A apresentadora Christiane Pelajo assinou contrato com a CNBC Brasil, nova emissora do grupo CNBC Times Brasil, liderado por Douglas Tavolaro, ex-CEO da CNN Brasil, que deve estrear no segundo semestre de 2024. Pelajo vai ancorar um dos principais telejornais da emissora, em horário nobre, disponível em todas as plataformas.
“Estou honrada e animada em ser âncora da CNBC no Brasil”, afirmou a apresentadora. “Estou mergulhada no universo de negócios, inovação, tecnologia e criatividade. Este novo desafio tem total sinergia com o trabalho que venho fazendo nos últimos dois anos. Vamos mexer com o jornalismo de negócios aqui no Brasil”.
Pelajo trabalhou por 26 anos no Grupo Globo. Chegou à GloboNews em 1996 e foi uma das jornalistas fundadoras do canal. Após nove anos na GloboNews, trabalhou no Jornal da Globo por mais de 10 anos. Na trajetória da Globo, fez coberturas especiais em diversos países, como França, Espanha, Alemanha, Itália, Grécia, Índia e Estados Unidos. Cobriu as Copas do Mundo da França e Alemanha e entrevistou os principais candidatos à presidência do Brasil.
A CNBC Brasil focará principalmente em economia e negócios, mas abordará também outros temas como política, esportes e entretenimento. Com estreia prevista para o segundo semestre deste ano, será multiplataforma, presente em TV, web e redes sociais. A sede do canal ficará em São Paulo, com correspondentes nas principais capitais do País.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou em 26/4 o novo relatório Monitoramento de ataques gerais e violência de gênero. O lançamento foi feito durante um encontro online transmitido no canal da Abraji no Youtube. O relatório traz números relativos ao cenário da liberdade de imprensa brasileira, que abrange questões como violência política online e de gênero em 2023.
Segundo os dados coletados pela pesquisadora Rafaela Sinderski, o ano de 2023 apresentou 330 ataques, uma queda de 40,7% em relação ao último ano do governo Bolsonaro, que teve 557 ataques em 2022. Contudo, Sinderski alerta que a redução não é necessariamente motivo de tranquilização: “É preciso questionar se o cenário está melhorando ou o padrão de violência que está mudando”.
No ano passado, os discursos estigmatizantes de profissionais da imprensa, produzidos com frequência por atores políticos, predominaram e representaram 42,7% dos ataques registrados. As agressões também ocorrem sobretudo em ambientes digitais, sendo online 52,15% dos casos coletados, principalmente os direcionados a mulheres.
O relatório revelou que em 2023 foram realizados 82 ataques de gênero, uma redução sobre os 145 registrados em 2022. Entre eles, 32 foram explicitamente ofensas, ações discriminatórias ou atos de violência, sexual, laboral e digital.
Os dados apontaram que nos últimos quatro anos atores estatais foram responsáveis pela maioria dos ataques, participando de 55,7% dos casos de 2023. Também houve aumento das agressões físicas, alcançando 38,2%, contra os 31,2% de 2022. A Abraji destaca que os atos de 8 de janeiro influenciaram nos resultados, uma vez que resultaram em diversos profissionais atacados verbal e fisicamente durante o episódio.
“A maioria dos agressores são agentes estatais. Isso é muito grave, principalmente quando são agentes políticos eleitos, que passaram pelo processo democrático, estão inseridos nesse contexto, e ainda assim se dedicam a atacar um pilar da democracia, que é a imprensa livre e independente”, afirma Rafaela Sinderski.
Pesquisa da Hibou e do Weach Group sobre a relação dos brasileiros com notícias falsas revelou que nove em cada dez cidadãos já se depararam com alguma fake news ao consumir notícias. Essa estatística equivale a quase 91% do total de 2.400 entrevistados para o estudo.
Mais da metade dos participantes da pesquisa (54%) saem do site ao detectarem uma notícia falsa. Quase 40% denunciam a fake news a algum canal responsável, e cerca de 22% comentam a informação incorreta com familiares. Apenas 2% dos entrevistados continuam a ler notícias do mesmo site em que a fake news foi encontrada.
Outros dados interessantes da pesquisa são os critérios utilizados pelos participantes para detectar informações falsas ao consumir notícias. Mais da metade dos entrevistados (54%) verifica se a mesma informação foi publicada por outros veículos de notícia. Cerca de 50% já ficam com o pé atrás quando o título e os textos lidos apresentam um teor sensacionalista, e 47% dos participantes checam as fontes e os autores/editores do texto publicado.
