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terça-feira, julho 15, 2025

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Aos Fatos completa 10 anos com novidades

A agência de checagem Aos Fatos comemora nesta segunda-feira, dia 7 de julho, dez anos de trabalho, com mais de 19 mil verificações feitas. Desde sua criação, Aos Fatos acompanhou cinco eleições, monitorou declarações de quatro presidentes e desmentiu notícias falsas em momentos importantes da história do Brasil, desde campanhas eleitorais a crises sanitárias. Foram ao todo ⁠15.271 declarações checadas de 167 figuras públicas, além de quase quatro mil peças de desinformação virais.

“Além de ter contribuído para a construção de políticas públicas que fomentam iniciativas de integridade da informação, o jornalismo de Aos Fatos foi decisivo nas apurações pela responsabilização dos envolvidos nos impactos danosos da pandemia de Covid-19 e no 8 de Janeiro. A prova da nossa relevância é comprovada pelo relatório anual do Reuters Institute: 36% das pessoas no país recorrem a sites de checagem para combater ativamente informações falsas”, declarou Tai Nalon, diretora executiva e cofundadora de Aos Fatos.    

Para celebrar o marco de uma década de trabalho, Aos Fatos está lançando, no segundo semestre de 2025, uma série de novidades. Uma delas é a nova versão do robô Fátima, ferramenta de checagem baseada em Inteligência Artificial criada em 2019. Além de sua função original com perguntas e respostas, o bot passará a atuar no site de Aos Fatos com informações complementares sobre os assuntos abordados. Novas iniciativas devem ser anunciadas nos próximos meses.

Além disso, o site lançou nesta 7/7 o trailer de Ctrl+Fake: a desinformação como projeto de poder, o primeiro documentário de Aos Fatos, com estreia prevista para o segundo semestre deste ano. Em cinco capítulos, a série mostrará como as plataformas digitais transformaram a comunicação política e como os poderosos moldam conceitos como verdade e mentira. Roteirizado e apresentado por Tai Nalon, o projeto traz entrevistas exclusivas com políticos, juristas e acadêmicos que acompanharam de perto o impacto da desinformação no Brasil e no mundo.

2º Fórum de Inovação no Jornalismo Alagoano será em 26 de julho, em Maceió (AL)

2º Fórum de Inovação no Jornalismo Alagoano será em 26 de julho, em Maceió (AL)

A Agência Tatu realiza em 26 de julho, em Maceió (AL), a segunda edição do Fórum de Inovação no Jornalismo Alagoano. O evento debaterá temas como jornalismo local e independente, produção de vídeo, conteúdo viral nas redes sociais e ferramentas de Inteligência Artificial para jornalistas.

Entre os palestrantes confirmados no evento estão Augusto Conconi (Google Brasil), Talita Borbulham (Estadão), Evandro Almeida Jr (BandNews) e Josué Seixas (Folha de S.Paulo). O fórum terá mais de oito horas de programação, sendo que parte dela será transmitida ao vivo nas plataformas digitais do evento.

Os ingressos para acompanhar o fórum presencialmente é de R$ 60 para jornalistas e R$ 30 para os estudantes. A inscrição para a programação online é gratuita. Mais informações e a programação completa aqui.

100 anos de Rádio no Brasil: Quando o ouvinte assume o controle do dial

Por Álvaro Bufarah (*)

Imagine sintonizar uma estação de rádio e, em vez de apenas ouvir, ser convidado a decidir o que vai tocar a seguir. Não como uma ilusão de escolha, mas como uma real curadoria coletiva da programação musical. Esse é o espírito por trás da mudança recente anunciada pela Futuri Media, que renomeou sua plataforma de interatividade Tether para o mais direto e simbólico Listener Driven Radio − ou, em bom português, “Rádio Conduzida pelo Ouvinte”.

