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terça-feira, julho 22, 2025

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Fundo Brasil vai apoiar 18 reportagens de jornalismo investigativo e direitos humanos

Edital foi realizado em parceria com Fundação Ford, Fundação Open Society e Clua

O Fundo Brasil acaba de divulgar o resultado do edital Jornalismo Investigativo e Direitos Humanos, lançado em junho passado para estimular a produção de reportagens que contem histórias relevantes e contribuam para melhorar a compreensão da sociedade sobre violações de direitos humanos.

A fundação recebeu 300 propostas de coletivos e pessoas físicas e 18 foram selecionadas para receber o apoio: Articulação de Movimentos do Centro Antigo de Salvador; Clarissa de Oliveira Pinto Levy; Cláudia Campelo Tavares; Coletivo Nós, mulheres da periferia; Data_Labe; De Olho nos Ruralistas; Everton Dantas Beserra; Escola de Jornalismo da Énois; Fronteira – Agência de Jornalismo; Gizele de Oliveira Martins; Jornal A Sirene; Júlia Rohden Ramos; Juliana Tinoco; Livre.jor; Manuela Regina Tecchio; Marco Zero Conteúdo; Ponte Jornalismo; e Walter Teixeira Lima Junior.

O edital foi realizado por meio de parceria do Fundo Brasil com Fundação Ford, Fundação Open Society e Clua (Climate and Land Use Alliance). Serão destinados R$ 680 mil para apoiar os projetos. Cada iniciativa receberá até R$ 40 mil para realizar a reportagem no período de um ano.

O comitê de seleção foi formado por Bianca Santana, jornalista, escritora e doutoranda em Ciência da Informação na ECA- USP; João Brant, militante das áreas de comunicação e cultura, um dos fundadores do Intervozes e ex-secretário executivo do Ministério da Cultura; e Cristiane Fontes, jornalista e consultora, mestre em mídias interativas, ex-gerente do programa de comunicação em Mudanças Climáticas da Embaixada do Reino Unido.

“Conseguimos abranger o território nacional e uma diversidade grande de proponentes”, analisou Bianca após a seleção. “De fato, o jornalismo investigativo pode ser um caminho importante para comunicar as violações e as resistências que têm acontecido pelo Brasil e para a gente se fortalecer para o que vem”.

Devido ao caráter sigiloso da apuração jornalística, os detalhes dos projetos serão divulgados apenas após a conclusão dos mesmos. Confira mais informações sobre as propostas selecionadas.

Sérgio Dávila contesta críticas de Fernado Haddad à imprensa

Sérgio Dávila
Sérgio Dávila

Em artigo na Ilustríssima, ele mostra que na própria Folha Haddad teve muito mais noticiário positivo do que Doria

Em artigo publicado no caderno Ilustríssima do último domingo (12/11), sob o título Haddad não admite crítica, o editor executivo da Folha de S.Paulo Sérgio Dávila leva para o jornal texto que ofereceu originalmente à revista piauí, que não o aceitou. O motivo foram os ataques que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad fez à imprensa pelas páginas da revista. Para Dávila, Haddad, ao contrário do que afirma, “foi paparicado pelos jornalistas, mas reclama dos veículos de comunicação por não admitir crítica, própria ou dos outros”.

Chama a atenção no artigo, que ocupa duas páginas do caderno, ser a Folha um dos exemplos dessa relativamente maior paparicação.

Dávila enfatiza que Haddad “deve ter sido o prefeito mais paparicado por jornalistas em toda a história de São Paulo”. E continua: “Isso tem explicação num motivo simples: em seus quatro anos no comando da cidade, o petista governou para uma jovem elite intelectual progressista de esquerda”. E aí justifica: “Posso falar com mais embasamento desta Folha. Em 2014, no segundo ano de governo Haddad, censo interno realizado pelo Datafolha atestou que 55% dos jornalistas da casa se consideravam de esquerda, e 23%, de centro. Indagados sobre como situavam o próprio jornal, 50% o colocavam no centro, e 30%, na esquerda”.

O artigo explicita mais: “A maioria adotava posição liberal em relação a aborto, direitos homossexuais e drogas, em números eloquentemente superiores aos da população brasileira como um todo: 82% a favor da descriminalização da maconha e 96% a favor da união civil entre homossexuais, ante 77% e 39% dos brasileiros, respectivamente. Naquela ocasião, outubro de 2014, foram ouvidos 321 profissionais, numa pesquisa com margem de erro de dois pontos percentuais”.

