O Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) lança neste mês de março a segunda fase do projeto Codesinfo, o Fundo de Inovação Contra a Desinformação. A nova etapa tem o objetivo de divulgar e estimular o uso de cinco ferramentas digitais de combate à desinformação.
No segundo semestre do ano passado, foram contempladas no projeto cinco propostas de ferramentas contra fake news. Cada um dos veículos responsáveis pelas ferramentas recebeu investimentos de até R$ 100 mil para desenvolver os projetos. O objetivo agora é estimular a adoção destas soluções tanto por veículos brasileiros como internacionais. Além disso, a segunda fase do Codesinfo inclui ainda a organização e participação em eventos, campanhas em redes sociais e a tradução integral do site do projeto para o inglês e o espanhol.
Confira as cinco ferramentas escolhidas pelo Codesinfo:
Capí – Chatbot de Inteligência Artificial desenvolvido pela Ambiental Media que fornece respostas claras, atualizadas e confiáveis sobre temas climáticos. A ferramenta foi criada por jornalistas e especialistas em ciência climática.
Check-up – Ferramenta de análise de anúncios do setor de saúde de Aos Fatos. O projeto analisa os chamados anúncios “nativos” que muitas vezes utilizam linguagem
jornalística para vender remédios inócuos e falsas curas.
Mosaico – biblioteca Python da Folha de S.Paulo que serve para criar e gerenciar vídeos de forma programática. Através de Inteligência Artificial, a ferramenta permite a conversão e adaptação de matérias criadas originalmente em texto, fotos e imagens estáticas para vídeos curtos.
Quem Disse? – plugin da Folha do Mate para criação de perfis jornalísticos no LinkedIn. O projeto é uma extensão para o publicador WordPress, facilitando o trabalho de construção e padronização de perfis de jornalistas e demais colaboradores das redações.
Xarta – “míni” CMS do Núcleo Jornalismo para atualização de conteúdo. Através de cartões “embedáveis” de contexto, o Xarta é um sistema que tem o objetivo de manter as informações publicadas por sites jornalísticos sempre atualizadas.
Antoninho Rossini, ex-diretor de redação do caderno Propaganda & Marketing e atualmente membro do Conselho Executivo do site Adnews, lançará na próxima terça-feira (18/3), a partir das 19h, na Rino & Partners (Av. Arnolfo Azevedo, 126), em São Paulo, Velhice Radical (Tag & Line). Neste seu 16º livro, o autor propõe ao leitor uma reflexão sobre a forma de enxergar a vida, mostrando que a idade não deve ser uma barreira para alcançar seus sonhos, e resgata experiências como saltos de paraquedas, tirolesa, rapel, caminhadas e trilhas de longa distância, que o mantêm com preparo físico e disposição, apesar dos seus mais de 80 anos.
“Esse livro é resultado de uma experiência mal-sucedida ocorrida comigo em julho do ano passado, quando praticava trilha na Serra da Canastra, no interior de Minas Gerais”, explica o autor, que embora afastado de suas atividades por quase sete meses, considerou que deveria, com esse livro, alertar que as pessoas devem manter seus sonhos, apesar da idade e outras barreiras sociais ou preconceituosas. “Meu tratamento ainda está em curso, mas em fase de franca recuperação”.
Além da edição física, o livro será comercializado em versão digital por meio das plataformas Amazon KDP e pelo Google Book. Confirmação de presença no evento pelo 11-95456-2131 (WhatsApp).
Após 12 anos na TV Globo, Bárbara Coelho pediu demissão da emissora nessa terça-feira (11/3). A jornalista estava à frente do Esporte Espetacular há cerca de seis anos. De acordo com a coluna F5, da Folha de S.Paulo, Bárbara estaria negociando sua entrada na CazéTV.
No canal de Casimiro Miguel, ela deverá reforçar a cobertura do Campeonato Brasileiro. Ainda segundo as informações, a Globo teria tentado convencê-la a permanecer e chegou a cogitar torná-la comentarista de eventos esportivos, mas ela manteve sua decisão. Com a saída, a apresentadora também deverá se dedicar a projetos pessoais e eventos corporativos.
