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Morre, aos 85 anos, Paulo Totti

Paulo Totti (1938-2024) — Foto: Fulio Bittencourt/Valor Econômico

Faleceu na manhã desta sexta-feira (26/4), em Salvador, Paulo Totti. Profissional que marcou época no jornalismo brasileiro, especialmente por sua atuação na cobertura econômica, comandou e integrou algumas das principais redações e editorias de Economia do País.

Gaúcho de Veranópolis, seu primeiro contato com o Jornalismo foi aos 14 anos, quando começou a trabalhar em uma redação de Passo Fundo (RS). Depois seguiu para Porto Alegre, onde ingressou na Folha da Manhã. Em 1968, fez parte do time que fundou a revista Veja e anos mais tarde chegou à Gazeta Mercantil, onde se tornou um dos principais nomes do jornal. Por lá, foi correspondente em Buenos Aires, Washington e Cidade do México e editor-executivo, até deixar a publicação em 2003 em um dos muitos cortes que antecederam o fim do tradicional jornal.

Ao longo de sua carreira, passou ainda por O Globo, Jornal do Brasil, Última Hora e Valor Econômico, onde foi repórter especial e em 2007 venceu o Prêmio Esso pela série de reportagens China, o império globalizado. Também foi assessor de imprensa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e comandou a EBC durante a gestão Dilma Roussef.

Totti faria 86 anos em 10 de maio. Seu corpo será cremado hoje às 17h em Salvador, no Jardim da Saudade.

Projeto Legado de Brumadinho lança série de vídeos sobre prevenção contra novos desastres

Rio Paraopeba, onde boa parte da lama decorrente do rompimento da barragem desceu (Crédito: Tânia Rego/Agência Brasil)

O projeto Legado de Brumadinho estreia no sábado (27/4), véspera do Dia Mundial da Segurança e da Saúde no Trabalho e do Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, a série #ElesResponderamAoChamado, que traz relatos de profissionais que atuaram no caso do rompimento da barragem de Brumadinho, em janeiro de 2019.

A série, produzida pela Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão (Avabrum), trará relatos de nove profissionais que viram de perto a tragédia, descrevendo os desafios para lidar com o drama humano da comunidade. Serão dois vídeos por semana, publicados nas redes sociais do Legado de Brumadinho e da Avabrum.

Entre os profissionais que fazem seus relatos nos vídeos estão os jornalistas Daniela Arbex e Murilo Rocha, autores de livros sobre o caso de Brumadinho. Além dos dois, estão relatos de pessoas das áreas de medicina, psicologia e direito, além de militares-bombeiros que atuaram no resgate das vítimas.

Arbex escreveu o livro Arrastados, que conta os bastidores do rompimento da barragem. Em seu relato, a jornalista diz que o dia 25 de janeiro de 2019 não termina no dia 25 de janeiro de 2019. A gente nunca sabe quando ele vai terminar. Isso vai reverberar por gerações”.

Rocha, ao lado de Lucas Ragazzi, publicou Brumadinho: a Engenharia de um Crime, sobre a falta de cuidado dos responsáveis pela barragem e a chamada  exploração predatória de minérios. No seu vídeo, o jornalista diz: “Eles sabiam da gravidade do estado da barragem, mas é aquela coisa, deixa pra lá, não vai acontecer… é aquela displicência porque o certo era ter parado as operações, o que seria um grande prejuízo (financeiro para a empresa). Então, ninguém assumiu isso e deixou correr o risco que custou 272 vidas”.

A série #ElesResponderamAoChamado faz parte da segunda fase da campanha #AmanhãPodeSerTarde, também do projeto Legado de Brumadinho. A primeira parte da campanha, lançada em 2022, entrevistou familiares e amigos de vítimas sobre a dor e o luto que enfrentam até hoje.

