Kevin Lerner, professor assistente de jornalismo no Marist College, dos EUA, escreveu um artigo que tenta explicar a diferença entre opinião e notícia, e mostra que essa distinção é feita facilmente por jornalistas, mas leitores não conseguem percebê-la.
Ele usou como exemplo a recente renúncia do editor de Opinião do New York Times James Bennet, após a publicação de um artigo controverso assinado pelo senador Tom Cotton, que defendia o uso da força militar para reprimir protestos. O texto foi alvo de diversas críticas por parte dos leitores, direcionadas ao jornal e não ao autor do artigo. Tais críticas provocaram a saída de Bennet.
Lerner explica que “é um princípio do jornalismo norte-americano que os repórteres que trabalham para as seções de notícias dos jornais permaneçam totalmente independentes das seções de opinião”. O artigo também faz um histórico da editoria de Opinião nos veículos, e reitera o papel da tecnologia e da internet, que, por conta da grande quantidade de informações compartilhadas, acabam aumentando essa dificuldade em distinguir o que é notícia e o que é opinião. Também alerta para os cuidados que os editores devem tomar para deixar bem clara para os leitores essa distinção.
No seu período áureo, os gloriosos tempos da condessa Pereira Carneiro e de Nascimento Brito, o Jornal do Brasil teve duas chances de criar sua emissora de televisão. Era um sonho, mas o custo, tanto financeiro quanto político, parecia alto demais. Não deu certo. O JB só teria sua televisão quase quarenta anos depois, em 2007, quando o jornal e os ativos que restavam foram assumidos pelo empresário Nelson Tanure, com o nome de Companhia Brasileira de Multimídia.
A essa época, Tanure falava em lançar um novo jornal impresso, de circulação nacional, a partir de sua sede em Brasília. Ficava em um andar do Brasília Design Center, em um belo espaço herdado da Gazeta Mercantil, também incorporada por Tanure na nova CBM. O objetivo do empresário, ao criar a CBM, era escapar do elevado passivo trabalhista deixado pelos antigos donos do JB e da Gazeta. Não conseguia: na Justiça do Trabalho, perdia todas as ações. O novo veículo seria mais uma tentativa de escapar disso tudo.
O conjunto de salas, com ampla vista para o Parque da Cidade, fora redesenhado e comportava duas redações. A primeira reunia os repórteres das edições nacionais do JB e da Gazeta. A segunda abrigava o time da Edição Brasília do JB, que tinha faturamento garantido por conta de contratos locais, evidentemente com grande parcela de dinheiro público.
O projeto nacional teria, de início, a coordenação da jornalista Belisa Ribeiro, mas foi interrompido e, tempos depois, ressurgiu com o empresário Pedro Grossi, um insighter governamental enviado por Tanure a Brasília para desatar nós pendentes – não só dos jornais, vistos pelo empresário como peanuts, mas de brigas de gente grande, como a Companhia Docas e a Oi, também controladas por ele.
Aparentemente do nada, Pedro Grossi comunicou à equipe, de repente, que uma rede nacional de TV começaria a funcionar ali. Quando? Já. Explica-se: após conversas privadas, Tanure acertara com Flávio Martinez, dono da Central Nacional de Televisão, a transferência de sua rede. Falava-se até em compra, mas não era bem isso. A CNT também tivera seus tempos áureos, quando dirigida pelo deputado José Carlos Martinez, presidente nacional do PTB e um dos principais sustentáculos de Fernando Collor, então instalado no Planalto. Chegou a funcionar como rede nacional, a partir de Curitiba, em canais de sua propriedade e outros afiliados.
À queda de Collor seguiu-se a do avião particular que transportava o deputado e a programação se desfez. A CNT passou a alugar seu tempo para igrejas, produtores independentes e, principalmente, canais de vendas. O que Tanure e Flávio Martinez, irmão do falecido José Carlos, acertaram foi um arrendamento. O sinal da CNT foi cedido a Tanure, de início na faixa horária a partir das 18h, diariamente. Ao que se informou, o custo seria de R$ 3 milhões por mês, pagos no início do seguinte, com um de carência.
