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Agência Mural abre inscrições para programa de novos correspondentes

Agência Mural
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A Agência Mural de Jornalismo das Periferias está com inscrições abertas para o Programa de Correspondentes Locais 2023. A agência, criada em 2010, visa a desconstruir estereótipos sobre periferias e já apoiou a formação de mais de 500 profissionais.

A iniciativa do Clube Mural selecionará 30 jovens de bairros periféricos que residam em São Paulo ou Grande São Paulo, para integrarem a rede de correspondência da agência.

O programa, com apoio da Fundação Setúbal, busca estudantes e formados em áreas da comunicação para receberem preparação e atividades de capacitação em jornalismo local. Os selecionados terão acesso a treinamentos online de jornalismo das periferias e tendências da área, além de produzirem reportagens que poderão ser utilizadas como portfólio profissional.

Segundo Laiza Lopes, coordenadora do Clube Mural, “o objetivo é construir uma rede de jornalistas que serão capacitados para incluir suas vozes e histórias nas narrativas de suas comunidades”.

As inscrições estarão abertas até 12/6, com previsão de início entre julho e dezembro 2023.

Mais informações no edital.

 

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Jornalista é agredido por policiais militares descaracterizados no MS

Jornalista é agredido por policiais militares descaracterizados no MS

O jornalista Sandro Almeida de Araújo foi perseguido e agredido por quatro policiais militares em frente a sua casa na semana passada, em Nova Andradina (MS). Segundo o profissional de imprensa, os policiais não se identificaram e não estavam fardados.

Ao perceber que estava sendo perseguido por dois veículos, Sandro estacionou o carro em frente a sua residência. Segundo o jornalista, os policiais vistoriaram seu carro, sem ordem judicial, sob a justificativa de que procuravam fogos de artifício e faixas que seriam usados para comemorar a transferência do comandante da Polícia Militar. Sandro nega.

Filmagem das câmeras de segurança mostram que os policiais derrubaram o jornalista na calçada e o atingiram com socos. Eles também tentaram pegar algo da cintura da vítima, mas não conseguiram. Pouco depois, os filhos do jornalista saem da casa para tentar ajudar o pai.

Os suspeitos da agressão foram identificados pelo secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira: um policial que estava de folga, outra que cumpria licença médica e um outro que é militar ambiental. Três deles são lotados em Nova Andradina e um em Bonito (MS).

Segundo Sandro, as agressões foram motivadas por seu trabalho como jornalista. Ele cobre a área de segurança pública em Nova Andradina. O Sindicato dos Jornalistas na Região da Grande Dourados repudiou o ocorrido: “Em um estado democrático de direito é incabível a agressão por parte de agentes do Estado contra qualquer cidadão, muito menos contra um jornalista em razão da sua profissão”.

Jornal da Band estreia nova fase nesta segunda-feira (5/6)

Jornal da Band estreia nova fase nesta segunda-feira (5/6)

O Jornal da Band estreia nesta segunda-feira (5/6) uma nova fase. Eduardo Oinegue passa a dividir a bancada com Adriana Araújo. Além disso, o telejornal terá uma nova vinheta, um novo cenário e novos recursos tecnológicos, com o objetivo de aumentar a conexão com o público.

Adriana declarou que está muito animada com a estreia na bancada do jornal: “A minha expectativa é muito grande. Eu estou de volta em um jornal de rede nacional com Eduardo Oinegue, um amigo que conheço há tanto tempo. E todo mundo cuidando tão bem desse projeto”.

Além dos dois apresentadores, o Jornal da Band contará com as participações das jornalistas Lana Canepa, direto de Brasília, que trará as principais informações sobre a política nacional; Paloma Tocci, com as notícias do esporte; Joana Treptow, com informações sobre o clima; e Juliana Rosa, que falará sobre temas relacionados à economia.

Em relação às mudanças no cenário, o Jornal da Band terá dois grandes painéis de LED de última geração, um aro de luz suspenso com a marca da Band, além de utilizar mais câmeras e uma nova grua. Para André Basbaum, diretor de conteúdo jornalístico, “é uma atualização com essa missão do jornalismo profissional, da comunicação social profissional. Não existe outra forma de combater a desinformação que não a comunicação social profissional, a verdade factual da vida, a realidade factual, os fatos, o jornalismo é fundamental, é indispensável”.

O Jornal da Band vai ao ar de segunda a sábado, a partir das 19h20.

Conheça os selecionados do programa Acelerando Negócios Digitais

Conheça os selecionados do programa Acelerando Negócios Digitais
Conheça os selecionados do programa Acelerando Negócios Digitais

O Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ) e a Meta anunciaram os veículos escolhidos para a segunda etapa do programa Acelerando Negócios Digitais. A iniciativa busca aprimorar os modelos de negócio e sustentabilidade financeira dos veículos midiáticos no País.

