Da esquerda para a direita: Eduardo Ribeiro, diretor da Jornalistas Editora, João Anacleto e Fernando Soares, editor do J&Cia Auto
Andrea Ramos, Boris Feldman e Karina Simões, e as publicações Quatro Rodas, Autoesporte, Jornal do Carro, FullCast, AutoPapo e Acelerados também foram premiados pelo concurso
Foram homenageados na noite dessa segunda-feira (25/4), em São Paulo, os +Admirados da Imprensa Automotiva 2022. O concurso, que chegou neste ano à quarta edição, elegeu João Anacleto, de A Roda, como o +Admirado Jornalista do Ano.
Da esquerda para a direita: Eduardo Ribeiro, diretor da Jornalistas Editora, João Anacleto e Fernando Soares, editor do J&Cia Auto (Foto: Doug Zuntta)
Dois representantes de Pernambuco completaram o pódio, que teve na segunda posição Jorge Moraes, apresentador dos programas AutoMotor e CBN Auto, e colunista do UOL Carros, e Silvio Menezes, do programa Carro Arretado, em terceiro lugar. Boris Feldman, do AutoPapo, e Bob Sharp, do Autoentusiastas, ocuparam, respectivamente, a quarta e a quinta posições.
Nas categorias temáticas, João Anacleto levou mais um troféu, desta vez como +Admirado Influenciador Digital. Além dele, foram premiados os jornalistas Karina Simões (KS1951), em Jornalista Especializado em Duas Rodas; Andrea Ramos (Estradão), em Jornalista Especializado em Veículos Pesados; e Boris Feldman (AutoPapo), como Colunista.
Já entre as publicações, os prêmios foram para Fullcast (Fullpower), na categoria Áudio – Podcast; AutoPapo, Áudio – Rádio; Jornal do Carro, em Jornal/Caderno Automotivo; Quatro Rodas, em Revista e Vídeo/Redes Sociais); Autoesporte, em Site; e Acelerados, em Vídeo/Programa de TV.
Além dos resultados anunciados durante a cerimônia (confira a transmissão na íntegra no YouTube), uma edição especial, que circulará nesta sexta-feira (29/4), trará detalhes da festa e da emoção dos premiados.
+Admirados da Imprensa Automotiva 2022 (Fotos: Doug Zuntta)
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A eleição dos +Admirados da Imprensa Automotiva conta com os apoios de Abraciclo, Audi, Bosch, General Motors, Honda, Scania, Volkswagen e Volkswagen Caminhões e Ônibus.
Confira a relação completa dos homenageados na quarta edição dos +Admirados da Imprensa Automotiva 2022:
Autor de livro-reportagem de maior sucesso no Brasil, Laurentino Gomes fica na segunda colocação
Patrícia Campos Mello
Pela segunda edição consecutiva, o Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira, iniciativa promovida desde 2011 por Jornalistas&Cia, com o apoio deste Portal dos Jornalistas, apontou a repórter especial e colunista da Folha de S.Paulo Patrícia Campos Mello como a jornalista mais premiada do ano no Brasil. Foi a primeira vez, não apenas de forma consecutiva, que um profissional repetiu a liderança da pesquisa.
No total, ela conquistou 150 pontos, cinco a mais do que em 2019, a partir de três prêmios de jornalismo. Dentre eles, destaque para o Maria Moors Cabot, mais antiga premiação de jornalismo do mundo, concedido pela Universidade Columbia, de Nova York. Ela também faturou neste ano o Mulher Imprensa de Contribuição ao Jornalismo e o Prêmio Folha, na categoria Reportagem, pelo especial Desigualdade Global.
Estes reconhecimentos são fruto do excelente trabalho investigativo que Patrícia vem realizando nos últimos anos. Em 2018, após publicar a reportagem Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp, que denunciava investimentos não declarados de R$ 12 milhões por apoiadores do então candidato Jair Bolsonaro, ação vedada pela Justiça Eleitoral, ela passou a receber inúmeros ataques e ameaças nas redes sociais. Ainda como desdobramento desse trabalho, em fevereiro deste ano ela foi alvo de insultos de cunho sexual durante a CPMI das Fake News por parte de membros do governo.
Laurentino Gomes
Na segunda colocação, com 110 pontos, aparece o premiado escritor de livros-reportagem Laurentino Gomes. Maior vencedor do Prêmio Jabuti, ele ergueu mais uma vez o tradicional troféu da literatura brasileira neste ano, com o livro Escravidão Volume I – Do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares.
