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Memórias da Redação: Wilson Palhares, o inquieto

Wilson Palhares

Por Luiz Antônio Maciel (*)

Na madrugada um pouco fria e chuvosa de São Paulo, tradicionalmente conhecida (mais antigamente do que hoje) como a cidade da garoa, 1h30min da segunda-feira, 28 de outubro. Depois de um dia difícil e extenuante, Eunice Palhares dormia na cama de acompanhante do quarto 1602 do Hospital Sancta Maggiore da Rua Maestro Cardim quando sentiu um toque no ombro. A enfermeira, que fazia o atendimento daquela ala, lhe comunicou, em voz baixa: “Ele faleceu!”. Wilson Palhares, o marido de Eunice, nascido e criado na Mooca, há 86 anos e sete meses, havia dado o último suspiro, indicavam os monitores dos aparelhos médicos que o acompanharam nos últimos dias.

Wilson Palhares, jornalista e cidadão do mundo por convicção e por seu legado profissional e pessoal, considerava-se um filho dileto da Mooca, onde viveu a infância e parte da juventude. Ali estavam suas raízes, de origem italiana e portuguesa, e o povo simples e humilde que aprendeu a entender e amar ao jogar futebol e participar de brincadeiras nas ruas de terra, pelas quais raramente passava algum veículo. Nos últimos anos, frequentemente, costumava ir até o bairro, para ver a rua onde morou, acompanhar desolado a derrubada das casas e comércios antigos para a construção de torres de concreto, tentar identificar um bar ou um pequeno armazém de secos e molhados onde fazia as compras a pedido da mãe. Eram essas voltas ao passado que o ajudavam a manter o ânimo pela vida, apesar de lamentar as mudanças na paisagem urbana de seus primeiros anos.

Cultivou alguns amigos daquela época durante muitos anos, enquanto eram vivos; outros ainda se mantiveram próximos até os últimos momentos. Lamentava não poder localizar, apesar de todos os recursos da internet e das redes sociais, um ou outro colega de bairro ou dos bancos escolares para ter o prazer de rever e reviver histórias antigas.

Orgulhava-se de ter sido office-boy (ou estafeta ou contínuo externo, na linguagem daquela época), o que lhe permitiu conhecer boa parte da cidade, principalmente o centro, que percorria a pé, de bonde ou de ônibus. Quando já se encaminhava para definir uma carreira, fazendo o cursinho pré-vestibular de Salim Abeid Neto para a Faculdade de Jornalismo Cásper Libero, passou a vender livros e Enciclopédia Barsa e, posteriormente, discos (long playings) de porta em porta, junto com o recém-amigo de cursinho Ari de Toledo Schneider. Ambos costumavam lembrar com humor o dia em que demonstravam a um freguês as qualidades dos discos, considerados inquebráveis. De tanto dobrar e torcer o exemplar de demonstração, uma hora o disco quebrou. Decepção, cliente perdido e fim de carreira para dois ex-promissores vendedores.

No cursinho preparatório para o vestibular, conheceu Eunice Terezinha Fruet, recém-chegada de Itu, que, depois, durante o curso, viria a ser sua namorada e com quem se casou anos mais tarde e teve dois filhos, Flávio e Marcos.

Wilson e Eunice passaram no vestibular que classificou, em primeiro lugar, um dos mais jovens inscritos, Gabriel Manzano Filho, que ainda hoje trabalha na redação de O Estado de S. Paulo. Aprovado no exame, Palhares ingressou na faculdade em 1963. Com o golpe civil-militar de 1964, tornou-se na faculdade uma das lideranças nas lutas de oposição à ditadura. Paralelamente ao curso, conseguiu uma vaga de repórter na Folha de S.Paulo, onde fazia cobertura de geral, em especial do movimento estudantil, em ascensão na época. Depois, especializou-se no movimento sindical, com abertura para as novas lideranças de esquerda, enquanto velhos setoristas, como Adriano Campagnole (ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo), faziam uma cobertura meio chapa-branca dos dirigentes sindicais na época, de viés conservador.

Em 1965, às vésperas do lançamento do Jornal da Tarde, que cooptou grande parte da equipe da Sucursal do Jornal do Brasil em São Paulo (Laerte Fernandes, Guilherme [Bill] Duncan de Miranda, Miguel Jorge, Carlos Brinkmann, Rolf Kuntz), o diretor da sucursal Eurilo Duarte pediu a mim, Luiz Antonio Maciel, noticiarista da Rádio JB, recém-contratado em agosto, no último ano da Cásper Libero, que indicasse alguns colegas que já evidenciassem ser bons profissionais, para preencher algumas vagas. Assim, Wilson Palhares, Ari Schneider e Josué Rodrigues Silva Machado passaram a integrar a equipe do JB, comandada, com a saída de Laerte Fernandes, por Ebrahim Ali Ramadan. Eurilo Duarte trouxe do Rio de Janeiro outros reforços de peso: Mário Escobar de Andrade (futuro editor de Quatro Rodas e diretor da Playboy), Fernando Guimarães e Alfredo Lobo.