A pesquisa também discute a responsabilidade das redes sociais na propagação das fake news. Para 44% dos entrevistados as redes sociais tem total responsabilidade sobre todo o conteúdo que é publicado em suas plataformas. Cerca de 35% acreditam que a responsabilidade deve ser dividida entre as redes sociais e os autores das postagens, e 16% acreditam que as redes socias devem excluir as postagens falsas, mas a responsabilidade é apenas de quem publicou o conteúdo.
O estudo também aborda temas como o quanto a confiabilidade em uma marca é afetada ao ter um anúncio em uma página que contém fake news e o que as plataformas digitais podem fazer para diminuir a propagação de informações falsas. Confira a pesquisa na íntegra.
Morreu na última sexta-feira (29/3), aos 75 anos, em Campinas, Roberto Godoy. Considerado um dos maiores especialistas em assuntos militares na imprensa brasileira, ele lutava contra um câncer e morreu após uma parada cardíaca.
Nascido em Campinas, em 1949, Godoy começou a carreira em sua cidade, como repórter do jornal Correio Popular. Mas foi no Estadão que ganhou projeção nacional, tendo atuado na publicação entre as décadas de 1970 e 1990, e após um período de volta do Correio Popular, retornou em 2000 e lá estava desde então.
Ao longo de sua carreira no Grupo Estado, foi repórter, editor, chefe de sucursal e comentarista da Rádio Eldorado. Sua última participação na emissora, inclusive, ocorreu um dia antes de sua morte, quando em conversa com o âncora Haissen Abaki, falou sobre o interesse do presidente venezuelano Nicolás Maduro pelo Essequibo, na Guiana, e o lançamento do submarino Tonelero (S-24) feito pelos presidentes Lula e Emanuel Macron, da França.
“O maior especialista em assuntos de Defesa da imprensa brasileira tratava um câncer e, nos últimos meses, lutou contra a doença com apoio da família sem perder a coragem, a lucidez, o bom humor e o otimismo, marcas que sempre o acompanharam”, destacou o texto do Estadão assinado por Roberto Gazzi e Roberto Bascchera.
Godoy deixa os filhos André, Roberto e Mariana, e os netos João, Alícia e Miguel.
O Núcleo Jornalismo lançou o Nuclito Resume, ferramenta que utiliza Inteligência Artificial (IA) para resumir notícias e notas do site em até três tópicos essenciais. O objetivo é otimizar o tempo de leitura dos usuários.
A ferramenta usa a própria IA do Núcleo, o Nuclito, seguindo a política interna de não criar conteúdo original com a inteligência, mas apenas resumos de conteúdos. A equipe do Núcleo checa o conteúdo resumido pela ferramenta e faz uma supervisão diária do Nuclito Resume. O projeto foi desenvolvido com apoio do International Center for Journalists (ICFJ).
Sérgio Spagnuolo, diretor-executivo do Núcleo e idealizador do projeto, contou que a ideia surgiu a partir de uma necessidade de ficar por dentro de todo o conteúdo que o Núcleo produz, mas não ter tempo de ler tudo: “Comecei a pedir pro ChatGPT resumir várias notas e achei bom o resultado, então tive a ideia de criar esse produto para disponibilizá-lo também para nossos leitores e leitoras”. Para o jornalista, a principal vantagem da ferramenta é a economia do tempo do leitor, além de gerar engajamento para o site.
Além dos três tópicos principais, o Nuclito Resume também disponibiliza o link para a matéria completa, para quem quiser se aprofundar naquele determinado assunto. Confira a ferramenta aqui.
Em prosseguimento ao Ato em homenagem aos 60 anos do Comício da Central do Brasil, realizado no Rio de Janeiro em 13/3, a Associação Brasileira de Imprensa programa agora encontros pelo País. Em parceria com cinco universidades públicas, ocorre a 2ª Semana Nacional de Jornalismo, de 1º a 5 de abril. Todas as mesas de debates serão transmitidas ao vivo pelo canal ABI TV no YouTube.
