Após mais de 20 anos na RBS TV, Alice Urbim, gerente executiva de Programação e Entretenimento, vive suas últimas semanas de RBS. Ficará até setembro e, após a transição, será sucedida pelo gerente executivo Marco Gomes.
“A vida é feita de ciclos”, diz Alice. “E, como sou uma eterna aprendiz, chegou a hora de exercitar um outro olhar para a vida”. Em meio às novas atividades que assumirá, uma já está acertada: será madrinha do projeto Porto Alegre em Cena, em setembro, reforçando sua atuação e conexão com artes e espetáculos.
O ministro da Justiça Sergio Moro será entrevistado durante o 14º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji. Ele é convidado do painel Segurança Pública e Direitos Humanos, em 28/6, às 11 horas.
A entrevista será realizada em auditório com capacidade para 410 pessoas, em que a plateia poderá fazer perguntas, com a moderação da equipe da Abraji. Marcado de 27 a 29/6, no campus Vila Olímpia da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, o Congresso da Abraji tem apoio de divulgação deste J&Cia e do Portal dos Jornalistas.
Vice-presidente para assuntos globais do Google, Kent Walker, durante o evento Google For Brasil, em São Paulo / Divulgação
A Google News Initiative (GNI), do Google, anunciou em 6/6 uma parceria com a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) para a realização de webinários e conteúdos que têm por objetivo melhorar o fluxo de trabalho e o negócio de redações em todo o Brasil. O acordo integra investimentos de R$ 2 milhões do Google em associações e consórcios de mídia brasileiros por meio da GNI, que desde 2018 engloba outras frentes de apoio da empresa norte-americana a iniciativas jornalísticas.
Além da parceria com a ANJ, os recursos da GNI destinados a associações e consórcios serão alocados em outras frentes. Em uma delas, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) volta a liderar, em 2019, o projeto Comprova, agora em sua segunda edição. A iniciativa colaborativa reuniu 24 empresas de mídia do Brasil durante a campanha eleitoral de 2018. Por 12 semanas a coalizão monitorou e verificou a veracidade de informações compartilhadas por fontes não oficiais nas redes sociais e em aplicativos de mensagens. Em outra, o Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) estará à frente da próxima fase do Projeto Credibilidade, um consórcio de mídia que está construindo padrões para identificar o jornalismo de qualidade online. (Veja+)
Sérgio Aguiar, que deixou a GloboNews em janeiro, começou na Record TV. Ele será um dos quatro apresentadores de um novo formato jornalístico que a emissora vai estrear em agosto, o Jornal da Record 24Horas. Serão quatro boletins diários de sete minutos espalhados na programação. Aguiar irá ancorar o último, pouco depois da meia-noite.
Janine Borba, até recentemente no Domingo Espetacular, também está no projeto. Ela deverá apresentar o boletim que irá ao ar durante o Cidade Alerta, depois das 18 horas. Os outros boletins serão no Hoje em Dia e durante as novelas da tarde. (Com informações de Daniel Castro, no Notícias da TV).
Medidas regulatórias em
estudo, por outro lado, podem atingir e acabar cerceando também os canais independentes
Os cenários nada favoráveis para os veículos impressos que
vêm sendo projetados aqui no Reino Unido parecem mesmo ser uma tendência
irreversível. Desta vez, a má notícia vem da agência Group M, que em seu
relatório anual publicado esta semana sobre investimentos em propaganda apontou
que a receita publicitária de jornais e revistas não deve alcançar nem os 10%
do total do bolo deste ano.
A parcela esperada para os impressos é de 9,3%. Ano passado
a verba representou 10,3%, e em 2015 foi de 17%. A análise aponta que as extensões digitais
oferecidas pelos veículos estão ajudando a limitar o impacto da queda, que
poderia ser ainda maior sem elas.
Quem está ganhando mais uma vez são as plataformas
digitais. A Group M estima que os investimentos publicitários nas empresas de
tecnologia ultrapassem 60% do total, sendo que 3/4 apenas para Google e
Facebook.
Em números: o total do investimento em propaganda este ano
por aqui deverá alcançar £ 21 bilhões. As plataformas digitais ficarão com £
13,5 bilhões. Google e Facebook colocarão mais de £ 10 bilhões no bolso. TV e
rádio vão manter-se estáveis, conforme o documento.
