Aílton Nasser, o Mineiro, assumiu a Diretoria de Jornalismo da Record TV em Brasília. Ele substitui a Domingos Fraga, que, segundo Flávio Ricco (R7), volta a São Paulo para dar apoio na região a Antonio Guerreiro, vice-presidente de Jornalismo.
Mineiro atuou nos telejornais matinais da emissora, em São Paulo. Antes, foi diretor de Redação e Programação da Record News.
O 42º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, que valoriza trabalhos sobre democracia e temas correlatos, anunciou os finalistas nas categorias Arte, Fotografia, Produção Jornalística em áudio, Produção Jornalística em vídeo, Produção Jornalística em multimídia e Produção Jornalística em texto.
A solenidade de premiação será em 25/10, em ambiente virtual. Nesta edição, os homenageados serão a cartunista Laerte, a filósofa Sueli Carneiro e o jornalista Luiz Gama.
Confira a lista dos finalistas:
Arte
• Infernópolis – Laerte (Folha de S. Paulo)
• E daí? – Duke (www.domtotal.com)
• Máquina de Moer Preto – Amanda Miranda (The Intercept Brasil)
• Charge Continuada – Luís Carlos Augusto dos Santos (Instagram @somostodosaroeira)
• Choram Marias e Clarices no solo do Brasil… – Rafael Alves (Estado de Minas)
• Desenhamos fatos – Luiz Fernando Menezes (Aos fatos)
• O foco – Quinho (Correio Braziliense – edição online)
Fotografia
• Culturas em conflito – Joedson Alves (Agência EFE)
• Amazônia Pede Socorro – Bruno Kelly (Reuters)
• Um rio poluído no quintal de casa – Michael Dantas (Agence France Presse – AFP)
• Durante crise da Covid-19, mais de 30% dos óbitos ocorrem em casa em Manaus – Yan Boechat (O Globo)
• Sombra da pandemia – Michael Dantas (O Globo)
• Na mira – Gabriela Biló (O Estado de S. Paulo)
• Presidente Viral – Gabriela Biló (O Estado de S. Paulo)
Produção Jornalística em áudio
• Eu espero que você não esqueça – Gabriela Viana e equipe (Rádio CBN)
• Procura-se afeto – Gabriela Viana e equipe (Rádio CBN)
• Brumadinho – Seis Meses Depois – Gabriela Mayer (Rádio BandNews FM)
• As histórias de Mercedes Baptista, Consuelo Rios, Bethania Gomes e Ingrid Silva – Tiago Rogero (O Globo)
• Mulheres e suas lutas em cada canto do Brasil – Raquel Baster e Joana Suarez (Cirandeiras)
A mostra do prêmio Documentando o impacto da Covid-19: isolamento coletivona AméricaLatina escolheu 25 fotógrafos para fornecerem uma perspectiva sobre os impactos do coronavírus na região. Cinco dos selecionados são brasileiros.
Em primeiro lugar ficou o peruano Rodrigo Abd, pelos registros feitos em Lima, seguido pelo mexicano Miguel Tovar, que fotografou as consequências da Covid-19 na Cidade do México. Em terceiro lugar, ficaram empatados os brasileiros Yan Boechat, por suas fotos feitas em Manaus quando a cidade registrou o ápice do número de mortos e contaminados, e Gui Christ, que retratou o impacto da pandemia na periferia de São Paulo.
Os outros brasileiros selecionados foram WertherSantana, do jornal O Estado de S.Paulo, o freelance Apolo Sales e a publicitária Emi Takahashi. A premiação é organizada pelo Centro Harvard David Rockefeller para Estudos Latino-Americanos. Confira a exposição na íntegra.
Aos 92 anos, a rainha Elizabeth é vista como inspiração no Reino Unido, apesar das turbulências envolvendo a família real. Com frequência coloca suas altas taxas de aprovação a serviço de causas sociais. Esta semana, a causa foi o jornalismo.
Na segunda-feira (5/10), usou as redes sociais para mandar “warm good wishes” à imprensa , abrindo a campanha Journalism Matters, da News Media Association. Durante a semana estão sendo feitas ações para promover o jornalismo de qualidade, em um ano em que se tornou ainda mais necessário, ajudando o público a navegar no mar de desinformação sobre o novo coronavírus.
Declaração da rainha sobre a campanha
Não é a primeira vez que a rainha empresta sua popularidade ao jornalismo. Em abril homenageou os profissionais que mantinham a população informada sobre a Covid-19.
Apesar da perseguição dos tabloides britânicos à realeza, a monarca é elegante ao ponto de não apenas apoiar a imprensa mas também de se engajar. É patronesse da Journalist’s Charity, criada por Charles Dickens em 1864 para ajudar jornalistas em dificuldades.