“Por causa dessas características”, prossegue Dávila, “encontrou terreno fértil nas Redações a agenda ‘São Paulo, Nova Amsterdã’ de Fernando Haddad. Esta teve no biciclecentrismo das ciclofaixas e ciclovias, na valorização do centro pela via da cultura alternativa, na diminuição da velocidade máxima das ruas e avenidas, no pagamento de salário a usuários de crack como tentativa de recuperação e na abertura da Paulista para os pedestres aos domingos suas bandeiras mais visíveis”.

E conclui: “O resultado era palpável nas páginas do jornal, por mais que os profissionais se empenhassem em fazer valer o princípio de apartidarismo que é pilar do Projeto Editorial da Folha. Levantamento feito pelo Banco de Dados em agosto de 2017 dá conta da distorção. Comparou-se a cobertura da Folha dos seis primeiros meses da gestão de Fernando Haddad com a cobertura de igual período da administração João Doria. Em seu semestre inicial, o petista teve 619 menções no jornal. Delas, 443 podem ser consideradas de efeito neutro (72%), 83 de efeito positivo (13%) e 93 (15%) de efeito negativo. O tucano, por sua vez, teve 1.027 menções em seus 180 dias inaugurais, das quais 683 (67%) neutras, 54 (5%) positivas e 290 (28%) negativas”.

Funcionários da EBC entram em greve

EBC em greve
EBC em greve

Jornalistas e radialistas da EBC entraram em greve à zero hora dessa terça-feira (14/11) em protesto à proposta da empresa de congelamento dos salários, retirada de direitos e corte de benefícios do Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2018. A decisão foi tomada em assembleia nacional na última sexta-feira (10/11), com a presença de empregados das praças de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Maranhão; foram 262 votos a favor, 14 pela realização de nova assembleia e nove abstenções.

Com data base em 1º de novembro, os trabalhadores reivindicam 4% de reajuste para repor a inflação do período e perdas acumuladas. Porém, após oito rodadas de negociação, a direção da EBC não aceitou reajustar nenhuma das cláusulas econômicas. A empresa também quer cancelar itens já concedidos, como vale cesta-alimentação, garantia de translado aos trabalhadores por questões de segurança, complementação de auxílio previdenciário, realização de homologações das rescisões de contrato nos sindicatos, vale-cultura e multa pelo descumprimento do acordo coletivo, além de estabelecer o fim do quinquênio para os que ingressarem na empresa.

A EBC é responsável por TV Brasil, TV Brasil Internacional, Agência Brasil, Portal EBC, Radioagência Nacional, além de oito emissoras de rádio, como as Rádios Nacional do Rio de Janeiro e de Brasília e as Rádios MEC AM e FM. Opera também serviços como o canal de televisão NBr e o programa A Voz do Brasil.

Policiais federais realizam 1º Congresso de Jornalismo e Segurança Pública do País

Nos próximos dias 21 e 22/11 (terça e quarta-feiras), a Federação Nacional dos Policiais Federais e o Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal realizam no Museu Nacional da República, em Brasília, o 1º Congresso de Jornalismo e Segurança Pública. O evento vai reunir policiais federais, demais carreiras da segurança pública, especialistas, jornalistas, estudantes e sociedade civil para discutir soluções para a crise que atinge o setor. O credenciamento estará disponível ao público a partir das 13h do dia 21.

As palestras, debates e painéis seguirão até as 18h do dia 22. Participarão do evento Renato Sergio de Lima, presidente do Forúm Brasileiro de Segurança Pública; Diógenes Lucca, fundador do Grupo de Ações Táticas Especiais da PM e professor da USP; os policiais Eliel Teixeira, da Polícia do Condado de Los Angeles (EUA); e Rob Salomão, da Real Polícia Montada do Canadá, para um debate sobre o modelo de investigação brasileiro, além de jornalistas que se destacaram na cobertura da Lava-Jato e da crise da segurança pública em 2017. O evento é aberto ao público.

Facebook Experience reúne jornalistas em São Paulo

O Facebook realizou em 9/11, pela primeira vez na América Latina, o Facebook Experience: um lugar para conectar. O evento, exclusivo para a imprensa, trouxe experiências de produto em mobile e vídeo, além de ferramentas de segurança, nova plataforma do Instagram, Facebook Live e câmera, Messenger Games e um debate sobre questões complexas da rede.

