Felipe Oliveira, encapuzado, no programa Fantástico (Globo)
O repórter Felipe Oliveira foi absolvido da acusação de práticas terroristas pela 14ª Vara Federal de Curitiba. Ele tornou-se réu em fevereiro de 2018, após o Ministério Público Federal tê-lo denunciado por manter contato com integrantes de grupos brasileiros simpatizantes do Estado Islâmico, a fim de obter informações para pautas jornalísticas.
O juiz Ricardo Rachid de Oliveira, que assina a sentença,
afirmou que “não há como sustentar que a conduta do réu comporte promoção,
constituição, interação ou prestação de auxílio a organização terrorista, a
partir dos elementos de prova colhidos nos autos”.
O SBT informou em comunicado à imprensa que a repórter Márcia Dantas passou a fazer parte do grupo de apresentadores do telejornal Primeiro Impacto, ao lado de Dudu Camargo e Marcão do Povo. Até então, ela substituía os titulares em eventuais ocasiões.
Márcia comanda os últimos 90 minutos do programa, das 9h às
10h30. Primeiro Impacto vai ao ar de segunda a sexta, às 4 horas.
O jornalista de cultura e música Pedro Rocha morreu em 3/1, aos 27 anos, vítima de uma parada cardíaca. Ele estava em seu apartamento em São Paulo.
Formado pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), trabalhou
no portal Papel Pop e nos cadernos Divirta-se
e Caderno 2 do Estadão. Ultimamente,
comandava o site Exitoína da
Editora Caras.
O relatório anual da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgado em 17/12, aponta que a América Latina pode ser tão perigosa quanto o Oriente Médio para jornalistas. O estudo contabiliza mortes, detenções, sequestros e desaparecimentos de jornalistas ao redor do globo. Na América Latina, 14 jornalistas foram mortos em coberturas ou por serem jornalistas. Só no México, foram dez.
O estudo mostra também uma queda de cobertura jornalística em regiões de guerra, especialmente no Oriente Médio. Os profissionais sofrem ataques, sequestros, prisões arbitrárias e, em casos extremos, morte. Além disso, as leis de proteção ao jornalista são muito restritivas na região.
Curiosamente, a pesquisa aponta também o menor número de jornalistas mortos no mundo desde 2003, quando o estudo passou a ser realizado: 49 mortes. Essa baixa tem a ver com uma redução de mortes de jornalistas em zonas de guerra. Porém, segundo analisa Christophe Deloire, secretário-geral da RSF, “mais e mais jornalistas estão sendo assassinados por causa de seu trabalho em países democráticos, o que cria um desafio para a manutenção da democracia nos lugares em que esses profissionais vivem e trabalham”.
A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) se também se posicionou sobre a situação. Para Younes Mjahed, presidente da FIJ, “que haja menos mortes de jornalistas deve ser um motivo de alívio para todos os que estão unidos na luta para garantir a segurança dos/as jornalistas, uma causa que tem motivado a FIJ durante décadas. Porém, não é tão satisfatório ver como nossos informes revelam constantemente que haja mais mortes de jornalistas em países em situações de paz por reportar sobre corrupção, crimes organizados e abuso de poder que em zonas de guerra. O fracasso dos governos para deter a impunidade destes crimes deve ser abordado através da Convenção da ONU para a proteção de jornalistas que estamos promovendo”.
Vanessa Adachi deixou o Valor Econômico em 10/12, após 17 anos de jornal. E o fez, conforme revelou em seu Linkedin, pela vontade de experimentar coisas novas. Nessas quase duas décadas, foi repórter de investimentos e de negócios, repórter especial, editora de Finanças e Mercados e editora executiva. A este J&Cia, disse que há alguns meses manifestou à direção do jornal a vontade de sair e buscar novas experiências: “Havia outros planos sendo discutidos, mas conseguimos construir uma saída muito positiva, com portas abertas. Sou grata à direção do Valor e da Editora Globo por todas as oportunidades, pelo entendimento e pelo desfecho dessa história”. Ela acrescentou que deixa o Valor já com saudades, “mas satisfeita com a escolha e animada com o futuro”.
O idealismo não sai de moda. É a mola propulsora do empreendedorismo, capaz de promover grandes transformações. Hoje me lembrei dos meus anos de mocidade e dos meus contemporâneos que se dedicaram a promover a melhoria de vida dos moradores do Norte de Minas. Realizamos projetos arrojados para a nossa época. Destaco a fundação do Diário de Montes Claros e da revista Encontro, tema de hoje neste espaço.