A redação de Brasília se transformou. De um dia para outro ficou superlotada. Até a contratação da TV, contava com apenas 22 funcionários: 12 da edição brasiliense, aí incluídos estagiários, cinco repórteres do JB e três da Gazeta, mais dois da administração. De repente, materializaram-se mais 60 pessoas, entre repórteres da TV, câmeras, contatos publicitários e até um diretor comercial que posava de mandachuva daquilo tudo. O âncora já contratado era Boris Casoy, que não iria a Brasília, mas conseguiu incorporar antigos integrantes – todos excelentes profissionais – de sua equipe anterior.
A nova programação, já com o selo JB, estreou em abril de 2007. O telejornal, só uns meses mais tarde. A sede, no Rio de Janeiro, ficava em estúdios da própria CNT, mas havia sérios problemas com transmissões e sinal, o que contribuiu para manter a emissora no traço durante a maior parte de sua curta vida. No entretenimento, Clodovil ficou algum tempo no ar, mas acabou demitido; Sérgio Mallandro, contratado, nem chegou a estrear. Arranjou-se até uma novela, de origem lusitana, Coração Navegador (O Segredo, no título original).
O forte mesmo era o jornalismo, apresentado por Boris Casoy a partir do Rio, com alguma produção local e a maior parte feita pela frenética equipe de Brasília. Havia ainda um talk show com Augusto Nunes. Mesmo com as dificuldades de sinal, era o jornalismo que garantia alguma repercussão à TV JB.
Tudo esbarrou, porém, no pagamento da locação. Passou-se o primeiro mês, o da carência. Quando se chegou ao terceiro, a CNT começou a reclamar de atraso. No quarto, falou em calote. Em agosto, Martinez desistiu do contrato e pediu judicialmente sua rescisão. No dia 6 de setembro desligou a tomada. A TV Jornal do Brasil simplesmente saiu no ar. A turma do jornalismo deixou a sucursal como chegou, num estalar de dedos.
O epílogo é conhecido. A edição brasiliense do Jornal do Brasil, assim como a sucursal JB-GZM na capital, desapareceu em dezembro de 2008. A edição nacional, com sede no Rio, resistiu até setembro de 2010.
No caso da TV foi pior para quem seguia a novela Coração Navegador. Nunca se soube como ela terminaria. Acabou ficando mesmo O Segredo.
Eduardo Brito
A história desta semana é novamente uma colaboração de Eduardo Brito, editor executivo no Grupo JBr de Comunicação.
Tem alguma história de redação interessante para contar? Mande para [email protected].
Arte: Bruno Fonseca e Larissa Fernandes / Agência Pública
A Agência Pública lançou o projeto Histórias que Contam, investigação participativa que convida os leitores a contarem histórias de familiares e conhecidos que morreram em decorrência do coronavírus. O objetivo é produzir reportagens especiais baseadas nestas informações, para investigar as circunstâncias em que estas mortes ocorreram e contar a história das vítimas.
Para participar, é preciso responder ao questionário no site da Pública. As respostas ajudarão a verificar determinadas tendências em relação à subnotificação de mortes por Covid-19. As histórias das vítimas serão guardadas.
O projeto é coordenado pela repórter Anna Beatriz Anjos e pela editora de audiências da Agência Pública Giulia Afiune, que tiveram experiência com outros projetos de investigação participativa nos Estados Unidos. A ideia é trazer para o Brasil esse tipo de conteúdo, feito com a ajuda dos leitores, servindo como nova ferramenta para a elaboração de reportagens.
Veículos independentes formam parceria para monitorar violência doméstica durante a pandemia
Ilustração: Hadna Abreu (Amazônia Real)
Amazônia Real, Agência Eco Nordeste, #Colabora, Portal Catarinas e Ponte Jornalismo formaram uma parceria colaborativa para monitorar a violência doméstica durante a pandemia de coronavírus, com o objetivo de dar visibilidade a esse “fenômeno silencioso”. O projeto Um vírus e duas guerras trará ao longo de 2020 diversas reportagens e dados sobre feminicídio durante o isolamento social.
A iniciativa fará um levantamento quadrimestral sobre violência doméstica. Os primeiros dados, obtidos entre março e abril deste ano, apontaram um aumento de 5% nos casos de feminicídio no País, em comparação ao mesmo período de 2019. Nesses dois meses, 195 mulheres foram assassinadas, contra 186 no mesmo período de 2019.