Deepti Doshi, executiva do Facebook que lidera o time global de parcerias com comunidades, apresentou as ferramentas e iniciativas mais recentes, grupos de impacto mundial e explicou a missão da ferramenta: “Dar às pessoas o poder de criar comunidades e aproximar o mundo”.

Paula Pfeifer, escritora, blogueira e idealizadora da página Crônicas da Surdez, subiu ao palco junto com Deepti para contar a história da criação do seu grupo na plataforma, que já soma quase sete mil pessoas com deficiência auditiva trocando informações, fazendo novos amigos e tirando dúvidas diariamente.

Das novidades tecnológicas da plataforma, destaque para o Watch, que ainda não chegou ao Brasil. Com ela, vídeos ficarão agrupados e com acesso direto por um botão dentro do Facebook. O objetivo é distinguir o conteúdo publicado por usuários “pessoa física” e por publishers, grandes ou pequenos, permitindo que usuários assistam a programas completos pelo aplicativo. A previsão é de que Watch chegue ao Brasil no primeiro semestre de 2018.

O dia em que o âncora falou demais

Paulo Sotero e William Wack
Paulo Sotero e William Waack

A notícia que tomou conta de todos os jornais e, principalmente, da internet completou oito dias nesta quarta-feira (15/11). Exatamente uma semana atrás, a Rede Globo decidiu pelo afastamento por tempo indeterminado do âncora do Jornal da Globo William Waack. O anúncio foi feito poucas horas depois do vazamento de um vídeo em que o jornalista faz comentários racistas durante a cobertura das eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016.

“A Globo é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações”, iniciou o comunicado da emissora, proferido também pela substituta de Waack no Jornal da Globo, Renata Lo Prete.

Ao condenar ou defender, os comentários se multiplicaram – deixando o nome Waack nos trending topics das redes sociais. Houve de tudo: desde quem defendesse a ideia de que o jornalista estaria sendo usado como bode expiatório, passando por teorias conspiratórias de que a Globo já teria intenção de dispensá-lo, por isso vazou o vídeo, até análises sobre a escravidão no Brasil e o racismo veladamente difundido em todo o País (como ensaiou The News York Times).

Quando calar é o melhor remédio

O tema é outro, mas a violência, não. No mesmo dia (8/11) em que William Waack dava o ar de sua graça preconceituosa por meio de um VT antigo extraído da ilha de edição da maior empresa de comunicação do País, o chefe de gabinete da Prefeitura de São Paulo falava em barrar a imprensa.

O áudio de Lucas Tavares, número dois da Comunicação do município, também vazou, expondo seu caráter ditatorial e sem limites. Nele, Lucas afirma sua pretensão de fazer tudo o que for “formal e legal” para “botar dificuldade” no acesso à informação por jornalista até fazê-lo “desistir da matéria”. O secretário chega a citar nomes de profissionais dos quais pretendia dificultar o trabalho. Ele pediu exoneração após a repercussão negativa.

Gabriela Yamaguchi assume a Comunicação do WWF-Brasil

Gabriela Yamaguchi
Gabriela Yamaguchi

Gabriela Yamaguchi (gabriela@wwf.org.br) é a nova diretora de Comunicação e Engajamento do WWF-Brasil. Sob sua supervisão estão as áreas de comunicação institucional, campanhas, relacionamento com empresas, marketing e fundraising (arrecadação de fundos). Ela responde a Mauricio Voivodic, diretor executivo da instituição.

Gabriela trabalhou por 15 anos na Editora Abril, onde foi repórter da Superinteressante e do portal Viaje Aqui e em que também gerenciou projetos de branded content para marcas como Bizz, Quatro Rodas e Placar. Passou ainda pelo Instituto Akatu e pelo Purpose Climate Lab, braço da Purpose dedicado a buscar soluções para cidades mais adaptadas e resilientes às mudanças climáticas.

Adoniran Barbosa

Adoniran Barbosa
Adoniran Barbosa

O paulista de Valinhos Adoniran Barbosa, nascido João Rubinato (26/10/1910-23/11/1982), o mais amado poeta musical do povo paulistano, começou tarde a carreira musical, compondo e cantando. Primeiro imitando Noel Rosa, seu ídolo, em programas de calouros e depois como humorista e ator em filmes de Mazzaropi. Participou da obra-prima O Cangaceiro (1953), de Lima Barreto, e de novelas, mas não foi muito longe. Chegou a gravar uma dezena de músicas, de sua autoria, em discos de 78 rpm, mas sem sucesso.

