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quinta-feira, março 28, 2024

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Unesco aponta tendência de agressões a jornalistas em protestos

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) detectou 21 agressões a profissionais de imprensa durante protestos apenas no primeiro trimestre de 2020, mais da metade do total registrado no mesmo período do ano anterior. Ao todo, foram 215 situações nos últimos seis anos. Segundo a entidade, os dados “claramente indicam uma tendência crescente nos ataques contra jornalistas enquanto cobrem protestos”.

O relatório, divulgado em 14/9, levou em conta informações de 65 países. As agressões mais severas partem de agências de segurança. A Unesco lembra que a legislação que regula quando e como policiais podem usar força durante protestos, inclusive contra jornalistas, é escassa. Nesse sentido, a entidade recomenda o treinamento da polícia sobre liberdade de imprensa e expressão.

Manifestantes também agridem jornalistas, principalmente aqueles influenciados pelo discurso de que a imprensa é “inimiga da sociedade”. A Unesco lembra que os países membros das Nações Unidas são obrigados a garantir a segurança de imprensa enquanto executa seu trabalho, inclusive durante protestos.

Confira o relatório na íntegra (em inglês).

Agressões na América Latina

Ainda sobre ataques à imprensa, a rede Voces del Sur divulgou em 9/9 o Relatório Sombra 2019, que monitorou violações à liberdade de imprensa no último ano em dez países da América Latina. Os dados indicam um aumento de 243% nos ataques à imprensa em 2019, em comparação aos números de 2018.

O Brasil não fez parte do levantamento de 2018, pois só em 2019 a Abraji, entidade que representa o País na Voces del Sur, passou a integrar a rede. Porém, no ano passado, o Brasil foi o país que mais reportou casos de violação da liberdade de imprensa: foram 130 ataques, que incluem insultos e desqualificações por parte de autoridades e outras figuras públicas influentes, além de campanhas sistemáticas de desprestígio do trabalho jornalístico. Vale destacar que 58% dos ataques vieram do presidente Jair Bolsonaro.

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