O consumo de notícias por meio de plataformas digitais é
expressivo: 44% dos adultos no Reino Unido informam-se por elas, segundo a
pesquisa da Ofcom. O Facebook lidera a preferência, com 76%, seguido por
Twitter (32%), WhatsApp (22%) e Instagram (21%). Os percentuais ultrapassam
100% porque os entrevistados podiam escolher mais de uma opção.
Controle
sobre plataformas digitais – Com o poder crescente
das plataformas digitais e mídias sociais, cresce o apoio para a adoção de
medidas regulatórias para disciplinar sua atuação. Uma pesquisa do Ofcom, órgão
regulador do governo para a imprensa, apontou que 70% dos adultos são
favoráveis a essa medida. Foram entrevistados dois mil adultos em fevereiro e
março deste ano. Há um ano, esse apoio era de apenas 52%.
A imposição de sistemas de controle, no entanto, não é uma
unanimidade. Uma proposta de legislação que está em consulta pública aqui no
Reino Unido vem despertando oposição justamente de grupos que pregam liberdade
plena de expressão.
Um é o Index of Censorship, que se manifestou junto ao
Conselho da Europa contra o documento britânico. O temor é de que a imposição
de sanções rigorosas contra as plataformas digitais acabe funcionando como um
incentivo para que elas removam o conteúdo independente, comprometendo a livre
expressão.
Eles acreditam que se o documento for aprovado no Reino
Unido pode virar um modelo para outros países, disseminando o rigor maior sobre
canais independentes. Por outro lado, o estudo do órgão regulador britânico
apontou que 61% dos adultos tiveram experiências potencialmente negativas ou
perigosas com sites independentes e mídias sociais nos últimos 12 meses,
principalmente spam e fake news. O desafio é buscar o melhor dos mundos:
liberdade de expressão, livre desses problemas. Será possível?
Serão conhecidos nesta segunda-feira (10/6) os vencedores da
segunda edição do Prêmio Padre Landell de Moura de Radiojornalismo.
A iniciativa, que homenageia o padre brasileiro inventor do rádio, reconheceu
profissionais e programas de destaque na rádio paulistana.
Após primeira fase de livre indicação e votação do júri na segunda fase, estão classificados na categoria ÂncoraDanilo Gobatto (Bandeirantes), José Paulo de Andrade (Bandeirantes) e Marcio Bernardes (Transamérica); em Repórter, Agostinho Teixeira (Bandeirantes), Maiara Bastianello (BandNews FM) e Pedro Duran (CBN); entre os Comentaristas, Carlos Alberto Sardenberg (CBN), Claudio Zaidan (Bandeirantes) e Joel Leite (Bandeirantes); e os programas jornalísticos Antenados, Estúdio CBN e Jornal da BandNews.
Integraram o júri Arlete Taboada (professora da Radiojornalismo), Assis Ângelo (Instituto Memória Brasil), Carlos Maglio (Rádio Câmara Municipal), José Paulo Lanyi (cineasta) e Luiz Carlos Ramos(Rádio Capital), todos com experiência em radiojornalismo.
A cerimônia de premiação, aberta ao público, será às 19h na Câmara Municipal de São Paulo (viaduto Jacareí, 100 – 8º andar). Confirmações de presença pelos 11-3396-4170 / 5328 ou premiolandell@saopaulo.sp.leg.br.
A rádio Globo deve dispensar até o final de julho nomes sonoros que haviam sido contratados quando de uma reformulação, em abril de 2017. Um comunicado distribuído em 30/5 dá conta da extinção de programas do entretenimento – além de noticiário e esporte, áreas em que a emissora tem forte tradição – para veicular apenas música popular.
O projeto inicial, datado de dois anos, e que fora chamado de Nova Rádio Globo, mudou o perfil, o elenco e a grade de programação da tradicional emissora, visando a um novo alinhamento, não tão popular, com foco em entretenimento, o que explicaria tantos nomes vindos da televisão. Ao que parece, o plano não funcionou conforme o esperado.
