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Patrícia Campos Mello é homenageada com o Maria Moors Cabot

Patrícia Campos Mello
Patrícia Campos Mello

A repórter Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, está entre os jornalistas vencedores do Maria Moors Cabot 2020. Oferecido pela Universidade de Jornalismo de Columbia, a distinção é a mais antiga e uma das mais relevantes do mundo. Além dela, foram premiados neste ano o colombiano Ricardo Calderón Villegas e os norte-americanos Stephen Ferry e Carrie Kahn.

Em comunicado, a Universidade de Columbia justificou que “ao longo de sua premiada carreira, Campos Mello produziu de maneira consistente trabalhos excepcionais que tiveram grande impacto no Brasil, onde ela inspira outros jornalistas“.

“Honra imensa receber o prêmio Maria Moors Cabot da Columbia University”, destacou Patrícia sobre a premiação. “Recebo em nome dos jornalistas brasileiros, em especial as mulheres, que fazem seu trabalho, apesar da intimidação. Agradeço ao Sérgio Dávila e a todos da Folha, ao Paulo Sotero, à Abraji e ao Rosental Alves“.

O último brasileiro a receber a condecoração foi o diretor de Redação do Poder 360 Fernando Rodrigues, em 2018. Além dele, já foram homenageados profissionais como Carlos Castello Branco, Clóvis Rossi, Dorrit Harazim, José Hamilton Ribeiro, João Antonio Barros, Mauri König, Merval Pereira e Miriam Leitão.

Formada em Jornalismo pela Universidade de São Paulo, Patrícia é autora de Lua de Mel em Kobane (Companhia das Letras) e Índia – da miséria à potência (Editora Planeta). Foi correspondente em Washington, por O Estado de S. Paulo, e cobriu importantes eventos internacionais, como a guerra do Afeganistão, as eleições norte-americanas de 2008, 2012, 2016, os atentados de 11 de setembro de 2001, e foi a única repórter brasileira, em 2014 e 2015, a cobrir a epidemia de ebola em Serra Leoa.

Esteve diversas vezes em Síria, Iraque, Turquia, Líbia, Líbano e Quênia fazendo reportagens sobre os refugiados e a guerra, e idealizou o premiado projeto Mundo de Muros, especial multimídia sobre a crise das migrações feito em quatro continentes.

Recebeu em sua carreira importantes reconhecimentos, como o Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa do Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ), em 2019; os prêmios Rei de Espanha e Petrobras de Jornalismo, em 2018; e o Prêmio Comitê Internacional da Cruz Vermelha, em 2017.

Ganhou destaque nacional em 2018 ao publicar reportagens sobre o financiamento de empresas a agências que realizavam disparos em massa por aplicativos de mensagens para beneficiar o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, prática vedada pela Legislação Eleitoral. Por seu trabalho, sofreu diversos ataques de Bolsonaro e de pessoas ligadas ao agora presidente.

(* Com informações do Poder 360)

Poucos sabem…

Padre Roberto Landell de Moura

* Por Hamilton Almeida

O dia de hoje (16/7) marca o aniversário de um evento extraordinário na história do rádio, das telecomunicações. Há 121 anos, na manhã de domingo de 16 de julho de 1899, o padre gaúcho Roberto Landell de Moura realizou a primeira transmissão de voz por ondas de rádio no mundo.

Onde? Por incrível que possa parecer, Padre Landell fez suas primeiras experiências de rádio na cidade de São Paulo. Mais especificamente do prédio do atual Colégio Santana, na zona norte, para outros pontos e até para a Avenida Paulista, distante 8 km em linha reta.

Padre Landell organizou tudo muito bem. Convidou cientistas, empresários, a imprensa e até o cônsul britânico, Percy Charles Parmenter Lupton, para conhecer a grande novidade.

Até então, o mundo convivia, na área das comunicações, com relativamente poucas opções: jornais e revistas impressos, além do telégrafo e do telefone com fio (telefone fixo é a denominação atual).