A pesquisa usou dados das secretarias de Segurança Pública de 20 estados. Nove deles registraram juntos um aumento de 54% nos casos de feminicídio. A média observada foi de 0,21 feminicídio a cada 100 mil mulheres. A taxa ficou acima da média em 11 estados.
Pesquisa da Fenaj mostra como a pandemia afeta os jornalistas
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgou em 18/6 os resultados de uma pesquisa sobre os impactos da pandemia de coronavírus nos profissionais de imprensa nas redações, com ou sem vínculo formal de trabalho. Cerca de 55% dos entrevistados declararam aumento de pressão por acúmulo de tarefas, sobrecarga de horário e cobrança por resultados ocasionados pela pandemia.
Norian Segatto, do Departamento de Saúde da Fenaj, explicou que esse aumento de pressão está relacionado às reduções de salário e demissões, que atingiram boa parte das redações. Segundo os dados, houve redução salarial em cerca de 30% dos veículos, e demissões em 20% deles. Segatto disse que isso causa “sobrecarga para quem ficou, com consequente aumento da cobrança e pressão sobre os/as jornalistas”.
A pesquisa, que ouviu 457 profissionais de todo o País, indicou também uma contradição no que se refere à segurança dos profissionais: aproximadamente 79% dos participantes responderam que as empresas têm garantido condições de saúde e segurança para o exercício da profissão, mas apenas 17,5% consideram satisfatória a quantidade de equipamentos de proteção individual fornecida. Além disso, quase 48% dos entrevistados acreditam que as empresas poderiam melhorar as condições de trabalho durante a pandemia.
A presidente da Fenaj Maria José Braga declarou que “a pandemia agravou a situação que já era grave e, principalmente, em relação às condições de trabalho e salário, porque pode não ser maioria, mas é indicativo o contingente de profissionais que teve o salário reduzido, que é gravíssimo para qualquer trabalhador e ainda mais para um trabalhador que não tem um alto salário, como é o caso do jornalista. Ao contrário do que a maioria pensa, a categoria é mal remunerada e, em um salário já baixo, ter 25% de corte é muitíssimo grave”.
RSF destaca projetos brasileiros entre os “heróis da informação” contra o coronavírus
A ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF) apresentou em 16/6 uma lista com 30 jornalistas, meios de comunicação e projetos de todo o mundo destacados como “heróis da informação” no combate à pandemia da Covid-19. São profissionais e plataformas que estão contribuindo para difundir informações confiáveis e vitais no contexto da crise sanitária. Entre os trabalhos reconhecidos, dois são brasileiros.
São eles o Gabinete de crise, projeto criado pelas organizações de mídia alternativa Papo Reto, Voz das Comunidades e Mulheres em Ação para informar as populações negligenciadas no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro; e a Rede Wayuri, que reúne 17 jornalistas de oito etnias da Amazônia para evitar a propagação do vírus na região e informar mais de 750 comunidades indígenas. A rede vem produzindo e traduzindo boletins informativos em áudio para diversas línguas nativas.
A organização também prestou homenagem especial a profissionais de imprensa de Guayaquil, primeiro epicentro da epidemia na América Latina. Até o final de abril, pelo menos 13 jornalistas do Equador haviam sucumbido à doença.
Outras iniciativas
Pesquisa da ECA “antecipou” o conceito de redação virtual jornalística
Com a pandemia e o consequente isolamento social, o local do trabalho do jornalista e de outros profissionais de comunicação foi deslocado para o ambiente digital. Contudo, esse processo de “virtualização” das atividades jornalísticas já havia começado e a pandemia tem acelerado essa transmutação.
Defendida no final de 2019, a dissertação A redação virtual e as rotinas produtivas nos novos arranjos econômicos alternativos às corporações de mídia, de Ana Flávia Marques, pesquisadora do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho, ensejou o conceito de redação virtual e seu impacto no jornalismo. O trabalho científico avança no desenho conceitual desse novo espaço de produção jornalística.
Para a pesquisadora, a redação é o espaço físico que permite o acompanhamento das transformações do jornalismo. Ela diz que ao olhar para os arranjos alternativos de comunicação foi possível identificar aspectos estruturais da virtualização desta atividade: “É o ambiente em que se modulam e se padronizam as relações de trabalho e é o local possível para se observar como esses jornalistas falam sobre e no trabalho em termos ideológicos; como constroem valor de uso e de troca; e como se dão as novas formas culturais das relações de produção, bem como os valores mobilizados para o trabalho e o que levam do trabalho para a sociedade”.