Mais do que uma simples troca de nome, o movimento reflete um reposicionamento estratégico no universo da radiodifusão interativa, alinhado às novas demandas do consumo de áudio digital. “A mudança marca nosso compromisso renovado de capacitar o público a participar ativamente da formação de sua experiência auditiva”, declarou a empresa ao anunciar a reformulação em abril de 2025, conforme publicado na Radio World.

Criada em 2010, a plataforma sempre teve como essência permitir que o público interferisse no conteúdo transmitido ao vivo, através de votações em tempo real, notificações personalizadas e integrações com apps e sites das emissoras. Mas, com o avanço da IA e a sofisticação dos algoritmos de recomendação, a proposta torna-se mais robusta − e mais estratégica.

Hoje, com o Listener Driven Radio, qualquer estação pode transformar seu público em cocriador de conteúdo. A audiência pode votar em faixas favoritas que entram diretamente na playlist da rádio, receber alertas personalizados quando sua música preferida está prestes a tocar e ainda interagir com visuais personalizáveis adaptados à identidade da marca ou de seus patrocinadores.

Essa personalização estética também foi potencializada por uma parceria com a ReelWorld, reconhecida produtora de pacotes musicais e jingles para rádio nos Estados Unidos. O objetivo é claro: qualificar o som, padronizar a experiência e manter o ouvinte engajado como parte da jornada.

A mudança acontece num momento em que o rádio global, impulsionado pela digitalização e pelos dispositivos conectados, vive uma espécie de renascimento. Segundo o relatório Audio Today da Nielsen (2024), 93% dos adultos nos EUA ainda ouvem rádio tradicional toda semana − um dado que supera inclusive o alcance da TV aberta ou dos streamings de vídeo. A diferença, agora, é que a experiência sonora deixou de ser passiva para se tornar responsiva.

Nesse cenário, ferramentas como o Listener Driven Radio não apenas mantêm o rádio relevante − elas reposicionam o meio como um ecossistema digital interativo, competitivo com plataformas como Spotify, Deezer e YouTube Music. A lógica se inverte: não se trata mais de “tocar o que a rádio quer”, mas de “tocar o que o público decide, dentro dos limites estratégicos da emissora”.

De acordo com a Inside Radio (2025), o uso de tecnologias que permitem interatividade com o conteúdo cresceu 42% nos últimos três anos em rádios americanas, e já começa a ser adotado por grupos de mídia na Europa e na América Latina. No Brasil, iniciativas como o uso de painéis de votação via WhatsApp, lives com integração ao estúdio, e até sistemas de request em tempo real por IA vêm ganhando espaço, especialmente em rádios jovens e comunitárias.

Em tempos de personalização algorítmica, o rádio percebe que precisa competir com a lógica das plataformas, mas sem abrir mão daquilo que o torna único: a conexão humana, o ao vivo, o improviso, a identidade local. A proposta do Listener Driven Radio parece tentar exatamente isso − equilibrar a inteligência dos dados com a inteligência do coletivo.

Vale lembrar que, segundo o relatório The Infinite Dial 2024, 73% dos ouvintes de rádio AM/FM nos Estados Unidos gostariam de ter mais opções de interação direta com as rádios que escutam. E 61% afirmam que voltariam a ouvir mais rádio se pudessem interferir nas músicas tocadas.

Em resumo: a audiência quer participar − e agora pode.

A mudança da marca Tether para Listener Driven Radio, portanto, não é apenas uma jogada de marketing. É o sinal de uma era em que a programação deixa de ser unilateral para se tornar uma conversa em tempo real. As rádios que souberem interpretar esse movimento não apenas manterão sua relevância − poderão, finalmente, reinventar-se como plataformas digitais com alma sonora.

E, no fim das contas, não é exatamente isso que o rádio sempre foi? Uma conversa entre quem fala e quem escuta? Agora, quem escuta também fala. E escolhe a trilha sonora e talvez até os conteúdos.

Fontes consultadas:

Álvaro Bufarah

Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no r, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.

(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.

