Editor executivo em Veja, onde também responde pela coluna Holofote, Otávio Cabral deixará a revista no final do mês para integrar o núcleo de coordenação da campanha de Aécio Neves à Presidência da República. A decisão, segundo apurou este J&Cia, foi comunicada à direção da revista na semana passada. Autor de uma biografia não autorizada do ex-ministro José Dirceu, que gerou muita polêmica nos meios jornalístico e político, Cabral está em Veja desde 2004. Antes, teve passagens por Notícias Populares e Folha de S.Paulo. É casado com Vera Magalhães, editora da coluna Painel da Folha de S.Paulo. Leia mais + Pressão faz Senado reduzir cortes nos veículos de comunicação + Igor Ribeiro começa blog de cartuns no M&M + #PortoA estreia na TVCOM RS
Pressão faz Senado reduzir cortes nos veículos de comunicação
Em face da pressão dos trabalhadores dos veículos de comunicação do Senado e do apoio dos sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas do DF e da Associação dos Profissionais de Comunicação do Senado (Comsefe), a Mesa Diretora do Senado decidiu, em reunião realizada em 15/5, reduzir de 40% para 15% os cortes no contrato da área de comunicação celebrado com a empresa Plansul. A medida foi anunciada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, no final da semana passada. Ele alegou que a redução do contrato dos terceirizados é necessária porque o órgão quer investir em tecnologia: “Entre os contratos, o da área de comunicação é o segundo maior da casa, com 212 profissionais só na TV Senado. A redução de 15% significa economia de R$ 5 milhões por ano. Assim, daremos fôlego para a modernização”. Há dias o Sindicato dos Jornalistas do DF vem se posicionando contrário a qualquer tipo de corte na Casa, afirmando que o que está em jogo é a renovação do contrato de profissionais terceirizados, que totalizam 320 trabalhadores. A entidade também alertou para os impactos dos cortes, que iriam desde a redução da cobertura das comissões até o cancelamento de programas. Segundo a entidade, o corte inicial de 40% significaria praticamente o desmonte da TV Senado. Além de se manifestarem por meio de notas e matérias, as entidades de classe da Capital Federal também se uniram aos trabalhadores para buscar apoio dos senadores e para realizar mobilizações dentro da casa legislativa, onde obtiveram o apoio de diversos parlamentares. O diretor de Comunicação do Senado, Davi Emerich, disse ao Comunique-se que o contrato atual dos 320 profissionais terceirizados inclui 28 trabalhadores que não estão diretamente na Comunicação da Casa. E que o processo de licitação, estimado para terminar em junho, já foi iniciado. Mas enquanto não termina, os atuais funcionários permanecerão em regime especial, que poderá ser prorrogado por alguns meses. Os sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas do DF pretendem agora discutir com a direção da Secretaria de Comunicação o corte no contrato e buscar formas de minimizar os impactos. “Vamos estudar os contratos e lutar para que o corte na renovação gere o menor número de demissões possível e não prejudique a qualidade da cobertura dos veículos”, afirma Fábio Varela, diretor do Sindicato dos Jornalistas TV Justiça também tem problemas A TV Justiça também é alvo de críticas da entidade sindical, no que diz respeito às condições de trabalho dos profissionais terceirizados. Em nota, o Sindicato citou reportagem de 12/5 do Estadão que trata do planejado aumento no orçamento da TV Justiça, atrelando ao fato a existência, na emissora, de “chefes despreparados”, profissionais “sem bagagem intelectual” e de “baixa qualificação técnica”. A entidade afirma ver com bons olhos a iniciativa de ampliar investimentos na disseminação de informações públicas, mas lamenta “que ela parta da visão equivocada, desrespeitosa e injusta de que são os atuais profissionais de comunicação os responsáveis pelas deficiências na TV Justiça”, referindo-se aos terceirizados, grande maioria dos profissionais que tocam a emissora. Lamenta ainda a inexistência de concurso para a área de Comunicação, a exemplo de outros órgãos públicos. A Secretaria de Comunicação do STF, responsável por gerir a TV Justiça, afirmou a este J&Cia que a emissora opera na forma de terceirização por decisão interna. E que atualmente o STF está elaborando nova licitação