O jornal sem conteúdo ACAPA chega a 500 edições com uma homenagem a Pelé, que faz 80 anos nesta sexta-feira (23/10). O ilustrador Claudio Duarte fez a capa da edição de número 500 com uma caricatura de Pelé, após a conquista da Copa de 1970.
“ACAPA de número 500 dá um soco no ar, neste 23 de outubro de 2020, para homenagear os 80 anos de um preto brasileiro tão soberano que não há no mundo quem não o conheça e reverencie”, informa a publicação. “Para o jornal sem jornal, como um gol bonito sem inspiração nele, mesmo que sua genialidade tenha sido calhordamente usada pela ditadura para vender um país que jurava ir pra frente enquanto assassinava a liberdade, o atleta do século ignorou todos os limites e ousou virar adjetivo. Você é um Pelé, Pelé! Feliz aniversário”.
ACAPA é um “jornal sem jornal”, cujas publicações vão ao ar nas redes sociais, acompanhadas de um texto com críticas e diferentes interpretações sobre temas do noticiário. O projeto foi criado em 2016 por Edgar Gonçalves Jr., Fabrício Cardoso e Nélson Nunes. O design é de responsabilidade de Tchô Hermes e conta com colaborações especiais de diversos artistas gráficos do País.
O jornal mantém um sistema de assinaturas com recompensas para os assinantes. Para participar, clique aqui e apoie o projeto.
O Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) e o Volt Data Lab anunciaram nesta sexta-feira (23/10) o início da pesquisa para a quarta edição do Atlas da Notícia, que visa a mapear veículos jornalísticos por todo o País, com informações sobre fechamento de empresas, novas iniciativas e jornalismo local em geral.
A organização, análise e publicação dos dados será realizada pelo Volt Data Lab, liderado por Sérgio Spagnuolo. A coordenação da pesquisa nas cinco regiões brasileiras estará a cargo de Sérgio Lüdtke, com os seguintes pesquisadores regionais: Angela Werdemberg (Centro-Oeste), Dubes Sônego (Sudeste), Jéssica Botelho (Norte), Mariama Correia (Nordeste) e Marcelo Fontoura (Sul).
A próxima edição terá melhorias técnicas na API (Interface de Programação de Aplicações), disponibilizando mais dados, recursos e tutoriais. A publicação do quarto Atlas da Notícia está prevista para dezembro.
Quem quiser fazer parte da equipe da pesquisa como voluntário deve preencher este formulário.
A CNN Brasil anunciou em 22/10 a contratação de Glória Vanique para apresentar um telejornal diário em horário nobre. Ela iniciou a carreira na Rádio Bandeirantes e chegou à Globo em 2007. Ao lado de Rodrigo Bocardi, apresentava o Bom dia SP.
Segundo Maurício Stycer (UOL), a CNN contratou Glória e anteriormente Márcio Gomes pois planeja expandir suas atividades: deve lançar no primeiro trimestre de 2021 o canal de streaming gratuito CNN Brasil+.
O serviço apresentará conteúdo exclusivo das 19h à meia-noite. Márcio será o âncora do principal telejornal dessa faixa, disponível apenas na plataforma. Este será o primeiro serviço de streaming gratuito do Brasil, que funcionará sem receita de assinantes, com modelo de negócios baseado em publicidade.
O Projeto Facebook para Jornalismo anunciou os resultados do Acelerador de Notícias Locais. Juntas, as empresas jornalísticas que fizeram parte do projeto geraram mais de US$ 3 milhões em valor adicional. Integraram a iniciativa A Crítica (AM), A Gazeta (ES), Correio (BA), Correio do Estado (MS), Estado de Minas (MG), Gazeta do Povo (PR), Jornal do Commercio (PE), NSC Total (SC), O Popular (GO), e O Povo (CE).
Realizado em parceria com o Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, em inglês), o Acelerador de Notícias Locais visou a promover a transformação digital e expandir o alcance do conteúdo produzido pelos veículos participantes, maximizando seus lucros.