A dissertação pode ser acessada aqui e de forma resumida em artigo aqui.
O vírus versus nós
Estamos reproduzindo charges sobre a Covid-19 publicadas na exposição O vírus versus nós, em cartaz no site da Associação dos Cartunistas do Brasil. A desta semana é do brasileiro Custódio (José Custódio Rosa Filho), que desde 1988 faz charges, personagens, tiras e animações para agências de publicidade, sindicatos, revistas, jornais e canais de TV, inclusive do exterior.
O setor de marketing de conteúdo é a nova tendência do mercado jornalístico, segundo pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Dos 980 profissionais de imprensa consultados, cerca de 50% de repórteres e editores de redação que migraram para essa área tiveram aumento de salário.
A pesquisa indicou que a grande maioria dos jornalistas que integram o setor são mulheres (72%), com mais de sete anos de formação (70%), e que se concentram na região Sudeste (45%). Além disso, cerca de 46% dos integrantes de marketing de conteúdo vieram de redações.
Apesar de indicar um aumento na remuneração, o estudo indicou também alguns problemas para quem migrou para o setor, como o fato de que quase metade dos profissionais desempenham suas funções sozinhos, sem nenhum colega de profissão (48%). Outro problema identificado no estudo é a falta de formação, treinamento e especialização em marketing de conteúdo, dado que fica ainda pior pelo fato de que parte dos profissionais da área são freelances (22%).
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Seleção brasileira campeã da Copa do Mundo de 1958 (Crédito: Agência O Globo)
O Brasil celebra na próxima segunda-feira (29/6) os 62 anos de seu primeiro título mundial de futebol. Em campo, uma geração marcada pela genialidade de Didi e Garrincha, pelo surgimento de Pelé, mas também pela desconfiança e preconceito aos atletas negros. A história e os bastidores dessa conquista são retratados em Campeões da raça – Os heróis negros da Copa de 1958, de Fábio Mendes. Para marcar a estreia do novo formato de lives do Portal dos Jornalistas, o editor Fernando Soares conversará com o autor, às 16h, no dia em que a data é lembrada. A transmissão estará disponível nas plataformas do Portal dos Jornalistas em Instagram, Facebook e Youtube.
Vladimir Herzog sentado à máquina de escrever, em 1966 (Crédito: Acervo Vladimir Herzog)
O Instituto Vladimir Herzog (IVH) lança nesta sexta-feira (26/6) a versão virtual do Acervo Vladimir Herzog, que disponibiliza cerca de 1.700 itens digitalizados sobre a trajetória profissional e pessoal do jornalista. O lançamento será feito em uma live, às 19h, nas redes sociais do Instituto, em comemoração ao 83º aniversário de Vladimir Herzog, morto pela ditadura militar em 1975. Participarão do evento Rogério Sottili, diretor executivo do Instituto; Ivo Herzog, presidente do Conselho do IVH e filho de Vladimir Herzog; Luis Ludmer, coordenador técnico do Acervo Vladimir Herzog; e Bianca Santana, jornalista e escritora.
Entre os itens disponíveis no acervo, alguns inéditos, estão mais de mil fotografias, muitas delas feitas pelo próprio Herzog; mais de 200 matérias e periódicos escritos e editados por ele, incluindo uma famosa matéria de capa sobre a crise da cultura brasileira, publicada em 1971 no jornal EX; cerca de 60 cartas escritas ou endereçadas a ele; e uma série inédita em parceria com o Museu da Pessoa, com doze depoimentos de familiares e amigos do jornalista.
Rogério Sottili diz que o objetivo de lançar o acervo neste momento é, “além de reiterarmos nosso compromisso com sua memória e de toda sua luta por democracia, também um gesto simbólico de enfrentamento ao revisionismo histórico e de negação dos horrores promovidos pela ditadura militar no Brasil. Queremos falar do que Vlado produziu em vida, de suas críticas sociais, infelizmente ainda atuais, de sua defesa da educação pública. Essa ação faz parte de um projeto maior do Instituto que é promover a Memória, a Verdade e a Justiça – para que possamos conhecer nosso passado e assim romper com os ciclos de violência que se perpetuaram em nossa história”.