A abertura em Juiz de Fora (MG), em 1º/4, dia do golpe, será das 10h às 13h, no auditório da UFJF, com apoio da Faculdade de Comunicação − Facom. Sob mediação de Xico Teixeira, estarão presentes cinco debatedores. No dia seguinte (2/4), em Natal, das 15h às 18h, no auditório do Decom da UFRN, quatro convidados terão mediação da professora de Comunicação Mônica Mourão.
Dia 3/4, das 9h às 12h, no Auditório Freitas Nobre, é a vez da Universidade de São Paulo. Com coordenação do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA-USP, o debate será entre quatro convidados mediados por Laurindo (Lalo) Leal Filho. Na quinta-feira (4/4), das 10h às 13h, no Auditório 111 (11º andar) do Campus Maracanã da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a Faculdade de Comunicação Social receberá Chico Otávio, a filha de Jango Denize Goulart, e mais três convidados, sob mediação de Patrícia Miranda.
No dia 5/4, em Brasília, das 8h30 às 11h30, no Auditório Pompeu de Souza, a Faculdade de Comunicação da UnB sedia o debate entre Aylê-Selassié Quintão, Fernando Oliveira Paulino, o filho de Jango João Vicente Goulart, Mariana Ferreira Lopes e Moacyr (Moa) Oliveira Filho, com a mediação de Armando Rollemberg.
Na tarde do mesmo dia 5, no Auditório da ABI no Rio, serão realizadas duas mesas de encerramento da 2ª Semana Nacional de Jornalismo ABI. Na primeira delas, das 14h às 16h, estarão os debatedores Ana Arruda Callado, a neta de Jango Bárbara Goulart, Fichel Davit Chargel, Ivan Cavalcanti Proença e Rafael Maull, com a mediação de Erika Werneck. Na segunda mesa, das 16h30 às 18h30, será a vez de seis debatedores, entre eles Milton Temer, Vladimir Palmeira e Octávio Costa, presidente da ABI, sob a mediação do jornalista e presidente da Comissão de Educação da ABI Vitor Iorio.
Nas palavras de uma das netas do ex-presidente João Goulart, Isabela Goulart, “um país sem memória é um país sem identidade. Um país sem identidade é quase como se fosse uma folha em branco. O primeiro a chegar, escreve o que quiser”.
A família real britânica está passando pelo seu primeiro grande teste de resistência da reputação positiva acumulada nos últimos anos de vida da rainha Elizabeth II, que determinou os rumos da comunicação da chamada “firma”, com seu estilo marcado pela discrição e morreu no auge da popularidade, após reverter crises como divórcios dos filhos e a morte da princesa Diana.
Ainda é cedo para medir o impacto dos acontecimentos desde que os problemas de saúde do rei Charles e de Kate Middleton entraram na pauta da imprensa global e das conversas nas mídias sociais.
O vídeo explica de forma convincente o longo silêncio e a ausência de imagens de Kate, que deram margem a um volume de boatos e histórias malucas como poucas vezes se viu: a necessidade de tempo para explicar a situação aos filhos.
Quem já teve doença em família sabe como é difícil dar a notícia a crianças − e até a adultos. Adiar esse momento é humano − e embora alguns não lembrem disso ou discordem da existência da monarquia, Kate, William e os filhos são seres humanos.
A culpa pelo que foi interpretado como má gestão da comunicação com a sociedade e com a imprensa recaiu sobre a assessoria do Palácio de Kensington, que fala em nome de Kate e William. E indiretamente sobre Palácio de Buckingham, que em teoria manda em tudo.
Embora seja difícil saber qual foi o aconselhamento dos assessores, é legítimo imaginar que a demora para dar a notícia tenha sido uma decisão daqueles diretamente envolvidos, o casal. Isso é consistente com o perfil de William, que tantas vezes expressou desconforto com a intrusão da mídia em sua vida, e que para muitos foi responsável pela morte da princesa Diana, perseguida por paparazzi em Paris.
Mas, em dois minutos, tempo de duração do vídeo de Kate explicando o diagnóstico de câncer, a quimioterapia e o motivo do silêncio por tanto tempo, a onda de críticas transformou- se em compaixão, solidariedade, compreensão. E em recriminações contra os que criaram ou compartilharam especulações, piadas e teorias conspiratórias.
Kate Middleton
Críticas mudaram de lado
O que se viu em seguida não foi comum: diversas celebridades se desculparam pelo que falaram ou postaram sobre a ausência de Kate Middleton e a falta de notícias. Algumas removeram as postagens das redes sociais − abrindo mão de seus valiosos cliques.