Outros números relevantes do projeto mostram que, em seis meses, a Gazeta obteve 300 mil novos registros e aumentou a taxa de conversão de assinaturas diárias em 30%. Além disso, as newsletters produzidas por O Popular e NSC obtiveram bons resultados: o veículo goiano conseguiu 80% novos assinantes enquanto a empresa catarinense trouxe 120.000 novos inscritos.
Fernando Rodrigues (esq.) e Dias Toffoli (Crédito: Divulgação/SBT)
O Poder360 e o SBT anunciaram nesta quinta-feira (22/10) o fim da parceria para a exibição do Poder em Foco. O programa de entrevistas foi relançado pela emissora de TV em outubro de 2019, e Fernando Rodrigues, diretor de Redação do Poder360, comandava a atração desde então. A partir de novembro, isso será feito por Roseann Kennedy, atual editora-chefe do programa.
Em comunicado, o SBT agradeceu a Fernando pelo trabalho e explicou que ele “decidiu que precisa concentrar-se exclusivamente na coordenação do jornal digital Poder360”. Ao agradecer pela parceria, Fernando destacou que o Poder em Foco entrevistou “os chefes dos Três Poderes da República, ministros, governadores, políticos governistas e de oposição, empresários e pessoas de relevância na sociedade civil”.
A última edição do programa em parceria vai ao ar no próximo domingo (25/10), com participação do publicitário Washington Olivetto.
A página contém informações como os critérios e motivos utilizados para a remoção de um conteúdo, os direitos do usuário de contestar a retirada de um vídeo, e as políticas de segurança da empresa.
Entre abril e junho deste ano, o YouTube removeu da plataforma mais de 11 milhões de vídeos que violavam as regras da empresa, sendo cerca de 1 milhão no Brasil. Além disso, desde 2019, foram feitas mais de 30 alterações no algoritmo de recomendação de vídeos, para evitar ao máximo a propagação de informações falsas.
O reality de futebol Uma Vida, Um Sonho, interrompido por causa da pandemia de coronavírus, deve retomar a produção em novembro. A reestreia está prevista para 24 de janeiro, e o programa irá ao ar nas manhãs de domingo do SBT.
A ideia é que os apresentadores da atração sejam Aline Riscado e Luigi Baricelli, que substituem a Glenda Kozlowski, que havia assinado com a emissora justamente para estar à frente do reality, mas que por causa da paralisação deixou o SBT e assinou com a Band.
Com participação dos treinadores Joel Santana e René Simões, o programa reunirá 22 jovens garotos, selecionados após uma série de peneiras, que concorrem ao grande prêmio, a chance de jogar em um grande clube da Europa.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou em 21/10 dados sobre a situação da liberdade de imprensa no Brasil. Foram registrados 102 alertas para discursos estigmatizantes, feitos somente por autoridades públicas, contra profissionais de imprensa no Brasil em 2020. Em 2019, o número foi de 59, o que caracteriza um aumento de 73%.
Vale destacar que só o presidente Jair Bolsonaro foi responsável por 72 dos 102 ataques registrados. Além disso, seus filhos foram responsáveis por 12 dos discursos estigmatizantes.
Ao todo, o relatório da Abraji reportou 275 casos, e os discursos estigmatizantes representam 37% deles. No ano passado, foram 130 alertas reportados, sendo 59 declarações que atacam os profissionais de imprensa. O estudo também leva em conta assassinatos, desaparecimentos forçados, sequestros, detenções arbitrárias, tortura, violações ao acesso à informação, ações judiciais contra mídia e jornalistas, quadros jurídicos fora dos padrões e abusos de poder estatal.
Para Leticia Kleim, assessora jurídica da Abraji, “essas declarações se apoiam em um tom de descredibilização, ofensa, intimidação e visam a desvalorização sistemática da imprensa como um todo”.
Marcelo Träsel, presidente da entidade, declarou que “o presidente Jair Bolsonaro abandonou as normas de interação entre o Planalto e os jornalistas válidas em Brasília desde o fim da ditadura militar, as quais garantiam um mínimo de civilidade e respeito entre as partes, mesmo nos períodos mais tensos. Infelizmente, muitos de seus ministros e apoiadores políticos vêm seguindo o exemplo e passaram a buscar a intimidação da imprensa. (…) É um comportamento inaceitável para qualquer mandatário ou servidor público, mas principalmente para o presidente da República”.