de empresa que irá empregar os profissionais de Comunicação dos veículos do Judiciário, que há alguns anos são contratados pela Fundação Renato Azeredo. Segundo a Secom, o último concurso foi realizado em 2013, e há possibilidade de que um novo aconteça ainda este ano. No último sábado (17/5), o órgão enviou a seguinte carta ao Estadão: “A licitação, que é uma exigência legal, encontra-se suspensa para revisão, a fim de aprimorar o processo licitatório; o objetivo de todo o trabalho é a melhoria do serviço que vem sendo prestado na TV Justiça e valorizar os profissionais que nela atuam; uma vez que a licitação está suspensa, qualquer comentário sobre a mesma é precipitado e pode não refletir a realidade definitiva do mencionado certame; informamos ainda que a última licitação, realizada há três anos, tinha uma previsão de gastos de R$ 23,3 milhões antes da realização do pregão, mas resultou num contrato que, atualmente, tem o valor de R$ 18,5 milhões. O Supremo Tribunal Federal ratifica o respeito devido às pessoas que atuam na TV Justiça”. Leia Mais + Igor Ribeiro começa blog de cartuns no M&M + #PortoA estreia na TVCOM RS + Memórias da redação – Zé e os amigos do Zé
Igor Ribeiro começa blog de cartuns no M&M
Igor Ribeiro, ex-Imprensa e Jornalistas&Cia, atual editor de Mídia do Meio & Mensagem, estreia nesta 4ª.feira (21/5) seu lado desenhista no Blog da Redação do jornal. Vai publicar semanalmente um cartum, tornando pública uma faceta que mantinha apenas como hobby, adquirido na infância por influência direta do pai, seu Carlos, ou DSolrac, como é conhecido no meio artístico, segundo ele um verdadeiro mestre das tintas, espátulas e pincéis.
Igor diz que ao longo do tempo andou ilustrando algumas coisas, que acabaram publicadas, mas nunca com a pretensão de despertar qualquer segunda vocação ou de tornar isso frequente na vida. Até agora. “O cartum acima é o primeiro de uma série que vou publicar semanalmente no Blog da Redação do Meio & Mensagem, que ganhou novo impulso recentemente, abrindo-se também aos repórteres.
A ideia nasce justamente da minha vivência em redações e as relações que isso implica com RPs, agências, profissionais de marketing etc.. É uma tiração de sarro do universo da comunicação e de mim mesmo. Convenhamos, coleguinhas, somos risíveis. Fazemos um esforço para sermos profundos e consternados, mas nós somos todos um grande cartum pronto e acabado. Só estou transferindo isso pro papel. Ou pra tela”.
#PortoA estreia na TVCOM RS
Estreou sábado, 17/5, às 20h, na TVCOM RS, o programa #PortoA, que tem a proposta de mostrar os principais assuntos da atualidade fugindo do lugar comum e remetendo à internet e às redes sociais. Terá todos os sábados conteúdo jornalístico e de variedades, com as principais notícias do dia, reportagens especiais e quadros com colunistas. No comando se revezam os comunicadores Danuza Mattiazzi, Tanira Lebedeff e Carolina Abelin. A atração também terá reportagens de Leonardo Müller, Vanessa da Rocha, Fernanda Fell e Gabriella Bordasch e os colunistas Lúcio Brancato Gustavo Reis e Cláudia Laitano. Vivian Cunha é a editora responsável. A interatividade com o público também faz parte do #PortoA. Os telespectadores poderão participar por meio de uma cobertura colaborativa, compartilhando suas experiências e impressões sobre Porto Alegre enviando fotos e vídeos. Leia mais + Grupo de jornalistas lança livro investigativo sobre futebol + Milton Blay lança livro sobre seus mais de 30 anos em Paris + Carlos Maranhão recebe título de Cidadão Paulistano
Memórias da Redação ? Zé e os amigos do Zé
A história desta semana é novamente uma colaboração de Plínio Vicente da Silva, ex-Estadão, atualmente professor universitário e editor no Jornal de Roraima. Zé e os amigos do Zé Nos anos 1980, ainda no começo da corrida do ouro que trouxe para o então Território Federal mais de 50 mil aventureiros, eu acabara de me instalar em Boa Vista como correspondente de Estadão, JT e Agência Estado quando conheci Zé Mato Grosso. Negro forte, troncudo, sem pescoço, atacado pela gagueira, contou-me que havia 17 anos vivia o sonho da abertura dos grandes garimpos em Roraima, onde, dizem, estão as maiores jazidas de ouro e de diamantes do Brasil. Já beirando os 60 anos, fazendo um biscate aqui, outro ali, alimentava uma velha esperança: “Ainda