Quero ser escritor
A história desta semana é uma colaboração de Carlos Marchi (carlos.marchi@camara.sp.gov.br), que foi repórter especial de O Globo e do Estadão, atuou na campanha de José Serra à Presidência da República, assessorou o então deputado federal por São Paulo e hoje senador José Aníbal (PSDB) e desde março de 2011 é diretor de Comunicação Externa da Câmara Municipal de São Paulo. Quero ser escritor Você pode gostar ou não gostar de Paulo; não, isso não fará muita diferença para aprender com esta história. De toda maneira, naquela época, começo de 1972, nem os que gostavam muuuuuito dele conseguiam admitir que ele era um bom repórter ou aceitar que tinha um bom texto. Na redação de O Globo (rua Irineu Marinho, 40, Lapa, Rio de Janeiro), ele era conhecido como o repórter que só queria escrever sobre alguns temas – questões alternativas de uma forma geral, manifestações exotéricas, discos voadores, comunidades hippies, maconha, maconha, maconha. Mas tudo isso mal cabia nas austeras edições do jornalão de Roberto Marinho. A verdade é que Paulo não estava entre os melhores repórteres de O Globo e não ligava nem um pouco para estar. Eu, um dos quatro privilegiados repórteres especiais contratados pouco antes, temia por seu presente e, principalmente, por seu futuro. Viveria de quê se fosse demitido? Esse tipo de preocupação não parecia frequentar a cabeça de Paulo. Sua aparência era compatível com as crenças – cabelos compridos, barba meio crescida, roupas (muito) usadas, quase puídas. Era nítido que os chefes de Reportagem tinham cada vez menos paciência com aquele riponga que só queria escrever sobre coisas alternativas. Nos céus do Rio de Janeiro não havia discos voadores suficientes para justificar as matérias que ele criava, a cada chance que tinha. Não era cego de texto, encadeava frases com, talvez, excesso de simplicidade; o problema maior era a insistência nos temas alternativos. Nascido na classe média, estudara no tradicional Colégio Santo Inácio, um dos melhores do Rio, onde participava de tudo que era concurso de poesia ou de teatro. Queria ser escritor, para contrariedade da mãe: o pai o queria engenheiro. Antes do Jornalismo, tentou ser ator e diretor de teatro. No início de 1970 buscou um lugar na equipe de reportagem de O Globo – ali estava ele. Ficou meu amigo e me confidenciava que seria escritor a qualquer custo. Eu não dizia nada, mas achava difícil que ele contornasse a falta de densidade dos textos e a banalidade dos temas. Uma vez, como não fora listado para cobrir o Festival Internacional da Canção, me pediu para entrevistar um “grande amigo” (dele) baiano que inscrevera duas músicas – Let me sing my rock’n roll e Eu sou eu, Nicuri é o diabo. Entrevistei Raul em meio a irrespiráveis cortinas de fumaça. Descobri que Paulo era parceiro letrista do amigo magrelo e roqueiro, movido a maconha – nada brilhantes, as letras tinham graça. Saí em prise direta. Semanas depois, Paulo me revelou: não tinha mais saco, pediria demissão para morar em comunidades hippies no interior da Bahia, onde viveria para escrever. “Vou ser escritor”, decretou. Viver de quê nos meses ou anos da tentativa? Ele não sabia, e também não estava muito preocupado em saber, como nunca estivera com a “carreira” de repórter, que nunca prezou. Fiquei perplexo. Meu horizonte abrigava apenas a carreira de jornalista. Como aquele cara podia ser tão irresponsável com o futuro? Dei-lhe conselhos: “Cara, você vai se lascar, não faça isso”. Ele não se impressionou com meus apelos candentes. Pensei: “Gente do céu, ele não consegue ser um repórter mediano, como vai viver como escritor?”. Lembro-me do último apelo: nos encontramos na portaria de O Globo, eu chegando, ele saindo. “Não vá, Paulo, você vai perder o único emprego que te dá sustento”. Ele já havia pedido demissão. Emburacou nas comunidades alternativas nas praias lendárias da Bahia. Trilhou o Caminho da Mão Esquerda. Naquele mundo inexato de drogas, ocultismo, fantasias e crenças, foi conviver com os aliens que infestavam suas matérias fantasiosas e os introduziu como personagens de seus livros. Nem soube, mas ele tentou lançar um primeiro livro em 1982. Chamava-se Arquivos do inferno e deu muito errado, cumprindo a minha profecia. O segundo, Manual prático do vampirismo, logo a seguir, deu mais errado ainda. Até então, eu estava acertando: ele, que nunca fora um repórter, jamais seria um escritor. Mas em 1986 ele deixou as praias da Bahia para fazer um circuito que entrava na referência dos alternativos – a peregrinação pelo Caminho de Santiago. Andou 700 km, do sul da França até Santiago de Compostela, na Galizia. Narrou a viagem num novo livro, que chamou O diário de um mago, editado em 1987. Minha profecia desabou. Paulo não só virou escritor, como se tornou o mais célebre deles e o mais vendido em todo o mundo. Virou membro da Academia. Eu? Aqui, modestamente, continuo jornalista, trabalhando para sobreviver…
Syngenta lança prêmio internacional de fotografia
Estão abertas as inscrições para a primeira edição do Prêmio de Fotografia Syngenta. A premiação é internacional, focada na discussão dos desafios globais. Neste primeiro ano, o tema é rural-urbano e pretende explorar as relações de tensão entre os dois ambientes. Para o CEO da Syngenta Mike Mack, a competição por recursos naturais e trabalho está maior, refletindo o número de habitantes das cidades que, pela primeira vez, é maior que o do campo. O prêmio divide-se em duas categorias, Competição Aberta e Comissão Profissional, e todas as fotos devem ter sido feitas há menos de dez anos. Em Competição Aberta podem participar fotógrafos de todos os níveis. Os três primeiros colocados receberão ? respectivamente ? 5, 3 e 2 mil dólares. A segunda categoria é restrita a profissionais, que devem apresentar uma proposta original relacionada ao tema rural-urbano. Os prêmios são de 15, 10 e 5 mil dólares, respectivamente, aos três primeiros lugares, com um adicional de até 25 mil dólares para que o primeiro colocado explore com mais profundidade o tema de seu trabalho. Os vencedores do Prêmio de Fotografia Syngenta serão anunciados em uma exposição em Londres, em maio de 2013. O repórter fotográfico sul-africano Jodi Bieber presidirá o júri, do qual também participam Irina Chmyreva (curadora e pesquisadora/Rússia); Stephen Dunbar-Johnson (International Herald Tribune/Reino Unido); Milton Guran (curador e fotógrafo/Brasil); Malu Halasa (escritor e editor/Líbano); Marcus Lyon (fotógrafo/Reino Unido); Mike Mack (Syngenta/EUA) e Liu Heung Shing (fotógrafo e editor/China). As inscrições são gratuitas e estão abertas até 15/1/2013 pelo www.syngentaphoto.com.