A imagem que lhe convido é do abismo. Como te toca esta palavra? Você se imagina no escuro, em queda, pulando, em vórtice, no túnel ou no fundo? Pra quem se identificou com fundo, você se imagina deitado, em posição de cócoras, levantando-se ou em pé, firme, com seu cajado na mão?
Pode ser que o imaginário cultural te leve justamente para o oposto da origem da palavra. Ou seja, um significado contrário do que ela representa. De origem latina, o significado da palavra abismo é lugar sem fundo, do latim byssos, de fundo, com o A que é sem: abyssos.
Atingir o fundo de um lugar sem fundo. É o risco que se corre quando levamos nossa atenção para dentro de nós. Podemos entrar em contato com as distorções feitas pelo mau uso das palavras e transformar tais ilusões em verdade e, assim, criar fundo para o abismo.
Andar firme e forte no fundo de um lugar sem fundo. E, detalhe, haverá todos os recursos para mantê-lo neste caminho: o fundo com milhares de opções sombrias, companhias pra te confirmar que o abismo é isso mesmo, com fundo, que merece cajado e firmeza. Ilusão?
É fato a existência das invenções, possibilidades e realidades que atravessaram os significados das origens das palavras e construíram significados opostos que internalizamos como verdade. Talvez, por isso, tantas palavras têm sido ditas com prefixo re: ressignificar, reconhecer, repensar, reinventar… Pra dar conta da complexidade que se tornou o mundo interno de cada um de nós, parece que as palavras nos convidam sempre a dar uma ré pra verificar se o significado é o da origem ou da travessia que virou o oposto.
Complexa contradição
Fica mais difícil de andar junto, de convidar muita gente pra dar o próximo passo, mas pra quem tem interesse em inovar e sustenta a leitura reflexiva pra saber o que a imagem do abismo tem a ver com a inspiração que Eduardo Vieira trouxe para meu caminho solitário vale lembrar que o lugar sem fundo é sinônimo de caos, puro movimento e eterna criação.
O que aprendi ao ouvir a história do Eduardo é que o caminho da inovação é ver o novo de frente e sustentar essa visão ciente que ela faz parte do futuro, com mil e uma possibilidades do novo. Está ali, pulsando, vivo, cheio de potência, mas ainda não tem forma. Vai sendo revelada, aos poucos. Isso não significa que tem o direito de ficar parada. Esperar acontecer não é estar a caminho da inovação. Ficar cavoucando o descoberto pra compreendê-lo, antes da forma, também não é recomendável. Há uma ação sutil que já foi dita: olhar o novo de frente.
Aprendi com as percepções que a história do Eduardo moveu em mim que inovar é ficar atento a esses dois movimentos, sem pressa e sem pressão. Atento ao cultivo do dia e às entregas prometidas, de olho na força que o futuro emerge e no tempo que esse futuro lhe acompanha. São detalhes que vão contribuindo para a sua percepção.
Subjetivo demais?
Eu não conheci os dez anos de quem foi o Edu antes de ele tornar-se a voz da inovação nos meus ouvidos. Enquanto a Ideal nascia no mundo da comunicação, eu mergulhava no futuro que me afastou do mercado corporativo e mudou radicalmente a energia do leva e traz que ainda se mantém como resquício das trocas que fazemos como comunicadores. A única lembrança que nutria do Eduardo era do jornalista de TI que esteve sentado ao meu lado, no Prêmio Imprensa Embratel.
Meu encontro com um dos CEOs da H+K Strategies não tinha a intenção de encontrar a inovação, sentir os efeitos de um insight cognitivo e partilhar a experiência através da imagem do abismo contigo. Quando falei com Eduardo ainda vivia a incógnita do meu caminho, seguia a forma de ouvir os relatos biográficos, agora, dos donos das agências e tinha a dica de Liliana Morales, minha amiga da faculdade, de que ele era o cara que pensava diferente.
