1.7 C
Nova Iorque
sexta-feira, dezembro 12, 2025

Buy now

" "
Início Site Página 704

J&Cia retoma campanha por Landell de Moura

Padre Landell de Moura

Como 2019 marcará o transcurso dos 120 anos da primeira transmissão da voz humana no mundo por ondas de rádio e do centenário da Rádio Clube de Pernambuco, J&Cia decidiu retomar sua campanha pelo reconhecimento do padre-cientista gaúcho Roberto Landell de Moura como verdadeiro inventor do rádio. Apesar de algumas conquistas da primeira fase da campanha, iniciada em 2010 para celebrar o sesquicentenário do nascimento de Landell, em 22 de janeiro de 2011 – como o lançamento do selo comemorativo pelos Correios, a inclusão de seu nome no Panteão dos Heróis da Pátria, a introdução do ensino de sua história no ensino público fundamental de Porto Alegre e a criação do Prêmio Landell de Moura de Radiojornalismo na cidade de São Paulo–, a saga do inventor continua desconhecida da maioria dos brasileiros. Por isso, a partir de janeiro, Hamilton de Almeida, biógrafo do padre, apresentará semanalmente em nossas páginas documentos históricos que ajudem a divulgar a trajetória dele.

A seguir, uma entrevista em que Hamilton explica a importância de Landell:

Jornalistas&Cia – Por que você considera que 2019 vai marcar um novo grande momento para a história do rádio no Brasil?

Hamilton de Almeida – Porque será uma ocasião para lembrar de dois marcos da história do rádio no País. Em 16 de julho se completarão 120 anos da mais antiga experiência documentada de transmissão de voz humana por ondas de rádio. O padre Roberto Landell de Moura foi o protagonista dessa façanha e pouca gente sabe disso, infelizmente. Outro fato marcante será o centenário da radiodifusão. A Rádio Clube de Pernambuco foi fundada em 6 de abril de 1919 por um grupo que, na época, intitulava-se “amadores de telegrafia sem fio”.

J&Cia – Você pode dar detalhes dessa primeira transmissão da voz humana por Landell de Moura e porque ela pode ser considerada o principal marco da invenção do rádio no mundo?

Hamilton – Se estivéssemos agora na São Paulo de 1899, a mídia se resumiria a jornais e revistas, cujo noticiário do exterior chegava por meio de cabos submarinos. Para as comunicações pessoais e empresariais teríamos apenas o telefone com fio e o telégrafo sem fio. Pesquisava-se, mas nenhum cientista em qualquer lugar do mundo havia tido êxito na transmissão da voz sem fio. A chamada radiotelefonia era um sonho dourado. Mas eis que surge um brasileiro, padre, com sólidos conhecimentos de física e uma dose considerável de genialidade, que acreditou que aquele sonho poderia tornar-se realidade. Após muitos estudos e testes ele convidou diversas autoridades públicas, empresários e jornalistas, e exibiu o inovador aparelho de rádio. Isso aconteceu nas dependências do Colégio Santana, na zona norte da capital paulista. Para fazer uma transmissão wireless da voz humana, com muitas testemunhas, Padre Landell construiu o mais primitivo aparelho de rádio do mundo de que se tem registro.

J&Cia – Qual a diferença básica das experiências de Landell e de Marconi, a quem hoje, inclusive em grande parte do Brasil, se atribui a invenção desse veículo de comunicação?

Hamilton – A grande diferença é a voz; e os sons musicais. Enquanto o brasileiro mostrava que era possível fazer transmissões de rádio ponto a ponto e de radiodifusão, o italiano usava as ondas de rádio para transmitir sinais em código Morse. Portanto, quando se cogita da invenção de um veículo de comunicação como o rádio, em que escutamos vozes e músicas, quaisquer sons, não há como tirar o mérito do padre Landell. Os dois souberam empregar as ondas de rádio para enviar e receber mensagens. Foram grandes conquistas da humanidade. Mas um inventou o rádio e o outro, o telégrafo sem fio. Ambos foram pioneiros da era wireless, que tem pouco mais de um século, assim como Tesla, com o controle remoto.

J&Cia – Você citou a experiência pioneira da Rádio Clube de Pernambuco, que em abril próximo celebrará o centenário de vida, sendo, se não a primeira, uma das que deu origem ao rádio tal como conhecemos hoje. Em que ela se conecta com os projetos de Landell de Moura?