Na sucursal do JB, Wilson Palhares passou a cobrir Política em São Paulo, sempre com uma visão crítica da ditadura militar. Por conta desse envolvimento profissional com os meios políticos paulistas oficiais e não oficiais, em 5 de setembro de 1969 foi procurado na sucursal de São Paulo por uma equipe de busca da recém-criada Operação Bandeirantes, que viria a se transformar no Doi-Codi. Como não estava na redação naquele momento, o então diretor da sucursal Walter Fontoura comprometeu-se a levá-lo posteriormente ao quartel do RecMec, sede da Operação Bandeirantes, na Rua Manuel da Nóbrega, no Ibirapuera. Foi o que se sucedeu.

Apesar da promessa do oficial do Exército de plantão ao jornalista Walter Fontoura de que Wilson Palhares seria bem tratado, as sessões de tortura começaram pouco depois, sob acusação de que o detido pertencia à Ala Vermelha, uma dissidência do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) envolvida em guerrilha urbana contra o regime. Três conhecidos de Palhares já estavam presos e submetidos a intensas torturas naquele quartel do Exército: Alípio Raimundo Viana Freire, ex-colega da Cásper Libero; Renato Tapajós, cineasta e estudante de Ciências Sociais da Universidade de São Paulo; e Laís Nascimento Furtado (cuja irmã, Aurora Nascimento Furtado, foi morta no Rio de Janeiro sob tortura, com aplicação de garrote vil, que lhe provocou fraturas no crânio), também ex-aluna da Cásper Libero, companheira de Renato e que assumiu o sobrenome Tapajós.

Depois de transferido para a sede do Doi-Codi na delegacia de polícia civil da Rua Tutóia, no Paraíso, onde permaneceu por alguns dias, Palhares foi enviado com outros presos da Ala Vermelha para o Departamento de Ordem Política e Social (Deops), onde permaneceu cerca de dois meses, na última cela (fundão) e, por pouco tempo, na cela 1, no subsolo. Com a morte de Carlos Marighella (comemorada até com tiros dentro do Deops por um delegado da equipe de Sérgio Fleury) no início de novembro e a prisão de grande número de membros da Aliança Libertadora Nacional (ALN), entre eles os frades dominicanos e alguns jornalistas, como Rose Nogueira e seu então marido Luiz Roberto Clauset, entre outros, o Deops apressou a tomada de depoimentos de presos que ocupavam as celas, para enviá-los ao Presídio Tiradentes (posteriormente demolido). Ali, um prédio destinado ao setor administrativo e ao almoxarifado do presídio foi esvaziado para receber essa leva de presos políticos, separados da ala dos presos comuns. Ali seria a “residência” de Wilson Palhares até fevereiro de 1970.

A cela ficava no último pavimento da edificação. Uma área grande, de cerca de oito metros de largura por 40 de comprimento, sem obstáculos, com dois ou três banheiros com chuveiros, pias e uma bancada onde parte dos presos preparava suas próprias refeições. Havia até um “chef”, um preso francês à espera de deportação, que comandava a cozinha. Sua especialidade era um minestrone de ótima qualidade. Era ajudado por um outro francês, Jacques, então companheiro da fotógrafa Nair Benedicto, ambos presos no processo da ALN. Camas tipo “patente” e beliches ocupavam a maior parte do espaço, para acomodar os presos políticos. Numa dessas camas, permaneceu por meses, engessado e imobilizado, Carlos Lichtsztejn, integrante de um Grupo Tático Armado (GTA) da ALN, que caíra de uma altura de vários metros ao tentar fugir de um cerco de agentes da repressão.

Só havia dois locais por onde entrava a luz natural do dia: a entrada da cela com grades e uma fileira de pequenos basculantes de vidro no alto da parede ao fundo. O acesso à cela era por uma porta com grades de ferro de cerca de um metro de largura, ao fim de uma escada de alvenaria que ligava esse pavimento ao inferior, onde havia celas individuais (chamada a ala dos “nobres”), que abrigavam na época um velho dirigente sindical do Partido Comunista Brasileiro e o ex-deputado Hélio Navarro, cassado pelo AI-5 de 30 de dezembro de 1968.

Libertado no dia 4 de fevereiro de 1970, após audiência na Segunda Auditoria de Guerra da Segunda Região Militar, na Av. Brigadeiro Luís Antonio, e posteriormente absolvido pelo chamado Conselho de Guerra (júri composto de militares e um juiz togado civil), Palhares reassumiu o cargo de repórter na sucursal de São Paulo do Jornal do Brasil. Por decisão de seu diretor Walter Fontoura, com apoio do editor-chefe do JB Alberto Dines e da direção da empresa, recebeu todos os salários do período em que esteve preso. Seu filho mais novo, Marcos, nasceu nove meses depois.