Entre os que saem, Maju Coutinho, Otaviano Costa e Mariana Godoy. Foram extintos agora também os programas com comentários esportivos. Nessa leva, deixam o esporte da emissora Alex Escobar, Fernanda Gentil e Paulo Vinícius Coelho (o PVC). Permanecem, porém, as transmissões dos jogos de futebol, assim como o programa Globo Esportivo. Conforme um comunicado emitido pela direção, a mudança deve ocorrer de 15 de julho em diante.
Prossegue na próxima terça-feira (11/6) a quarta temporada do Clube da Imprensa, série de encontros que discute o presente e o futuro do jornalismo. Às 19h, no Tubaína Bar (rua Haddock Lobo, 74), Verónica Goyzueta vai mediar o debate sobre como a imprensa internacional vê o atual governo, com a participação de Sam Cowie (The Guardian); Marie Naudascher (Rádio Europe 1) e João Moreira (Diário de Notícias, de Portugal).
Com entrada franca, todos os debates serão transmitidosao vivo pelo Facebook do Clube da Imprensa e também no do A Vida no Centro, um dos parceiros de mídia do projeto. O Clube conta com o apoio deste Jornalistas&Cia, do Portal dos Jornalistas e do Comunique-se.
Em audiência na Comissão de Transparência do Senado, em 28/5, Fábio Wajngarten, secretário de Comunicação da Secom da Presidência da República, apresentou o panorama da comunicação pública e da distribuição de verbas publicitárias do Governo Federal. Ele explicou que a Secom pretende trabalhar em três pilares para fortalecer a informação e unificar a comunicação: ter uma comunicação direta com o cidadão; saber se comunicar, não somente via digital; e usar a comunicação integrada com as ferramentas tecnológicas.
Wajngarten ressaltou que o orçamento da Secom para este ano é de R $ 108 milhões, um terço do previsto em 2017, e por isso “é preciso investir com responsabilidade e razoabilidade”. E que de janeiro a abril a secretaria investiu 60.41% em TV; 14,35% na internet; 8,93% em mídia no exterior; e 6,42% em rádio: “A Secom vem cumprindo a regra da distribuição, mas acredito que devemos priorizar alguns critérios técnicos. Usar somente a regra audiência e investimento é um modelo nocivo à comunicação. Sem adotar qualquer viés ideológico, é preciso entender que quanto mais concentrada a verba, menos sobrará para outros veículos”.
Ele argumentou que desde o início do governo o maior investimento foi para a nova campanha da Previdência, com R$ 37 milhões distribuídos entre 11 veículos de internet, 47 de mídia exterior, 73 de mídia exterior digital, 1.771 rádios, oito revistas e 359 emissoras de TV, somando 2. 269 veículos. E anunciou que o governo deve investir em mídia regional, “sob pena de o Brasil se tornar o país de uma única voz. (…) A comunicação tem que ser plural. (…) Quando investimos em comunicação, estamos levando informação de qualidade ao cidadão e minimizando a proliferação de fake news”.
Paula Puliti, que
foi por muitos anos repórter de Economia da Agência Estado e antes trabalhou na
Folha, morreu em São Paulo na madrugada dessa quinta-feira (6/6), aos 55 anos. Segundo
a amiga Adriana Salles, tinha uma
doença rara, hereditária, em que seu corpo ficava criando tumores benignos:
“Vivia fazendo cirurgias para retirar tumores. Morreu disso no final das
contas. Mas venceu a doença porque a expectativa de vida é baixa e ela viveu
muito mais do que as estatísticas permitem prever”. O velório, no Cemitério do
Araçá (av. Dr. Arnaldo, 300), vai até as 11h de amanhã (7/6), quando seguirá
para cremação na Vila Alpina (av. Francisco Falconi, 437), ao meio-dia.
Graduada em Jornalismo pela ECA-USP, tinha mestrado em História
Internacional pela London School of Economics and Political Science (que fez
como bolsista do British Council), e doutorado em Ciências da Comunicação pela
ECA-USP. Sua tese de doutorado virou livro, O
juro da notícia – Jornalismo econômico pautado pelo capitalismo financeiro
(Insular), publicado em 2013.
Trabalhou na Gazeta de Pinheiros, na revista Saúde (Abril),
nos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e Diário do Grande ABC, e por
17 anos foi repórter de Economia da Agência Estado.