Confiança não ajudou a pagar as contas
O apoio vem em boa hora. A imprensa do país sofreu com a Covid-19, que fez o desserviço de aprofundar a crise provocada sobretudo pela mudança de hábitos de consumo de notícias e centralização de verbas publicitárias nas plataformas digitais.
Não foi uma quebradeira generalizada, como alguns vaticinaram. Mas veículos regionais desapareceram, jornais impressos viraram online e muitos perderam o emprego.
O Reach, maior grupo de mídia britânico, anunciou corte de 550 postos − 12% da equipe. Evening Standard, The Times, The Guardian e BBC também eliminaram vagas. Sucursais de dois digitais famosos, Buzzfeed e Quartz, fecharam no país.
Isso a despeito dos altos índices de confiança no jornalismo, incapazes de conter a fadiga de notícias quando a crise começou a cansar, como mostramos no especial que examinou os efeitos da pandemia sobre a mídia. E insuficientes para atrair assinantes e anunciantes em volume que permitisse ao setor fechar as contas.
Jornalismo de campanha, uma prática britânica
O projeto Journalism Matters é anual. Segundo a News Association, alcançou 17,4 milhões de pessoas em 2019. A associação, que reúne os editores de jornais, mobiliza os membros a promoverem o valor do jornalismo em suas páginas e redes sociais.
Para esta quinta-feira (8/10) foi programado o #trustednewsday, com atividades virtuais para mostrar aos leitores como as notícias são produzidas e distribuídas.
Há também uma votação online, Fazendo a Diferença, em que o público escolhe as melhores campanhas realizadas por jornais nacionais e regionais. O jornalismo de campanha é uma prática no Reino Unido.
Os veículos aqui mantêm a tradição de defender causas − ambientais, legais, infantis, de saúde. E muitas vezes alcançam resultados concretos, como mudança em leis ou arrecadação de fundos.
Um dos mais notáveis momentos da história da imprensa britânica foi a campanha que nos anos 1970 expôs o drama da talidomida, medicamento contra enjoo que mutilou milhares de bebês, liderada por Harold Evans, então editor do The Sunday Times,.
Evans morreu em setembro. A história de sua luta, desafiando os tribunais e que acabou levando a mudanças na lei de segredo de justiça, foi enaltecida em obituários e editoriais. (Veja o perfil de Harold Evans em MediaTalks.com.br).
A sempre tensa relação entre jornais e plataformas digitais
Entre as campanhas selecionadas pela News Media Association para o prêmio de melhor do ano ano está a do Daily Telegraph, exigindo leis severas para controlar conteúdo nocivo nas mídias sociais. Ganhou força apoiada na triste história de uma adolescente que tirou a vida influenciada por posts relacionados a suicídio e automutilação.
As plataformas estão no radar da associação. Na abertura da campanha, o presidente da News Media Association cobrou ações do Governo para ajudar o setor a sobreviver. E defendeu mudanças no relacionamento com as plataformas digitais, “para assegurar um futuro brilhante ao jornalismo”.
No Reino Unido, as plataformas vão precisar ir além do que já têm feito para serem percebidas como aliadas do jornalismo de qualidade e não como ameaça a ele.
A Fenaj realizou nessa terça-feira (6/10) um evento virtual de lançamento do manifesto Pela taxação das grandes plataformas digitais, pelo fortalecimento do jornalismo e pela valorização dos jornalistas. Segundo a entidade, trata-se de uma medida concreta de valorização do jornalismo como atividade essencial à democracia e da categoria dos jornalistas, responsável pela produção de notícias. A live foi transmitida ao vivo pelo Facebook, com a participação de Younes Mjahed, presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ); Zuliana Lainez, presidente da Federación de Periodistas de América Latina y el Caribe (Fepalc); Maria José Braga, presidente da Fenaj; e de Dão Real, 1º vice-presidente do Instituto Justiça Fiscal, além de representantes de Sindicatos de Jornalistas. A mediação do evento foi feita por Beth Costa, secretária-geral da Fenaj.
A proposta da entidade surge a partir da Plataforma Mundial por um Jornalismo de Qualidade, idealizada pela FIJ e encampada por suas 140 entidades sindicais nacionais filiadas. O entendimento das entidades representativas da categoria em todo mundo é de que as sociedades democráticas precisam debater e implementar medidas para garantir o financiamento da produção jornalística. A taxação das grandes plataformas para compor um Fundo de Apoio e Fomento ao Jornalismo e aos Jornalistas é, na avaliação delas, uma alternativa viável.