Ao deixar a sucursal do JB, Palhares foi para a Editora Abril, trabalhar como editor na seção de Internacional, onde varava as madrugadas das quintas e sextas-feiras e, às vezes sábados, acompanhando e editando matérias sobre política mundial. O desafio profissional seguinte foi trabalhar na revista Playboy, como editor especial encarregado de reportagens e das famosas entrevistas com personalidades, o ponto forte da revista. Depois de cerca de dois anos, a convite de José Roberto Nassar e Rui Falcão, editores da Exame, foi trabalhar na revista. Foi o autor da matéria de capa da edição 327, de 29 de maio de 1985, China – A longa marcha do consumo (arte de Gilberto Midaiara, com edição gráfica do saudoso Hélio de Almeida, editor de arte da revista), depois de uma viagem pioneira de dez dias à República Popular da China, visitando Beijing, Xangai e Nanquim. Retratou as transformações pelas quais o Império do Meio estava passando sob o comando de Deng Xiao-ping. Começavam a ser permitidas atividades capitalistas sob controle do Estado, e até o consumo de Coca-Cola, antigo símbolo do imperialismo norte-americano, que passou a ser tão comum nas cidades como o consumo de chá verde. Era o começo da nova China que hoje rivaliza com os Estados Unidos como uma das maiores economias do mundo.

Capa de Exame com a reportagem de Palhares

A reportagem se encerra com uma conclusão profética: “(…) na extremidade de um canudo numa garrafa de Coca-Cola continuará existindo um chinês dirigido pelo Partido Comunista. Em outras palavras, o atual momento vivido pela China não é apenas uma pausa que refresca” (antigo slogan da marca).

Cansado das madrugadas de fechamentos da mídia comercial, Palhares decidiu enveredar por uma seara própria, como empreendedor. Criou há mais de 30 anos a empresa Bloco de Comunicação, para dar assessoria e fazer projetos de mídia para empresas. Lançou e foi editor do Jornal Nova Embalagem, patrocinado pela Associação Técnica das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro). Foi quando começou a se interessar e se aprofundar no estudo do mercado mundial de embalagens. Em 1999, criou a revista EmbalagemMarca, especializada nesse mercado. Ainda hoje é o veículo mais completo do setor no Brasil. Lançou o cobiçado Prêmio EmbalagemMarca, para distinguir as soluções mais importantes do mercado nesse setor.

Espírito inquieto e sempre ávido de conhecimentos, era dono de ampla cultura e leitor repetitivo de D. Quixote. Aventurou-se na poesia nos tempos idos da Faculdade Cásper Libero, onde presidiu a Academia dos 13, de cunho literário e artístico. Entretanto, ao iniciar o trabalho profissional como jornalista, trocou a poesia pela dureza da realidade, mas sempre com um toque poético e muitas vezes sutilmente irônico e sarcástico. Sua língua ferina era conhecida nas rodas de conversas com amigos, o que lhe valeu, já nos tempos de faculdade, o apelido de Nicodemo, criado por Josué Machado. Seu sarcasmo não o abandonou mesmo na véspera da morte. Seu filho Marcos relata que dois dias antes, quando ainda estava razoavelmente lúcido, perguntou: “Pai, como você está?” E Palhares, com alguma dificuldade de movimentos, apontou o polegar para baixo e emitiu a sentença definitiva: “Estou fodido!”

PS: Wilson Palhares faleceu em decorrência de complicações de um câncer de bexiga descoberto no início do ano e atribuído pelos médicos, provavelmente, ao fato de ele ter fumado durante muitos anos.


Luiz Antônio Maciel

(*) Luiz Antônio Maciel, 81 anos, jornalista profissional formado pela Faculdade de Jornalismo Cásper Líbero, em 1965. Começou a carreira como noticiarista da Rádio Jornal do Brasil, em São Paulo, em 1965. Depois, já na redação da sucursal de São Paulo do Jornal do Brasil, foi repórter, pauteiro, chefe de reportagem e secretário de Redação. Em 1974, começou como redator de Internacional do Jornal da Tarde, e subeditor, passando depois para a Editoria de Economia, onde foi subeditor e editor. Em 1896, transferiu-se para a revista Playboy, como editor especial encarregado de reportagens e das entrevistas mensais. A partir de 1989 trabalhou como editor e redator da revista Guia Rural, da Editora Abril, depois exerceu as mesmas funções na revista Globo Rural, da Editora Globo, foi editor especial da Revista Imprensa e por duas vezes trabalhou na Gazeta Mercantil, como redator de revistas e depois como subeditor de Informática. Participou da experiência pioneira de criação de um dos primeiros sites jornalísticos sem vínculo com a mídia tradicional, o Panorama Brasil, que posteriormente se fundiu com o Diário do Comércio e Indústria (DCI). Encerrou a carreira no Diário do Comércio, da Associação Comercial de São Paulo, onde trabalhou por dez anos, como editor de Economia e pauteiro da Editoria de Política.

