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terça-feira, julho 8, 2025

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InPress lança área de consultoria em propósito e reputação

A InPress Porter Novelli apresenta ao mercado na próxima terça-feira (22/9) uma nova área de consultoria em propósito e reputação. Para marcar o lançamento, a agência realiza na mesma data, das 9h30 às 11h, o webinar O Valor do Propósito para a Sociedade e os Negócios.

O evento será comandado por Roberta Machado, CEO da InPress Porter Novelli, e Eraldo Carneiro, Head de Propósito e Reputação. Os convidados são Whitney Dailey, vice-presidente da Porter Novelli; Hélio Mattar, diretor presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente; Marcio Carvalho, diretor de Marketing da Claro; e Regina Teixeira, diretora de Comunicação e Cidadania da PepsiC.

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Raquel Lins lança portal Dados Abertos Pernambuco

Raquel Lins, cientista política formada na Universidade Federal de Pernambuco e especialista em Planejamento e Gestão Pública (UPE), lança o portal Dados Abertos Pernambuco, que utiliza informações e dados abertos, de forma didática e legível, para falar sobre assuntos como cidades inteligentes, combate à corrupção, jornalismo de dados, avaliações de impacto e qualidade, negócios, entre outros.

O portal faz uso de muitos recursos visuais, inclusive videotecas, para aumentar a imersão dos leitores. O site tem um fórum, que pode ser acessado via cadastro, além de um blog que está à disposição de especialistas e um sistema de curtidas, no qual os posts marcados com um coração ficarão salvos no histórico de membro do portal.

Ela dedicou duas seções especiais para o jornalismo de dados, uma focada em explicar seu histórico global e com diversos materiais didáticos e informações sobre cursos, e outra sobre sua prática no Brasil.

Unesco aponta tendência de agressões a jornalistas em protestos

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) detectou 21 agressões a profissionais de imprensa durante protestos apenas no primeiro trimestre de 2020, mais da metade do total registrado no mesmo período do ano anterior. Ao todo, foram 215 situações nos últimos seis anos. Segundo a entidade, os dados “claramente indicam uma tendência crescente nos ataques contra jornalistas enquanto cobrem protestos”.

O relatório, divulgado em 14/9, levou em conta informações de 65 países. As agressões mais severas partem de agências de segurança. A Unesco lembra que a legislação que regula quando e como policiais podem usar força durante protestos, inclusive contra jornalistas, é escassa. Nesse sentido, a entidade recomenda o treinamento da polícia sobre liberdade de imprensa e expressão.

Manifestantes também agridem jornalistas, principalmente aqueles influenciados pelo discurso de que a imprensa é “inimiga da sociedade”. A Unesco lembra que os países membros das Nações Unidas são obrigados a garantir a segurança de imprensa enquanto executa seu trabalho, inclusive durante protestos.

Confira o relatório na íntegra (em inglês).

Agressões na América Latina

Ainda sobre ataques à imprensa, a rede Voces del Sur divulgou em 9/9 o Relatório Sombra 2019, que monitorou violações à liberdade de imprensa no último ano em dez países da América Latina. Os dados indicam um aumento de 243% nos ataques à imprensa em 2019, em comparação aos números de 2018.

O Brasil não fez parte do levantamento de 2018, pois só em 2019 a Abraji, entidade que representa o País na Voces del Sur, passou a integrar a rede. Porém, no ano passado, o Brasil foi o país que mais reportou casos de violação da liberdade de imprensa: foram 130 ataques, que incluem insultos e desqualificações por parte de autoridades e outras figuras públicas influentes, além de campanhas sistemáticas de desprestígio do trabalho jornalístico. Vale destacar que 58% dos ataques vieram do presidente Jair Bolsonaro.

RPMA faz live sobre o mundo corporativo pós-pandemia

A RPMA Comunicação realiza nesta quarta-feira (16/9), às 12h, uma live com o tema Comunicação como ativo essencial para criação da cultura no pós-pandemia, que reunirá profissionais da área para debater o mundo corporativo e novas tendências em meio à pandemia de coronavírus.

Participarão Marcio Cavalieri, sócio-fundador da RPMA; Hugo Klemar, gerente de criação da agência; Viviane Mansi, diretora de Comunicação e Sustentabilidade da Toyota na América Latina e Caribe; e Davi Bufalo, especialista em Atração de Talentos na Centauro. Quem assistir poderá fazer perguntas para os executivos ao longo do evento.

A live será transmitida no Facebook da RPMA.