Bárbara foi contratada pela Globo em 2013 como apresentadora de programas do SporTV. Em 2018, assumiu o Esporte Espetacular, substituindo a Fernanda Gentil. Antes da Globo, teve passagens por TV Capixaba, Rádio Popular, Esporte Interativo e Band.
A Record anunciou nesta terça-feira (11/3) a saída do apresentador Celso Freitas após 21 anos de casa. Ele atuava há 19 anos como âncora do Jornal da Record. Em nota enviada à imprensa, a Record agradeceu Celso pelos anos de trabalho na emissora, marcados “por um compromisso inabalável com a ética jornalística”. Sérgio Aguiar assume a apresentação do Jornal da Record, ao lado de Christina Lemos.
Com mais de 50 anos de Jornalismo, Celso Freitas trabalhou por mais de três décadas no Grupo Globo, na apresentação dos principais telejornais da casa, como Jornal Nacional, Fantástico e Globo Repórter. Foi dupla de bancada de Cid Moreira. Na GloboNews, comandou os extintos programas Você Decide, Via Brasil e Arquivo N.
Posteriormente, Celso assinou com a Record, em 2004, atuando no Domingo Espetacular, que estreava na emissora. Dois anos mais tarde, tornou-se apresentador do Jornal da Record, o principal telejornal do canal, posto que ocupou até hoje. reitas chegou à RECORD em 2004 para o lançamento do “Domingo Espetacular”. Ao longo dos 19 anos à frente do jornal, fez coberturas históricas, mediou debates eleitorais e apresentou outros programas jornalísticos, como o Repórter Record e as Retrospectivas. Trabalhou ainda na Record News, comandando o Entrevista Record News – Bastidores da Notícia por 5 anos, e nas plataformas digitais, como apresentador do JR 15 minutos.
Jayme Sirotsky, presidente emérito do Grupo RBS, será homenageado com o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa, concedido anualmente pela Associação Nacional de Jornais (ANJ). Ele receberá o prêmio por sua liderança global e seu trabalho na defesa das liberdades de imprensa e de expressão nos âmbitos regional, nacional e internacional. A cerimônia de entrega será em 27/3, às 18h, na residência do homenageado, em Porto Alegre (RS).
Jayme trabalhou por mais de 60 anos no Grupo RBS, onde foi vice-presidente, presidente e presidente do conselho de administração. Ajudou a equipar a empresa com tecnologias de ponta e implantar um sistema pioneiro de impressão offset de jornais. Teve também importante trabalho na liderança de entidades defensoras da liberdade de imprensa.
Foi vice-presidente e membro do conselho da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) e teve papel de destaque na elaboração da Declaração de Chapultepec, em 1994, que estabelece a imprensa livre “como condição fundamental para que as sociedades resolvam seus conflitos, promovam o bem-estar e protejam a sua liberdade”.
Presidiu também a ANJ por dois mandatos e é um dos fundadores do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar). Atuou ainda como dirigente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e foi o primeiro latino-americano a assumir a presidência da Associação Mundial de Jornais (WAN-IFRA).
De todas as regiões do Brasil, estatisticamente o Nordeste é a mais sofrida. A seca chegou lá e lá ficou.
Apesar das intempéries, o Nordeste e sua gente continuam insistindo em viver. Com graça, inclusive. Os exemplos são muitos.
Chico Anísio fez sucesso e deixou saudade e pupilos como Tom Cavalcante.
São muitos os artistas talentosos que andam por aí espantando mau olhado, mau humor e desgraças de todo tipo que nos incomodam no dia a dia.
Quando ouço Jessier Quirino declamando sempre acho graça. Das boas. O cabra tem presença.
Quando ouço Jessier Quirino declamando lembro do Chico Pedrosa e do velho Patativa do Assaré.
Quando ouço Jessier Quirino declamando lembro do querido Orlando Tejo, que usou seu talento para recriar Zé Limeira e sua obra.
Jessier Quirino
Digo isso com firmeza.
E digo mais: quando ouço Jessier automaticamente lembro de outras belas figurinhas carimbadas como Rolando Boldrin, João Cláudio Moreno e Klévisson Viana, por que não?