InfoMoney amplia equipe e anuncia promoções

InfoMoney amplia equipe e anuncia promoções
Crédito: Reprodução/Logotipo Infomoney

O InfoMoney, ecossistema de informações sobre economia, investimentos e negócios, anunciou a chegada de profissionais em posições de liderança, para ampliar a relevância do portal e das suas redes sociais.

Carolina Freitas chega ao portal como coordenadora Editorial. Ela teve passagens por Valor Econômico, Veja, Agência Estado e SBT. Ainda na redação, a empresa promoveu Gabriel Garcia a coordenador de Hard News, depois de passagens por UOL, Editora Abril e Folha de S.Paulo. Ambos respondem à diretora de Redação Mariana Segala.

Já para a equipe Multiplataforma, liderada por Thales Calipo, contratou nesta semana Flávio Moreira, que era editor-chefe de Novos Projetos do UOL, com passagens por FIFA e Torcedores.com. No InfoMoney, Flávio será responsável pela frente de Parcerias e Estratégia.

Na mesma Multiplataforma, Bruna Baddini chegou para coordenar a equipe de Redes Sociais e Audiovisual do InfoMoney, função que exerceu anteriormente na CNN Brasil.

Por fim, Yael Peretz, responsável pela frente de Audiência do portal há seis anos, passou a liderar toda a equipe de Growth do InfoMoney, reportando-se diretamente ao CEO Matheus Lombardi.

O InfoMoney, que acumula uma audiência de 80 milhões de usuários únicos até outubro de 2024, vem apostando em novos conteúdos além da cobertura tradicional de Economia e Finanças. Recentemente, passou a cobrir temas como Lifestyle, Inovação, Energia, Negócios do Esportes e Imóveis, e nesta semana estreou sua cobertura sobre Saúde e Bem-Estar, aos cuidados do coordenador de projetos editoriais Rodrigo Petry.

Editora Três retoma atividades após greve

Jornalistas da Editora Três, responsável pela publicação das revistas Dinheiro Rural, IstoÉ, IstoÉ Dinheiro e Motor Show, retornaram nesta quarta-feira (30/10) ao trabalho após quase uma semana em greve por atrasos nos salários.

O retorno às atividades ocorreu após a quitação da quinzena que deveria ter sido depositada em 5 de outubro, porém o pagamento referente ao dia 20 segue aberto. Em grave crise econômica, e passando por mais um processo de recuperação judicial, esta foi a terceira paralisação na editora nos últimos dois meses.

Nesta quinta-feira (31/10), a partir das 10h, uma nova reunião será realizada com as presenças de representantes da Editora Três, do Sindicato dos Jornalistas de SP e de profissionais da redação. Nela, será exigido um cronograma para o pagamento das dívidas que inclui, além do salário de 20 de outubro, a quitação do parcelamento de salários não pagos no primeiro semestre deste ano e do FGTS, atrasado desde 2023.

Em julho passado, numa negociação com os profissionais da casa, a editora combinou pagar os salários atrasados naquela ocasião em cinco prestações, mas quitou apenas duas parcelas. Dependendo do resultado desta nova reunião, poderá haver outra paralisação.

“Os profissionais da editora já não sabem se a empresa está caminhando para a falência ou não”, alertou Thiago Tanji, presidente do Sindicato. “Eles precisam ser tratados com mais seriedade e dignidade”.

Procurado para comentar, Caco Alzugaray, presidente da editora, ainda não se pronunciou sobre a situação.

Brasileiro vence prêmio internacional de fotografia por foto das enchentes no RS

Brasileiro vence prêmio internacional de fotografia por foto das enchentes no RS
Crédito: Gerson Turelly

O fotógrafo brasileiro Gerson Turelly venceu em duas categorias do prêmio Standard Chartered Weather Photographer of the Year após registrar a enchente no Rio Grande do Sul. A premiação da Royal Meteorological Society reconhece fotografias climáticas e meteorológicas com o objetivo de promover a conscientização sobre problemas ambientais.

A foto Rowing, de Turelly, venceu na categoria Climate Award e foi escolhida como a Public Favourite após alcançar quase 30% em uma votação no site do prêmio. O fotógrafo será premiado com um total de £ 1.000 (cerca de R$ 7.490) pelo trabalho.