Uma pesquisa feita na semana seguinte ao episódio da foto editada já tinha indicado que Kate e William são bem protegidos pela imagem que construíram − a de um casal relativamente normal, que se conheceu na faculdade, que leva os filhos à escola e não é visto em restaurantes caros ou locais badalados. Se isso é parte do roteiro ou se eles são mesmo assim é difícil dizer. Mas é como são vistos.
Apesar das críticas sobre a foto editada, devido à falta de transparência na comunicação com o público, a pesquisa do YouGov mostrou que a confiança em Kate caiu muito pouco.
A próxima pesquisa de popularidade deve seguir por caminho semelhante, e isso também pode ser atribuído a movimentos acertados de comunicação.
O vídeo foi gravado pela BBC Estúdios, o braço comercial da rede pública, que informou não ter havido edição, referência indireta à foto editada. Não chegou a matar boatos, como o de que seria um deepfake e não Kate − mas nada comparável à escala das especulações anteriores.
O Palácio também fez saber que o texto foi de autoria de Kate, e não de assessores. Isso reforça o caráter pessoal da revelação. Houve ainda uma explicação para o príncipe William não estar ao lado dela: a intenção de reforçar sua individualidade, sem retratar uma mulher à sombra do marido, ainda que alguns boatos tenham atribuído isso ao fato de que ele era contra dar explicações.
O início da história não foi exatamente uma aula de RP. Mas os últimos acontecimentos estão sendo.
Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mailpara incluir ou reativar seu endereço.
Christiane Pelajo entrou para o time do Portal VGV, plataforma de conteúdos direcionados a empresários do mercado imobiliário, e estreou em 7/3 como apresentadora do programa Foco VGV.
Nele, além apresentar análises sobre os principais indicadores econômicos que exercem influência no setor, Pelajo entrevista líderes e personalidades que estão à frente de incorporadoras, construtoras, imobiliárias e agentes financeiros.
As exibições do Foco VGV são quinzenais, às 20h, no canal do YouTube do Portal VGV. Os conteúdos também são distribuídos pelas plataformas Linkedin, Instagram e newsletters.
O Dart Center for Journalism and Trauma da Escola de Jornalismo da Columbia University está com inscrições abertas para um seminário intensivo sobre a primeira infância. A iniciativa, destinada a editores de todo o País, visa aprimorar a cobertura jornalística de saúde, educação, política, questões sociais e economia sob a perspectiva de crianças nessa fase.
Promovido em parceria com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, o seminário será realizado no Rio de Janeiro e terá duração de três dias, de 23 a 25 de agosto. Inclui palestras, painéis e atividades que abordarão temas como a neurociência do desenvolvimento cerebral precoce, parentalidade, saúde, educação e equidade.
O programa cobrirá custos de transporte, refeições e acomodações aos selecionados durante o evento. Como as vagas são limitadas, terão preferência editores que ocupem cargos de liderança nas redações. Inscrições aqui até 26 de abril.
Fernando Collor de Mello (Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
A Justiça de Alagoas marcou para 10 de abril o julgamento que decidirá se a Globo pode romper contrato com a TV Gazeta, do ex-presidente Fernando Collor, afiliada da emissora carioca em Alagoas.
A parceria entre os dois veículos existe desde 1975. A Globo alegou que não quis renovar o contrato com a TV Gazeta, destacando decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou Collor por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em esquema no qual utilizava a TV Gazeta para receber propina. A Globo já tem um acordo verbal com a TV Asa Branca para ser a nova afiliada da emissora em Alagoas.
Em novembro do ano passado, a TV Gazeta entrou na Justiça pedindo que a Globo não rompesse o contrato de afiliação, sob a justificativa de que, sem o aporte financeiro da emissora carioca, não conseguiria pagar dívidas estabelecidas em seu plano de recuperação judicial. Além disso, sem o dinheiro da Globo, haveria demissões em massa e a extinção de ao menos 209 dos 279 postos de trabalho da empresa.
A TV Gazeta chegou a conseguir uma liminar que obrigava a Globo a renovar o contrato de afiliação até 2028, mas a decisão foi derrubada no início de janeiro. Por decisão judicial, a emissora manterá o sinal da Globo no ar até o julgamento do caso em abril.