Ele já havia conquistado a premiação anteriormente em outras três oportunidades com a trilogia 1808 (2008), 1822 (2011) e 1889 (2014). Também foi reconhecido neste ano com o prêmio Personalidade da Comunicação, concedido pela Mega Brasil.
Completando o pódio, aparece Rafael Ramos, da Record TV, que integrou as equipes do programa Câmera Record que venceram em 2020 os prêmios Rei da Espanha – Televisão, Vladimir Herzog – Multimídia e República – TV.
Luís Nassif, diretor e fundador do Jornal GGN, receberá na próxima sexta-feira (14/11) o título de Cidadão Paulistano, honraria concedida pela Câmara Municipal de São Paulo a pessoas não nascidas em São Paulo que prestaram serviços importantes ao município nas áreas social, cultural, econômica, entre outras.
A iniciativa, do vereador Professor Eliseu Gabriel (PSB), visa a homenagear o trabalho e a carreira de Nassif no jornalismo brasileiro. A cerimônia de entrega será em 14/11, às 19h, no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo (Viaduto Jacareí, 100, 8º andar – Bela Vista). Ao final do evento, haverá um sarau, com direito a “palhinha” de Nassif, que é também músico.
Esta não é a primeira vez que um jornalista recebe o título de Cidadão Paulistano. Antes de Nassif, também foram homenageados Milton Neves (nascido em Muzambinho-Minas Gerais) em 2003, Márcio Canuto (nascido em Maceió-Alagoas) em 2008, Audálio Dantas (nascido em Tanque d’Arca-Alagoas) em 2008, José Trajano (nascido no Rio de Janeiro) em 2011, Gary Neeleman (nascido em Utah-Estados Unidos) em 2015 e mais recentemente Frei Betto (nascido em Belo Horizonte-Minas Gerais) em maio de 2025.
Natural de Poços de Caldas (MG), Nassif teve seu primeiro contato com a carreira de jornalista aos 13 anos, editando o jornal do Grupo Gente Nova em sua cidade natal. Passou por jornais locais até se mudar para São Paulo para estudar. Foi estagiário da revista Veja, sendo efetivado em 1971. Três anos depois, em 1974, tornou-se repórter de Economia da revista. Formou-se pela ECA-USP em 1976.
Em 1979, assinou com o Jornal da Tarde, como pauteiro e chefe de Reportagem de Economia. Lá, foi responsável pela criação da seção Seu Dinheiro e o caderno Jornal do Carro. Em 1983, foi para a Folha de S.Paulo, onde criou a seção Dinheiro Vivo e participou do projeto de criação do Datafolha. Atuou também como colunista de Economia no jornal. Na década de 1980, apresentou ao lado de Paulo Markun e Sílvia Poppovic, o programa São Paulo na TV, umas das primeiras experiências de produção independente na tevê aberta brasileira, produzido pela Editora Abril e veiculado pela TV Gazeta.
Foi comentarista de Economia na Bandeirantes e na TV Cultura. Em 1987, venceu o Prêmio Esso na categoria Principal, pela série de reportagens em que abordou diversos aspectos da edição do Plano Cruzado. Em 2013, fundou o Jornal GGN, com o slogan O Jornal de Todos os Brasis.
Cristiane Segatto (ex-Estadão, UOL, Época, O Globo e Abril) e o ginecologista e obstetra Rubens Paulo Gonçalves Filho lançam o livro Dores Femininas: a jornada humana de um médico contra a endometriose (Matrix Editora), que aborda a importância do tratamento adequado da doença e a necessidade de diagnóstico precoce. A obra tem o objetivo de servir como ferramenta de auxílio e alerta, com informação, empatia e ciência, voltada para quem sofre com a endometriose, para quem cuida e para quem quer entender melhor o corpo feminino.
O lançamento do livro, com sessão de autógrafos, será na próxima terça-feira (11/11), das 18h30 às 21h30, na Livraria Drummond do Conjunto Nacional (Avenida Paulista, 2073), em São Paulo.
Jornalista especializada em saúde e mestra em gestão em saúde pela FGV-SP, Cristiane recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais de jornalismo, entre eles dois Esso na categoria Informação Científica, Tecnológica e Ambiental. Atualmente escreve livros sob encomenda, produz conteúdo sobre saúde e participa de eventos como moderadora.