Em entrevista à CNN Brasil, ele revelou que havia tirado poucas fotos pelo, abalo com a tragédia, e se surpreendeu com a vitória, mas reconhece seu significado: “Muito importante para nós, brasileiros e gaúchos, que vivenciamos um momento muito crítico das enchentes, que reflete os problemas climáticos que o mundo está vivendo”.

A relação completa de vencedores pode ser conferida aqui.

Ana Paula Padrão e Band não renovarão contrato

Ana Paula Padrão e Band não renovarão contrato
Crédito: Reprodução/Masterchef Brasil

Em comunicado divulgado na noite da última terça-feira (29/10), a Band anunciou o encerramento do contrato, em comum acordo, com a apresentadora Ana Paula Padrão. Ela comandava há dez anos o MasterChef Brasil, e sua despedida oficial acontecerá após o MasterChef Confeitaria, edição inédita que será exibida de 19 de novembro a 19 de dezembro.

“Vivi os melhores 10 anos da minha vida no MasterChef e tive o privilégio de ver um produto de entretenimento mudar a forma como o brasileiro se relaciona com a comida e fazer parte desse processo”, destacou a profissional, que vai se dedicar a um projeto de educação no setor privado.

Ela anunciou em maio que assumiria o cargo de diretora na escola de negócios Conquer, mas agora divulgou que será sócia da Conquer Unna, unidade voltada ao desenvolvimento da carreira de mulheres.

Antes da Band, Ana Paula passou por Record TV, SBT e TV Globo, onde atuou como âncora e editora executiva do Jornal da Globo.

Morre Wílson Palhares, aos 86 anos

Morre Wílson Palhares, aos 86 anos
Crédito: Reprodção/Prêmio ABRE

Morreu em 28/10 Wílson Palhares, aos 86 anos, vítima de câncer na bexiga, agravado por uma pneumonia. Com mais de sessenta anos de experiência, integrou a turma de 1965 do curso de jornalismo da Cásper Líbero, em São Paulo. Deixa a companheira de mais de cinquenta anos, a também jornalista Eunice, os filhos Flávio e Marcos e netos.

Foi militante contra a ditadura militar. Atuou também como militante sindical, integrando o grupo Movimento de Fortalecimento do Sindicato (MFS), que em 1975 venceu a eleição para a presidência do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Como jornalista, atuou como editor em Exame, Veja e Playboy, e como repórter especial na sucursal paulista do Jornal do Brasil. Trabalhou também na Folha de S.Paulo.

Há trinta anos atuava como jornalista especializado na área de marketing e se aprofundou no estudo do mercado mundial de embalagens. Fundou em 1986 a editora Bloco de Comunicação, que publica a revista EmbalagemMarca. Lançada em junho de 1999, a revista consolidou-se como referência do setor de embalagens.

Reportagem do Amazônia Vox inspira projeto de Lei no Pará

Com a colaboração de Dedé Mesquita

A reportagem Desafios e soluções para melhorar a cobertura pré-natal em comunidades ribeirinhas na Amazônia, publicada pelo Amazônia Vox e vencedora da categoria Jornalismo Digital do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde 2024, inspirou a criação de um projeto de lei na Assembleia Legislativa do Estado do Pará.

A proposta, do deputado Carlos Bordallo (PT), estabelece a prioridade no atendimento pré-natal de mulheres ribeirinhas no Sistema de Saúde do Estado. O projeto será avaliado pelas Comissões Permanentes da Alepa e, em seguida, deve ir para votação no Plenário.

Assinada pelo diretor do Amazônia Vox, Daniel Nardin, a reportagem tem imagens em fotos e vídeos de Marcelo Lelis. Teve imagens de apoio de Márcio Nagano, edição final Ney Trindade e trilha sonora do maestro Robenare Santos. A direção de arte e diagramação de Rapha Regis e desenvolvimento web de Samuel Burlamaqui. O conteúdo possui ainda ilustração de Thai Rodrigues e mentoria e edição de Paula Perim. A revisão textual foi feita pela professora Marcela Castro e pelos alunos da Escola Estadual Antônio Lemos, de Santa Izabel do Pará.

O trabalho é resultado de bolsa do programa Early Childhood Reporting Fellowship, do The Dart Center for Journalism and Trauma, da Universidade de Columbia. O conteúdo inclui seis capítulos em texto e fotos, ilustração e um minidocumentário que está disponível no YouTube e foi exibido em março de 2024 pelo Canal Futura, em rede nacional.

Programa oferece bolsas para intercâmbio de jornalistas na Alemanha

Programa oferece bolsas para intercâmbio de jornalistas na Alemanha
Crédito: Maheshkumar Painam/Unsplash

Estão abertas as inscrições para o Programa de Jornalistas Internacionais (IJP, na sigla em alemão), que oferecerá bolsas para jornalistas atuarem por dois meses na redação de algum veículo midiático da Alemanha. As bolsas de estudos serão para maio e junho de 2025 e têm como objetivo fomentar as relações entre jornalistas da Alemanha e da América Latina. As inscrições vão até 17 de novembro.