A
revista Encontro surgiu das minhas conversas com Waldir Senna Batista, Enock
Sacramento e Lúcio Marcos Bemquerer. Juntaram-se ao grupo Haroldo Lívio –
bancário, advogado, jornalista, escritor, contista e historiador –
e Konstantin Christoff, médico cirurgião, artista cuja personalidade,
vida e obra marcaram de maneira feliz e definitiva o cenário cultural de Montes
Claros. Todos muito jovens, menos de 30 anos, Konstantin, um pouco acima dos 40
anos. Sentíamos a necessidade de ter uma revista que representasse o
pensamento e as aspirações do Norte de Minas. Que contasse as nossas histórias
e promovesse o progresso da região, que falasse das nossas aspirações,
conquistas, que desse foco nas realizações e no progresso da região norte
mineira.
Ideias
na cabeça, tínhamos a barreira do capital para começar, formar a equipe de
jornalistas e colaboradores, as dificuldades de logística para a impressão,
a distribuição, como conquistar os leitores… e muitos outros senões que
aparecem quando se quer empreender, pôr uma empresa na rua. Mas a juventude tem
de bom a força do experimentar, de não ter medo de ousar, acertar ou errar.
E o projeto saiu da iniciativa para as bancas de jornais.
O
nome Encontro foi ideia do Konstantin. A despeito de suas funções no
hospital e no consultório, ele encontrou tempo para participar da iniciativa.
Fizemos inúmeras reuniões para definir o projeto, a missão, os temas, as
colunas e todo o projeto gráfico e editorial. Depois de meses de planejamento,
a iniciativa virou realidade.
O
primeiro número circulou em junho de 1960. As reportagens, entrevistas,
crônicas, contos, política e os artigos eram escritos pelos fundadores. A seção
humorística era de responsabilidade de Haroldo Lívio, sob o pseudônimo de
Parsifal de Almeida, rico de humor e de gostosas gargalhadas. Algumas
reportagens foram escritas por Humberto Santos. As caricaturas e ilustrações de
anúncios eram saídas da pena de Konstantin Christoff. Ele editava as cartas dos
leitores. Mas Konstantin não sabia datilografar. O que ele fez? Comprou um
livro, Método de Datilografia. O autor
recomendava uma lição por dia num período de 60 dias. Konstantin tinha
pressa de aprender. Um dia e uma noite inteiros ele treinou em uma máquina de
escrever, copiando as lições. Ao parar o treino, tinha os punhos inchados,
mas se tornou datilógrafo.
Os
anunciantes prestigiaram e viabilizaram o começo da revista. Bastava levar
aos industriais e comerciantes a prova de um anúncio bolado pelo médico e era
aprovado incontinenti.
O
processo de impressão e distribuição merece ser contado. Todo o material ia,
por correio, para Belo Horizonte. Lá os pacotes com nossos textos eram recebidos
por Lúcio Bemquerer, que se encarregava de contratar a gráfica pra fazer a
impressão. Lúcio morava na capital e estudava Economia na UFMG. Ele se dividia
entre o curso e as tarefas de editor. Revistas prontas, voltavam pra Montes
Claros para a distribuição entre os anunciantes e os leitores. Nas minhas
contas, eram 5.000 exemplares impressos. Quem ajudava na distribuição era o
Ducho, dono da Agência Thais, um dos primeiros distribuidores de jornais e
revistas do Norte de Minas.
No
primeiro ano, a periodicidade da revista se manteve. A receptividade era muito
boa. Mas os custos aumentavam, tinha inflação e o faturamento deixou a
desejar. A revista precisava de continuar com o apoio do comércio, das
associações e da sociedade pra bancar pelo menos a impressão. Mas os
custos cresciam, o comércio enfrentava dificuldades, cancelaram anúncios e a
revista Encontro parou de circular em setembro de 1962.
Ainda
existem exemplares da revista, mas estão nas mãos de poucos. Não me lembro a
data, mas o Lucio Bemquerer se encarregou de mandar fazer a encadernação
de toda a coleção e entregou um exemplar pra cada um dos principais
colaboradores. A encadernação em poder deste escriba está quase inteira.
Faltam algumas páginas arrancadas e outras rabiscadas pelos filhos e netos que
sempre frequentaram o meu espaço de trabalho. Foi um feito ter conseguido
publicar a revista Encontro nessa época áurea do nosso jornalismo no Norte de
Minas.
Folheando a coleção da revista, encontrei textos marcantes e campanhas que ajudaram a promover o progresso do Norte de Minas. Entre elas, a destinação correta de 3% da renda tributária em favor da população, a campanha pela criação da Unimontes e da inclusão da nossa região na área da Sudene.
