Por Assis Ângelo

Kant foi influenciado por Aristóteles, que influenciou Artur Schopenhauer, que influenciou Richard Wagner e Friedrich Nietzsche.

Schopenhauer e Nietzsche, além de grandes filósofos que foram, encontraram na música momentos de paz e conciliação consigo mesmos. O primeiro era flautista e o segundo, pianista.

Muito possivelmente, Wagner seria apenas compositor e copista, mas depois que descobriu Schopenhauer mergulhou fundo no mundo da música.

A ópera Tristão e Isolda, um tema medieval, foi musicalmente desenvolvida sob inspiração de Schopenhauer.

Composta entre 1857 e 1859, Tristão e Isolda estreou no Teatro da Corte de Munique no dia 10 de junho de 1865.

Bom, é sabido que Schopenhauer (1778-1860) tinha problemas com a religião católica.

Arthur Schopenhauer

É sabido também que Schopenhauer batia e assoprava no item Catolicismo.

Schopenhauer referia-se a Platão como “o Divino”.

Meu amigo, minha amiga, Schopenhauer escreveu coisas interessantíssimas sobre visão e cores. Escreveu também sobre o cego de nascença, o cego de “vista curta”, o estrábico… É dele: “A vontade é um cego robusto que carrega um aleijado que enxerga”. Dizia também que não adiantaria nada curar a visão de um cego que não quer ver, até porque “tudo que um ressentido possui é a dor, a raiva”.

Saber é pensar, pensar é saber.

E Friedrich Nietzsche, hein?

Como Schopenhauer, Nietzsche (1844-1900) era ateu e misógino de primeiro grau. Rousseau também.

Um dos motivos que levaram Nietzsche a ser “ressuscitado” na primeira metade do século 20 foi a crença de que ele inspirou Hitler a fazer o que fez do começo ao fim da 2ª Guerra Mundial. Mas faltam provas.

Friedrich Nietzsche (Ilustração de Antonio Marín Segovia, do Flickr, CC)

Todo mundo sabe que o autor do livro Para Além do Bem e do Mal morreu com a idade de 55 anos, em 1900, louco. O que pouco se sabe é que a sua única irmã, Elizabeth, apossou-se dos inéditos do irmão, alterando-os.

A mesma Elizabeth era nacionalíssima dos pés à cabeça e casou-se com um militar de patente do exército alemão e com ele foi morar no Paraguai, onde tentou com o maridão criar um ambiente parecido com o que faria depois o sangrento “Führer”.

Ao contrário de Nietzsche, Wagner (1813-1883) caiu nas graças de Hitler, que o adotou e fez de sua música a trilha dos seus horrores.

Friedrich Nietzsche não chegou a ver a tragédia que deixou milhões e milhões de mortos, até porque morreu cego. Antes, porém, matou Deus. Disse: “Deus morreu. Deus está morto. Nós matamos Deus…”.



Contatos pelos assisangelo@uol.com.br, http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333

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