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Governo nomeia militar para dirigir a EBC e nova diretora de Jornalismo

Logo EBC

Um dia antes, unifica canais público e estatal. Entidades protestam

Roni Baksys Pinto

Roni Baksys Pinto assumiu em 10/4 a diretoria-geral da EBC. Desde o início do ano ele chefiava a assessoria da Presidência da empresa. Roni é graduado pela Academia Militar de Agulhas Negras e é especialista em planejamento estratégico, governança e gestão. Sirlei Batista também foi nomeada a nova diretora de Jornalismo, em substituição a Estevão Damázio.

Com experiência de mais de 35 anos na Administração Pública, Roni atuou em diversas funções de gestão, militares e civis, em órgãos como Ministério da Defesa, Hemobrás e Presidência da República. Na EBC, exerceu, entre 2015 e 2016, a Gerência Executiva da Regional Sudeste, retornando à empresa em 2018, como chefe de gabinete da Diretoria de Administração, Finanças e Pessoas.

Sirlei Batista

Graduada em Jornalismo, Sirlei integrou o quadro de funcionários da TV Nacional em 1978, transformada em Radiobras e, posteriormente, na EBC. Exerceu funções de repórter, editora, chefe e assessora. Entre 2016 e 2018, foi gerente executiva de Serviços.

Um dia antes (9/4) a empresa formalizou a unificação da TV Brasil – principal canal público de televisão do País – com a emissora estatal NBR, que veicula atos e informações do Governo Federal. A medida consta na Portaria nº 216, assinada pelo presidente da empresa, Alexandre Graziani Jr.

O ato, que já havia sido anunciado pelo governo há algumas semanas, teve ampla repercussão entre entidades do setor por constituir-se, segundo nota publicada em 11/4, “uma violação do princípio constitucional da complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal de comunicação, expresso no artigo 223 da Constituição”. No documento, elas afirmam que ao juntar as duas emissoras o governo Bolsonaro enterra o projeto de comunicação pública com foco no cidadão e pautado pela pluralidade, diversidade e independência de conteúdo. Além disso, dizem, a portaria desrespeita a própria lei da EBC em vigor, que prevê a “autonomia em relação ao Governo Federal para definir produção, programação e distribuição de conteúdo no sistema público de radiodifusão” (inciso VIII, parágrafo 2º, da Lei 11652/2008). Elas também criticam no documento a nova programação anunciada pela TV Brasil (ver nota a seguir). E denunciam que “as emissoras da EBC vêm sofrendo com fechamento de retransmissoras em diversos estados, além de sucateamento de equipamentos, censura de matérias ou conteúdos que desagradam o governo, entre outras arbitrariedades que atentam contra o direito à comunicação e ao exercício da liberdade de expressão, garantias básicas da democracia”.

De acordo com a EBC, “na TV de todos os brasileiros, o agronegócio, as fabricações brasileiras, a ciência, a engenharia, o turismo nacional são exemplos de temas que terão destaque na tela. Sétima TV mais vista do País, entre canais abertos e fechados, segundo o Kantar IBOPE, a emissora vai mostrar o Brasil a partir de novos olhares […]. Surge com a integração de equipes, recursos, meios e instalações da empresa, agregando conteúdos produzidos pelo núcleo NBR. Responsável pela cobertura de atos e matérias do Governo Federal, a NBR fará novas produções, mantendo a prestação de serviço de distribuição de conteúdo do Governo para veículos de comunicação de todo o País, como coberturas das agendas presidenciais e entrevistas coletivas dos ministros.

Prêmio Jatobá PR receberá cases desde janeiro de 2018

Iniciativa foi proposta em café da manhã de lançamento, em 29/3, e aceita pelo Conselho Deliberativo do Gecom

Foi ampliado o período válido de realização de trabalhos para inscrição no Prêmio Jatobá PR deste ano. Em vez de aceitar inscrições de cases produzidos de 1º/10/2018 a 23/9/2019, o prêmio aceitará os que forem feitos de 1º/1/2018 a 23/9/2019.

A proposta foi feita por Claudia Rondon, presidente do Conselho Diretivo da Abracom, no lançamento da premiação, em café da manhã realizado em 29/3, no Hotel Renaissance, em São Paulo, e aceita pelo Conselho Deliberativo do Grupo Empresarial de Comunicação (Gecom), organizador do prêmio. Com isso, o período total a ser considerado na produção de cases com perspectivas de inscrição no Jatobá PR é de quase 21 meses, um ganho de nove meses em relação à proposta original. Há, porém, uma exigência: a de que sejam cases inéditos no âmbito do Jatobá PR, ou seja, não podem ter concorrido em edições anteriores, conforme determina o novo regulamento da premiação. O pleito levou em consideração a própria dinâmica de trabalho das agências, que utilizam, no geral, o ano “cheio” para seu planejamento e consolidação dos projetos.