SBT reforça equipe para transmissão da Libertadores

Téo José (esq.) e Mauro Beting são dois dos reforços anunciados pelo SBT

O SBT anunciou a contratação de reforços para sua equipe de Esportes, com foco na Copa Libertadores da América, que a emissora transmitirá a partir desta quarta-feira (16/9).

O canal confirmou a chegada dos narradores Téo José, que estava no Fox Sports, e Luiz Alano, que também trabalha no DAZN. Além deles, Mauro Beting, que está também na Turner, e os ex-jogadores Ricardo Rocha e Mauro Galvão assinaram com o SBT e serão comentaristas das partidas.

Com informações do UOL.

Bob Sharp é eleito o +Admirado Jornalista da Imprensa Automotiva 2020

Momento em que Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, anuncia Bob Sharp como o +Admirado Jornalista da Imprensa Automotiva 2020
Momento em que Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, anuncia Bob Sharp como o +Admirado Jornalista da Imprensa Automotiva 2020

Zeca Chaves, Cleide Silva, Boris Feldman e Fernando Calmon completam o Top 5

Em cerimônia online realizada nesta segunda-feira (14/9), no canal do Portal dos Jornalistas no YouTube, foram homenageados os +Admirados da Imprensa Automotiva 2020. A eleição, que já havia anunciado previamente os Top 25 Jornalistas e os vencedores nas categorias temáticas, reservou para a transmissão o anúncio, em primeira mão, dos cinco primeiros colocados desta edição.

Criador e editor do site Autoentusiastas, Bob Sharp foi eleito o +Admirado Jornalista Automotivo nesta edição. Completaram o Top 5, respectivamente, Zeca Chaves (Autoentusiastas e Automotive Business), Cleide Silva (Estadão), Boris Feldman (Auto Papo) e Fernando Calmon (Coluna do Fernando Calmon).

Dentre os jornalistas, tambpem foram homenageados por integrar a lista dos 25 +Admirados, em ordem alfabética, Alzira Rodrigues, Clayton Sousa, Eduardo Bernasconi, Emílio Camanzi, Evelyn Guimarães, Gerson Campos, Giovanna Riato, Henrique Rodriguez, João Anacleto, João Fusquine, Joel Leite, Jorge Moraes, Juliano Barata, Karina Simões, Leonardo Felix, Marli Olmos, Paulo Campo Grande, Sergio Dias, Sergio Quintanilha e Tarcísio Dias.

Já nas categorias temáticas, os mais votados foram: Karina Simões (Influenciadora Digital), Fernando Calmon (Colunista), Quatro Rodas (Revista e Site), Jornal do Carro/Estadão (Caderno), Auto Esporte (Programa de TV), Auto Papo/Boris Feldman (Rádio), Motor 1 (Podcast) e Acelerados (Canal de vídeo).

A eleição dos +Admirados da Imprensa Automotiva contou com patrocínios de BMW, General Motors e Scania, e apoios de Bosch, Honda e Volkswagen. A produção audiovisual da cerimônia, que foi gravada nos estúdios da Imagem Corporativa, em São Paulo, ficou a cargo da Ali Produções.

Pública denuncia Transparência Internacional por ações em favor da Lava Jato

Bruno Brandão (esq.) e Deltan Dallagnol (Crédito: Agência Pública)

A Agência Pública fez uma reportagem denunciando uma suposta “aliança” entre a ONG Transparência Internacional (TI) e operação Lava Jato. Mensagens no Telegram entre o procurador Deltan Dallagnol e Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Internacional no Brasil, mostrariam que nos últimos anos a TI agiu para defender publicamente a Lava Jato e seus protagonistas dentro e fora do Brasil, por meio de entrevistas, contatos com a imprensa e publicação de notas de apoio.

Segundo a reportagem, as conversas revelam que Dallagnol e Brandão tinham uma relação muito próxima e que o procurador sempre recorria ao diretor-executivo da TI para promover a imagem da Lava Jato. Entre os exemplos, mensagens indicando que em 2017 Dallagnol pediu ajuda para obter apoio internacional para a operação. Brandão sugeriu uma pesquisa elaborada pela TI com a opinião de investidores estrangeiros sobre a operação, se ela era boa ou não para a economia. “Duvidaria que um investidor olhando o médio e longo prazo diria que não”, teria escrito Brandão em uma das mensagens.

Questionada, a ONG teria declarado que o estudo não foi feito. Em 2018, porém, Brandão publicou uma coluna no Valor Econômico com o título Legado de combate à corrupção será positivo para a economia.