Hamilton – Apenas no pioneirismo. Embora o padre Landell tenha sido um inventor com patentes registradas no Brasil e nos Estados Unidos, ele não conseguiu comercializar as suas invenções. Não recebeu o apoio financeiro de ninguém. Os fundadores da Rádio Clube de Pernambuco foram visionários. Basta lembrar que a primeira rádio comercial do mundo, a KDKA, surgiu em novembro de 1920, nos Estados Unidos.

J&Cia – Há entre os historiadores uma polêmica sobre quem de fato foi pioneiro na implantação do rádio no Brasil. Alguns defendem essa experiência da Rádio Clube de Pernambuco como a que abriu caminho para o rádio no País. Outros são enfáticos em afirmar que essa primazia é da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada em 1923, por ter ela nascido já com programação e alguma audiência domiciliar. Quem está com a razão?

Hamilton – De fato, a rádio fundada por Roquette Pinto e outros nasceu com uma programação estruturada, em abril de 1923, enquanto a emissora pernambucana só atingiu o mesmo estágio seis meses depois, em outubro daquele ano. Há também quem diga que a primeira transmissão oficial de radiodifusão aconteceu no Rio de Janeiro, capital da República, em 7 de setembro de 1922, na inauguração da Exposição do Centenário da Independência. E se eu te disser que o padre Landell fez um experimento de radiodifusão em 16 de julho de 1899? Quem inaugurou a radiodifusão? Qual a rádio mais antiga do País?

J&Cia – O rádio no Brasil e no mundo tem motivos para celebrar tão relevantes efemérides? Ele não estaria perdendo espaços consideráveis para os outros meios, sobretudo com a chegada de novas tecnologias e múltiplas plataformas de informação?

Hamilton – Segundo a Unesco, o rádio é “o meio informativo mais universal do mundo”. Encontrou o seu espaço quando surgiu a televisão e agora soube reinventar-se diante das novas tecnologias. É a mídia de maior penetração no planeta.

J&Cia – E em relação ao jornalismo, como tem sido a evolução em sua opinião?

Hamilton – O rádio sempre foi sinônimo de informação instantânea, rápida. Ele mantém essa característica. O diferencial é que, atualmente, existem outros meios que fornecem notícias online. Na era das múltiplas plataformas de informação, o rádio continua presente. Não é pouca coisa.

J&Cia – Ao lado deste J&Cia, você foi um dos que colaborou para a realização do Prêmio Landell de Moura de Radiojornalismo, que virou lei por iniciativa do vereador Eliseu Gabriel e é organizado pela Câmara Municipal de São Paulo. Como estão os preparativos para a segunda edição do prêmio e quais suas principais características?

HamiltonEduardo Ribeiro, diretor do J&Cia, é o “pai” da ideia de vincular o nome do padre Landell a uma premiação anual a profissionais de radiojornalismo na cidade de São Paulo – um merecido destaque, aliás, já que não havia nenhum prêmio exclusivo para a categoria, ideia que foi abraçada pelo vereador Eliseu Gabriel e transformada em lei. Em meados de 2019 acontecerá a segunda edição, que vai distribuir troféus em quatro categorias: repórter, comentarista, âncora e programa jornalístico. As escolhas serão feitas pelo público. Os mais votados de cada categoria terão seus nomes encaminhados para um júri que irá, então, definir os ganhadores. A Câmara Municipal promoverá a cerimônia de premiação.

Fábio Carvalho fecha acordo para aquisição do Grupo Abril

Fábio Carvalho- Foto: Divulgação
Fábio Carvalho – Foto: Divulgação

O empresário Fábio Carvalho, especialista em aquisição e recuperação de empresas, e os atuais acionistas do Grupo Abril assinaram, nesta quinta-feira (20/12), contrato prevendo a aquisição de 100% das ações do Grupo Abril. Dentre as condições que devem ser cumpridas previamente à efetivação do negócio está a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a injeção de novos recursos na companhia para o financiamento dos esforços de reestruturação. Após a concretização da transação, Carvalho assumirá o controle societário e ocupará a posição de CEO do Grupo.

Segundo nota da Exame que informou sobre o negócio, o empresário contará com a estrutura da Legion Holdings, sociedade de investimentos que fundou, composta por um time de especialistas em renegociações de dívidas e transformações operacionais. Uma vez concretizada a transação, a nova equipe se juntará a executivos do Grupo Abril, bem como aos profissionais da Alvarez & Marsal, hoje responsáveis pela coordenação dos esforços de superação da crise pela qual passam as companhias do Grupo. (Veja+)

Faap amplia cursos nas áreas de comunicação e marketing

Logo Faap

A Faculdade Armando Alvares Penteado (Faap) lançou dois novos cursos de pós-graduação: Branding & Reputação de Marcas e Branded Content & Entertainment. Com início em março de 2019, eles completam o portfólio de programas de especialização da instituição nas áreas de comunicação e marketing.