O jornalismo local nos Estados Unidos vive uma crise sem precedentes, que não se deve apenas aos ataques de Donald Trump à imprensa.
Segundo o relatório State of Local News 2025, feito pela Medill School of Journalism da Northwestern University, que acaba de ser divulgado, 40% dos jornais desapareceram desde 2005 e 50 milhões de pessoas já vivem em regiões sem cobertura jornalística sobre assuntos da comunidade.
A retração atinge não só o impresso: nos 100 maiores jornais do país, o tráfego digital caiu 45% em quatro anos, refletindo mudanças de hábito e o impacto da inteligência artificial nas buscas, que reduzem o acesso direto às fontes originais.
O estudo mostra que os chamados “desertos de notícia” se expandem em ritmo constante nos EUA. Já são 213 condados (equivalentes aos municípios no Brasil) sem qualquer veículo local e outros 1.524 com apenas um jornal, geralmente semanal.
A circulação impressa despencou 70%, e os empregos no setor encolheram 75% em duas décadas. Ao mesmo tempo, o Congresso cortou a pedido de Donald Trump mais de US$ 1 bilhão em verbas da Corporation for Public Broadcasting, ameaçando o funcionamento de centenas de rádios e TVs públicas que sustentam a informação em comunidades rurais.
As startups digitais e o apoio filantrópico crescem, mas ainda não compensam o colapso da cobertura local. O resultado é um país onde o acesso à informação tornou-se desigual e dependente da renda e da geografia, deixando o campo livre para influenciadores que nem sempre seguem os padrões jornalísticos tradicionais.
Leia em MediaTalks a matéria completa sobre o relatório State of Local News 2025.
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A Forbes Brasil reforçou sua equipe com a chegada de Gilson Garrett Junior, que assume o posto de editor do caderno Motors. Neste novo desafio, será responsável pela cobertura de carros, motos, aviação e náutica. “Atuo na interseção entre inovação, negócios e experiência do usuário, com foco em produtos premium e tendências de mercado”, explicou nas redes sociais.
Ele estava há cinco anos e meio na Exame, onde ultimamente era repórter de Estilo de Vida, e antes atuou na Gazeta do Povo por quase nove anos. Formado em Jornalismo pela PUC Paraná, Gilson tem especializações em Relações Internacionais e Gestão Empreendedora. Trabalha também como Jurado do Vozes Influentes do Setor Automotivo, do Veja Comer e Beber SP 2025, do Melhores da Taça e do Melhores da Gastronomia, ambos da Prazeres da Mesa.
O programa SportsCenter, da ESPN Brasil, recebeu nesta quinta-feira (6/11) um certificado do Guinness Book por alcançar a marca de maior distância percorrida durante a transmissão de um programa ao vivo na TV. O recorde mundial, de 3.07 quilômetros, ocorreu durante uma ação contra sedentarismo, realizada em 10 de março deste ano, no qual apresentadores, repórteres, comentaristas e convidados participaram do programa correndo ao ar livre.
Na ação, os apresentadores Bruno Vicari e Mariana Spinelli (hoje na GE TV) correram atrás da bancada e apresentaram o SportsCenter 1ª edição por 30 minutos, tempo mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde para exercícios diários. “A ideia do programa é mostrar como nós que trabalhamos na ESPN também estamos envolvidos em atividades físicas. Estamos mostrando o nosso estilo de vida e incentivando as pessoas a se exercitarem”, declarou Bruno.
“Mais do que falar sobre a importância de algo, é fazer também”, disse Mariana. “Nós sabemos a influência que temos e esperamos que com ações assim as pessoas fiquem com o recado no subconsciente, se animem, e que seja algo que dê aquele empurrãozinho”.
Mais de 120 profissionais estavam envolvidos no projeto. Além dos apresentadores, o programa também teve a participação da repórter Natasha David, do comentarista Eduardo Affonso e do entrevistado especial Caio Bonfim, medalhista de prata da marcha atlética nas Olimpíadas de Paris 2024. Para a realização do projeto, a ESPN utilizou um Cine Car, veículo utilizado em produções de cinema, onde a tradicional bancada do SportsCenter foi posicionada.
