Nilson Lage morreu na noite de segunda-feira (23/8), em Florianópolis. Tinha 84 anos e lutava há dois anos contra um câncer no pulmão. Por vontade dele próprio, não houve velório e o corpo foi cremado no dia seguinte (24/8), no crematório Catarinense, na cidade de Palhoça. Deixa filhas, entre elas a também jornalista Janaína Lage.

Nascido no Rio de Janeiro, começou em 1955 como redator do Dário Carioca e passou depois a editor de textos do Jornal do Brasil. Foi também redator-chefe, editor de Política e de Geral do Última Hora, redator-chefe da revista Manchete, editor em O Globo e gerente da TVE do Rio (hoje TV Brasil).

Graduado em Letras, mestre em Comunicação, doutor em Linguística e Filologia, começou a carreira de professor em 1971, na Universidade Federal Fluminense. Lecionou ainda em Universidade Gama Filho, Universidade Estácio de Sá, Faculdades Hélio Alonso, Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade Federal do Rio de Janeiro. Aposentou-se em 2006, como professor titular do Departamento de Jornalismo da UFSC, após 50 anos de atividade.

Formou gerações de jornalistas e produziu extensa bibliografia, que inclui 11 livros, 31 capítulos de livros, e diversos artigos. Suas obras são referência acadêmica das técnicas e da teoria do jornalismo.

A Fenaj, os Sindicatos dos Jornalistas de Santa Catarina e do Município do Rio de Janeiro distribuíram nota lamentando a perda. Lage participou de diversos eventos sindicais e, em 2010, durante o Congresso Nacional dos Jornalistas, em Porto Alegre, foi homenageado com a Comenda da Fenaj em reconhecimento por sua contribuição.

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