O início da era wireless, no final do século XIX, transformou a humanidade para sempre, deixando para trás não só a infraestrutura de fios e cabos, mas os limites das distâncias, chegando às comunicações interplanetárias – algo previsto por Landell.

A barreira começou a ser vencida pelo italiano Guglielmo Marconi, com suas transmissões de telegrafia sem fio (desde 1895) emitindo sinais em código Morse. O passo adiante foi dado pelo Padre Landell ao colocar a voz em ondas eletromagnéticas!

No início do século XX, o padre-cientista patenteou o rádio no Brasil e logo nos Estados Unidos. Em que pese toda a sua genialidade e pioneirismo, não recebeu por parte da sociedade brasileira nenhum apoio para desenvolver e comercializar aquela que seria batizada de “a mídia de maior penetração no planeta”.

O resultado todos já sabem. Com o tempo, a sua invenção seria inventada por outros cientistas e o Brasil estaria fadado a ser um importador daquela moderna tecnologia de telecomunicações.

Até hoje, Padre Landell não é reconhecido oficialmente pelos méritos científicos que inegavelmente soube conquistar.

-*-*-*-*-

* Hamilton Almeida é jornalista e autor da biografia Padre Landell de Moura – Um herói sem glória.

Marcelo de Andrade lança o Dicionário Completo das Meias Verdades

O jornalista e cartunista Marcelo de Andrade lança o Dicionário Completo das Meias Verdades (Autografia), obra que reúne seus textos e cartuns, unidos com humor, ironia e temas de espiritualidade. 

“É o livro de cabeceira definitivo nesta era de incertezas!”, garante Marcelo. “Eu classificaria essa antologia como um entretenimento que busca divertir e provocar reflexões”. O Dicionário discute as chamadas verdades absolutas em uma série de contos, poemas, frases de efeito e cartuns. Segundo o autor, o livro encaixa-se no gênero de autoajuda.

Marcelo colaborou como cartunista em Folha de S.Paulo e Tech Tudo, além de ter publicado alguns cartuns no jornal francês Le Monde e no suíço Le Temps. Atualmente, produz conteúdo para a imprensa espírita.

Câmera Record tem cenário hiper-realista

O programa Câmera Record, que vai ao ar aos domingos às 23h30, com apresentação de Sérgio Aguiar, tem nova identidade visual. Resultado do trabalho de um semestre das equipes internas de Computação Gráfica e de Videografismo da Record TV, vem com cenário e pacote gráfico (logomarca, vinheta e trilhas) idealizados no novo conceito.

Um projeto de tecnologia gráfica permite que o tema do programa integre-se ao cenário com imagens hiper-realistas. “Até pouco tempo, cenários virtuais pecavam por detalhes como falta de sombra e reflexos. Agora, o telespectador terá a sensação de estar diante de um palco verdadeiro”, diz Rogério Gallo, diretor de Criação do Jornalismo da Record.

Não há círculos, como palco arredondado, uma tradição em TV. E não há limites nas bordas laterais, dando uma sensação de infinito. Por fim, a única fonte de iluminação será um painel de cubos localizado ao fundo, como um mosaico. São usadas cores sóbrias, com tons de cinza, preto, vermelho e branco. Os elementos gráficos funcionam como uma animação, e assim, a base do cenário é a sempre a mesma, mas os painéis que podem surgir mostram imagens relacionadas ao assunto abordado.

“Meu crime? Ser um jornalista na América de Trump”

Buncombe fichado pela polícia americana

Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia

Luciana Gurgel

Um episódio de ameaça à liberdade de imprensa vem causando indignação na Grã-Bretanha desde a semana passada, mesmo tendo ocorrido do outro lado do Atlântico. Andrew Buncombe, correspondente-chefe do jornal britânico Independent nos Estados Unidos, foi preso em 1º/7 ao cobrir manifestações raciais em Seattle, desencadeando uma onda de protestos nos meios políticos e jornalísticos.