bamburro antes de morrer, meu patrão. E, se puder escolher, morro num garimpo”. Num dos nossos encontros passei a tarde inteira conversando com Zé Mato Grosso, apelido que veio dos seus tempos de soldado em Porto Murtinho, lá no Mato Grosso do Sul. Nunca soube seu verdadeiro nome, mesmo porque jamais perguntei. Para homenagear a memória desse herói garimpeiro, que em 1988 desapareceu na região do morro Caveira 2 e nunca mais foi encontrado, conto aqui dois dos seus causos, num português, claro, que corresponde à sua fala arrastada, entrecortada, quase onomatopáica. O primeiro: “Um dia me deu a louca e resolvi entrar sozinho no mato à procura de um garimpo. Foi lá pelas bandas do Paapiú, acima do rio Catrimani. Coisa doida, 12 dias de pernada, descendo e subindo serra e nada de achar uma faísca sequer. A comida eu comi toda já no meio do caminho e o jeito foi me contentar com macaco e piranha. que isso lá tem demais. À certa altura, todo mordido de bicho, picado por nuvens de piuns e carapanãs, o corpo já se abrindo em feridas, bateu-me o desespero e resolvi puxar no caminho de volta. Na descida fui deixando o resto dos trecos: panela, rede, bateia, o escambau. Só fiquei mesmo com o terçado, pois sem ele não havia como abrir picada na direção do Apiaú. Depois de muito sofrer, uma visão me encheu os olhos: a venda do velho Pascoal, parada de todo aventureiro que se arriscava por aquelas bandas. Sem dinheiro, ofereci o terçado. Abastecido de cachaça, fui procurar um canto para esquecer as amarguras. Eu precisava de um porre. Apeei o corpo à sombra de um caimbezeiro no meio de uma caixa de empréstimo, deitei e bebi. Fui bebendo devagar, recuperando a vida que já ia quase fugindo de dentro de mim. O diabo é que, de tão bêbado, nem vi a chuvarada que foi invadindo a caixa tarde a dentro. Sonhei que estava no meio de uma cachoeira toda cravejada de diamantes e a água que caia parecia ouro derretido. Para encurtar a história, quem me salvou foi Joaquim da Rosa, que tinha um sítio nas redondezas. Passando na beira da estrada, estranhou ver um cabra estirado feito morto no meio daquela lagoa, só com o nariz de fora. Patrão, eu estava morrendo afogado e nem sabia”. A segunda estória de Zé Mato Grosso: “Lá pelo começo dos anos 70, seu Toinzinho resolveu ajuntar uns cabras pra pesquisar um garimpo lá pelas bandas da serra das Surucucus. Fui junto. A gente era cinco mais seuToinzinho. Minto: ele levou um guianense, preto feito eu. Subimos o rio, chegamos ao barranco escolhido e montamos o acampamento. O tal preto era o cozinheiro. Aliás, sua comida era divina, igual de restaurante. Seu Toinzinho, patrão de não dar moleza, fazia a gente trabalhar de sol a sol, com tempo só pra comer e pras necessidades. Era acordar, comer, trabalhar, ir no mato, trabalhar, tomar banho no rio, comer e dormir. O estranho era que o cozinheiro não dormia no acampamento. Na noite de sexta-feira esperei o pessoal dormir e resolvi descobrir aonde ele ia. Esgueirei-me pelas árvores, andei uns cem metros e ouvi um palavreado estranho, em língua estrangeira, e fui ver de onde vinha. Dei de cara com uma clareira e quando as nuvens deixaram livre a luz da lua, me apavorei. O guianense fazia uma reza, quase um lamento, quando, de repente, a fogueira explodiu e de dentro do fogo saiu num bicho tão feio que corri feito louco, atravessei o acampamento feito um raio e fui bater na fazenda de Zé Ferreira. No dia seguinte, quando chegou trazendo a turma, mas sem o cozinheiro, seu Toinzinho me explicou: para cozinhar como cozinhava o cabra só podia mesmo ter parte com o capeta…”. Leia mais + Memórias da redação – O pão dos anjos + Memórias da Redação – Sonhando com números + Memórias da Redação – Jânio e o estivador
Grupo de jornalistas lança livro investigativo sobre futebol
Mais que um livro, O lado sujo do futebol, de Amaury Ribeiro Jr., Leandro Cipoloni, Luiz Carlos Azenha e Tony Chastinet, é um convite para o leitor deixar a arquibancada e acompanhar de perto as negociatas realizadas nas tribunas. Uma obra repleta de informações e documentos, que procuram mostrar ao leitor a face obscura do esporte mais popular do mundo. O livro chega às livrarias recheado de traições, contratos suspeitos, amizades de interesses, cartel, subornos, enriquecimento ilícito, coações, jogo político e muita sujeira.