Nesta etapa, foram selecionadas 80 empresas que receberão mentoria por cinco meses e apoio financeiro de até R$ 15 mil cada para o desenvolvimento de projetos, que inovem ou agilizem seus negócios. Também foram contemplados 80 comunicadores independentes, que podem receber até R$ 2.500 mil cada.

Na próxima semana, os veículos devem começar a entrar em contato com seus respectivos mentores. A previsão é que os encontros com os especialistas ocorram entre 19 de junho e 10 de novembro.

Confira a relação de selecionados completa aqui.

 

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Dom Phillips e Bruno Pereira: um ano sem respostas

Dom Phillips e Bruno Pereira: um ano sem respostas
Crédito: X (Twitter)/Cristiano Siqueira (@crisvector)

Há exatamente um ano, em 5 de junho de 2022, o jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira foram assassinados a tiros durante uma viagem à Terra Indígena Vale do Javari, localizada nos municípios de Atalaia do Norte e Guajará, no Amazonas. Um ano depois, o caso segue sem respostas para muitas perguntas.

Dom Phillips estava escrevendo um livro sobre a Amazônia, registrando como a Equipe de Vigilância da Univaja (EVU) tem lutado para salvá-la. Decidiu ir ao Vale do Javari, em junho do ano passado, ao lado do indigenista Bruno Pereira, funcionário licenciado da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e conhecedor como poucos da região.

Os dois foram assassinados por pescadores ilegais no rio Itaquaí, enquanto voltavam para Atalaia do Norte. Os corpos ficaram desaparecidos por dez dias. O Ministério Público Federal (MPF) denunciou três indivíduos como autores dos homicídios: Amarildo Oliveira, o Pelado; seu irmão Oseney de Oliveira, o Dos Santos; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha.

A Polícia Federal (PF) indiciou também Ruben Dario da Silva Villar, o Colômbia, apontado como o mandante, e outro pescador ilegal, Jânio Freitas de Souza.

Desde a procura dos corpos até a investigação dos autores e mandantes do crime, o caso foi marcado por omissão e inconsistências, principalmente no que se refere à condução do inquérito.

A PF mudou três vezes os delegados responsáveis pela investigação dos assassinatos, sem avançar na identificação e indiciamento de um mandante. Após passar pelas mãos de Domingos Sávio e Lawrence Cunha, o caso está hoje sob responsabilidade do delegado Francisco Badenes Júnior, que trabalha na apuração do crime de uma sala a quase 2.300 quilômetros de distância de Atalaia do Norte, na Unidade de Repressão a Homicídios, na Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, no Edifício MultiBrasil Corporate, em Brasília.

“As constantes mudanças na condução das investigações só fizeram aumentar a descrença entre ativistas e indígenas do Vale do Javari sobre o desfecho do trabalho”, comenta a Abraji.

Outro ponto a ser destacado também é a suspeita de ligação da família de Pelado, um dos autores do crime, com Dênis Paiva, prefeito de Atalaia do Norte. Paiva foi flagrado por jornalistas ao visitar as casas de familiares de Pelado, nas comunidades ribeirinhas de São Gabriel e São Rafael. Além disso, parentes do mesmo Pelado tinham cargos na estrutura da administração municipal, segundo revelou reportagem do Programa Tim Lopes, da Abraji.

É importante destacar também que parentes dos assassinos confessos receberam nos últimos dez anos quase R$ 145 mil em seguro defeso, benefício pago ao pescador artesanal a fim de garantir uma renda durante o período em que não puder realizar suas atividades devido à piracema. Amarildo e Jefferson receberam respectivamente R$ 7.184 e R$ 10.932 de seguro defeso. Eles receberam o benefício mesmo sendo investigados pela PF por participação em uma organização criminosa voltada à invasão da Terra Indígena Vale do Javari para a pesca predatória.

Todas essas inconsistências nas investigações levaram os desembargadores da 4ª Turma do TRF-1, em Manaus, a anular o processo. A decisão por unanimidade foi anunciada em maio deste ano.

Continuidade do legado

Se as investigações foram marcadas por omissão e inconsistências, o mesmo não pode ser dito da imprensa nacional e internacional, que ao longo de um ano vem tentando preservar e dar continuidade ao trabalho e legado de Dom e Bruno.

Uma coalização formada por mais de 50 jornalistas em dez países criou o Projeto Bruno e Dom, que tem o objetivo de seguir com o trabalho e o legado dos dois: falar sobre tudo o que está relacionado à Amazônia e denunciar ilegalidades e irregularidades que possam prejudicá-la. A iniciativa é liderada pelo consórcio francês Forbidden Stories, que dá continuidade ao trabalho de jornalistas mortos em decorrência de seus trabalhos.