Prêmio BNB de Jornalismo 2024 abre inscrições

Prêmio BNB de Jornalismo 2024 abre inscrições

Estão abertas até 30 de junho as inscrições para o Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo 2024. A iniciativa reconhece trabalhos jornalísticos que retratem ações promotoras de desenvolvimento regional dentro da área de atuação do Banco do Nordeste, que inclui os estados nordestinos e parte de Minas Gerais e Espírito Santo.

A premiação é dividida em quatro categorias: Nacional, Estadual, Extrarregional e Universitária. A primeira contempla o Grande Prêmio Nacional de R$ 38 mil. Dentro dela também serão contempladas individualmente produções nos formatos de Texto (R$ 15 mil), Fotografia (R$ 14 mil), Áudio (R$ 16 mil), Audiovisual (R$ 23 mil) e Nacional de Projetos Multimídia (R$ 23 mil).

Já a Estadual premiará um trabalho com o valor de R$ 8 mil para os profissionais de Comunicação e R$ 5 mil para os estudantes universitários dos cursos de Comunicação Social ou Jornalismo. A produção universitária com maior nota ganhará o Nacional Universitário, no valor de R$ 8 mil.

A Extrarregional pagará R$ 12 mil a um trabalho profissional com publicação em um veículo de imprensa que esteja fora da área de atuação do banco. Haverá ainda uma premiação especial de R$ 8 mil para fotografia, denominada Prêmio Fotográfico Júlio Serra, fruto de uma eleição online pelo público.

Todas as produções submetidas deverão ter sido veiculadas em território nacional de 1° de março de 2023 a 30 de junho de 2024.

Mais informações e inscrições aqui.

Primeira turma do STF julgará recurso da Agência Pública sobre estrevista com ex-esposa de Arthur Lira

Tribunal do Distrito Federal mantém proibição de reportagem da Pública sobre Lira
Crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julgará a partir de sexta-feira (26/4) recurso da Agência Pública pelo direito de publicar uma entrevista com Jullyene Lins, ex-esposa de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. Na entrevista, Lins acusa Lira de ter cometido violência sexual contra ela durante o relacionamento, em 2006.

Após pedido da defesa de Lira, a reportagem foi tirada do ar, e a Justiça determinou a exclusão de outras matérias que repercutiam o tema em questão. A Pública entrou com recurso, mas, no começo do mês, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) manteve a decisão que determinava a retirada da reportagem do site da Agência, além de impedir que o veículo publique outros textos sobre o assunto. O argumento utilizado foi que Lira já havia sido absolvido do crime de lesão corporal a ele imputado.

A Pública classificou a decisão como censura e um verdadeiro “atentado contra a liberdade de imprensa”. O veículo argumentou que a reportagem é de interesse público e traz novas acusações da ex-esposa que não foram analisadas pelo STF.

Entidades como Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiaram a decisão da Justiça e manifestaram preocupação com o caso e com os desdobramentos para a liberdade de expressão no Brasil.

Conhecimento sobre inteligência artificial no jornalismo é menor entre profissionais mais velhos

Pesquisa ESPM/J&Cia

O portal dos jornalistas divulga o estudo A Inteligência Artificial para Jornalistas Brasileiros, realizado pelo grupo de pesquisa Tecnologias, Processos e Narrativas Midiáticas − ESPM, formado por professores do curso de Jornalismo da ESPM-SP, com parceria, apoio e divulgação do Jornalistas&Cia. A pesquisa foi publicada na edição especial em comemoração ao Dia do Jornalista.

Seus objetivos são identificar o nível de conhecimento da inteligência artificial generativa por jornalistas atuantes no País e conferir o grau de conhecimento e de utilização de suas ferramentas na produção e nos negócios jornalísticos, bem como as preocupações que envolvem seu uso na atividade profissional. Os nomes dos participantes são mantidos em sigilo, e os dados obtidos serão utilizados para trabalhos acadêmicos e para a produção de notícias sobre o tema no J&Cia.