O programa inclui um seminário introdutório de vários dias, de 26 a 30 de abril de 2025. Em maio e junho, os bolsistas latino-americanos permanecerão em Berlim. Depois, outro seminário será realizado em 28 e 29 de junho. A participação em ambos os seminários é obrigatória. Além disso, está prevista para o final de maio uma viagem de uma semana a duas ou três cidades da Alemanha, exclusivamente para bolsistas latinos.

Ao fim do programa, os jornalistas participantes passarão a fazer parte da rede de ex-alunos do IJP, que permanece ativa e estende a relação para além da duração da bolsa. Podem se inscrever jornalistas entre 25 e 38 anos, que estejam atuando como estagiários, redatores ou freelancer em mídia impressa, rádio, televisão ou online. Um requisito importante é bom conhecimento da língua alemã, mas bom domínio do inglês também pode ser aceito sob certas condições.

Para jornalistas da América Latina, a bolsa de estudos consiste em uma quantia de 4.000 euros. Do total, 3.500 euros serão pagos no início da bolsa de estudos, e os 500 euros restantes após a apresentação de um relatório da bolsa. Com este dinheiro, os bolsistas devem cobrir todas as despesas básicas da viagem, incluindo passagem aérea, transporte, hospedagem e alimentação. O IJP não será responsável por nenhum custo extra.

Inscrições devem ser feitas até 17 de novembro. É preciso enviar a inscrição via e-mail em formato PDF para a representação alemã de sua região. A inscrição deve conter uma carta de preferência em alemão (ou em inglês como segunda preferência), explicando motivos para participar do programa, interesse na Alemanha e meio de comunicação preferido para a estadia; currículo profissional; links para três trabalhos profissionais realizados; três tópicos a serem investigados no programa; e uma carta de recomendação do editor ou chefe do veículo onde o candidato trabalha.

Confira a lista de e-mails de acordo com a região:

  • Consulado Geral da Alemanha São Paulo – Estados: São Paulo, Parána e Mato Grosso do Sul. E-mail: [email protected]
  • Consulado Geral da Alemanha Rio de Janeiro – Estados: Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. E-mail: [email protected]
  • Consulado Geral da Alemanha Recife – Estados; Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. E-mail: [email protected]
  • Consulado Geral da Alemanha Porto Alegre – Estados: Rio Grande do Sul e Santa Catarina. E-mail: [email protected]
  • Embaixada em Brasília – Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins; além do Distrito Federal. E-mail: [email protected]

 

Leia também: CNBC Brasil anuncia time de analistas e comentaristas

 

Preciosidades do acervo Assis Ângelo: Licenciosidade na cultura popular (LXXXIII)

Por Assis Ângelo

Brasil teve e tem poetas e poetisas de grande talento.

O Brasil já deu um poeta com as características de Pietro Aretino (1492-1556): Gregório de Matos e Guerra (1636-1696), o “Boca do Inferno”.

Gregório de Matos e Guerra

É muito improvável que esse Guerra nunca tenha tido conhecimento da existência do italiano Aretino. Falavam o que falavam com palavrão e tudo o mais. Eram destabocados.

Aretino tinha intimidade com religiosos da Igreja Católica e o baiano Guerra também, que chegou a ser até padre na terra onde nasceu, embora não acreditasse em Deus.

Ele escrevia coisas assim:

O Muleiro, e o Criado

tiveram grande porfia

sobre qual deles teria

mor membro, e mais estirado:

pôs-se o negócio em julgado,

e botando ao soalheiro

um, e outro membro inteiro,

às polegadas medido,

se viu, que era mais comprido

O caralho do Muleiro.

 

Disto Criado apelou,

e foi a razão, que deu,

que o membro então mais cresceu,

porque então mais arreitou:

logo alegou, e provou

não ser bastante razão

a polegada da mão

para vencer-lhe o partido.

que suposto que é comprido,

É feito de papelão.

 

Item sendo necessário,

disse mais, que provaria,

que se era papel, se havia

abaixar como ordinário:

que o membro era mui falsário

feito de um pobre quaderno,

tão fora do uso moderno,

que se uma Moça arreitada

lhe dá no verão entrada,

É para foder no inverno.

 

E que depois de se erguer,

é tão tardo, e tão ronceiro,

que há de mister o Muleiro

seis meses para o meter:

porque depois de já ter

aceso como um tição,

engana a putinha então,

pois pedindo a fornicasse,

lhe dizia, que esperasse

Para foder no verão

 

Gregório de Matos e Guerra estudou em Coimbra, de onde saiu com diploma de advogado.