“Entendemos”, diz Hélio Garcia, sócio-fundador do Gecom, “que a premiação se fortalece ainda mais com essa mudança, inclusive por permitir que bons cases que eventualmente tenham perdido o prazo na última edição, muitas vezes por pequenos detalhes, tenham novamente a chance de concorrer. E se o objetivo principal do Jatobá PR é dar vida e relevância aos melhores projetos de PR da América Latina, nada melhor do que ampliar as chances de participação”.

As inscrições ao Prêmio Jatobá PR foram abertas no último dia 2 de abril e podem ser feitas diretamente no www.jatobapr.com.br. Nessa mesma data entrou no ar o novo site do Banco de Cases do prêmio, que põe à disposição do mercado os cerca de 250 cases inscritos nas duas primeiras edições do Jatobá PR, por mais de cem agências, entre grandes e butiques.

Maiores informações com Mayumi Yoshinaga, pelo [email protected].

A inaceitável tentação da censura dá as caras novamente no confronto entre PGR e STF

Logo justiça

Sem meias palavras, entidades denunciam que iniciativa do STF é pura censura à revista Crusoé e ao site O Antagonista

O Brasil, como mostra a ampla repercussão do tema, sobretudo na mídia, assiste estarrecido aos embates de Brasília envolvendo a PGR e o STF, com respingos em várias outras instituições e setores da sociedade. A censura determinada pelo ministro Alexandre Moraes, a pedido do colega e presidente do STF, Dias Tofolli, mostrou-se um tiro no pé, não necessariamente deles, mas de todo o País, que vê na falta de compostura de vários de seus “líderes” um cenário de terra de ninguém e de desesperança.

A censura à revista Crusoé e ao site O Antagonista foi prontamente denunciada por entidades jornalísticas como ABI, Abraji, Aner e ANJ, que classificaram a decisão como atentado à liberdade de imprensa. A ABI chamou a medida de “teratológica”. A Abraji afirmou ser “grave acusar quem faz jornalismo com base em fontes oficiais e documentos de difundir fake news, independentemente de o conteúdo estar correto ou não”. Aner e ANJ declararam em nota conjunta que “a decisão configura claramente censura, vedada pela Constituição, cujos princípios cabem ser resguardados exatamente pelo STF”. A OAB também emitiu nota condenando a decisão.

A mídia, de um modo geral, está cumprindo o seu papel de defender a liberdade de imprensa, não como uma atitude corporativista, mas sim no interesse maior da sociedade. E certamente estará mais atenta ainda aos próximos passos dessa barafunda em que se meteram atores institucionais que deveriam ser exemplo e farol da nação. E não o contrário.

Coletivo de comunicação lança livro sobre jornalismo na periferia

Equipe do coletivo

O Desenrola e não me Enrola, coletivo de comunicação formado por jovens comunicadores das periferias, lança o livro Você repórter da periferia: Visões e vivências do jornalismo nas periferias.

A obra retrata as transformações sociais, profissionais e culturais que os integrantes do coletivo vivenciaram desde a criação de um portal de notícias, em 2013. No ano seguinte, o coletivo passou a realizar o projeto Você repórter da periferia, programa de formação de jovens, que oferece durante sete meses o contato com oficinas técnicas e imersões jornalísticas. Com 92 páginas, o livro está à venda no site da editora FiloCzar por R$ 30.

Estadão Verifica fecha parceria com Facebook

Estadão Verifica

Estadão Verifica é o novo programa de verificação de fatos do Facebook no Brasil. Os checadores do programa vão analisar diariamente conteúdo postado na plataforma que for denunciado como suspeito pelos próprios usuários da rede social. As publicações marcadas como falsas terão menos exposição e circulação reduzida. A iniciativa faz parte de um programa global do Facebook que teve início em dezembro de 2016, com o objetivo de conter o fluxo de desinformação na plataforma, e está hoje presente em 46 países. No Brasil, o projeto foi lançado em maio de 2018 e já conta com os parceiros Agência Lupa, Aos Fatos e AFP. Desde então, já foram checados no país mais de 700 conteúdos.