Pois bem, Jessier Quirino traz consigo o talento do mundo. É autor e declamador de alto nível. Nasceu na Paraíba. Tem livros e discos lançados na praça.
Outro dia peguei Jessier de jeito e tasquei-lhe perguntas que você, meu amigo, minha amiga, pode conferir lendo o que segue aí:
Assis Ângelo − Como você vê a questão da licenciosidade nos dias atuais?
Jessier Quirino − Licenciosidade partindo de quem se revela um desregrado moral, vejo como algo deplorável a qualquer tempo. Já o licencioso como objeto, texto, música etc, mesmo ferindo questões de virtude, educação e tudo mais, se estiver dentro de certas regras (fugir do escatológico), modos e circunstâncias, me parece palatável e digno de risos e aplausos. Destacando que sempre carece de uma boa embalagem para ser dita, escrita e representada.
Assis − Vê hipocrisia em condená-la?
Jessier − Acho que há uma boa dose de hipocrisia, sim, devido ao quão falsos são o caráter e a moralidade das pessoas, principalmente aquelas supostamente mais importantes, educadas, cheias de recatos e princípios religiosos, que a condenam até mesmo na arte. Mas foi me valendo da licenciosidade verbal que sobrevivi em colégio noturno e até botei o pé na poesia e nos palcos da vida.
Assis − Como se deu isso?
Jessier − Eu, rapazote de 16 anos, me beneficiei e muito por fazer uso da dita imoralidade em verso e prosa. Isso para despistar uma timidez aguda em território hostil de sala de aula no turno da noite no Colégio Pio XI, em Campina Grande. Eu trabalhava durante o dia e estudava no 3º turno, em que a faixa etária dos colegas era muito desigual. Isso me obrigou, a bem dizer, ser artista e abrir os braços pra não ser engolido. Por quem? Por quem fumava, bebia, raparigava, brigava, tinha carro e ainda por cima era conquistador. Os bambambãs do lugar.
Assis − Como foi conviver com isso na cabeça?
Jessier − Eu, coitado, zero tiquinho de pessoa, não tinha nenhum desses predicados. Na devassidão, eu era o mindinho do pequeno polegar e no comportamento era amoitado que só carneiro que tomou bicho na capação. E assim mesmo precisava sobreviver. Era o segundo caçula de Seu Quirino − um homem cordial, poeta, de bons modos, culto e afável –, fui dando de garrá na poesia fescenina de domínio público que aprendia com a molecada do bairro. E tome paródias, declamação e loas em corredor de escola e só assim consegui ser respeitado. Depois virei declamador com a “pegada” matuta, depois virei poeta.
Assis − Frequentou cabaré?
Jessier − Penso, talvez, que ser putanheiro é uma aptidão que se herda. Um “talento” que nunca tivemos lá em casa. Éramos quatro filhos homens. Já entrei em cabaré pra tomar cerveja e me fazer de escroto. Mas tinha lá certa vontade de ver a música e a dança da noite: Apolo na bateria e Jaime no piano, no Luz-Vermelha de Cazé lá em Campina Grande.
Fui lá, subi a escadaria, fiz cera, mas ainda era cedo pra tal música ao vivo.
Assis − Os cabarés de hoje já não são lá essas coisas…
Jessier − A concorrência pesada derrotou o segmento e a decadência impera. Mas como bom roteirista que sou e prestador de atenção da experiência alheia, boto olho de tejo no assunto e ouvido na escuta. É material de pesquisa.
Um amigo meu chegou a morar durante três anos dentro dum cabaré aqui em Itabaiana. Exímio raparigueiro, pouca grana e bom de papo, convenceu a dona a ocupar o único espaço vago da casa: um quarto de duas portas, na esquina da sala para o corredor, que tinha uma radiola engavetada na porta da frente e que cantarolava pra sala. Morou nesse quarto e conta que nos domingos de manhã debulhava feijão verde no quintal arrodeado de quenga entre fuxicos e risadas. Pode?
Assis − Que outras lembranças você tem?
Jessier − Poucas. Basicamente a música. O sotaque dançante dos boleros, o brilho dos azulejos do boteco e portas de pano estampado. Mas a música é realmente o que marca. Só agora dou fé do quanto havia de produção naqueles discos: arranjos bem feitos, músicos talentosos, pianos e demais instrumentos. Uma miniorquestra.