A pesquisa tem duas fases. Na primeira, realizada de dezembro de 2023 a fevereiro deste ano, 423 jornalistas de todo o País responderam a um questionário online, com perguntas em escala Likert (com alternativas de discordância a concordância total com as questões). Entre os respondentes, há profissionais das cinco regiões brasileiras, de 21 das 27 unidades da Federação, de diferentes faixas etárias, áreas de atuação, funções e vínculos empregatícios.

Os resultados iniciais da pesquisa mostram que a inteligência artificial não é algo desconhecido para os jornalistas. Diante da questão “Conheço o que é inteligência artificial e como ela se relaciona com o jornalismo”, 86,5% dos respondentes concordam parcial ou totalmente com a afirmação. Os números mostram que a grande maioria acredita conhecer IA e saber como ela se relaciona com o jornalismo. Se considerarmos apenas o índice de concordância total (38,7%), os dados indicam que quase quatro em cada dez profissionais acreditam ter grande conhecimento dessa tecnologia e de suas relações com a profissão.

Do total de jornalistas participantes da pesquisa, 7,1% não concordam nem discordam com a afirmação, o que aponta neutralidade. Discordam parcialmente 4,7%, e apenas 1,7% discorda totalmente. A soma das taxas de discordância mostra que apenas uma pequena parcela dos respondentes (6,4%) desconhece a IA.

Porém, a percepção não é uniforme nas diferentes faixas etárias. O nível de conhecimento diminui conforme a idade dos jornalistas aumenta. O índice de concordância (parcial ou total) sobre o conhecimento de IA chega a 93,2% entre os jornalistas de 25 a 34 anos (percentual mais alto). Nessa faixa etária a taxa de discordância é zero, o que significa que nenhum jornalista diz desconhecer IA. Entre os profissionais de até 24 anos, a taxa de conhecimento é de 84%.

Conforme a faixa etária sobe, a partir dos 35 anos, a taxa de concordância oscila de 85,4% a 88%, até atingir seu patamar mais baixo entre os profissionais de 65 anos ou mais, com 76,4%. Nesta última faixa está também o maior índice de discordância (parcial ou total) com a afirmação, 10,9%, o que mostra que o desconhecimento sobre IA é maior entre os jornalistas mais velhos. A taxa de discordância sobe à medida que a idade avança.

discordo totalmente – 7 (1,7%)

discordo parcialmente – 20 (4,7%)

não concordo nem discordo – 30 (7,1%)

concordo parcialmente – 206 (48,7%)

concordo totalmente – 160 (37,8%)

Destaques por faixa etária

De 25 a 34 anos

discordo totalmente – 0

discordo parcialmente – 0

não concordo nem discordo – 5 (6,8%)

concordo parcialmente – 36 (48,6%)

concordo totalmente – 33 (44,6%)

65 anos ou mais

discordo totalmente – 1 (1,8%)

discordo parcialmente – 5 (9,1%)

não concordo nem discordo – 7 (12,7%)

concordo parcialmente – 28 (50,9%)

concordo totalmente – 14 (25,5%)

Segunda fase

A pesquisa A Inteligência Artificial para Jornalistas Brasileiros terá uma segunda fase, que consistirá em entrevistas abertas, qualitativas, com o propósito de aprofundar respostas relativas ao uso de ferramentas de inteligência artificial na prática jornalística. Os jornalistas serão selecionados por representatividade de perfil. Ao todo, 254 (60%) dos respondentes da primeira fase manifestaram interesse em participar das entrevistas, que serão realizadas nos próximos meses.

Responsável pelo estudo, o grupo de pesquisa Tecnologias, Processos e Narrativas Midiáticas − ESPM é formado pelos jornalistas Antonio Rocha Filho, Cicélia Pincer, Edson Capoano, Maria Elisabete Antonioli e Patrícia Rangel, professores do curso de Jornalismo da ESPM-SP. No J&Cia, a coordenação dos trabalhos referentes à pesquisa é do diretor Eduardo Ribeiro e do editor executivo Wilson Baroncellli.