Preciosidades do acervo Assis Ângelo: O cego na História (13)

Sócrates (Arte: Jacques-Louis David)

Por Assis Ângelo

Os filósofos de ontem e de hoje fizeram e fazem incursões no mundo do imaginável. E dentro desse mundo se acham deuses e deusas.

Entre tudo e todos deuses e deusas o nome mais presente e discutível é… Deus, o criador de tudo que há no real e no imaginável.

Aristóteles foi das figuras gregas mais importantes no tocante à filosofia. Tentou entender tudo e tudo tentou passar para as gerações além dele. E é da Antiguidade que estamos falando.

Aristóteles (Crédito: Após Lísipo − Jastrow [2006], Domínio público)
Aristóteles estudou tudo, até no campo da Astronomia.

Foi Aristóteles quem passou pra frente a Lei das Causalidades. O cego está na parada, nessa lei. Ele foi longe. Em todas as conclusões a que chegou deu-se por achado. Um detalhe: não conseguiu resposta para a existência dos planetas, do Sol, da Lua, do Universo…

E como não soube dizer quem foi o criador disso tudo, rendeu-se: Deus.

Isso está na Lei das Causalidades.

Naqueles tempos − quer dizer, tempos muito antigos de que nada ou pouca notícia se tem − formaram-se sábios que tentaram de todas as formas explicar a criação do mundo com suas incongruências e barbaridades.

Sócrates foi professor de Platão, que foi professor de Aristóteles.

Sócrates (Arte: Jacques-Louis David)

Muito pouco se sabe sobre Sócrates.

A história conta que Sócrates era um cabeção privilegiado, que gostava de interromper pessoas para lhes fazer perguntas.

A filosofia socrática teve por base a dialética.

Provocador à exaustão, o mestre de Platão e Aristóteles foi acusado de rebeldia por não respeitar os deuses do seu tempo e de aliciar ou pôr no mau caminho a juventude. Vejam só! Por isso acabou condenado à morte. A opção que tinha era obedecer a tudo o que as autoridades de plantão lhe determinassem. Sem saída, recusou-se a obedecer às ordens dos seus algozes. E o que fez? Matou-se envenenado, dizendo: “Só sei que nada sei”.

O fato de Sócrates não ter legado à posteridade nenhum escrito de próprio punho levou a crer que ele era cego ou quase cego.

Esse trio de bambambãs da Filosofia influenciou e continua a influenciar estudiosos no mundo todo, inclusive no campo da Matemática e Astronomia.


Contatos pelos assisangelo@uol.com.br, http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333

Exposição destacará o impacto da comunicação nas periferias

Periferia em Movimento faz campanha de arrecadação após ter a sede furtada

A Periferia em Movimento, produtora independente de jornalismo sediada na Zona Sul de São Paulo, inaugura neste domingo (6/7), a partir das 15h, no Centro Cultural Grajaú (R. Prof. Oscar Barreto Filho, 252), a exposição Gerações Periféricas Conectadas, que abordará como a comunicação vem transformando as periferias ao longo do tempo.

Na abertura, além da apresentação dos elementos da exposição, acontecerá uma roda de conversa mediada por Aline Rodrigues, cofundadora da PEM, com as participações de Sanara Santos (Énois e Transmídia), Ronaldo Matos (Desenrola e Não Me Enrola) e Luara Angélica (Repórter da Quebrada). A exposição fica em cartaz até 6/8 e a entrada é gratuita.

ANJ estreia programa de entrevistas

Miriam Leitão foi a primeira convidada do Vozes do Jornalismo, apresentado por Ricardo Pereira

Estreou em 26/6, no site da ANJ (Associação Nacional de Jornais), o programa Vozes do Jornalismo. Apresentado por Ricardo Pedreira, ex-diretor executivo da entidade, é composto por entrevistas com jornalistas de destaque. Eles falam sobre suas trajetórias profissionais, sua visão da atividade jornalística e a importância da imprensa livre.