Fazem parte do Projeto Bruno e Dom Amazônia Real (Brasil), Der Standard (Áustria), Expresso (Portugal), Folha de S.Paulo (Brasil), Le Monde (França), NRC (Holanda), Ojo Público (Peru), Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP) (Estados Unidos), Paper Trail Media (Alemanha), Repórter Brasil (Brasil), Tamedia (Suiça), The Bureau of Investigative Journalism (Reino Unido), The Guardian (Reino Unido) e TV Globo (Brasil).

Desde 1º/6, os veículos da coalizão estão publicando o conteúdo que produziram ao longo desse um ano de trabalho, cujos temas estão intimamente relacionados ao trabalho de Dom e Bruno. “Eles foram mortos porque tentaram informar ao mundo sobre os crimes cometidos por aqueles cujas atividades estão perfurando os pulmões do planeta”, explica o Forbidden Stories. Confira o conteúdo publicado pelo projeto aqui.

Veja outras iniciativas que darão continuidade ao trabalho de Dom e Bruno:

  • Estreou em 2/6 o documentário Vale dos Isolados: O Assassinato de Bruno e Dom, no Globoplay. Liderada pela repórter Sônia Bridi, da Globo, a produção mostra os últimos passos de Bruno e Dom, as investigações em torno do caso e o trabalho que eles desenvolveram junto aos povos originários. O filme traz também conteúdo exclusivo, como o momento em que a equipe da Univaja encontra objetos pertencentes aos dois, entre eles o celular de Bruno, que continha as últimas imagens conhecidas dele e de Dom.

 

  • A família e a editora de Dom Phillips anunciaram que o livro que ele estava escrevendo, Como salvar a Amazônia: Pergunte às pessoas que sabem, será concluído e publicado por amigos jornalistas. Dom já tinha feito grande parte da pesquisa e escrito cerca da metade da obra. Os capítulos restantes serão escritos por Eliane Brum, do Sumaúma; Tom Phillips, do The Guardian; Jon Lee Anderson, do The New Yorker; Kátia Brasil, da Amazônia Real; Jonathan Watts, de The Guardian e Sumaúma; e Andrew Fishman, do Intercept Brasil. Outros jornalistas amigos de Dom também participarão. O projeto será supervisionado por uma equipe de amigos e colegas de Dom, incluindo Rebecca Carter, sua agente literária; David Davies, autor; Tom Hennigan, do Irish Times; além dos já citados Jonathan Watts e Andrew Fishman, em colaboração com Margaret Stead, da editora britânica Manilla Press, que publicará o livro.

 

  • E nesta segunda-feira (5/6), às 10h, organizações defensoras da liberdade de imprensa estão organizando uma coletiva de imprensa para debater o caso Dom e Bruno, e refletir sobre a resposta do Estado brasileiro sobre o crime. O evento, realizado no Instituto Vladimir Herzog, em São Paulo, é organizado por Artigo 19, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Instituto Vladimir Herzog (IVH), Instituto Palavra Aberta, Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca) e Tornavoz. Na coletiva, o Projeto Tim Lopes, da Abraji, lançará um minidocumentário sobre a região amazônica e o trabalho de Bruno Pereira, com imagens de entrevistas realizadas no local. Sérgio Ramalho e Rodrigo Pedroso, da Ojo Público, contarão os bastidores das reportagens realizadas por eles dentro do Projeto Bruno e Dom.

Leia também: Especial Dia da Imprensa: Mídia Digital – maturidade é uma realidade, mas desafios continuam imensos

16º Prêmio Imprensa de Educação ao Investidor anuncia vencedores

16º Prêmio Imprensa de Educação ao Investidor anuncia vencedores

O Comitê Consultivo de Educação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou os vencedores da 16ª edição do Prêmio Imprensa de Educação ao Investidor, que valoriza reportagens sobre educação financeira e mercado de capitais.

O vencedor de cada uma das três categorias recebeu um certificado, uma placa alusiva e R$ 3.500. Confira abaixo os vencedores:

 

 

  • Mídia Digital: Nathália Medeiros Fraga Larghi (autora) e Marcelo de Libero D’Agosto (coautor), do Valor Investe, com a matéria “Tesouro Indireto”: vale a pena comprar títulos públicos no mercado secundário por meio de corretoras?.

 

Leia também: No “novo Twitter”, atitudes de jornalistas e público variam conforme a ideologia

No “novo Twitter”, atitudes de jornalistas e público variam conforme a ideologia

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

A compra do Twitter por Elon Musk não provocou uma debandada como alguns chegaram a apostar, embora celebridades tenham feito barulho ao saírem da rede social em protesto contra o risco de aumento da desinformação e da volta de notórios teóricos da conspiração.