Prêmio +Admirados do Agro define jornalistas e publicações finalistas

Conheça os +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2023
+Admirados da Imprensa do Agronegócio 2023

Após um primeiro turno bastante intenso, com 256 jornalistas e 315 publicações indicados por jornalistas e profissionais de comunicação, foram definidos os finalistas da quarta edição do prêmio +Admirados da Imprensa do Agronegócio.

No total, 82 jornalistas, de 34 publicações, e 84 veículos de comunicação seguem na disputa que definirá os TOP 30 +Admirados Jornalistas da Imprensa do Agronegócio e os TOP 3 +Admirados nas categorias Agência de Notícias, Canal de Vídeo, Periódico Especializado, Programa de TV Especializado, Programa de TV Geral, Site e Veículo Impresso.

Assim como nas edições anteriores, os eleitores poderão indicar neste segundo turno suas escolhas do 1º ao 5º colocado em cada categoria. Cada posição renderá uma pontuação (1º − 100 pontos; 2º − 80; 3º − 65; 4º − 55; e 5º − 50) e ao final da apuração serão homenageados os que somarem mais pontos. Para participar, basta acessar a cédula de votação e preencher um rápido cadastro. O prazo para votar termina em 9 de maio e a cerimônia de premiação está marcada para 24 de junho, no hotel Renaissance, em São Paulo.

Confira a relação dos finalistas.

Faesp confirma apoio à premiação

A Faesp – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo foi confirmada nesta semana como mais uma apoiadora institucional do prêmio +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2023.

Além dela, esta edição conta com os patrocínios de Cargill, Mosaic Fertilizantes, Syngenta e Yara, apoios de Elanco, Portal dos Jornalistas e Press Manager, colaboração de BRF e Lavoro e apoio institucional da Rede Agrojor.

Ainda há cotas disponíveis para empresas e entidades que queiram associar suas marcas à premiação. Mais informações com Vinicius Ribeiro (vinicius@jornalistasecia.com.br).

CNN faz parceria para pesquisas nas eleições

CNN faz parceria para pesquisas nas eleições

A CNN fez um acordo com AtlasIntel, empresa de pesquisa e inteligência de dados com atuação na América Latina e Estados Unidos. Já nesta semana começam a ser divulgadas pesquisas de intenção de votos para eleições municipais em grandes cidades. O acordo terá duração de três anos e também vai abranger levantamentos para 2026, ano das próximas eleições presidenciais no Brasil.

O instituto de pesquisas ganhou mais notoriedade principalmente nas últimas eleições presidenciais na Argentina, ao antecipar com precisão os resultados do pleito. A empresa tem capacidade para fornecer estudos e levantamentos de outros temas de interesse do público da CNN, como mercado financeiro, comportamento e saúde.

A ideia é oferecer diversidade de conteúdo: além das pesquisas exclusivas, será lançado um programa especializado em análises de dados e pesquisas, com apresentação do jornalista Iuri Pitta e a participação de Andrei Roman, CEO do AtlasIntel. Roman terá ainda presença fixa nas plataformas da CNN, com um quadro de análise do cenário eleitoral. Todas as pesquisas serão divulgadas com exclusividade no programa Bastidores CNN, exibido às 14h, e simultaneamente no site da emissora.

A programação já conta com o quadro semanal Índice CNN, do cientista político Antônio Lavareda, no telejornal Brasil Meio-Dia, às quartas-feiras, e numa plataforma de dados com pesquisas agregadas.

Leia também: Instituto Vladimir Herzog lança relatório sobre violência contra a imprensa na Amazônia

Sede da CNBC será em São Paulo

A CNBC, emissora de jornalismo de negócios que Douglas Tavolaro inaugura no Brasil, divulga suas instalações. A sede será em São Paulo, no edifício Berrini One, no Itaim Bibi, localização nobre para estabelecimentos comerciais. Vai funcionar num espaço exclusivo de mais de 2 mil m2, com a possibilidade de utilizar auditórios, heliponto, salas de reunião e sky lounge ou rooftop do prédio.