A Fenaj embasa sua proposta em dados e análises sobre poder e a influência das grandes plataformas digitais, especialmente no domínio do fluxo da informação e na utilização da produção jornalística para obtenção de receita, sem qualquer contrapartida para quem a produz (empresas e jornalistas). Também leva em conta o fato de as grandes plataformas praticamente não pagarem impostos nos diversos países do mundo. Para a entidade, é urgente a adoção de medidas, no âmbito político, que possam proteger os meios de produção e de suporte ao Jornalismo. Saiba mais.
O Instituto FSB fez pesquisa sobre os impactos da pandemia no setor da comunicação. O estudo Executivos, Pandemia e Comunicação, que levou em conta respostas de mil executivos, mostra que a comunicação é a solução no mundo pós-pandemia, repleto de desinformação e campanhas de cancelamento.
Cerca de 50% das empresas participantes disseram não estar preparadas para combater fake news ou campanhas de cancelamento. O número aumenta para 64% ao levar em conta casos de ciberterrorismo.
Segundo as empresas que responderam, a solução é investir na comunicação: Cerca de 83% afirmaram investir na comunicação interna. Desses, quase metade investe muito no setor. Porém, num mundo pós-pandemia, 65% pretendem investir mais em comunicação. A pesquisa perguntou também se os executivos pretendem engajar mais suas empresas em causas sociais: 84% disseram que sim.
Morreu nesta terça-feira (6/10) em São Paulo o comentarista esportivo Dalmo Pessoa, aos 78 anos, vítima de pneumonia. Ele estava internado no Hospital Transmontano.
Dalmo foi um dos integrantes do programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, ao lado de nomes como Roberto Avallone, Fernando Solera, Chico Lang e Flavio Prado. Também fez parte do Mesa Redonda Futebol é com 11, apresentado por Milton Peruzzi, também na Gazeta. E atuou como comentarista na rádio, com passagens por Tupi, Record e Bandeirantes.
Dalmo cobriu sete edições de Copa do Mundo e formou uma dupla icônica com o narrador Fiori Gigliotti. Também escreveu para o jornal A Gazeta Esportiva. Depois de deixar o jornalismo esportivo, foi diretor comercial do Hospital Igesp e diretor administrativo do plano de saúde Trasmontano. Há alguns anos havia perdido a memória.
A Agência Pública lançou nesta terça-feira (6/10) a Cartilha de Segurança Digital e Atuação no Campo, que reúne os protocolos de segurança adotados pela empresa na produção de reportagens, além de aprendizados e experiências adquiridos ao longo das coberturas feitas pela equipe na região da Amazônia brasileira desde 2012.
O projeto, coordenado por Thiago Domenic, editor da Pública, lista orientações básicas que visam não só a segurança física como a digital dos repórteres, além da preservação de fontes. A primeira parte aborda riscos envolvidos em uma viagem, elaboração de um plano de emergência e levantamento prévio de informações sobre o trajeto, meios de transporte, locais de hospedagem, fontes locais, contatos de emergência, entre outros.
Na segunda parte, sobre segurança digital, há um diagnóstico elaborado por Adriano Belisário e Lucas Teixeira, da Escola de Dados, e posto em prática pela agência.
O Instituto Reuters promove de outubro a dezembro diversos seminários sobre práticas da imprensa e temas relevantes para o setor, incluindo os impactos da Covid-19 na categoria, uso de dados, ferramentas úteis, entre outros.
Entre os palestrantes estarão Safiya Noble, da UCLA, Luke Harding, do The Guardian, Shirish Kulkarni, do Bureau of Investigative Journalism, Mia Malan, do Bhekisisa Center for Health Journalism, e Emily Ramshaw, do The 19th.
O Diário de Pernambuco demitiu 26 profissionais, entre gráficos e jornalistas, segundo informações do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (Sinjope). Outros funcionários negociam suas saídas por conta da situação financeira da empresa.
Desde setembro, o Sinjope tenta intervir para regularizar os atrasos de salários no jornal, mas foram registradas cinco demissões naquele mês. Três jornalistas deixaram empresa por meio de negociação, também em setembro, e outros devem ser desligados por meio de acordo.
O Diário sofre problemas financeiros, e por conta disso, as pessoas que se desligaram da empresa não receberão de imediato os salários do mês trabalho, além de férias, 13º e outros direitos trabalhistas.
O Sinjope e a Fenaj solidarizaram-se com os profissionais que deixaram a empresa: “Sabemos, por experiência, que demissões resultam sempre na sobrecarga de trabalho dos que ficam na empresa, geram tensão e mais estresse, além da perda de qualidade de vida, afetando severamente a saúde dos profissionais. (…) A solução das dificuldades econômicas não passa por demissões injustificáveis e sim pela valorização profissional, através de salários justos e condições de trabalho adequadas”. As entidades pedem que o diálogo seja mantido e que não haja mais fechamento de postos de trabalho