Assis − Você lembra algum poema escrachado?
Jessier − Lembro sim, dos mais ingênuos até um retrato-falado vaginal.
A Ingênua é uma musiquinha:
Dona Maria o seu gato deu
Vinte cinco pirocada na bunda do meu
De novo!
Dona Maria o seu gato deu
Vinte cinco pirocada na bunda do meu
Já deu tá dado
Piroca de gato, não faz mal a ninguém
Já deu tá dado
Piroca de gato, não faz mal a ninguém
O Retrato Falado Vaginal é:
A buceta é uma gruta
De cabelo arrodeado
Tem parte que é enxuta
E tem parte que é molhada
É o roçado da puta
Consolo do vagabundo
Fica a dois dedos do fundo
Mas, pra aqueles que vêm nascendo
É a porteira do mundo
Assis − Nos velhos cabarés sempre teve música de putaria nos mais diferentes ritmos…
Jessier − Músicas, além dos boleros dançantes e samba-canção, eram os sambas de latada ou sambas de gafieira tocados nos bares. Lembro também de Abdias dos 8 baixos cantando Minha ex-Mulher: Coiatada da mulher que já foi minha / Hoje vive tão sozinha / Perambulando na rua / Ninguém me ama / Ninguém me quer / E como sofre minha ex-mulher
E tem ainda o clássico de João Silva, Pra Não Morrer de Tristeza:
Mulher
Deixaste tua moradia
Pra viver de boemia
E beber nos cabarés…
Na Rádio Borborema de Campina Grande o programa Forró do Zé Lagoa, do mestre Rosil Cavalcanti, tocava o clássico de Jackson do Pandeiro Forró em Campina, que cita nomes dos cabarés (e de prostitutas) da época:
Ó linda flor, linda morena
Campina Grande, minha Borborema
Me lembro de Maria Pororoca
De Josefa Triburtina e de Carminha Vilar
Bodocongó, Alto Branco e Zé Pinheiro
Aprendi tocar pandeiro nos forrós de lá
Assis − Na sua formação cidadã como entrou a licenciosidade?
Jessier − Antes de mais nada, a mulher tem que ser respeitada. Havia, sim, um padrão Seu Quirino de civilidade na família. Na comissão de frente: educação, honestidade e respeito, sem exageros. Tinha de tudo um pouco do que tinha no Colégio. Os temas devassos eram assuntos de rua, de conversa de calçada e dos famosos “bacuraus”, que eram encontros noturnos de conversa fiada em esquinas estratégicas no esfriar da noite.
E assim cresci. Dizer qualquer coisa pesada e com arte, como citei no início, era uma questão circunstancial. O acessório principal viria a ser a composição declamada com segurança. O texto pronto, a personagem e o tempo. Dizer quando? A qualquer momento a depender das circunstâncias. Aí nasce o compositor. Mas, mulher tinha que ser respeitada.
Assis − Alguma curiosidade autoral na área da licenciosidade?
Jessier − Algumas histórias autorais viraram clássicas. Ex: O Matuto Doente das Partes, que conta a cirurgia de hemorroidas e outras mais:
Um Rapazinho Fodaz − (publicado no livro Bandeira Nordestina − Editora Bagaço)
Matuto Doente das Partes − Cirurgia de hemorroidas (publicada no livro Agruras da Lata d´Água – Editora Bagaço)
Relembrando a Chupadela − História de Bill Clinton e Mônica Lewinsky (Inédito)
Se Achar Ruim, Coite-se! − Um poema fescenino, baseado no clássico poema Se do poeta inglês Rudyard Kipling (1865 – 1936). (Inédito)
Manifesto da Fudene (publicado e posteriormente retirado do livro Agruras da Lata d´Água)
Nos dias 8 e 9 de abril de 2025, a Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública) realizará o I Seminário Regional de Comunicação Pública de Minas Gerais. O evento, online e gratuito, é voltado para profissionais, acadêmicos, gestores públicos e demais interessados no tema. O seminário acontecerá das 14h às 18h e terá inscrições disponíveis no site seminariominas.abcpublica.org.br, com vagas limitadas. A programação contará com palestras, mesas-redondas e painéis que discutirão a Comunicação Pública como instrumento de cidadania e combate à desinformação.
