A Fundação Gabo anunciou os trabalhos vencedores do Prêmio Gabo 2023, em cerimônia realizada durante o 11º Festival Gabo, em Bogotá. Foram premiados trabalhos de Brasil, Espanha, Colômbia e Peru.
Na categoria Cobertura, a vencedora foi a Repórter Brasil, com a reportagem Nome aos Bois, que revela irregularidades ambientais e trabalhistas de dez dos principais pecuaristas do Brasil. Somados, eles registram R$ 639 milhões em multas ambientais e 163 trabalhadores resgatados de condições semelhantes à escravidão. Foram responsáveis pelo conteúdo Ana Magalhães, Marina Rossi, Álvaro Justen, Bruno Ventura, Flávio Vivório, Mario Medina, Andressa Liebermann e Diego Junqueira.
Esta foi a segunda vez que a Repórter Brasil recebeu o Prêmio Gabo. Anteriormente, em 2017, o veículo venceu a categoria Imagem com o documentário Jaci – Sete Pecados de uma Obra Amazônica, sobre os impactos da construção da usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia. O filme está disponível no Globoplay.
Em Audio, o vencedor foi o podcast Costa Nostra, de La Maldita (Espanha)/Amazon Music, sobre coworking de máfias na Costa del Sol da Espanha. Em Fotografia, o trabalho vencedor foi A Lei da Memória Democrática será capaz de reparar os danos causados pelo franquismo?, de Santi Donaire (Espanha), para o National Geographic.
Na categoria Texto, a reportagem vencedora foi O grito por justiça e reparação de mulheres afrodescendentes violentadas sexualmente, de Beatriz Valdes, para o Colombia +20/El Espectador (Colômbia). E na categoria Imagem, os premiados foram César Prado Malca e Rosa Laura Gerónimo, com o trabalho Ayacucho: radiografia dos homicídios, do IDL Reporters (Peru).
Veja mais sobre os vencedores do Prêmio Gabo 2023.
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