No prefácio, o ex-jogador e atual deputado federal Romário define bem a importância do livro: “Agora, mais do que nunca, tenho certeza de que a CBF é mesmo o câncer do futebol!”. O Lado Sujo do Futebol é o retrato do que é feito com a paixão do torcedor: afirma que João Havelange e Ricardo Teixeira desenvolveram um esquema mafioso de fraudes e conchavos, beneficiando a si e seus amigos; que Fifa e CBF se tornaram um grande balcão de negócios, no qual são firmados acordos bilionários, que envolvem direitos de transmissão e multinacionais de material esportivo.
Um grande jogo de bolas marcadas, cujo palco principal são as Copas do Mundo. Os autores advertem: “Se você não quer perder a ingenuidade em torno do esporte mais apaixonante do mundo, pare por aqui”.
Portanto, prepare-se. Começa agora o jogo de verdade. Lançamentos: São Paulo – 23/5 (6ª.feira), às 18h na Livraria Cultura – Paulista (av. Paulista, 2.073, Conjunto Nacional/Térreo; Brasília – 27/5 (3ª.feira), a partir das 19h, na livraria Saraiva MegaStore – Shopping Pátio Brasil (SCS/B – Lote A, Nível 1).O evento contará com a participação de Romário; Rio de Janeiro – 3/6 (3ª.feira), a partir das 19h, na livraria Saraiva – Shopping Rio Sul (av. Lauro Muller, 116). Belo Horizonte – 10/6 (3ª.feira) e Recife – 17/6 (3ª.feira), em locais não confirmados. Informações com Fábio Diegues – (11-3087-8840 e 983-994-331 ou fdiegues@editoraplaneta.com.br. SERVIÇO: O Lado Sujo do Futebol Amaury Ribeiro Jr., Leandro Cipoloni, Luiz Carlos Azenha e Tony Chastinet Editora Planeta 400 páginas R$ 39,90
Milton Blay lança livro sobre seus mais de 30 anos em Paris
Correspondente em Paris da BandNews FM, Milton Blay lança o livro Direto de Paris – coq au vin com feijoada. Formado em Direito e Jornalismo pela USP, mestre em Economia e doutor em Ciências Políticas pela Universidade de Paris, Blay vive na capital francesa desde 1979, onde atuou como correspondente da revista Visão, da Folha de S.Paulo, da Rádio Eldorado e como redator-chefe da Rádio França Internacional. Com 35 anos de histórias acumuladas, na obra ele relata momentos marcantes como os encontros com Orson Welles e com o general francês Aussaresses, responsável por passar técnicas para tortura a militares da ditadura brasileira. Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, Blay falou um pouco sobre o livro, como surgiu a ideia de escrevê-lo e o critério usado para selecionar algumas, entre tantas, histórias: Portal dos Jornalistas – Como surgiu a ideia de fazer esse livro? Milton Blay – Direto de Paris, coq au vin com feijoada surgiu da necessidade de exorcizar o passado recente, que havia deixado um gosto amargo. As primeiras páginas não passavam de meros acertos de conta, de exercícios de catarse. Mas superado esse momento, devidamente deletado, foram surgindo histórias, lembranças de momentos vividos ao longo de mais de trinta anos em Paris, que me transformaram em um ser híbrido: franco-brasileiro-migrante, coq au vin com feijoada. Quis contar historietas de um cidadão-correspondente brasileiro em Paris, que como muitos chegou à França no final dos anos 1970 para passar dois anos, no máximo, e que aqui se encontra, a poucos quilômetros da Torre Eiffel, há mais de trinta. Sem arrependimento, porém com o sentimento onipresente de que amanhã será o dia do retorno. Como quase todo imigrado, que pensou milhões de vezes em voltar e outros tantos milhões em ficar, preparei o retorno, que nunca concretizei. Talvez seja assim até o fim, talvez esse livro seja um início de