Em Recife, esquecido, e agora e naquela hora da sua morte fechou os olhos acreditando em Deus. Amém.

Caio Valério Catulo

Mas é bom dizer que antes de Aretino, bem antes de Aretino, houve outro poeta veneziano de pena ferina e completamente desbocado. Seu nome: Caio Valério Catulo (84 a.C − 54 a.C).

Caio escrevia coisas assim:

Meu pau no cu, na boca, eu vou meter-vos,

Aurélio bicha e Fúrio chupador,

que por meus versos breves, delicados,

me julgastes não ter nenhum pudor.

A um poeta pio convém ser casto

ele mesmo, aos seus versos não há lei.

Estes só têm sabor e graça quando

são delicados, sem nenhum pudor,

e quando incitam o que excite não

digo os meninos, mas esses peludos

que jogo de cintura já não tem

E vós, que muitos beijos (aos milhares!)

já lestes, me julgais não ser viril?

Meu pau no cu, na boca, eu vou meter-vos.

 

Entre nós, brasileiros, o poeta é praticamente desconhecido. Aqui e acolá, porém, um intelectual se diverte com suas coisas.

Em 1996, a Edusp lançou à praça O Livro de Catulo. Nesse livro, do professor doutor João Ângelo Oliva Neto, lê-se com destaque:

 

Um poeta, quanto mais sofisticado e diverso for, mais sujeito a controvérsia: ou não se atinge a complexidade própria de sua sofisticação ou rejeitam-se, por escrúpulos de toda ordem, temas integrantes de sua diversidade. Catulo foi um desses. A julgar pela opinião de T. S. Eliot (1888-1965), era um rufião, e pela de Baudelaire, ele e seu bando eram poetas grosseiros e puramente epidérmicos, sem misticismo algum. Cícero, contemporâneo do grupo de Catulo, mais de uma vez referiu-se a eles com desdém: chamava-os pelo termo grego neóteroi, “juvenis”, com que implicava aversão não só à novidade dos poemas, mas também compreensível num louvador dos costumes dos ancestrais à juventude, supostamente temerária, daqueles poetas. Mais tarde, tachou-os de poetae noui, “poetas modernos”, e, acusando-os por não apreciar Enio, antigo poeta latino, diz serem cantores Euphorionis, expressão cujo sentido deletério é “repetidores de Euforião”, poeta grego do período helenístico.

 

Catulo, embora italiano de origem, gostava, como todos os intelectuais do seu tempo, de escrever em latim. Seus poemas são quase todos nessa língua, hoje morta.

 

Reproduções por Flor Maria e Anna da Hora

Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333


100 anos de rádio no Brasil: Voz de IA já convence nas interações com o público

(Crédito: Aviiperu.com)

Por Álvaro Bufarah

Embora a inteligência artificial (IA) generativa tenha ganhado visibilidade nos últimos tempos, o uso cotidiano de chatbots ainda não é tão amplo. De acordo com o Pew Research Center, apenas um quarto dos americanos experimentou o ChatGPT da OpenAI. Diante dessa resistência, grandes empresas de tecnologia como Meta, OpenAI, ElevenLabs, Microsoft e Amazon estão investindo em uma inovação de peso: sistemas de IA com vozes personalizadas que simulam interações altamente convincentes, capazes de convencer os usuários de que estão falando com humanos reais.

A Meta, por exemplo, anunciou recentemente que licenciou vozes de celebridades como Awkwafina, Judi Dench, John Cena, Keegan-Michael Key e Kristen Bell para integrar seu Meta AI. Dessa forma, com a personalidade dessas vozes, o chatbot pode responder a perguntas, fazer piadas e interagir em conversas. Segundo Mark Zuckerberg, CEO da empresa, “a voz será uma forma muito mais natural de interagir com IA do que o texto”. Ao imitar a inflexão, ritmo e características próprias de cada celebridade, a Meta aposta em criar uma experiência em que o usuário não apenas interaja, mas sinta que está falando com uma pessoa de verdade.

Essa tendência também é adotada pela ElevenLabs, que incluiu em sua plataforma de áudio a voz de Deepak Chopra, autor renomado, e de ícones do cinema como Judy Garland e James Dean. Além de reproduzir vozes icônicas, o sistema permite aos usuários criarem clones de sua própria voz com uma amostra mínima. No aplicativo Reader, essas vozes podem ler livros, artigos ou PDFs em uma simulação que chega a enganar o ouvinte sobre a autenticidade da voz. São centenas de opções em mais de 30 idiomas, com variações tonais que reforçam a percepção de uma interação genuína.