Programação
A abertura será na terça-feira (08/04), às 14h, com a palestra “Comunicação estratégica em Comunicação Pública”, ministrada por Jorge Duarte, presidente da ABCPública e servidor da Embrapa. Na sequência, a mesa-redonda “Os princípios da Comunicação Pública contra a desinformação e para o fortalecimento da democracia” reunirá Armando Medeiros de Farias (LCM Conexão Pública), Profª Drª Ângela Cristina Salgueiro Marques (PPGCOM/UFMG) e Bernardo Miranda (CEMIG), sob a mediação do Prof. Dr. Leandro Heringer (PUC Minas / SES-MG).
Ainda na terça-feira, ocorrerá a primeira parte do painel “A Comunicação Pública no dia a dia dos órgãos públicos de Minas Gerais: experiências, desafios e oportunidades”, com a participação de Ivanei Salgado (UNIFAL-MG), Virgínia Silva (Defensoria Pública de Minas Gerais) e Sabrina Beckler (Viver Comunicação). A mediação será de Tiago Alves (Fundação João Pinheiro).
Na quarta-feira (09/04), o destaque será a mesa-redonda “Democracia Digital e Governo Eletrônico: o papel das plataformas digitais na Comunicação Pública”, com Profª Drª Isabele Batista Mitozo (PPGCP/UFMG), 1º Ten BM Elton Ferreira de Assumpção (Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais) e Rodrigo Diniz Lara (Governo de Minas). A mediação ficará a cargo de Agnaldo Montesso (Fundação Cultural de Varginha).
O evento será encerrado com a segunda parte do painel “A Comunicação Pública no dia a dia dos órgãos públicos de Minas Gerais”, mediado por Lília Gomes (Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais). Interessados em apresentar experiências e boas práticas desenvolvidas em órgãos públicos do estado podem submeter propostas até o dia 23 de março pelo e-mail abcpublica.minasgerais@gmail.com.
Bruno Vicari e Mariana Spinelli (Crédito: Divulgação/ESPN)
Na segunda-feira (10/3), Dia Mundial do Combate ao Sedentarismo, Bruno Vicari e Mariana Spinelli, apresentadores do SportsCenter, da ESPN, comandaram o programa correndo ao ar livre. A ação teve o objetivo de conscientizar os telespectadores da importância de praticar atividades físicas.
“É um dia especial, do Combate ao Sedentarismo, e a gente como SportsCenter realmente vive o esporte 24 horas por dia”, declarou Bruno. “A ideia do programa é mostrar como nós que trabalhamos na ESPN também estamos envolvidos em atividades físicas. Estamos mostrando o nosso estilo de vida e incentivando as pessoas a se exercitarem”.
Para a realização do projeto, a ESPN utilizou um Cine Car, veículo utilizado em produções de cinema, onde a tradicional bancada do SportsCenter foi posicionada. Bruno e Mariana correram atrás da bancada e apresentaram o SportsCenter 1ª edição por 30 minutos, tempo mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde para exercícios diários.
“Mais do que falar sobre a importância de algo, é fazer também”, disse Mariana. “Nós sabemos a influência que temos e esperamos que com ações assim as pessoas fiquem com o recado no subconsciente, se animem, e que seja algo que dê aquele empurrãozinho”.
Mais de 120 profissionais estavam envolvidos no projeto. Além dos apresentadores, o programa também teve a participação da repórter Natasha David e do entrevistado especial Caio Bonfim, medalhista de prata da marcha atlética nas Olimpíadas de Paris 2024.
O rádio tem se consolidado como uma ferramenta essencial de empoderamento juvenil na África, desempenhando um papel crucial na disseminação de informação e no fortalecimento do engajamento cívico entre os jovens. Segundo Raphael Obonyo, analista de políticas públicas e escritor, que atuou como consultor nas Nações Unidas e no Banco Mundial, o rádio é o meio de comunicação mais influente do continente, especialmente diante de uma população majoritariamente jovem.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), 70% da população da África Subsaariana tem menos de 30 anos. “Um número tão alto de jovens é uma oportunidade para o crescimento do continente – mas somente se essas novas gerações forem plenamente capacitadas para realizar seu melhor potencial”, destaca o escritor.