resposta. Tornei-me parisiense, uma cidadania diferente de qualquer outra. Portal dos Jornalistas – Com tantas histórias acumuladas nesses 35 anos em Paris, como fez para selecionar as que comporiam o livro? Milton Blay – Optei por acontecimentos que talvez pareçam menores, mas que, por razões diversas, me tocaram, me fizeram rir, chorar, me deixaram feliz ou indignado, me tiraram o sono. Quis também rascunhar, em breves pinceladas, esse país de contradições – a França –, sobre o qual muito se fala e pouco se sabe, e que, apesar de sentimentos ambivalentes, também é o meu. Ao escrever, quis apenas tirar ao acaso, da caixa de memória, histórias como aquelas que animavam as noitadas de jornalistas das antigas, quando ao sair da sala de redação, após o fechamento da edição, nós nos reuníamos no boteco do Alemão para jogar conversa fora e depois, no jantar da alta madrugada, nos paulistanos Sujinho, Gigetto, Giovanni Bruno ou Piolin, para relembrar causos. Deixei de lado reportagens de guerra, como a da Bósnia-Herzegovina e do Oriente Médio, e coberturas de fatos marcantes, como a chegada do aiatolá Khomeini a Teerã, os atentados de Paris cometidos nos anos 1980 pelo argelino GIA – Grupo Islâmico Armado, a greve do Sindicato Solidarnosc liderado por Lech Walesa, em Gdansk, pedra inaugural do desaparecimento da cortina de ferro, o encontro desencontrado do polonês com Lula, ambos ainda sindicalistas, um querendo sair do comunismo, o outro querendo abraçá-lo, o lançamento do satélite Brasilsat 1 pelo foguete Ariane, da base de Kourou, na Guiana, ou a morte trágica de Lady Diana no túnel da Ponte Alma, em Paris, quase em frente à nossa embaixada, entre tantas outras. No lugar, publiquei encontros com Orson Welles, Ionesco, Chagall, o general Aussaresses (que ensinou a tortura aos nossos militares), Le Pen, Lula, FHC, Mitterrand, histórias inusitadas. Como a do general-presidente Figueiredo, que anulou um jantar oficial no Elysée para cair na gandaia na noite parisiense. Não tive a pretensão de escrever um livro exaustivo sobre a minha carreira de correspondente internacional, talvez a mais longa do jornalismo radiofônico brasileiro, nem dar conselhos para jovens que se lançam na profissão com o sonho de abraçar o mundo. Mesmo assim, a eles dedico algumas linhas vindas de outro século, antes da internet, em que nem sonhávamos com o mundo virtual. Para as chamadas “putas velhas” do jornalismo, ofereço lembranças de como era trabalhar no tempo em que a palavra “reportagem” tinha som de máquina de escrever (mecânica), gravador de fita, mancha de carbono nos dedos, sabor de cafezinho requentado. Portal dos Jornalistas – Quanto tempo levou para escrevê-lo e quais dificuldades encontrou? Milton Blay – A ideia do livro surgiu há mais ou menos cinco anos. Fui um escritor bissexto, sem nenhuma rotina. Escrevi quando e onde me dava vontade, às 3 da madrugada, à meia-noite ou às 4 da tarde, dependendo da necessidade. De repente, escrever se tornava uma necessidade imperiosa, inadiável. Um problema foi encontrar alguns documentos. Durante meses não escrevi uma só linha, pois estava à procura dos arquivos da revista Visão, para a qual trabalhei. Ninguém tinha, nem sequer Henry Maksoud, o último proprietário da revista. Fui encontrar o arquivo, caindo aos pedaços, quase esfarelado, na ECA, a escola de Jornalismo da USP. Apesar do livro, não me sinto um escritor. Sou apenas um repórter que viveu algumas historias que, ao seu ver, mereciam ser contadas. Nada mais, nada menos.
Vaivém das Redações!