Em resposta à matéria da Pública, a Transparência Internacional escreveu que “dialoga e coopera sistematicamente com agentes públicos, sociedade civil, jornalistas investigativos, entre outros. É natural que, na consecução de sua missão institucional, tenha estabelecido parceria institucional com o MPF e colaboração com as Forças-Tarefa da Lava Jato, Greenfield, Amazônia e outras”.

Leia a reportagem da Pública na íntegra.

Gabriel Priolli promove curso sobre a história da televisão no Brasil

Gabrie Priolli

Gabriel Priolli, ex-editor do Jornal Nacional (Globo), promove o curso Túnel do tempo – Como viemos da TV a lenha para milhões de canais, com aulas sobre a história da televisão no Brasil. O curso, online, será de 21 a 24 de setembro, das 19h às 21h30.

Em cinco aulas, Priolli fará um histórico do audiovisual no País, desde os primórdios, em 1950, até os dias atuais, com a ascensão das redes sociais e da tecnologia de distribuição de imagens. Inspirada no seriado Túnel do Tempo, de Irwin Allen, a exposição inclui filmes, vídeos, fotos e artes.

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PL criminaliza atos que impedem trabalho da imprensa

Fabiano Contarato

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) apresentou ao Senado um Projeto de Lei que altera o Código Penal Brasileiro no que se refere ao trabalho jornalístico. Segundo o texto, quaisquer atos que impeçam o trabalho de profissionais de imprensa serão criminalizados, com pena de detenção de um a seis meses, além de multa. Em caso de violência, a pena aumenta para detenção de três meses a um ano, e multa.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Contarato disse que “o Estado democrático de Direito não subsiste em um cenário no qual a hostilidade se transforma em arma para tentar silenciar opiniões, dados ou fatos que desagradem a um determinado grupo. Não há democracia e disseminação da informação sem uma imprensa livre e atuante, sem que veículos de comunicação consigam cumprir sua missão”.

Com informações do Portal Imprensa.

No serpentário

Por Eduardo Brito

Araújo Castro

Lotada de parlamentares, tecnocratas qualificados, jornalistas, autoridades, empresários em visita, Brasília oferece permanentes oportunidades de conversas inteligentes, mas em nenhum outro ambiente é tão garantida a ironia e a sutileza como entre os diplomatas. Não por acaso, o Itamaraty, a belíssima sede do Ministério das Relações Exteriores, é apelidado de “serpentário”. Com justiça. E, dizem os entendidos, nesse mister poucos se comparavam ao embaixador Araújo Castro.

Conhecido pelo pensamento avançado, foi o braço direito do chanceler San Thiago Dantas, e tornou-se seu sucessor precoce, ainda no governo Goulart. Veio o golpe de 1964. Com ele, o previsível: embora não enfrentasse qualquer acusação, Araújo Castro caiu literalmente no ostracismo. Deram-lhe a embaixada em Atenas, posto não desprezível por ser europeu, mas afastado demais dos polos de decisão para ser pouco atraente a um diplomata de primeira linha.

Naquela antiguidade em que não havia internet, o embaixador exilado comprazia-se em enviar cartas aos amigos, que eram muitos. Para simplificar, copiava todas, acrescentando a mão algumas notas pessoais. Na primeira dessas cartas, revelava que os novos governantes quiseram puni-lo ao mantê-lo afastado de todo poder decisório, mas acabaram por fazê-lo sentir-se em casa. Afinal, lembrava, ele era de família maranhense. E na Grécia todo mundo tinha nomes tipicamente maranhenses. Todos se chamavam Temístocles, Demóstenes e outros nomes comuns em sua São Luís. “Só não encontrei ainda nenhum José de Ribamar”, admitia.

Araújo Castro amargou uns quatro anos de postos menores, mas era grande demais para ser esquecido. Ainda no regime militar foi embaixador brasileiro nas Nações Unidas e, em seguida, embaixador em Washington, reconhecidamente o mais cobiçado da carreira diplomática. Como de praxe, comparecia com frequência ao Itamaraty e, nessas viagens periódicas, nunca deixava de procurar os amigos.

Um deles, Luiz Custódio de Lima Barbosa, era jornalista, mas parecia diplomata. Impecavelmente vestido, culto e arguto, em nada ficava a dever ao público nativo do serpentário que cobria para o Jornal do Brasil. Então genro do ex-governador e ex-senador Etelvino Lins, depois ministro do Tribunal de Contas da União, circulava entre políticos e diplomatas com absoluta competência. De quebra, gostava de oferecer recepções na sua mansão do Lago Sul, fronteira à Ponte Costa e Silva, ponto mais nobre da nova capital.