No acervo do Instituto Memória Brasil está um desses discos, raríssimos, com o samba Saudade da Maloca, gravado nos estúdios da extinta Continental pelo próprio autor, em 27 de julho de 1951. Essa música entrou para a história da MPB depois que o grupo Demônios da Garoa a gravou com o nome por todos hoje conhecido, Saudosa Maloca.

JCia está divulgando as preciosidades do acervo do Instituto Memória Brasil, o maior no gênero da cultura popular em mãos de particular no País, porque Assis Ângelo, um dos maiores estudiosos do tema, com vários livros publicados sobre o tema, decidiu pô-lo à venda. Cego desde 2013 por causa de descolamento das retinas, não tem mais condições físicas e financeiras de manter o material, que começou a reunir há mais de 40 anos. São cerca de 150 mil itens, entre discos de todos os formatos, fotos, partituras, folhetos de cordel, livros, fitas cassete e MDs.

Contatos pelos institutomemoriabrasil@gmail.com, www.institutomemoriabrasil.org.br, http://assisangelo.blogspot.com,

Vencedores do Vladimir Herzog contam bastidores das suas reportagens

Roda de Conversa
Roda de Conversa

Vencedores do Prêmio Vladimir Herzog 2017 compartilharam em 31/10 suas experiências com o público durante a 6ª Roda de Conversas, no Tucarena, na PUC/SP. André Borges, (O Estado de S.Paulo), Angela Bastos (Diário Catarinense), Bruno Della Latta (Fantástico/TV Globo), Gabriela Pimentel (TV Record), Hebert Araújo (CBN João Pessoa), Patrik Camporez (Agência Pública) e Thiago Reis (G1) detalharam suas estratégias na apuração de informações e os bastidores que fizeram parte dos trabalhos premiados.

A mediação foi de Paulo Oliveira e Angelina Nunes, professora e conselheira da Abraji. Assista a conversa na íntegra.

CNT anuncia vencedores do seu 24º Prêmio de Jornalismo

O roubo de cargas, um dos problemas mais graves enfrentados pelo setor transportador atualmente, foi o tema abordado em três dos sete trabalhos vencedores do 24º Prêmio CNT de Jornalismo. O jornal carioca Extra levou o Grande Prêmio desta edição, com O Rio sem entrega, de Luã Marinatto e equipe. O portal Metrópoles, de Brasília, venceu na categoria Internet, com a matéria Transbrasil, um embarque para o crime nas rodovias brasileiras, de Mirelle Pinheiro, Suzano Almeida e uma equipe que envolveu 17 profissionais. Os repórteres relatam como funciona o esquema de obtenção de autorizações para circulação de ônibus que não oferecem segurança aos passageiros, entre outros problemas.

O Correio Braziliense venceu na categoria Meio Ambiente e Transporte, com o especial Ciclovias em busca de uma cidade, com textos de Leonardo Cavalcanti, Natália Lambert, Maiza Santos e Aline Brito, edição de vídeo de Gustavo Breder e desenvolvimento de web de Vinícius Paixão. A reportagem mostra que Brasília não oferece boa distribuição de ciclovias e aponta que a substituição de parte dos carros por bicicletas poderia ajudar na redução das emissões, na melhoria da qualidade do ar e da saúde da população.

Os demais vencedores foram: Impresso – Karla Mendes/O Estado de S. Paulo, com Perigo nos rios; TV – Bruno Grubertt e equipe/TV Recife, com a série de reportagens Nos caminhos da Transnordestina; Fotografia – Guilherme Pinto/O Globo, com Fora de controle; Rádio – Guilherme Balza e equipe/CBN-SP, com a série Estrada de risco.

A entrega dos prêmios será em 6/12, em cerimônia a ser realizada em Brasília. O vencedor de cada categoria ganhará R$ 35 mil, e o do Grande Prêmio, R$ 60 mil. Neste ano, o corpo de jurados foi formado por Cristiano Romero (Valor Econômico), Silvia Salek (BBC Brasil em Londres), Dimmi Amora (Agência Infra), Helcio Zolini (Record Minas) e pelo pesquisador de infraestrutura do Ipea Carlos Campos Neto.

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