Virgínia Queiroz
A contribuição é de Virgínia Queiroz, da Infinity, que trabalhou por 25 anos na TV Globo-SP e teve uma rápida passagem pela Band. Em homenagem ao pai, Décio Gonçalves de Queiroz, falecido em maio de 2018, ela separou algumas histórias que ele publicou na coluna Canto de Página do Jornal de Notícias, de Montes Claros, no Norte de Minas, e enviou a este J&Cia. Vale lembrar que ele próprio dirigiu por décadas o Diário de Montes Claros, além de ter sido revisor no Estadão, nos anos 1950. A história que reproduzimos é da edição de 26 e 27/2/2017.
Depois de pouco mais de seis anos na TV Globo, Fabio Seixas deixou a empresa no início do mês. Aceitou proposta do DAZN, serviço global de streaming dedicado ao esporte e que chegou ao Brasil em maio. Na Globo ele era gerente de Reportagem do Esporte. No DAZN, assumiu nesta semana o posto de Head of Publishing & Programming. Vai continuar no Rio de Janeiro. Ao que consta, é o primeiro caso de um jornalista ou executivo que deixou a Globo pelo DAZN, o que causou algum reboliço no meio esportivo.
Sandra Passarinho, correspondente da Globo na Europa, deixou a emissora após 50 anos de casa. Em comunicado à redação, o diretor-geral Ali Kamel disse que ela pretende se dedicar a novos projetos: “O que a cativa é continuar de alguma forma a buscar outras formas de contar histórias”.
Kamel revelou também que Sandra foi convidada a fazer parte
de um projeto digital por um amigo de quando cursou Ciências Sociais em Londres,
onde ela continuará.
Com ampla experiência internacional, Sandra teve algumas
coberturas marcantes ao longo de sua carreira, como a Revolução dos Cravos,
a morte do ditador espanhol Francisco Franco, o nascimento do primeiro bebê de
proveta e os atentados terroristas do grupo IRA na Inglaterra.
O presidente Jair Bolsonaro atacou jornalistas nesta sexta-feira (20/12) no Palácio da Alvorada. Ele ficou irritado com perguntas relacionadas à investigação de um suposto esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos que envolve seu filho, o senador Flávio Bolsonaro. O presidente afirmou que a imprensa “só vê um lado”.
Bolsonaro dirigiu ofensas e xingamentos aos jornalistas.
Ele afirmou que foi o responsável por um empréstimo de R$ 40 mil reais ao
assessor de Flávio, Fabrício Queiroz. Ao ser questionado se tinha o comprovante
de pagamento, Bolsonaro respondeu: “Ô rapaz, pergunta para tua mãe o
comprovante que ela deu para o teu pai, certo? Você tem a nota fiscal desse
relógio que está no teu braço? Não tem”.
Entre gritos e palavrões, o presidente também pediu
silêncio a um repórter que estava falando enquanto ele respondia as perguntas,
e questionou aos presentes: “O processo é segredo de Justiça ou não é?
Respondam. Respondam, porra!”.
O relatório anual sobre a confiança dos líderes empresariais globais, realizado por Planin e TheWordCom Public Relations Group, aponta uma queda no índice. Mais de 58 mil executivos foram entrevistados no mundo todo. Os resultados indicam que a confiança geral caiu mais de 20%, com destaque para Estados Unidos (51%) e China (21%).
Roger Hurni, presidente Global do Worldcom Public Relations Group, afirma que “altos níveis globais de incerteza, como conversas sobre guerras comerciais entre Estados Unidos e China, impactam as percepções de líderes empresariais. Por isso, a pesquisa mostra que acordos e tarifas globais de comércio estão prejudicando a confiança global de líderes empresariais em praticamente todos os países do mundo”.
“Usamos tecnologias inovadoras para produzir a pesquisa Worldcom Confidence Index 2019, que contou com inteligência artificial para monitorar o que pensam os líderes das maiores nações do mundo”, afirma Angélica Consiglio, CEO da Planin e responsável internacionalmente pela gestão de conhecimento do Worldcom Public Relations Group.
Além da confiança global, o relatório analisou a importância de públicos específicos e os níveis de confiança que os executivos precisam ter para alcançar esses públicos. Em 2018, os CEOs estavam mais preocupados em alcançar clientes, gerando vendas. Em 2019, porém, os entrevistados estavam 160% mais preocupados com os influenciadores do que há um ano. “O crescimento desse público pode demonstrar que os líderes começam a perceber o valor do apoio de influenciadores para ajudá-los a navegar em tempos incertos”, diz Hurni.