Relatório divulgado em 13/12 pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) mostrou que, pelo terceiro ano consecutivo, o número de jornalistas encarcerados por causa de seu trabalho ultrapassa 250. O documento é publicado desde 1990 e o número de profissionais presos em 2018, 251, é aproximado aos de 2017 (262, o recorde histórico) e 2016 (259).
Turquia (68), China (47) e Egito (25) são pelo terceiro ano consecutivo os países onde está mais da metade dos aprisionados em todo o mundo. A Arábia Saudita, em evidência após o assassinato do jornalista e colunista crítico ao regime saudita Jamal Khasoggi, também está entre os destaques negativos, com ao menos 16 profissionais presos. A Eritreia, com outros 16 jornalistas atrás das grades, completa o topo relatório.
Na América Latina, a Venezuela encabeça o ranking, com três jornalistas encarcerados. O Brasil também aparece, por causa da prisão por difamação do jornalista esportivo Paulo Cezar de Andrade Prado, responsável pelo Blog do Paulinho. A maioria dos detidos (70%) enfrenta acusações de agir contra o Estado, como pertencer ou ajudar grupos considerados terroristas pelas autoridades.
Do total de encarcerados, 33 (cerca de 13% do total) são do sexo feminino, número superior ao registrado em 2017, quando as jornalistas presas representavam 8%. Profissionais freelances representam 30% do total de presos, número semelhante ao de anos anteriores.