Em audiência pública promovida pelo Conselho de Comunicação Social (CCS) do Congresso Nacional, pesquisadores e representantes de entidades defensoras da liberdade de imprensa denunciaram o aumento de casos de violência contra profissionais de comunicação no Brasil.

Presidida pela conselheira Patrícia Blanco, representante da sociedade civil, a reunião teve participação de Maria José Braga, representante dos jornalistas no CCS; Samira de Castro, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj); Rogério Christofoletti, professor da Universidade Federal de Santa Catarina; Ricardo Ortiz, dirigente da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Radiodifusão e Televisão (Fitert); e Taís Gasparian, fundadora e diretora do Instituto TornaVoz.

Os presentes apresentaram dados que comprovam a onda crescente de atos violentos contra jornalistas, e pediram a aprovação de um protocolo de segurança para a categoria e que tais crimes sejam federalizados.

Samira de Castro destacou que, apenas em 2022, foram 376 ataques contra profissionais de comunicação: “Para alguns pode parecer que a descredibilização se confunda com crítica ao jornalismo. Mas não é, é mais grave. Porque nega todos os fundamentos da atividade jornalística”. Além do descrédito ao trabalho, houve ameaças, censuras e agressões físicas, muitas delas ocorridas durante coberturas de manifestações de rua.

Taís Gasparian falou sobre o grande número de processos judiciais contra jornalistas, que seriam de certa forma utilizados como forma de constranger a categoria: “O objetivo daqueles que entram com esses processos não é ganhar o processo e ser indenizado pela sua honra, ter algum tipo de reparação. Mas desviar a atenção e a energia do profissional como uma estratégia para abafar as críticas que são legítimas”.

Assista à audiência na íntegra aqui.

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