Um pré-requisito para participar do programa é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta.

Estadão Verifica, núcleo de fact checking do Grupo Estado, foi lançado em junho de2018. Desde então, leitores enviaram mais de 138 mil mensagens ao número de WhatsApp dedicado a receber denúncias de conteúdo potencialmente enganoso (11-992-637-900).

Thomson Reuters oferece treinamento para cobrir tráfico humano e escravidão moderna

Tráfico humano

A Fundação Thomson Reuters recebe até 1º/5 inscrições para o curso Como cobrir tráfico humano e escravidão moderna. Realizado com o apoio da Fundação C&A, o curso foca na produção de reportagens de alto impacto e ampla disseminação. O programa vai abordar questões éticas na cobertura do assunto e oferecerá informações sobre a situação do problema no País, padrões globais para combater a escravidão moderna, incluindo ferramentas como convenções e um novo protocolo, com vínculo jurídico, que obriga os países a agirem. As aulas serão ministradas entre 3 e 7/6, em São Paulo.

Podem participar jornalistas brasileiros com pelo menos três anos de experiência e que trabalhem em período integral ou contribuam regularmente para empresas de mídia no País. Profissionais que participaram de outros cursos oferecidos pela Fundação nos últimos dois anos não podem se candidatar. Jornalistas que moram em outros locais terão os custos de deslocamento e alojamento cobertos pelo programa. Os alunos também serão orientados sobre questões de segurança para o exercício das atividades.

Mais informações e inscrições no site da instituição.

J&Cia Livros publica último volume da série Crítica de Jornalismo

Capa do livro Crítica de Jornalismo

Já está disponível na Amazon.com.br o quinto e último volume da série Crítica de Jornalismo, de José Paulo Lanyi. Nesta edição o autor aborda, entre vários outros artigos, uma polêmica discussão travada com Olavo de Carvalho, guru do presidente Jair Bolsonaro. “Classifiquei-o de pseudojornalista, e numa de suas respostas ele me chamou de difamador. Acho importante reproduzir essa controvérsia’, diz Lanyi. “Penso ter descortinado em minha réplica o método argumentativo do ideólogo do Governo Bolsonaro”. A obra está disponível apenas para plataforma digital pelo preço de R$ 4,90.

A coletânea reúne textos, análises, entrevistas e provocações do jornalista, escritor e cineasta, que presentemente atua em consultoria de comunicação, palestras e na pré-produção do longa-metragem Bodega. Os artigos foram publicados originalmente nos portais Comunique-se e Observatório da Imprensa, e ganharam sua primeira edição impressa em 2012, com prefácio de Moacir Japiassu.

Luiz Rila deixa a Comunicação do Governo do Estado – RJ

Luiz Rila
Luiz Fernando Rila

Luiz Fernando Rila deixa o cargo de subsecretário de Comunicação do Governo do Estado e volta a morar em Brasília. O governador Wilson Witzel está viajando e só na volta deve nomear um substituto.

O motivo da saída seria a possibilidade de a Comunicação do Estado, hoje vinculada à Secretaria de Governança (antiga Casa Civil), passar para a Secretaria de Governo, atualmente comandada por Gutemberg de Paula Fonseca, conforme notícia de Márcio Ehrlich, na Janela publicitária.

Crimes cibernéticos desafiam legislações internacionais, autoridades e imprensa

Cyber Crime

Especial Reino Unido

Luciana Gurgel

Por Luciana Gurgel (@lcnqgur), especial para o J&Cia

A ausência de fronteiras geográficas no mundo digital tende a provocar situações complexas na medida em que países começam a implantar legislações para regular os serviços. Exemplo recente é a detenção de uma britânica de 55 anos, ao retornar a Dubai para o funeral do ex-marido, aonde chegou acompanhada da filha adolescente de ambos.

O motivo da prisão: em 2016, depois da separação, e morando no Reino Unido, ela viu as fotos do novo casamento do ex, que continuou a viver em Dubai.  Postou comentários raivosos na conta dele. Chamou-o de “idiota” pela união com a outra mulher, a qual classificou nada elegantemente como “égua”.

Na época, a nova esposa denunciou às autoridades a infração à rigorosa lei local de crimes cibernéticos. O resultado foi uma sentença de dois anos de prisão para a infratora. Mas a britânica desconhecia o mandado e acabou detida ao desembarcar em Dubai. Entidades de direitos humanos entraram no circuito para tentar reverter a pena, enquanto a filha teve que voltar sozinha para Londres.

