A jornalista Mina Khairi, 27, apresentadora do canal Ariana News, foi assassinada em um ataque a bomba em Cabul, capital do Afeganistão. O atentado ocorreu em 3 de junho, quando Mina, sua mãe e sua irmã, também mortas no ataque, retornavam em uma van após fazerem compras em um mercado. Além delas, outros seis passageiros estavam no veículo e ficaram seriamente feridos, sendo que um deles também morreu no ataque.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas apesar de ter negado publicamente o envolvimento, o Talibã havia emitido em 5 de maio um alerta aos jornalistas afegãos contra “a apresentação de notícias unilaterais a favor da inteligência do Afeganistão”.
A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e sua afiliada afegã, a Associação de Jornalistas Independentes do Afeganistão (AIJA), alertaram para o aumento do número de mulheres jornalistas mortas e apelaram por uma ação do governo afegão.
Mina Khairi é a quarta trabalhadora de mídia a ser morta em 2021 no País. Em 2 de março, três trabalhadoras da divisão de dublagem da Enikass TV, Mursal Wahidi, Sadia Sadat e Shahnaz Roafi, foram assassinadas a tiros em um ataque.

“A FIJ expressa sua séria preocupação com a recente onda de assassinatos de jornalistas mulheres em ataques direcionados no Afeganistão”, comentou o secretário geral da entidade Anthony Bellanger. “Este último ataque destaca a necessidade crítica de segurança extra para jornalistas e de uma estratégia clara para combater os ataques direcionados contra jornalistas mulheres”.
Ainda de acordo com um relatório o recém-divulgado pela IFJ no Sul da Ásia, foram registrados dez assassinatos de jornalistas no Afeganistão no período de 1º de maio de 2020 e 30 de abril de 2021, além de uma série de ameaças e intimidações.
E mais: