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domingo, maio 18, 2025

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Executivo da BBC defende mudança nas regras de controle de mídia no Reino Unido

Objetivo é estancar a desigualdade em relação aos gigantes americanos, que, livres, veem a audiência multiplicar-se de forma exponencial 

Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia (*)

Pura coincidência: no dia seguinte à cerimônia do Emmy, em que a Netflix empatou com a HBO, levando para casa 23 estatuetas, o tema da Conferência Bienal da Royal Television Society (RTS), realizada em Londres na terça-feira (18/9), foi justamente o impacto dos provedores via streaming sobre as TVs. Tony Hall, diretor-geral da BBC, fez um incisivo discurso defendendo mudança nas regras de controle de mídia, para que as emissoras possam competir em igualdade de condições contra os por ele denominados “gigantes americanos” Netflix, YouTube e Amazon.

O discurso repercutiu em vários jornais. Hall afirmou que, sob a atual legislação, as emissoras competem “com uma das mãos atada às costas”, já que as companhias de tecnologia não estão submetidas às mesmas regras em aspectos como concorrência, propaganda, impostos e cotas de produção.

Segundo o diretor da BBC, Netflix e Amazon investem £10 bilhões por ano em conteúdo, dos quais apenas £ 150 milhões em produções no Reino Unido. Ao mesmo tempo, afirma, o investimento das principais emissoras caiu, resultando em redução da oferta de conteúdo local. Na visão de Hall, as pessoas querem ver conteúdo identificado com a sua realidade. Ele defende a importância desse conteúdo não apenas do ponto de vista comercial ou institucional para as emissoras, mas também para a consolidação de uma identidade nacional.

Ele parece estar certo. Ironicamente, um dos mais importantes Emmys conquistados pela Netflix foi justamente o de Melhor Atriz para a inglesa Claire Foy, no papel da Rainha Elizabeth, em The Crown.

O diretor-geral dimensionou a perda de terreno para as plataformas. Segundo ele, o tempo dedicado à BBC por jovens caiu de 11,5 para 7,5 horas por semana. Menos que o tempo que destinam a Spotfy e YouTube, que juntos ocupam oito horas semanais. A audiência jovem da Netflix é equivalente à dos canais BBC transmitidos por TV e iPlayer somados, segundo a BBC.

Enquanto a mudança das regras não é atendida, Hall anunciou a intenção de aprimorar o BBC iPlayer, aumentando a oferta de conteúdo para jovens, além de destinar mais investimento a produções fora de Londres. O objetivo é refletir melhor a realidade de todo o Reino Unido e assim ganhar maior identificação com o público.

O papel da BBC na produção de jornalismo de credibilidade também foi destacado por Hall, como antídoto ao que chamou de “praga das fake news“. Com ele concordou o secretário de Cultura do Reino Unido, Jeremy Wright, que na mesma conferência conclamou as emissoras públicas a se empenharem ainda mais na conquista da confiança do público com jornalismo de qualidade.

Nesse aspecto, a força da BBC continua reconhecida. No Digital News Report 2018, publicado pelo Instituto Reuters em junho, a emissora figura com os mais altos índices de confiança, acompanhada por Channel 4 e ITV, superando veículos como The Times e Sky News. O relatório revela que a confiança no jornalismo manteve-se estável no Reino Unido: 42% dos entrevistados confiam no jornalismo de forma geral; 54% confiam nos veículos que assistem ou leem; 23% afirmaram confiar nas notícias obtidas por meio de buscas e 12%, nas notícias recebidas via mídias sociais.

Luciana Gurgel

(*) Luciana Gurgel é jornalista formada pela UFF, trabalhou no Globo e em 1988 fundou, com Aldo De Luca, a Publicom, agência de comunicação que em 1998 tornou-se afiliada da Golin / Weber Shandwick e em 2010 fundiu-se com a S2. Em 2016, a S2Publicom foi adquirida pelo IPG, tornando-se a atual Weber Shandwick Brasil.

Roberta Yoshida assume a Comunicação do Instituto Niemeyer

Roberta Yoshida
Roberta Yoshida

*Por Cristina Vaz de Carvalho, editora do J&Cia no Rio de Janeiro 

Roberta Yoshida, da Radar PR (PR1), assumiu a Diretoria de Comunicação e Marketing do Instituto Niemeyer de Políticas Públicas, Culturais e Econômicas. Seu papel, ao lado de Paulo Niemeyer – bisneto de Oscar Niemeyer –, será resgatar a relação das pessoas com a arquitetura como um dos pilares de cunho social.

Entre suas principais atividades está o Fórum Mundial Niemeyer, programado para outubro, de 16 a 21, no Rio de Janeiro. A ação – em parceria com ONU-Habitat, Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ) e Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-RJ) – tem como foco discutir os desafios das cidades contemporâneas e países em desenvolvimento.

Thomas Traumann discute em livro o papel dos ministros da Fazenda

Capa do livro
Capa do livro

*Por Cristina Vaz, editora do J&Cia no Rio de Janeiro

Depois do lançamento em São Paulo, na terça-feira (18/9), Thomas Traumann lança, no Rio, nesta quinta-feira (27/9), O pior emprego do mundo, pela editora Planeta. O autor define o cargo de ministro da Fazenda do Brasil: “Poucas pessoas sofrem tanta pressão e em nenhum país alguém tem tantas atribuições, fruto da crônica dependência governamental da economia brasileira. Se a inflação subiu, como fica a geração de postos de trabalho, quanto dinheiro cada brasileiro poderia retirar da sua caderneta de poupança, se o País vai parar de pagar sua dívida com os bancos estrangeiros, e até qual deveria ser o preço da passagem de ônibus – tudo é culpa do ministro. O seu chefe, o presidente, só se preocupa com um índice: o da popularidade”.

Traumann é hoje pesquisador de políticas públicas da FGV-Rio e consultor independente. Foi ministro de Comunicação Social, presidente do Conselho de Administração da EBC, membro do conselho de empresas seguradoras. Trabalhou nas redações de Folha de S.Paulo, Veja e Época, e em agências de comunicação corporativa.

Nas entrevistas com 15 ex-ministros e mais uma extensa pesquisa, ele reconta a história recente da economia brasileira. É um retrato sobre o jogo do poder de Brasília, como ele é exercido, quem o exerce e como ele muda a vida de cada um. Às 19h, na livraria Saraiva do Shopping Rio Sul (rua Lauro Muller, 116, loja 301).

Prêmio Garcia Márquez seleciona nove reportagens brasileiras

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O Prêmio Garcia Márquez, que reconhece os melhores trabalhos ibero-americanos no ano, tem 40 histórias selecionadas, entre elas, nove do Brasil. De acordo com a Fundação Gabriel Garcia Márquez para o Novo Jornalismo Ibero-Americano, foram inscritos 1.714 trabalhos para a sexta edição da premiação, distribuídos em quatro categorias: Texto, Imagem, Cobertura e Inovação. Os indicados brasileiros são: Texto – Piauí, com duas reportagens: Meu guri e O massacre de Pau D’Arco; Imagem – O Globo (Aqui no Haiti), Agência Pública (Feridos pelo Estado) e GloboNews (Filhos de Ruanda); Cobertura – G1 (Monitor da violência) e Época (Crime sem fronteiras); e Inovação – Metrópoles (Chacinas nos presídios: Conheça as 123 histórias dos detentos mortos) e AFP-Brasil (Balas perdidas).

Nos próximos dias serão anunciados três finalistas em cada categoria e os vencedores, conhecidos em 4/10, em Medellín (Colômbia).

Colmeia Podcast renova o som da notícia

Colmeia

Sérgio Carvalho, Alexandre Carauta e Júlio Lubianco lançaram o Colmeia Podcast. O portal sonoro reúne um time de jornalistas especializados que vão trazer, semanalmente, entrevistas, novidades, tendências e curiosidades sobre os mais variados temas. No lançamento, Sérgio e Alexandre comandam O negócio é esporte, talk show sobre marketing esportivo, e conversam com executivos da área sobre novidades, bastidores e tendências dessa indústria tão próxima do nosso dia a dia. Fernando Miragaya pilota o Autorama, com informações úteis, curiosidades e novidades sobre automóveis. Para os corredores de plantão, Iuri Totti apresenta o Corrida informa, com atualizações sobre treinos, alimentação e equipamentos.

Alex Campos conduz o Faça as pazes com o dinheiro, com dicas sobre investimentos, quitação de dívidas e recomendações para a saúde financeira. Já Renata Rodrigues apresenta o Pequenos viajantes, grandes aventuras, com dicas e sugestões para planejar e aproveitar ao máximo as viagens com crianças. Para os simpatizantes do cada vez mais sortido e concorrido universo cervejeiro, Carolina Barbosa traz entrevistas, esclarecimentos, histórias e indicações exclusivas no Por dentro da cerveja. Igualmente saborosos são os casos contados no Cada palavra, uma história pelo professor Deonísio Silva, que passeia por curiosidades de expressões da língua portuguesa. Um banquete musical também integra o cardápio de estreia do Colmeia, com o tradicional programa Ronca ronca, apresentado pelo DJ Mauricio Valadares.

Júlio Lubianco, mestre em Mídia e Comunicação pela London School of Economics (LSE), foi gerente de Jornalismo da CBN e um dos idealizadores do Brio Hunter. Sérgio Carvalho foi produtor-executivo da Rádio Globo e coordenador nacional da CBN. Alexandre Carauta, mestre em Gestão Empresarial pela FGV, foi editor executivo do Jornal do Brasil e integra a equipe de pesquisadores do Laboratório de Mídias Digitais (LabMid) da PUC-Rio.

Prêmio Estácio de Jornalismo anuncia finalistas

Prêmio Estácio

O Prêmio Estácio de Jornalismo anunciou nessa segunda-feira (24/9) seus 24 finalistas. A entrega dos prêmios aos vencedores será em 31/10, durante cerimônia no hotel Hilton de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Participaram da edição deste ano 334 reportagens e as 24 finalistas concorrem em nove categorias a prêmios de R$ 10 mil (mídias regionais), R$ 15 mil (mídias nacionais) e R$ 25 mil (Grande Prêmio Estácio). O concurso recebeu desde a sua criação a inscrição de 2.145 reportagens. A edição de 2018 teve participantes de 23 estados e do Distrito Federal. Os veículos regionais representaram 79% dos inscritos. Confira os finalistas.

Humor e jornalismo fecham temporada do Clube da Imprensa

A terceira temporada do Clube da Imprensa chega ao fim nesta terça-feira (25/9) reunindo humoristas que transformam notícias e seus personagens em engraçadíssimas paródias. O tema é Quando o humor vira notícia. A ideia é mostrar como se inspiram os profissionais que transformam em piada as mazelas e os personagens da vida nacional e mundial.

O painel contará com as participações de Thiago de Souza e Daniel Battistoni, conhecidos como Os Marcheiros. Eles marcam presença na cobertura jornalística do País com bem-humoradas charges musicais. Responsável pelas letras, Thiago é advogado e humorista; Daniel é professor de música e cuida das melodias. A mais conhecida das composições da dupla é a Marchinha do Japonês da Federal, que transformou o agente da PF de Curitiba no rosto da Operação Lava Jato.

Os encontros do Clube, no Tubaína Bar, em São Paulo (na Rua Haddock Lobo, 74), começam com uma happy hour, às 18h, som ambiente nas picapes e por volta das 20h, os debates. Como cortesia, o Tubaína Bar vai oferecer o segundo chope – ou Tubaína. Terá transmissão ao vivo pelo Facebook do Clube da Imprensa.

Criado por Hélio GomesMilton GamezRica Ramos, Denize BacoccinaClayton MeloEdson Franco e Marcia Minilo, o Clube conta com apoio institucional da Aner e divulgação de Jornalistas&Cia, Portal dos Jornalistas, Comunique-se e A Vida no Centro.

Time é vendida por US$ 190 milhões ao dono da Salesforce

Marc Benioff
Marc Benioff

A revista Time, umas das publicações mais tradicionais dos Estados Unidos, foi vendida por US$ 190 milhões ao bilionário Marc Benioff, dono da empresa de tecnologia Salesforce. A venda ocorre menos de um ano após a revista ter sido adquirida pelo grupo de mídia Meredith. A Time tem mais de 100 milhões de leitores em suas versões impressa e digital e 40 milhões de seguidores em suas redes sociais.

A Meredith, que comprou a Time Inc. por US$ 2,8 bilhões em novembro de 2017, colocou à venda quatro publicações. As revistas Fortune, Money e Sports Illustrated ainda estão em negociação. A empresa permanece com a People, semanal sobre celebridades, além de outras revistas dirigidas ao público feminino, como Better Homes and Garden, e Family Circle, bem como 17 estações de TV.

Revista Cidadão do Mundo circula em outubro

Capa revista

Prevista para circular em outubro, a Revista Cidadão do Mundo será um espaço editorial para programas, projetos, ações e parcerias, envolvendo ONGs, empresas, governos e o cidadão comum. O projeto é de Valéria Flores, que, após sete anos produzindo o caderno Eu Acredito!, no jornal Hoje em Dia, assim como as edições do Prêmio Cidadãos do Mundo, investe nessa iniciativa em parceria com a agência de publicidade Star Comunicação.

“Nós seremos porta-vozes e vitrine para contar as realizações que emocionam e transformam a sociedade, unidos em uma rede do bem para buscar um mesmo resultado: a multiplicação da solidariedade. Bem-vindos! A casa é de vocês e o prazer é todo nosso em receber, informar, divulgar e mobilizar!”, afirma Valéria.

Formada pela PUC Minas e pós-graduada em Comunicação e Marketing Corporativo pela Fundação Santo Agostinho, Valéria foi assessora de Comunicação do Centro de Apoio ao Terceiro Setor do Ministério Público de Minas Gerais e coordenadora de comunicação de cinco edições do evento nacional Encontro do Terceiro Setor de Minas Gerais. Mais informações e envios sugestões de pauta pelo ppcvalflores@gmail.com.

Revelações sobre o programa nuclear brasileiro

Capa do Livro

Tania Malheiros lança na terça-feira (25/9), pela editora Lacre, o livro Bomba atômica! Pra quê? – Brasil e energia nuclear. A autora avança e aprofunda nas informações e documentos reunidos em suas duas primeiras publicações sobre o tema: Brasil, a bomba oculta, de 1993, e Histórias secretas do Brasil nuclear, de 1996. Das 19h às 22h, no restaurante Lamas (rua Marquês de Abrantes, 18). Informações pelo 21-996-015-849.

Nesse novo livro, ela atualiza a história secreta do enriquecimento de urânio no Centro Experimental de Aramar, da Marinha, e os negócios com Iraque e China. Algumas revelações foram noticiadas no The Times londrino. A maioria dos atuais candidatos à Presidência da República preferiu não manifestar opinião sobre temas como a bomba atômica, pressões internacionais, usinas nucleares e submarino de propulsão nuclear.

Tania Malheiros escreve sobre energia nuclear desde 1986. Seu primeiro destaque nessa área foi pela Folha de S.Paulo, com a revelação de vazamento de radiação na usina nuclear Angra I. Em O Estado de S. Paulo, foram seis anos com reportagens exclusivas, entre elas denúncias de altos índices de radiação na Usam. No Rio, trabalhou também em O Globo e na Agência Estado/Broadcast. No Jornal do Brasil, em 1996, revelou acidentes com radiação no Centro Experimental Aramar, o que lhe valeu o Esso de Jornalismo na categoria Científica, tecnológica e ecológica. Atualmente, escreve sobre o tema em seu blog.

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