Guilherme Magalhães está de trabalho novo. Deixou a Meta em setembro, após quase 5 anos de casa, por último como gerente de comunicação no Brasil, e entrou outubro como head de Comunicações Brasil no Prime Video & Amazon MGM Studios. Antes, por 18 anos, integrou o time de comunicação do Itaú-Unibanco, por último como gerente de comunicação corporativa.
Na Amazon, Guilherme atuará ao lado de Isabela Fonseca, Manager de Relações Públicas; Nathalia Vechio, Manger de Relações Públicas e Publicidade; Beatriz Salvia, coordenadora de Relações Públicas; e Laura Zago, Manager de esportes do Prime Video.
“O jovem Gui deve estar muito feliz ao me ver hoje, pois começo a realizar mais um sonho!”, escreveu Guilherme no LinkedIn. “Sempre escutamos que trabalhar com o que amamos faz tudo ser melhor e é isso que busco nessa nova fase. Agradeço demais ao David Flores-Sanchez pela confiança e a todos os Amazonians que estão me recebendo com muito carinho nesses primeiros dias.
Bruno Boghossian assumiu em 3/11 o posto de diretor da sucursal da Folha de S.Paulo em Brasília, em substituição a Camila Mattoso, que seguiu para o SBT News. Graduado pela UFRJ, com mestrado em Ciência Política pela Columbia University, em Nova York, Bruno era secretário de Redação e colunista do jornal, onde também foi repórter da coluna Painel. Antes, passou por Época, Estadão e GloboNews.
Julio Wiziack
Ainda por lá, outro que saiu foi Julio Wiziack, que cobria economia e negócios há cerca de 10 dos seus 18 anos no jornal. Pela Folha, foi vencedor dos prêmios Esso e Embratel, em 2012. Antes, passou por IstoÉ Dinheiro e Época. É autor do livro Abrindo o armário? encontrando uma nova maneira de amar e ser feliz, pela editora Jaboticaba. O destino dele não foi informado.
O Anuário Informática Hoje, publicação especializada em tecnologia da informação que analisa o desempenho anual do mercado brasileiro, comemora neste mês de novembro 40 anos de circulação. Além de analisar as empresas do setor, o anuário premia os melhores desempenhos em suas respectivas áreas de atuação. A publicação também ranqueia as 200 maiores empresas de TI do País, com dados analisados por uma equipe especializada no segmento, sob a supervisão de professores da Fundação Getulio Vargas de São Paulo.
O Portal dos Jornalistas conversou com Wilson Moherdaui, publisher da Fórum Editorial, responsável pelo anuário. Ele falou sobre a importância de uma publicação especializada em tecnologia chegar a 40 anos de circulação, os desafios e obstáculos da cobertura do setor, a necessidade de se adaptar constantemente e a ameaça da inteligência artificial. Leia a entrevista na íntegra:
Portal dos Jornalistas –Qual a importância de uma publicação especializada em tecnologia chegar a 40 anos? O que representa esse marco?
Wilson Moherdaui
Wilson Moherdaui – Se eu me deixasse levar só pela emoção, certamente poderia resumir minha resposta a uma única frase: é um tremendo orgulho lançar a edição especial de 40 anos do Anuário Informática Hoje. Afinal, não é trivial que uma publicação jornalística brasileira complete 40 anos. Ainda mais quando se trata de uma publicação especializada em tecnologia.
Mas não seria coerente com a trajetória do Anuário deixar de destacar o papel dele como fonte de informações e análises fiéis e independentes do mercado brasileiro de tecnologia da informação. Acredito sinceramente que esta edição, como as 39 anteriores, cumpre o compromisso de fazer uma radiografia apurada e isenta do desempenho econômico-financeiro e das estratégias das empresas que atuam no setor brasileiro de TI.
Portal – Fale um pouco sobre a história do anuário. Como surgiu a ideia da publicação?
Wilson – Em abril de 1985, enquanto o Brasil vivia os angustiantes dias da agonia do presidente eleito Tancredo Neves, lançamos o Informática Hoje, uma publicação semanal, em formato tabloide, impressa em papel jornal, em quatro cores (algo inédito na época), especializada em tecnologia. Meses depois, como um desdobramento natural do IH, surgiu o Anuário Informática Hoje, com a proposta de analisar o desempenho econômico-financeiro do mercado brasileiro do que hoje chamamos de tecnologia da informação. Era uma espécie de Melhores e Maiores (NdaR.: edição especial anual da revista Exame, da Editoria Abril), numa versão focada nas empresas de informática.
Além de analisar os balanços das empresas do setor, o Anuário passou a premiar as empresas com o melhor desempenho em seus respectivos segmentos de atuação (como hardware, software, serviços, distribuição e revendas, por exemplo). Como deve fazer toda publicação jornalística que ousa atribuir prêmios, o Anuário sempre adotou critérios claros e objetivos, que são explicitados logo nas primeiras páginas de cada edição. Com isso, em pouco tempo o Anuário tornou-se referência para o mercado brasileiro. Ao ponto de várias empresas terem sido compradas ou incorporadas por outras ou por grupos de investidores justamente pelo fato de terem sido premiadas.
J&Cia – Como um profissional que cobre o setor da tecnologia da informação há anos, fale sobre as peculiaridades do setor, os desafios e obstáculos encontrados durante essa cobertura e a necessidade de se adaptar constantemente, pensando nas novas tendências que surgem a todo o momento.
Wilson – Acho que o maior desafio dos jornalistas que, como eu, cobrem um setor tão dinâmico quanto o de tecnologia é se manterem atualizados sobre o processo acelerado de inovação das empresas, dos centros de pesquisa e dos profissionais envolvidos. Não seria exagero dizer que esses jornalistas especializados são os que mais sofrem de uma síndrome que costumo chamar de “ansiedade da informação”. Só para ilustrar essa afirmação de uma forma prosaica: a capacidade de processamento de um mainframe (nome que se dá aos grandes computadores, que nos anos 1980 ocupavam salas inteiras) é infinitamente menor do que a de um smartphone dos dias de hoje. Imagine o que isso significa no dia a dia de quem se propõe a cobrir esse tema. A velocidade da inovação é diretamente proporcional à ansiedade de quem se propõe a descrevê-la para o seu público – sejam leitores, ouvintes ou espectadores, nos veículos tradicionais ou nas implacáveis mídias sociais.
Capa da primeira edição do Anuário Informática Hoje
J&Cia – Nos dias atuais, é impossível falar em tecnologia e não pensar em inteligência artificial. Como você enxerga a evolução da IA, seus benefícios e ameaças ao setor?
Wilson – Nos anos recentes, surgiram muitas expressões no mundo da tecnologia das quais a gente nunca mais ouviu falar – como metaverso, por exemplo. Agora, chegou a vez da inteligência artificial. Só que essa veio para ficar e transformar radicalmente o mundo em que a gente vive. Para o bem e para o mal.
Considerando que a IA é a capacidade que soluções tecnológicas têm de simular a inteligência humana, realizando determinadas atividades de maneira autônoma e aprendendo por si mesmas – graças ao processamento de um grande volume de dados que recebem de seus usuários –, não dá para imaginar até onde ela pode chegar. Mas o objetivo final dos desenvolvedores dos sistemas de IA é chegar o mais próximo possível da capacidade do cérebro humano. A dúvida não é se, mas quando isso vai acontecer. O que talvez possa nos tranquilizar é que, mesmo em velocidade difícil de acompanhar, isso virá gradualmente, não de uma hora para outra.
De qualquer forma, a IA vai estar em todos os processos corporativos, na educação, na medicina, na indústria, no urbanismo, no processo eleitoral – enfim, nenhuma área de atividade humana vai escapar.
O jornalismo como a gente conhece também nunca mais vai ser o mesmo: o jornalista não será substituído por uma IA, mas o profissional que não souber usar a IA com certeza será menos completo do que um que souber. E o grande segredo, aqui, não só para nós, jornalistas, é aprender a fazer as perguntas corretas (o que no jargão a tecnológico chamam de prompt) para extrair o melhor conteúdo da IA.
Se eu precisasse apontar minha maior preocupação com o uso da IA sem dúvida seria a segurança da informação. É aí que mora o perigo. Notícias falsas, vídeos adulterados, imagens fraudulentas já fazem parte da nossa rotina. Contra tudo isso costumo dizer que é preciso dispor de ferramentas de proteção, produzidas justamente… pelos sistemas de IA.
Mas, voltando ao Anuário, não é por acaso que a expressão mais frequente nas reportagens e entrevistas que publicamos é, sem dúvida, inteligência artificial. Quer como parte da estratégia de negócios, quer como solução oferecida aos clientes, ou ainda como ferramenta de gestão dos próprios fornecedores de tecnologia.
Capa dos 40 anos do Anuário
J&Cia – Como você descreveria o panorama do setor da tecnologia da informação nos últimos anos? E quais são as expectativas e previsões para os próximos? É possível afirmar se o saldo é mais positivo ou mais negativo?
Wilson – Sem dúvida, por tudo o que a gente falou aqui, com todas as ressalvas necessárias – especialmente em relação à segurança das pessoas e à preservação da democracia –, o saldo é positivo.
O exemplo mais claro dos últimos anos foi a revolução provocada pela introdução do 5G, a quinta geração da telefonia celular, que permitiu transformações incríveis em setores como a Internet das Coisas, a automação industrial, os carros conectados, as cidades inteligentes, o agronegócio, a logística, a saúde.
Um último comentário: é muito significativo que esta edição especial do Anuário seja lançada exatamente quando se celebram os 40 anos da redemocratização do Brasil – marco histórico de civilidade e símbolo da esperança de que o País se desenvolva com soberania, educação, maturidade tecnológica, mas, acima de tudo, com o respeito indelegável aos princípios de justiça social para o seu povo.
Foram divulgados em 30/10 os 185 cases que se classificaram para a disputa dos 55 troféus do Prêmio Jatobá PR, nas 42 categorias regulares e nas 13 especiais. A cerimônia de premiação está marcada para a noite de 1º de dezembro, no Renaissance Hotel, em São Paulo.
Na atual edição, o Prêmio Jatobá contemplará 12 categorias da vertical Agência-Butique, 12 da vertical Grande Agência, 12 da vertical Organização Empresarial ou Pública, 5 da vertical América Hispânica e 1 focada na COP30. Também serão premiados os cases campeões regionais de Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, além dos Cases do Ano e Organizações do Ano, das 4 verticais da premiação.
O jornal Valor Econômico, que está celebrando seu 25º aniversário, receberá da organização o Prêmio Decio Paes Manso de Contribuição à Comunicação Corporativa, pelo apoio que tem dado à atividade, sobretudo com a edição anual da revista Valor Setorial – Comunicação Corporativa.
Interessados em participar da cerimônia de premiação já podem fazer as reservas de lugares ou mesas clicando aqui.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Sistema Faemg Senar) anunciou os vencedores da segunda edição do Prêmio de Jornalismo Sistema Faemg Senar, que valoriza e reconhece trabalhos que abordem a atuação de Minas Gerais na produção agropecuária e na inovação do setor. Nesta edição, o tema foi Agro, motor da economia mineira: diversidade, inovação e impacto social. Na abertura da cerimônia de premiação, foi feita uma homenagem para José Hamilton Ribeiro, ícone da cobertura rural no Brasil.
Em Jornalismo Impresso, o vencedor foi o Estado de Minas, com a série de reportagens Produtores e guardiões da natureza, de Luiz Ribeiro, que aborda a relação entre pequenos agricultores do Norte de MG e a preservação do ecossistema. Na categoria Vídeo, o primeiro lugar ficou com a Globo, com a reportagem Produção de banana em Jaíba (MG) se destaca com projeto de irrigação, realizada por Victor Boyadjian, Daniela Ramos e Guilherme Timóteo, sobre a força da produção agrícola de Jaíba, bem como o talento dos artesanatos da Casa do Artesão/Mulheres de Jaíba. Em Áudio, o troféu foi para a rádio Itatiaia, com a série Piratas das estradas: o mercado do roubo nas rodovias brasileiras, com Mardélio Couto, Helen Araújo e Thiago Castro, que mostra um grande esquema de roubos de cargas de café em Minas Gerais.
Na categoria Digital, o prêmio foi para O Tempo, com o especial Drones: agro voa alto em Minas, de Rodrigo Oliveira, sobre o aumento no uso de drones no agronegócio, seus benefícios para as lavouras e os impacto na geração de negócios. O Tempo também venceu a categoria Fotojornalismo, com as fotografias de Flavio Tavares da safra da tangerina ponkan, que deve alcançar 238 mil toneladas em 2025. E o prêmio de Jornalismo Universitário foi para O Estado de Minas, com a reportagem Mulheres buscam reconhecimento e protagonismo na agropecuária, de Laura Scardua.