Veja o resumo das mudanças que movimentaram nos últimos dias as redações de São Paulo, Distrito Federal e Minas Gerais: São Paulo Ana Paula Ribeiro deixou a IstoÉ Dinheiro e começou como repórter de Finanças da sucursal paulista de O Globo. Formada em Jornalismo pela Metodista de São Paulo, tem MBA em Informações Econômico-financeiras e Derivativos pela FIA, e deve concluir, ainda este ano, graduação em História pela USP. Antes da Dinheiro, onde era editora assistente, passou por Brasil Econômico, Agência Estado, Folha.com e Agência Folha, na qual começou a carreira como redatora em 2000. Seu novo contato é ana.ribeiro@sp.oglobo.com.br. Em função da ida do editor Alexandre Nobeschi para Veja-SP, a revista da TAM anunciou a contratação de Marcos Nogueira para o lugar dele. Ainda por lá, após um ano atuando como editora da publicação, Priscila Pastre assumiu neste mês o posto de editora-chefe da revista. Como parte da estratégia de aumentar sua programação focada em economia e novos negócios, a BBC promoveu a chegada a São Paulo de sua nova correspondente de negócios, a repórter Katy Watson. Na organização desde 2007, ela atuou anteriormente como correspondente em Hong Kong, México e Chile, e antes foi repórter da Bloomberg News. Marina Amaral deixou a Radioweb, onde era coordenadora de Jornalismo, e foi substituída por Daniela Madeira (daniela@agenciaradioweb.com.br e 11-3266-3515). Distrito Federal Também deixaram o Correio Braziliense na semana passada (ver http://migre.me/jaB7P) os diagramadores Arlindo Ferreira e Leni Soares. No Aqui DF, registro para a saída do editor Renaro Cardoso, também na semana passada. Quem está no cargo interinamente é o sub Anderson Costolli. Minas Gerais Na ausência de Carina Tavares, produtora da Globo Minas, em férias até a primeira semana de junho, pautas podem ser enviadas para a chefe de Produção Gil Carvalho (gil@tvglobo.com.br). Na CBN, a produtora Adriana Ferreira também tira alguns dias de descanso e até 21/5 está sendo substituída por Marcelo Guedes (marcelo.guedes@cbn.com.br) e Shirley Souza (shirley.souza@cbn.com.br). Outra que está de férias até o fim do mês é Nádia de Assis, repórter do Diário do Comércio. Luciane Montes (gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br) assumiu a função por esse período. Na ancoragem do Jornal Minas 1ª Edição da BandNews FM, Antonelio Souza está de folga até 27/5 e Fabiano Frade (fabianofradejornalista@gmail.com) o substitui temporariamente. Por fim, Teresa Caram, do Estado de Minas, também está em férias até o fim do mês; pautas devem ser encaminhadas para nucleo.em@uai.com.br. E Fernando Torres, da revista Viver Brasil, só retorna à Redação na primeira semana de junho.Vaivém-MG. Pedro Grossi, repórter de Economia de O Tempo, deixou o jornal para se dedicar a projetos pessoais e foi substituído por Thaís Pimentel, ex-BandNews FM. Temporariamente, ela usa o e-mail thaispmlemos@gmail.com para recebimento de pautas. Ainda não há quem a substitua na rádio. Leia mais + Vaivém das Redações! + Vaivém das Redações! + Vaivém das Redações!
Carlos Maranhão recebe título de Cidadão Paulistano
Por iniciativa do vereador Andrea Matarazzo, a Câmara Municipal de São Paulo concederá nesta 3ª.feira (20/5) o título de Cidadão Paulistano a Carlos Maranhão, profissional que há mais de 40 anos atua na editora Abril, com passagens por Placar, Playboy e Veja São Paulo. Paranaense, Maranhão vive na capital paulista há 41 anos. Cobriu cinco Olimpíadas, e participará da cobertura de sua nona Copa do Mundo no próximo mês, desta vez como colaborador de Veja. Atualmente, prepara a biografia de Roberto Civita, fundador de Veja e presidente do Conselho de Administração da Abril, falecido em 2013. O evento será a partir das 19h, no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo (viaduto Jacareí, 100).
Prêmio Internacional reconhece reportagens sobre saúde materna e infantil
Profissionais de Brasil, China, Índia e Rússia que trabalhem em jornal, revista, tevê, rádio ou online podem inscrever-se até 26/5 no concurso de reportagens sobre saúde materna e infantil promovido por Johnson & Johnson e o Centro Internacional para Jornalistas. As pautas podem incluir redução de mortalidade materna e infantil; redução de transmissão de doenças de mãe para filho; prevenção de desnutrição; melhoria na prestação de cuidados e infraestrutura para a saúde maternal e infantil; e abordagens inovadoras na distribuição de vacinas.
Cada país terá um vencedor, que receberá prêmio US$ 1.000, além de viagem com todas as despesas pagas aos Estados Unidos para participar de encontros com especialistas de saúde em Washington, Atlanta e Nova York. As matérias devem ter sido veiculadas entre 1°/12/2013 e 19/5/2014. O concurso também é aberto a jornalistas freelancers afiliados ao CIJ. Inscreva-se!