Os três episódios iniciais contam com jornalistas da área de economia. A primeira entrevistada é Míriam Leitão. Em seguida, virão José Paulo Kupfer e Thais Herédia. Outros temas que também aparecem são a relação com as fontes de informação, as técnicas de trabalho e os novos modelos de distribuição de notícias.

Miriam Leitão foi a primeira convidada do Vozes do Jornalismo, apresentado por Ricardo Pereira

Renovação deu o tom no TOP Mega Brasil de 2025

Começa o primeiro turno do TOP Mega Brasil

O TOP Mega Brasil de 2025, cujos resultados foram divulgados em 23 de junho, teve uma expressiva renovação entre seus vencedores, em especial na vertical dos executivos de comunicação, com 19 estreias entre os 35 eleitos (54%). E mesmo na vertical das agências, embora menor, a renovação foi de 14%, com cinco estreias entre as 35 eleitas. Como esperado, as mulheres dominaram a eleição entre os executivos, ficando com 75% das vagas (26 das 35 em disputa).

Vale ressaltar que o primeiro turno, de ondem saíram os finalistas e, depois, os vencedores, contou com 282 indicações, sendo 129 agências e 153 executivos (115 mulheres 38 homens).

Os estreantes

Os executivos e executivas que chegaram pela primeira vez entre os TOP 10 Brasil e TOP 5 Regionais foram:

Bruno Espinoza (Latam Airlines), Danilo Vicente (Carrefour), Eduardo Pedro Silva (EDP), Laís Vita (Secom Governo de São Paulo) e Samantha Simon (Motorola) – todos nos TOP 10 Brasil.

Adriana Ferreira (Fiepa), Felipe Araújo (Ministério Público de Rondônia) e Lydia Damian (Norsk Hydro), nos TOP 5 Norte: Juliana Brandão (Shopping Bela Vista), Magnólia Borges (Braskem) e Vivianne Guimarães (Pernambuco Construção), nos TOP 5 Nordeste;

Flávia Leimgruber (Energisa), Giovanni Nobile (Banco do Brasil) e Rodrigo Corrêa (Bracell), nos TOP 5 Centro-Oeste; Danny Marchesi (VLI Logística), Flávia Amati (HCor) e Rejane Braz (Banco BS2), nos TOP 5 Sudeste;

e Ana Finkler (Lojas Renner) e Thaís Pedrazzi (Ânima Educação), nos TOP 5 Sul.

As agências que estrearam entre as vencedoras da edição 2025 da premiação foram: Rede Comunicação (MG), nos TOP 10 Brasil; Digital Comunicação (AM), nos TOP 5 Norte; Lume Comunicação (BA), nos TOP 5 Nordeste; Ícone Press (MT), nos TOP 5 Centro-Oeste; e GBR Comunicação (SP), nos TOP 5 Sudeste.

Serviço

O evento de premiação está marcado para 27 de agosto, a partir das 18h, na Unibes Cultural (rua Oscar Freire, 2.500, bairro do Sumaré, em São Paulo), e será aberto com um coquetel de confraternização e a entrega dos certificados TOP 10 Brasil e TOP 5 Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sul e Sudeste.

Na sequência, serão anunciados, já no Teatro da Unibes Cultural, o Pódio Brasil, reunindo os 1º, 2º e 3º classificados nos TOP 10 Brasil e os Campeões Regionais. A eles, além do certificado, serão entregues as estatuetas da Onça Pintada, animal símbolo da premiação, que elege As Feras da Comunicação.

A participação no evento de premiação será por adesão e o valor por pessoa é de R$ 280. Reservas e informações com Clara Francisco, nos e-mails clarafrancisco@megabrasil.com.br e eventos@megabrasil.com.br.