Raphael Obonyo
Na África do Sul, por exemplo, a população abaixo de 30 anos tem utilizado o rádio como um espaço de expressão. Estações como Zibonele FM e Bush Radio têm atraído esse público com conteúdos voltados para a juventude, transmissões multilíngues e o uso de tecnologias digitais para inovar na programação. O país, onde quase 60% da população são compostos por jovens, se destaca pelo dinamismo de suas emissoras comunitárias.
No Marrocos, a Hit Radio tornou-se uma referência para o público jovem dentro e fora do país. Desde o seu lançamento, em 2006, a estação cresceu exponencialmente e hoje conta com uma audiência de 3,2 milhões de ouvintes diários, grande parte deles com menos de 35 anos. Younes Boumehdi, fundador e CEO da Hit Radio, atribui o sucesso da emissora à proximidade com os ouvintes e à inclusão de 40% de conteúdo musical produzido por talentos locais.
Em Botsuana, a Yarona FM também se consolidou como uma estação voltada para a juventude. Com 25 anos de atuação, sua programação é direcionada ao público entre 20 e 29 anos, abordando temas relevantes para essa faixa etária e incentivando a participação ativa dos jovens na sociedade.
No Quênia, o rádio tem sido um catalisador para mudanças sociais entre os jovens. A Nation FM Morning, por exemplo, é conduzida por apresentadores jovens, que trazem uma perspectiva inovadora e acessível sobre temas atuais. Os ouvintes buscam informações, análises e debates sobre questões que impactam diretamente suas vidas. Já a Rádio Domus FM, com apoio da organização Hivos, lançou o programa Voices Unchained, que busca oferecer um espaço seguro para os jovens discutirem temas políticos e sociais. O programa inclui debates ao vivo, fóruns online e eventos presenciais, permitindo interações diretas entre a juventude e os líderes comunitários.
Com 75% da população do Quênia abaixo dos 35 anos, há um enorme potencial de influência juvenil sobre as políticas públicas e de governança. No entanto, a estrutura social e política tradicional frequentemente dificulta essa participação. Iniciativas como Voices Unchained ajudam a romper barreiras, proporcionando aos jovens a oportunidade de discutir e moldar o futuro do país.
Obonyo, que também é bolsista do TEDx e vencedor de vários prêmios, ressalta que o rádio continua a desempenhar um papel essencial no fortalecimento da agência juvenil na África, promovendo o engajamento cívico e incentivando a participação política. “Através das ondas sonoras, as novas gerações estão encontrando espaços para expressar suas ideias, influenciar decisões e transformar suas comunidades”, conclui o especialista.
Álvaro Bufarah
Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.
(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o Pulitzer Center promovem em 27/3 o curso online Introdução à Reportagem sobre IA, treinamento voltado para jornalistas interessados em cobrir temas relacionados à Inteligência Artificial. O curso terá duração de 90 minutos e oferecerá um panorama inicial sobre IA para jornalistas.
Conduzido por Mago Torres, editora de dados do The Examination e especialista em jornalismo investigativo, o curso abordará a história da IA, fundamentos básicos sobre o funcionamento da tecnologia e os principais desafios e impactos do uso dela na sociedade. Além disso, os participantes aprenderão a identificar e elaborar histórias interessantes sobre Inteligência Artificial, desde reportagens rápidas a matérias mais aprofundadas.
A aula terá inicialmente uma contextualização histórica da IA para entender seus desenvolvimentos mais recentes. Depois, abordará os funcionamentos da tecnologia e como cobrir diferentes partes de sua cadeia de produção; como evitar o hype em cima da tecnologia e identificar seus impactos e ameaças; e como utilizar ferramentas jornalísticas para cobrir IA de maneira crítica e investigativa.
Ao final do curso, os participantes serão estimulados a se inscrever no curso intensivo de reportagem sobre IA, que será lançado posteriormente.