O Itaú Cultural apoia esse projeto desde o início − a iniciativa surgiu durante a concepção da Ocupação Vladimir Herzog, realizada na instituição em 2019 −, e na organização e digitalização do acervo. A Ocupação foi vista por 98,5 mil visitantes, batendo o recorde de público nas exposições do IC no ano passado. No site do evento também há bastante material sobre ele.
O Google anunciou nesta quinta-feira (25/6) um novo programa de licenciamento que pagará pelo conteúdo jornalístico produzido por editores. Veículos de Alemanha, Austrália e Brasil fazem parte da primeira fase de testes do projeto, que deve ser lançado formalmente no fim do ano ou no começo de 2021.
Estado de Minas e Correio Braziliense, dos Diários Associados, e A Gazeta (ES) são os jornais brasileiros escolhidos para a primeira etapa da iniciativa. Os alemães Der Spiegel, Frankfurter Allgemeine Zeitung, Die Zeit e Rheinische Post, e os australianos Schwartz Media, The Conversation e Solstice Media são os outros veículos que integram o projeto que fará parte do Google News e do Discover.
Em entrevista aos Diários Associados, Andrea Fornes, coordenadora de parcerias editoriais do Google, explicou que a iniciativa oferecerá conteúdos até agora exclusivos para assinantes, que estavam disponíveis apenas por meio do paywall: “Nós estabelecemos contratos com os publicadores para abrir esses produtos jornalísticos fechados, com a anuência deles. É uma espécie de demonstração, pensada para atrair mais assinaturas para os jornais, ao mesmo tempo em que fortalece a marca de veículos relevantes e divulga informações de qualidade, de maior profundidade, produzidas por jornalistas profissionais”.
Andrea comenta também que o projeto ajudará o consumidor a focar nas notícias de seu interesse, com eficiência, critério e autonomia, pois ele estará utilizando uma ferramenta cujo conteúdo foi feito por veículos de imprensa confiáveis, evitando assim se perder no meio de tantas notícias, num “mar de informações”.
Alunas do curso de Jornalismo da PUC-SP criaram o Projeto Alamandas, que conta histórias de mulheres paulistas durante o isolamento social, com o objetivo de apresentar problemas e consequências que elas seguem enfrentando em quarentena, e conscientizar o público sobre questões de gênero e feminismo.
Inspirados no livro Sejamos Todos Feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie, as estudantes buscaram mulheres de diferentes classes sociais, econômicas e raciais para relatarem o período de quarentena e suas visões sobre o feminismo.
Camila Barros, uma das alunas responsáveis pelo projeto, explica que a ideia é “deixar o projeto completamente com a cara das entrevistadas. As músicas são escolhas delas, os textos informativos são baseados nos relatos delas, o conteúdo em si é todo criado a partir dessas entrevistas”.
O Grupo Bandeirantes confirmou na quarta-feira (24/6) a contratação da apresentadora Mariana Godoy, que chega para trabalhar na BandNews FM, na BandNews TV e possivelmente apresentar o programa matinal Aqui na Band. Segundo Daniel Castro (Notícias da TV/UOL), o acerto gerou uma série de desavenças e polêmicas dentro da emissora. Vildomar Batista, diretor-geral e criador do Aqui na Band, foi demitido nesta quinta-feira (25/6), após declarar que não havia sido avisado da contratação de Godoy, e que ficou sabendo apenas pela imprensa.
Luís Ernesto Lacombe
Em comunicado, a Band anunciou que o apresentador Luís Ernesto Lacombe, que comandava o Aqui na Band, deixou a emissora. Nathália Batista, que apresentava a atração ao lado de Lacombe, foi afastada. Mariana Godoy deve assumir o programa ao lado de outro apresentador que ainda será definido. Segundo Daniel Castro, as medidas são fruto de uma briga ideológica entre os setores de Entretenimento e Jornalismo da emissora, por causa de pautas tendenciosas e debates sobre conservadorismo em favor do presidente Jair Bolsonaro.
No comunicado, a Band escreveu que o Aqui na Band será reformulado. A diretoria da emissora suspendeu a exibição das edições inéditas do programa. Até julho, serão exibidas reprises.