Encontro debate formatos, linguagens e inteligência artificial no Jornalismo

Evento promovido por Jornalistas&Cia e ESPM teve como tema central o jornalismo digital e contou com exposições de diretores de UOL, Metrópoles e Poder 360

Por Arilton Batista, especial para J&Cia

O Jornalistas&Cia e a ESPM promoveram em 30/6 o quarto de sete encontros do ciclo O presente e o futuro do Jornalismo − Insights, que faz parte das iniciativas em comemoração ao 30º aniversário de J&Cia, em setembro. O tema central foi Nativos Digitais – Experiências Digitais que estão transformando e Revitalizando o Jornalismo Brasileiro. Realizado no auditório da ESPM Tech, em São Paulo, o evento reuniu diferentes gerações, com um público diverso, formado por jornalistas, professores de comunicação, estudantes e pessoas interessadas em jornalismo digital.

Moderado por Maia Fortes, diretora executiva da Associação de Jornalismo Digital (Ajor), o encontro teve exposições de Fábio Leite, diretor da sucursal de São Paulo do portal Metrópoles (que representou a diretora de Redação Lilian Tahan, impossibilitada de comparecer devido a um imprevisto); Mateus Netzel, diretor executivo do jornal digital Poder360; e Murilo Garavello, diretor de Conteúdo do portal UOL. “A gente procurou trazer aqui as experiências mais bem-sucedidas do andar de cima do jornalismo digital, onde as coisas estão acontecendo”, comentou Eduardo Ribeiro, diretor do J&Cia, ao abrir o evento.

O debate abordou subtemas importantes no universo do jornalismo digital, como o uso de inteligência artificial e seu impacto na propagação de notícias falsas, formas de levar notícias para públicos de diferentes gerações, convergência e linguagem digitais, entre outros pontos.

Fábio Leite falou sobre a importância da adaptação do conteúdo para alcançar diferentes tipos de públicos em diferentes plataformas, além dos esforços para essa adaptabilidade no dia a dia da redação no portal Metrópoles: “Nosso desafio é manter a qualidade da produção jornalística, com os conceitos básicos com que todo veículo trabalha, mas precisando entregar isso de formas diferentes, porque a linguagem em cada uma das plataformas é diferente. É pegar uma reportagem bem apurada e transformá-la em um vídeo de um minuto, ou em um short, porque é lá no YouTube ou no TikTok que essas pessoas vão saber sobre a fraude no INSS, por exemplo, e não clicando no site”.

Ele também destacou a importância de conteúdos mais leves e curtos, que geram engajamento e monetização, permitindo assim que materiais mais robustos sejam preparados: “Eu brinco que a gente precisa falar dos procedimentos estéticos da Andressa Urach, que vai gerar zilhões de cliques e dará tranquilidade para o repórter ficar nove meses levantando boletins de ocorrência sobre violência policial, para contar quantas balas foram disparadas para matar 270 pessoas; perfilar as vítimas, entender e contar algo que só o jornalista é capaz. Essas duas produções são feitas pela mesma equipe, esse é o equilíbrio diário que a gente busca”.

Mateus Netzel, elencou cinco principais desafios do jornalismo digital e pontos importantes para uma empresa ter sucesso nesse ecossistema: modelo de negócio resiliente; audiência própria; inovar em formatos e produtos que sejam funcionais; incorporar e se adaptar às novas tecnologias; e credibilidade e relevância. “É importante não cair na modinha e querer fazer grandes investimentos em coisas que atendam mais ao nosso próprio desejo de inovar do que o que o leitor precisa, do que ele vai querer consumir”, comentou.

Explicou também como o Poder360 vem utilizando a inteligência artificial em sua rotina. Segundo ele, as ferramentas de IA servem como um facilitador no processo de produção: “A gente tem usado como a maior parte das redações tem feito, que é para encurtar e otimizar os processos. Óbvio que não faremos a notícia final usando inteligência artificial, mas sim para liberar os jornalistas para fazerem as apurações, ligar e falar com fontes, pesquisar documentos, ter as ideias para produzir pautas. A gente tenta usar as novas tecnologias para liberar os jornalistas das tarefas que podem ser substituídas, como transcrição, tradução, padronização, revisão gramatical e otimização de SEO, por exemplo”.