A pós da Faap tem também os cursos de Comunicação e Marketing Digital, Escrita Criativa e Fotografia: práticas poéticas e culturais. Há, ainda, cursos para o mercado audiovisual: Documentário – estéticas e práticas, Gestão de Produção e Negócios Audiovisuais e Roteiro para Cinema e Televisão. Mais informações no site da Faap ou pelo 11-3662-7449.

Inscrições abertas para o workshop Ferramentas para o jornalismo financeiro

Logo Fundação Gabriel Garcia

A Fundação Gabriel García Márquez para o Novo Jornalismo Iberoamericano abriu inscrições para o workshop Ferramentas para o jornalismo financeiro, em 7 e 8/11/2019 em Medellín, na Colômbia. As inscrições devem ser feitas até o dia 10/1 via formulário. Serão selecionados cinco repórteres colombianos e outros 13 profissionais da América Latina que trabalhem com jornalismo econômico, incluindo brasileiros.

Os interessados devem enviar uma autobiografia com ênfase em sua experiência jornalística e nas suas motivações para participar do seminário. Além disso, devem fornecer uma carta de referência emitida por algum meio de comunicação e submeter algum trabalho jornalístico de sua autoria com publicação nos últimos seis meses.

Agora na Editora Globo, Fábio Gallo reassume a Presidência da Aner

Fábio Gallo
Fábio Gallo

Desligado da Presidência da Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner) em junho, em função de sua saída da Editora Abril, Fábio Petrossi Gallo foi reconduzido ao comando da entidade depois de ser confirmado como novo diretor financeiro da Editora Globo. Nesse período, a entidade foi comandada interinamente pelo ex-presidente Frederic Kachar, também da Editora Globo.

A assembleia geral ordinária realizada em 14/12 definiu ainda José Eduardo Severo Martins, da Panini, como 1º vice-presidente e Marcello Salles Gomes, do Grupo Meio & Mensagem, 2º vice-presidente, além de escolher dirigentes financeiros.

Sérgio Lüdtke faz balanço do projeto Comprova

Sérgio Ludtke
Sérgio Ludtke

Editor-chefe do projeto Comprova, coalizão de 24 veículos de imprensa para combater a desinformação durante a última campanha eleitoral, Sérgio Ludtke divulgou nesta semana três artigos contando detalhes da experiência obtida a partir da iniciativa.

O artigo Combate à desinformação foi produzido para o projeto O jornalismo no Brasil em 2019, de Abraji e Farol Jornalismo. O texto conclui que a exposição do problema da desinformação feita pelas agências de fact-checking e seções de checagem dos veículos não será suficiente para conter as ondas de boatos e rumores.

As ondas de desinformação nas eleições brasileiras traz um relato sobre a experiência do projeto, que verificou 147 boatos e rumores circulando online durante a campanha presidencial de outubro no Brasil, e mostra detalhes de como a desinformação se alastra.

E em O jornalismo colaborativo no projeto Comprova ele mostra como a colaboração será certamente um elemento fundamental para o futuro do jornalismo e como a experiência colaborativa é uma mostra muito importante de boas práticas que devem ser consideradas no planejamento de um trabalho de apuração em equipe.

Abert repudia declaração de Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão criticou declaração do escritor Olavo de Carvalho, guru da família Bolsonaroque por meio de sua conta no Twitter postou a frase “Os jornalistas são os maiores inimigos do povo, seja nos EUA ou no Brasil”. ​A afirmação foi considerada “preocupante” e “fruto de intolerância”. A entidade manifestou-se por meio de uma nota de repúdio. Confira a íntegra:

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) considera preocupante a declaração do escritor Olavo de Carvalho que, pelas redes sociais, afirmou que “os jornalistas são os maiores inimigos do povo, seja nos EUA ou no Brasil”.

A Abert reitera que os jornalistas têm como missão informar, com responsabilidade, a sociedade sobre os assuntos de interesse público. Qualquer ato ou afirmação que distorça o trabalho dos profissionais de comunicação é fruto de intolerância e de total desconhecimento do papel da imprensa em um país democrático.