Por coincidência, começou a funcionar na última segunda-feira (13/7) no Reino Unido o Comitê Nacional de Segurança dos Jornalistas, que reúne representantes de Governo, Imprensa, Inteligência e Segurança Pública. O objetivo é assegurar aos profissionais o exercício da profissão sem riscos.

“Meu crime? Ser um jornalista na América de Trump” − O episódio ocorrido com Buncombe vem ganhando ares de crise diplomática. A embaixadora britânica formalizou reclamação junto ao Departamento de Estado e à Casa Branca.

O relato do jornalista é impressionante. Ele conta que se identificou como membro da imprensa credenciado pelo Departamento de Estado e não ultrapassou áreas restritas nem obstruiu o trabalho da polícia. Mesmo assim foi algemado e levado ao distrito policial em uma viatura com ativistas também presos na mesma operação.

Foi fichado, teve o celular confiscado e ficou em uma cela por seis horas, sem medidas de isolamento para proteger contra o coronavirus. Teve que entregar pertences e usar uniforme de presidiário. Não recebeu autorização para ligar para um advogado nem para a Embaixada. Ainda responde a processo e pode ser condenado à prisão ou ter que pagar fiança.

Comitê para proteger o trabalho da imprensa − O novo Comitê britânico não terá poderes para atuar em casos como o de Buncombe. Mas chega em boa hora, podendo ser um exemplo para outros países em um momento em que se somam ataques à prática da profissão por parte de governos autoritários e de setores da sociedade, como os movimentos de extrema-direita.

A decisão de criar o grupo não foi da atual administração. Tinha sido anunciada há exatamente um ano, depois que o Reino Unido sediou a conferência mundial sobre Liberdade de Imprensa, dias antes de primeira-ministra Theresa May deixar o posto.

O Comitê vai se reunir duas vezes por ano e terá a missão de monitorar o progresso na área. A primeira tarefa é desenvolver um Plano de Ação Nacional para resguardar profissionais de imprensa contra danos físicos e ameaças.

No discurso que abriu os trabalhos, John Whittingdale, ministro da Mídia e Dados, ressaltou que, embora o país não enfrente os mesmos problemas de outras nações, é necessário atuar proativamente para garantir um ambiente seguro para os jornalistas trabalharem.

Imagem do Governo arranhada por embates −Certamente o Reino Unido não se encontra no estágio preocupante de outras nações, incluindo os Estados Unidos, onde mais de 50 jornalistas já foram presos devido aos protestos raciais. Mas também não anda muito bem visto por organizações engajadas na defesa da liberdade de imprensa.

A administração de Boris Johnson tem tido embates com jornalistas que cobrem o Governo. Desagradou ao anunciar mudanças no sistema de briefings. E não esconde o desconforto com a presença de profissionais de veículos críticos.

Ao ponto de, no fim de maio, o International Press Institute e a Media Freedom Rapid Response (MFRR) dirigirem ao primeiro-ministro uma carta conjunta expressando preocupação com movimentos no sentido de bloquear certos jornalistas ou veículos.

A carta cita a polêmica declaração de Lee Cain, chefe da comunicação de Johnson, que afirmou: “Estamos à vontade para informar a quem quisermos, quando quisermos”. Posição discutível considerando que as informações do Governo são de interesse público.

Parece que o novo Comitê não precisará mesmo se ocupar de situações ocorridas fora das fronteiras do país. Deve ter trabalho doméstico a fazer.

Sindicatos acionam Editora Abril na Justiça por pagamento menor do FGTS

Sede da Editora Abril
Abril na Marginal Tietê – Crédito Onildo Lima
Abril na Marginal Tietê – Crédito Onildo Lima

Os sindicatos dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) e dos Administrativos de São Paulo entraram na Justiça contra a Editora Abril por ter pagado apenas 20% da multa sobre o FGTS (o equivalente a metade do valor devido) de jornalistas e administrativos demitidos a partir de abril.