Murilo Garavello ressaltou a necessidade e a importância de cada vez mais haver na produção jornalística formatos e conteúdos de interesses específicos, em vez de o mesmo conteúdo para todos: “Há assuntos que todo mundo vai ficar sabendo. A gente não vai parar de cobrir o presidente do Brasil, mas pode ser no formato que você gosta: a gente tem vídeo, tem áudio, texto, texto menor, tem opinião. São muitos formatos e queremos cada vez mais conseguir sermos o mais certeiros possível para engajar as pessoas”.

Garavello contou ainda sobre os mais de 190 canais que o UOL tem no WhatsApp: “Não são canais do UOL, são canais de assuntos. Por exemplo, são 5 milhões de seguidores do Flamengo. Criamos fandoms (comunidades de fãs). Então, temos mais de 300 mil seguidores da Ana Castelo, um monte do Jão, Billy Idol, Ariana Grande. Enfim, criamos comunidades para os fãs desses artistas e encontramos nichos. Os canais são um repositório de pessoas vinculadas a interesses que a gente pode ativar quando for interessante”.

O jornalista Messias Stabile, de 22 anos, que acompanhou o evento do auditório, destacou entre as explanações o tema da inteligência artificial, que está cada vez mais em evidência. Para ele, unir jornalismo com tecnologia é essencial: “Falar sobre esse universo não é fácil, porque você pode falar muito, mas ainda pode faltar alguma coisa. Mas acho que falaram muito bem, principalmente sobre inteligência artificial. A gente vê muitos veículos tratando de forma negativa sobre o assunto, mas dá para usar de maneira positiva, como o UOL e o Poder360 estão fazendo. É alinhar tecnologia com jornalismo, algo que algumas empresas demoraram para fazer”.

Maia Fortes reforçou que as mudanças no jornalismo vêm acontecendo de forma gradual e destacou a importância da reciclagem dos aprendizados nesse processo: “Essa mentalidade de experimentação em todas as frentes, que é algo interessante e único do jornalismo digital, ao mesmo tempo que foi um processo de aprendizagem dos últimos 30 anos, não é algo que chegou de uma hora para a outra. Afinal, a maioria dos jornalistas que trabalham hoje em veículos digitais vieram de um contexto do impresso. Os três trouxeram aqui hoje um pouco dessa perspectiva de como a gente tem que estar o tempo todo se transformando no contexto em que nos encontramos”.

Assista a íntegra do debate.

Angela Ruiz despede-se da Climatempo

Angela Ruiz durante a premiação dos +Admirados da Imprensa do Agro 2025

Uma semana depois de figurar entre os TOP 10 +Admirados Jornalistas do Agronegócio, Angela Ruiz anunciou sua saída da Climatempo. Ela estava há 25 anos na plataforma, onde era responsável pela produção de conteúdo relacionado ao Agronegócio.

Em depoimento publicado no LinkedIn, destacou a importância da conquista do troféu na semana passada, que também serviu como um impulso para o que vem pela frente: “Sigo agora construindo novas histórias no jornalismo do Agronegócio, com a mesma paixão, ética e compromisso de sempre. Encerro um importante ciclo para começar outro ainda mais promissor. Ciclos se encerram. Outros se abrem. E eu estou pronta para viver tudo o que esse novo momento reserva”.

Angela Ruiz durante a premiação dos +Admirados da Imprensa do Agro 2025

Jamil Chade estreia coluna e podcast na CartaCapital

Jamil Chade lança newsletter com cartas para personalidades

Jamil Chade, que há duas décadas atua como correspondente na Europa para diversas publicações brasileiras e estrangeiras, estreia na próxima semana como colunista da CartaCapital.

No espaço, ele abordará temas como geopolítica e autoritarismo. Além disso, em breve comandará, também pela publicação, um podcast chamado De Cabeça para Baixo, sobre as profundas mudanças nas relações internacionais.

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