Curioso é que o desabafo foi postado no Reino Unido, onde a ex morava, e não no país onde o marido vivia. À parte o “barraco” familiar, o caso demonstra o desafio de legislar sobre algo sem fronteiras. Vale a lei do local de origem do comentário ou onde vive a vitima? Ou aquela vigente na sede da rede social? E quem decide?

O caso também levanta preocupações para quem viaja. Comentando o caso, o editor de viagens da BBC observou que estrangeiros em Dubai que escrevam a partir de seu quarto de hotel sobre assuntos proibidos pela lei local poderiam igualmente acabar sua visita na prisão.E

White Paper da nova legislação sobre mídias digitais – Esse imbroglio prenuncia as dificuldades de regulamentação do setor, como pretende a nova lei anunciada pelo Reino Unido. Na última segunda-feira, foi publicado o white paper do pacote destinado a estabelecer controles sobre as mídias sociais aqui, motivado pelo caso de uma adolescente que tirou a própria vida e em cujas redes sociais o pai achou posts sobre suicídio.

O objetivo é combater o chamado conteúdo ofensivo, que inclui terrorismo, suicídio, bullying e automutilação. O Governo declara a intenção de transformar o Reino Unido no primeiro país a estabelecer um marco regulatório que reflita o compromisso com a internet livre e segura. O “livre” não é consenso. O pacote foi recebido com reservas por entidades que defendem liberdade de expressão.

O texto ficará 12 semanas em consulta pública, e levará dois anos para entrar em vigor. Está ainda em discussão se o órgão fiscalizador será o Ofcom, que já supervisiona TVs e rádios, ou se haverá um novo órgão, como um “Ofweb”.

A minuta prevê que as empresas digitais poderão ser multadas ou mesmo tiradas do ar se não removerem conteúdos ofensivos que veicularem, derrubando a tese de que seriam apenas plataformas, sem responsabilidade pelas publicações dos usuários. E os dirigentes poderão ser punidos civil e até criminalmente.

Chamou a atenção ainda o fato de que o pacote vai além das redes sociais, como Facebook e Twitter, abrangendo também ferramentas de busca, serviços de mensagem, fóruns online e serviços de armazenamento de arquivos na nuvem. Ou seja, todos os que permitam ao usuário compartilhar ou ter acesso a conteúdo gerado por outros usuários, ou que proporcionem interação.

A publicação Wired, especializada em tecnologia, fez vários questionamentos. Um deles é: até que ponto esse white paper, quando virar lei, em 2021, ainda será relevante diante da rápida evolução do mundo digital?  Ela indaga também se as mensagens privadas trocadas via WhatsApp estariam sujeitas à nova lei.

Outra questão apontada é particularmente interessante para empresas jornalísticas que mantêm área de comentários dos usuários em seus portais e sites. Estariam elas equiparadas às redes sociais e assim sujeitas à nova lei, visto que muitos desses comentários são agressivos, preconceituosos ou até dirigidos a determinadas pessoas, configurando ofensa pessoal?

No lançamento do white paper, o secretário de Home Office, responsável pela segurança pública, assegurou que a nova regulamentação não se aplica às empresas jornalísticas, já que estas são reguladas por outras leis. Mas para a Wired, o texto não esclarece isso, assim como outros pontos, que certamente renderão muitos debates.

Para quem tiver interesse em saber mais sobre a proposta, ela está disponível online.

Criando Pontes debate empreendedorismo social da quebrada

Periferia

A produtora A Banca realiza em São Paulo nesta terça-feira (16/4), das 8h30 às 12h, no Auditório da FGV (av 9 de Julho, 2.029), o evento Negócios de Impacto da Periferia – Criando Pontes, em parceria com Artemisia e Centro de Empreendedorismo e Negócios da Fundação Getulio Vargas (FGVcenn).

Os desafios e aprendizados dos empreendedores periféricos no ecossistema de impacto social será um dos temas do evento, cuja proposta é criar pontes para ligar as periferias e o centro por meio de trocas, desconstruindo as barreiras sociais e econômicas para aproximar os dois lados da cidade.

No evento, a produtora A Banca anunciará quais são os dez empreendedores selecionados para a terceira turma da Aceleradora de Negócios de Impacto da Periferia (Anip), cujo processo contou com a análise de 168 negócios de todas as periferias da cidade de São Paulo.

O credenciamento da imprensa pode ser solicitado pelo [email protected] ou [email protected].  

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