A empresa alegou motivo de força maior com base na MP 927/2020, que garante a possibilidade de redução de jornada de trabalho e salário durante a pandemia. Porém, de acordo com a lei, a redução da multa sobre o FGTS em demissão sem justa causa por iniciativa do empregador só pode ser feita em caso de fechamento da empresa ou de seu estabelecimento.

Em nota, o SJSP pede “que os demitidos recebam os 20% devidos; que a Editora Abril seja instada a não efetuar novas dispensas sem o pagamento integral da multa sobre o FGTS; arque com a multa do artigo 477 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) pelo atraso no pagamento das verbas rescisórias no valor de um salário de cada trabalhador; indenize cada trabalhador por dano moral no valor de três salários contratuais e seja penalizada a pagar dano moral coletivo no valor compatível a sua capacidade econômica em favor de organizações sem fins lucrativos ou ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)”.

Inscrições ao Prêmio Vladimir Herzog vão até 6/8

Estão abertas até 6 de agosto as inscrições para a 42ª edição do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, que reconhece trabalhos sobre democracia e temas correlatos.

Interessados podem inscrever seus trabalhos, veiculados entre 21 de julho de 2019 e 31 de julho de 2020, em uma de seis categorias: Arte, Fotografia, Produção jornalística em texto, Produção jornalística em áudio, Produção jornalística em vídeo e Produção jornalística em multimídia.

Os vencedores serão anunciados em 17 de outubro, com transmissão ao vivo pela internet. Em 24 de outubro, haverá uma conversa virtual com os ganhadores e no dia seguinte (25/10), a solenidade de premiação, também em ambiente virtual.

Elle Brasil lança revista digital Elle View

A Elle Brasil, referência no universo da moda, lançou em 13/7 sua primeira revista digital, a Elle View, que oferece conteúdo exclusivo para assinantes. A edição de estreia trouxe 15 matérias, algumas interativas, sobre o tema Contato.

O projeto está sob a liderança da diretora editorial Susana Barbosa, da publisher Paula Mageste e da diretora comercial Virginia Any. As edições da Elle View estarão disponíveis para assinantes no site elle.com.br. A assinatura mensal está com uma promoção de R$ 9,99 nos primeiros seis meses.

Opinião Nacional (TV Cultura) discute os desafios do jornalismo

Andresa Boni (Crédito: TV Cultura)

Vai ao ar nesta quarta-feira (15/7), às 22h15, uma edição inédita do Opinião Nacional (TV Cultura) que discute os desafios do jornalismo e da comunicação em geral. A apresentadora Andresa Boni entrevista o espanhol Juan Antonio Giner, fundador da consultoria Innovation e referência no estudo da indústria jornalística, prestando serviços para empresas de comunicação em mais de 70 países.

O debate abordará temas como modelos de negócios, mercado e reformulação. Participam do programa diretores de Redação de O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, Lance, Zero Hora e outros, além de estudiosos de mídia como Eugênio Bucci e Caio Tulio Costa. O Opinião Nacional vai ao ar na TV Cultura e no canal da emissora no YouTube.

CNN Brasil estreia CNN Tonight

Gabriela Prioli, Mari Palma e Leandro Karnal (Crédito: CNN Brasil)

A CNN brasil estreia nesta segunda-feira (13/7), às 22h30, o CNN Tonight, talkshow que une jornalismo e variedades. O programa será apresentado pela advogada e comentarista Gabriela Prioli, pela jornalista Mari Palma e pelo historiador Leandro Karnal, recém-contratado pela CNN Brasil.

O programa vai ao ar de segunda a quinta-feira, após o Jornal da CNN. Cada edição abordará um assunto diferente. O tema da estreia é Diálogo: as pessoas estão se ouvindo menos?.  

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