Quando desliguei o Zoom, no mês de julho, que durou 90 minutos, o lide era o sonho de ser dono do próprio nariz. Em agosto, veio a frase: Ele começou revelando o sonho de ser dono do próprio nariz e terminou trazendo a percepção mercadológica, que ainda lhe tira o sono: provar os valores do campo comunicacional para o mundo. Edu fala o tempo todo de Reputação e Valores.
Ouvi-lo me fez sentir grande. Como se o olhar dele pudesse valorizar as paixões que sinto dentro de mim. Como se amar histórias e acreditar nelas pudesse, de fato, um dia ser verdadeiro. Sem distorções de realidades, caminhos ilusórios ou travessias de significados opostos. Como se houvesse um lugar pronto para valorizar o sentido e os significados das origens das palavras, ciente das invenções feitas que criaram o contrário da essência etimológica.
Imaginar esse mundo que Edu inspirou em mim com os valores da comunicação me fez acreditar que há espaço para líderes aprenderem as técnicas de diálogo consigo e com o mundo, pra aprender a ver o novo a partir dessa escuta profunda que requer ficar atento ao cultivo do dia que o futuro pede agora.
Eduardo Vieira
Eduardo Vieira Hill + Knowlton Strategies
Linha do Tempo dos Papéis 1996 a 2000 – Universitário Instituição: ECA/USP
1997 a 2007 – Jornalista Veículos: Gazeta Mercantil, Info, Exame e Época
2007-2015 – Empresário Agências: Ideal e ConceptPR
2015 – 2020 – Sócio do WPP e Chairman do Grupo Ideal
Agências: H+K Strategies América Latina, Ideal H+K Strategies, Hill+Knowlton Brasil e Ogilvy PR & Influência
Gazeta Mercantil, Info, Exame e Época. Apesar da força e da credibilidade que cada marca dessas representa na história do jornalismo, nenhuma delas abrange o que a Ideal traz para história de Eduardo Vieira – que se torna referência nacional ao concretizar seu sonho de ser dono do próprio nariz.
É tão impactante a fundação da agência com Ricardo Cesar que não dá pra seguir o roteiro padrão do jornalista que virou empresário. Existe um depois de 2007 na vida de Eduardo que sintetiza a liderança da inovação na América Latina e nasce com uma palavra difícil de encontrar nas biografias: cocriação.
Nasce a Ideal, do Eduardo e do Ricardo, que vira uma potência mundial. É complexo compreender os significados de dois brasileiros fazerem parte do board mundial da Hill + Knowlton Strategies e sócios do WPP, a maior holding de comunicação do mundo.
Mais fácil lembrar que tudo começou pelo Google, que precisava suprir a necessidade de integrar o que, na época, era separado no Brasil: assessoria de imprensa X publicidade. Tudo indica que foi o livro-reportagem “Os Bastidores da Internet no Brasil”, escrito por Eduardo, que motivou o gigante da internet a convidá-lo para um Ciclo de Palestras, que daria início à concorrência que mudou a vida da dupla.
De editores da grande imprensa, eles viraram uma startup de PR Digital. Antes disso, Edu viveu dez anos como jornalista e, hoje, é um dos poucos líderes que compartilha suas reflexões no LinkedIn, comenta nas redes sociais e ainda indica cursos gratuitos para comunicadores. Colaborativo? Sem dúvida!
Vai até a meia noite desta sexta-feira (23/10) a votação do primeiro turno do Prêmio Os +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, que indicará os candidatos aos TOP 50 profissionais e aos TOP 3 veículos de comunicação, nos segmentos Jornal, Revista, Agência, Site/Blog, Programa de TV/Vídeo, Programa de Rádio/Áudio. A votação é aberta e quem dela participar poderá indicar até cinco nomes em cada uma das categorias do certame.
Os finalistas serão conhecidos na próxima edição deste J&Cia e o segundo turno será realizado de 31/10 a 9/11, com cerimônia de premiação em 30/11, das 11h às 14h, pelo canal do Portal dos Jornalistas no YouTube. Fátima Turci e Rosenildo Ferreira dividirão a apresentação do evento, que conta com o patrocínio de BTG Pactual, Gerdau, Captalys, Telefônica | Vivo, Samsung, apoio do GPA e da Imagem Corporativa e apoio Institucional do Ibri.