Lá estarão os estúdios, a redação, as áreas técnicas e operacionais, e a gestão da CNBC no Brasil, como a Presidência e o Departamento Comercial. Os estúdios contam com uma vista privilegiada da cidade de São Paulo, que servirá de cenário para os telejornais e programas da emissora.

A programação, feita por brasileiros para brasileiros, não exibirá apenas notícias de negócios ao vivo, mas também política, mundo, esportes e breaking news. E uma linha variada de programas de entretenimento, lifestyle e reality shows, com temas que influenciam o universo dos negócios. A empresa terá presença multimídia, disponível na televisão, no streaming, nas plataformas digitais, entre outros meios de distribuição.

A CNBC Brasil pertence à NBC Universal, presente em mais de 80 países, com redações em 25 capitais da Europa, Oriente Médio, África e Ásia.

Instituto Vladimir Herzog lança relatório sobre violência contra a imprensa na Amazônia

Instituto Vladmirir Herzong lança relatório sobre violência contra a imprensa na Amazônia

O Instituto Vladimir Herzog (IVH) lançou nesta terça-feira (23/4) um estudo sobre a relação de crimes contra o meio ambiente e a violência sofrida por comunicadores na Amazônia. O lançamento do Fronteiras da Informação – Relatório sobre jornalismo e violência na Amazônia foi realizado em Belém.

A pesquisa revelou que a intensificação da violência está atingindo diretamente profissionais de imprensa que atuam na região. Segundo dados da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), nos últimos dez anos ocorreram 230 casos de violência contra profissionais na região. O estado do Pará foi classificado como o mais violento, seguido por Amazonas, Mato Grosso e Rondônia.

Um dos casos mais conhecidos é o do inglês Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira, assassinados a tiros durante uma viagem à Terra Indígena Vale do Javari, em 2022.

Giuliano Galli, coordenador de Jornalismo e Liberdade de Expressão do Instituto Vladimir Herzog, revelou que o caso aumentou o número de denúncias e serviu como motivação para aumentar o monitoramento na região.

O relatório contém várias denúncias em que as agressões aos profissionais aparecem ligadas às investigações ambientais. E aponta ainda que, no ano eleitoral de 2022, os registros de violência na Amazônia mais que dobraram em relação a 2021.

Galli associou a contribuição da falta de políticas públicas de proteção e atividades ilegais como garimpo, mineração e ocupação de territórios indígenas na violência presente na região. E relembrou que as agressões afetam não somente profissionais da comunicação como também defensores de direitos humanos.

Leia também: Organizações criticam nova tentativa de Augusto Aras de condenar André Barrocal

Organizações criticam nova tentativa de Augusto Aras de condenar André Barrocal

Organizações criticam nova tentativa de Augusto Aras de condenar André Barrocal
Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil

Organizações defensoras da liberdade de imprensa consideraram uma “infundada tentativa de silenciamento” a nova tentativa de Augusto Aras, ex-procurador-geral da República, de obter a condenação do repórter André Barrocal, da revista CartaCapital.

Em 2022, Aras apresentou uma queixa-crime contra Barrocal motivada pelas críticas dele a sua atuação enquanto estava à frente da chefia do Ministério Público Federal. Contudo, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu encerrá-la após entender que as falas foram protegidas pela liberdade de imprensa.

Apesar da derrota, recentemente Aras decidiu apelar ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota conjunta, as entidades criticaram o ato e afirmaram que ele representa a vontade de promover o “silenciamento da crítica pública e de criminalização do jornalismo”.

O comunicado ressalta que autoridades públicas, independentemente de cargo e vertente política, “estão sujeitas à fiscalização e crítica não só da imprensa, como também da sociedade” e finaliza que críticas que se restringem ao exercício de um cargo “não devem ser coibidas pelo Judiciário, sob risco de caracterizarem censura”.

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