A OpenAI também atualizou seu ChatGPT com vozes aperfeiçoadas, inclusive após uma pausa nas funcionalidades de áudio devido a uma disputa envolvendo a atriz Scarlett Johansson, que alegou uso de características vocais similares às suas. Agora, com um total de nove vozes com sotaques diversos e modulações naturais, o Modo de Voz Avançado permite conversas realistas e está disponível para assinantes do ChatGPT Plus e Team. Esses aprimoramentos criam um nível de interação em que o usuário pode se sentir em uma conversa autêntica, como se o chatbot fosse capaz de raciocinar como uma pessoa.

A Microsoft, por sua vez, incluiu novos recursos vocais em seu Copilot. Além de responder por voz, a funcionalidade “Think Deeper” promove uma análise mais detalhada e permite que o usuário interrompa ou ajuste o rumo da conversa. Ao criar uma experiência mais interativa e menos linear, a IA da Microsoft estabelece um diálogo que parece ter nuances humanas, dificultando a percepção de que se trata de um sistema automatizado.

Na Amazon, a Alexa está em processo de atualização para oferecer respostas mais naturais e expressivas. A nova versão da assistente de voz promete uma conversação que imita cada vez mais o tom humano, explorando modulações vocais e padrões de fala característicos das interações diárias. Essa tecnologia busca não apenas responder, mas adaptar o tom e o contexto para criar uma comunicação mais verossímil.

Essas inovações em IA de voz representam um passo significativo na criação de sistemas que imitam a fala humana de forma tão realista que, para muitos usuários, torna-se difícil distinguir entre uma interação com um chatbot e uma conversa com outra pessoa. O avanço desses assistentes coloca o setor de comunicação em um novo paradigma, onde a IA não apenas responde, mas participa ativamente das conversas, explorando o potencial de influência e convencimento através de uma presença vocal que cativa. Essas melhorias podem acelerar a aceitação dessas tecnologias, abrindo portas para interações mais fluidas, com impacto direto na rotina de trabalho e lazer dos usuários, que já estão sendo preparados para um mundo em que a linha entre humano e máquina está mais tênue do que nunca.

(Crédito: Aviiperu.com)

Para finalizar, vale explorar algumas considerações sobre os possíveis impactos e desafios que essas inovações em IA de voz trarão para o futuro da comunicação e da interação humana:

  1. Implicações éticas e legais: Com a crescente capacidade dos sistemas de IA em imitar a voz humana, surgem preocupações éticas, especialmente no que se refere à privacidade e ao uso não autorizado de vozes de figuras públicas. O caso envolvendo Scarlett Johansson, que mencionou a replicação indevida de seu tom, é um exemplo relevante de como essas questões podem levantar debates legais sobre consentimento e uso de dados biométricos, incluindo voz.
  2. Possibilidade de manipulação e fake news: Outra questão relevante é o potencial uso de IA de voz para criar deepfakes auditivos, em que vozes idênticas às de figuras públicas poderiam ser usadas para fazer afirmações falsas. Isso adiciona uma camada de complexidade no combate à desinformação e na necessidade de filtros e verificações de autenticidade. Empresas e desenvolvedores estão trabalhando em sistemas que possam identificar e combater esses usos indevidos, mas o avanço tecnológico pode tornar essa tarefa cada vez mais desafiadora.
  3. Humanização das interfaces e efeitos psicológicos: Estudos mostram que vozes e personalidades associadas aos chatbots podem criar um vínculo emocional com o usuário, tornando as interações mais envolventes. Contudo, essa humanização também levanta questionamentos sobre o impacto psicológico de interações com uma máquina que simula empatia e resposta emocional. Profissionais de comunicação e especialistas em IA precisam avaliar o impacto dessas interações para que os sistemas sejam utilizados de forma ética e saudável para o público.
  4. Aplicações no mercado e na experiência do usuário: Em termos comerciais, os assistentes de voz avançados já começam a transformar o atendimento ao cliente, o suporte técnico e até mesmo áreas como saúde mental, onde chatbots simulam conversas terapêuticas. Empresas de todos os setores devem observar as possibilidades que esses sistemas oferecem para melhorar a experiência do cliente, mas também devem considerar os limites e as necessidades de supervisão humana para que o atendimento mantenha a qualidade e a segurança.
  5. Educação e capacitação profissional: O aumento do uso de IA de voz e a sua sofisticação trazem uma necessidade de capacitação para profissionais de comunicação e tecnologia, que precisam entender não só o funcionamento técnico desses sistemas, mas também suas implicações sociais. Profissionais da área devem estar preparados para lidar com o surgimento dessas novas tecnologias, compreendendo os riscos e as oportunidades que apresentam para o mercado e para a sociedade em geral.

Ou seja, temos muitas tecnologias inovadoras, mas também ainda um longo caminho até que tudo seja realmente seguro e ético.


Álvaro Bufarah

Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.

(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.

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