Entre seus amigos estava Araújo Castro, que Luizinho costumava aproximar dos colegas jornalistas. Como mantinha contatos permanentes com as equipes das sucursais, costumava chamar para essas conversas não apenas os colegas do dia a dia, mas também profissionais de passagem por Brasília, como editores dos jornalões do Rio de Janeiro e de São Paulo, meu caso na época. Quando Araújo Castro chegava, Luiz imediatamente marcava um papo, que era sempre sucesso.

O ex-chanceler tinha uma estrela especial que lhe permitia estar no lugar certo na hora certa para garantir uma história saborosa. Integrara a comitiva oficial do então vice-presidente João Goulart ao oriente – viagem que Jânio Quadros aproveitou para definir sua renúncia. Essa viagem proporcionou casos divertidos, como o de uma feérica recepção oficial que, tão logo se soube da resistência dos militares à posse de Goulart, foi interrompida pelos anfitriões, com direito a recolher os pratos e apagar as luzes aos poucos.

Uma das histórias de Araújo Castro referia-se a rotundo senador que integrava a comitiva como observador parlamentar. Embora udenista e, portanto, adversário figadal de Goulart, aproximara-se do vice ao partilhar seu gosto por refeições copiosas e seguidas rodadas de uísque. Uma certa madrugada, após muitas doses no bar do hotel, o eufórico senador bateu nas costas do vice e anunciou que se filiaria a seu PTB. Nos tempos atuais, era como se Lindbergh Farias aderisse ao partido de Bolsonaro. Passado o porre e anunciado que os militares vetavam a posse do vice, um João Goulart gozador passou um papel ao senador e informou que se tratava da ficha de filiação. O volumoso parlamentar gaguejou uma desculpa qualquer e guardou a ficha, embora garantisse que, chegando ao Brasil, assinaria aquilo. Lógico, não se falou mais no assunto. Após o desembarque, veto contornado e Goulart devidamente empossado, lá veio o senador. Com a ficha assinada, na mão, feliz como um passarinho à espera de alpiste. Durante os dois anos e meio do governo Goulart, era dos mais assíduos aos palácios presidenciais.

Essa história era seguida, claro, de perguntas sobre o que fizera o senador após a derrubada do presidente. Araújo Castro ria muito e dizia que não acompanhara mais o caso. Sabia, claro. O senador preferiu renunciar ao mandato em troca de uma sinecura, após jurar apoio ao regime militar e votar no marechal Castelo Branco nas eleições indiretas para presidente. Mas não teve mais como se candidatar a coisa alguma.

As tiradas mais divertidas, claro, referiam-se às intrigas internas do Itamaraty. Já em Washington, Araújo Castro conseguiu compor uma equipe toda ligada a ele, que incluía dois futuros ghost writers presidenciais e ao menos dois futuros ministros. Estavam todos felizes quando desembarca um diplomata inesperado. Era uma incógnita completa. Não era carreirista, não brigava por postos, não participava das fofocas, não era gay, não caçava mordomias e, pior de tudo, também era extremamente competente. O serpentário foi à loucura com a presença do intruso, que se chamava Rubens Ricupero. Afinal, quem era ele? A dúvida durou semanas. Até que uma tarde Araújo Castro foi de sala em sala, dedos nos lábios em sinal de silêncio, chamando a equipe para se trancar em seu gabinete. Com todos lá, trancou a porta e sussurrou:

− Descobri! O Ricupero é janista!

Fica o registro de que Luiz Barbosa também era um excelente contador de histórias, à altura do serpentário que cobria. Um de seus casos referia-se ao seu primeiro salário, no Correio da Manhã. Os focas fizeram fila na tesouraria para receber o parco dinheirinho, pago em envelopes. No corredor, foi interceptado por um veterano, o já famoso Hermano Alves, que anos depois seria deputado federal e um dos pivôs da crise que deu pretexto para o AI-5. Hermano explicou-lhe que “nós, repórteres especiais, só vamos receber amanhã” e que diante disso pedia um empréstimo por 24 horas. A essa altura já havia arrebatado o envelope de Luiz Barbosa. Que, evidentemente, nunca mais viu o dinheiro.


Eduardo Brito

A história desta semana é novamente uma colaboração de Eduardo Brito (edubrito@senado.leg.br), ex-Estadão, Jornal do Brasil, Correio Braziliense e Jornal de Brasília.


Tem alguma história de redação interessante para contar? Mande para baroncelli@jornalistasecia.com.br.

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