A Abert está certa de que este não é o pensamento da sociedade e das autoridades brasileiras que prezam a liberdade de imprensa como um valor da democracia.

Willian Waack assinará coluna semanal em A Tribuna, de Santos

Wlliam Waack
Wlliam Waack

Prestes a completar 125 anos, o jornal A Tribuna, de Santos, apresentou nessa terça-feira (18/12) novidades em sua equipe de colunistas e no projeto gráfico. Além de adotar novo tamanho das letras e espaçamento entre as linhas, as páginas do jornal passaram a ser impressas integralmente em cores.

Dentre as novidades editoriais, Willian Waack passa a escrever uma coluna semanal às quintas-feiras. Além dele, Ignácio de Loyola Brandão (às sextas) e Dad Squarisi (às quartas e aos domingos) reforçam o time de colunistas.

“Selecionamos especialistas de várias áreas, assim, o leque de opiniões fica maior e mais consolidado”, afirma o diretor-presidente Marcos Clemente Santini. “Agregar opinião ao noticiário é a melhor forma de auxiliar o leitor a compreender melhor os fatos e se posicionar diante dos acontecimentos”.

Outros colunistas de A Tribuna são Frederico Bussinger, Milton Lourenço, Michel Carvalho, José Luiz Tahan, Renato Melo e Gaudêncio Torquato.

CPJ aponta 251 jornalistas presos por seu trabalho em 2018

Equipamentos de jornalistas

Relatório divulgado em 13/12 pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) mostrou que, pelo terceiro ano consecutivo, o número de jornalistas encarcerados por causa de seu trabalho ultrapassa 250. O documento é publicado desde 1990 e o número de profissionais presos em 2018, 251, é aproximado aos de 2017 (262, o recorde histórico) e 2016 (259).

Turquia (68), China (47) e Egito (25) são pelo terceiro ano consecutivo os países onde está mais da metade dos aprisionados em todo o mundo. A Arábia Saudita, em evidência após o assassinato do jornalista e colunista crítico ao regime saudita Jamal Khasoggi, também está entre os destaques negativos, com ao menos 16 profissionais presos. A Eritreia, com outros 16 jornalistas atrás das grades, completa o topo relatório.

Na América Latina, a Venezuela encabeça o ranking, com três jornalistas encarcerados. O Brasil também aparece, por causa da prisão por difamação do jornalista esportivo Paulo Cezar de Andrade Prado, responsável pelo Blog do Paulinho. A maioria dos detidos (70%) enfrenta acusações de agir contra o Estado, como pertencer ou ajudar grupos considerados terroristas pelas autoridades.

Do total de encarcerados, 33 (cerca de 13% do total) são do sexo feminino, número superior ao registrado em 2017, quando as jornalistas presas representavam 8%. Profissionais freelances representam 30% do total de presos, número semelhante ao de anos anteriores.

Tales Faria deixa o Poder 360

Tales Faria
Tales Faria

Depois de pouco mais de dois anos, Tales Faria informou aos amigos, em um grupo, sua saída da equipe do Poder360/Drive, onde era editor. E pediu: “Não esqueçam de mim quando souberem de uma nova e boa jornada. Com algum dinheiro ‘só pra dar garantia’, como diria o Cazuza”. E disse que deixou o trabalho “amigavelmente”, além de publicar “dois pensamentos”: um trecho de canção de Milton Nascimento e outro de Fernando Pessoa, que reproduzimos:

O trem que chega / É o mesmo trem da partida / A hora do encontro é também despedida / A plataforma dessa estação / É a vida desse meu lugar.

Eu amo tudo o que foi / Tudo o que já não é / A dor que já me não dói / A antiga e errônea fé / O ontem que a dor deixou / O que deixou alegria / Só porque foi, e voou / E hoje é já outro dia.

Sobre a saída dele, disse o diretor Fernando Rodrigues: “Somos grandes amigos e o Tales é um profissional de nível extraordinário. A saída dele foi absolutamente tranquila e tenho certeza de que ele em breve estará brilhando, como grande jornalista que é”.

Formado pela UFRJ, Tales integrou a equipe do site Os Divergentes, foi vice-presidente e publisher do iG, colunista, repórter, diretor e editor de alguns dos grandes veículos de comunicação do País, como IstoÉ, O Globo, Folha de S.Paulo e JB. Ganhou diversos prêmios, entre eles o Jabuti, na categoria Livro Reportagem, com Todos os sócios do presidente, sobre o impeachment de Fernando Collor de Mello.

Últimas notícias

pt_BRPortuguese