No entanto, efeitos do terremoto Musk começam a surgir. Pesquisas do Pew Research Center e do Tow Center constataram respectivamente um desencanto de jornalistas e do público com o “novo Twitter”.

O Tow Center, braço da Columbia Graduate School of Journalism, entrevistou 4 mil jornalistas de 19 veículos dos EUA, e quantificou postagens feitas entre 1º de junho de 2022 e 30 de janeiro de 2023. O resultado mostrou que o número médio de tweets diários caiu 3%. Não é muito, mas as quedas mais acentuadas aconteceram entre profissionais de veículos relevantes e confiáveis.

A boa notícia para Musk é que apenas dez entrevistados desativaram suas contas. Em uma entrevista para a revista Columbia Journalism Review, Darren Linvill, professor de mídia social da Clemson University, observou que não é tão fácil para profissionais de imprensa deixarem a plataforma onde construíram redes poderosas de contato e influência.

Linvill fez uma distinção sobre deixar o Twitter e deixar “mesmo” o Twitter. “Poucas pessoas farão o encerramento dramático de suas contas, mas haverá mais gente parando lentamente de usar a plataforma”, apostou.

Foi o que a pesquisa constatou. Os que mais desaceleraram foram os que trabalham no New York Times (6%), no Los Angeles Times (5%) e na NPR (20%).

Por outro lado, o estudo mostrou que o ambiente de vale-tudo criado por Musk estimulou profissionais de veículos de extrema-direita a usarem mais a plataforma.

Os da Fox News, que tuitavam em média 3,9 vezes por dia, passaram a postar 4,4 vezes diariamente. Entre os do RedState o aumento foi de 27%, passando de 12,8 para 16,3 tweets por dia. O campeão foi o Washington Times, cujos profissionais postaram 31% a mais no Twitter.

A tendência não surpreende, visto que Elon Musk abriu os braços para figuras nocivas, como o influenciador misógino britânico Andrew Tate, que está em prisão domiciliar enquanto promotores seguem com investigações sobre crimes de tráfico humano, estupro e formação de quadrilha para explorar mulheres sexualmente.

Elon Musk (Crédito: Imagem Yahoo Finance)

A conta está ativa, com postagens que atingem quase 1 milhão de visualizações, promovendo ódio a mulheres, misticismo e desprezo a quem não sabe ganhar dinheiro.

Um exemplo de jornalista muito à vontade nesse novo Twitter é Tucker Carlson, ex-estrela da Fox News, demitido depois que a emissora fez um acordo de US$ 787 milhões com a empresa de urnas eletrônicas Dominion para encerrar um processo de difamação. Duas semanas depois, Carlson anunciou que vai se estabelecer profissionalmente no Twitter, em vez de aceitar convites de outras TVs de extrema-direita.

Não é difícil imaginar o motivo. Ele sabe que no Twitter sob Musk não será incomodado quando vociferar contra vacinas para a Covid ou sugerir fraude nas eleições que deram a vitória a Joe Biden.

Alguns jornalistas optaram por redes alternativas, como a Mastodon, que não decolou. Outros transformaram suas contas em privadas, como o próprio reitor da escola de Jornalismo de Columbia, Jelani Cobb.

O número dos que deixaram a plataforma ou passaram a tuitar menos não é suficiente para quebrar o Twitter. Mas é suficiente para confirmar a tese de que a rede social mais importante para o jornalismo em vários países, sobretudo nos EUA, perdeu na qualidade e na confiabilidade do conteúdo.

Saindo do jornalismo, usuários comuns também demonstram não estar à vontade nesse novo Twitter, segundo pesquisa do Pew Research Center feita em março.

Seis em cada dez americanos que usaram a plataforma nos últimos 12 meses dizem que fizeram uma pausa por algum tempo.

Os pesquisadores também indagaram sobre a intenção de continuar no Twitter nos próximos 12 meses, constatando um comportamento parecido com o dos jornalistas.

Setenta por cento dos usuários republicanos disseram estar propensos ou extremamente propensos a continuar na plataforma. Entre os democratas, a taxa cai para 53%.

O lançamento da candidatura de Ron DeSantis no Twitter deve servir para aprofundar ainda mais essas diferenças partidárias no Twitter.


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Pedro Borges abordará jornalismo antirracista no Festival Gabo 2023

Pedro Borges abordará jornalismo antirracista no Festival Gabo 2023
Pedro Borges abordará jornalismo antirracista no Festival Gabo 2023

O 11° Festival Gabo, organizado pela Fundação Gabo, realizará a Master Class Mostrando a realidade através de uma perspectiva antirracista. A aula será ministrada pelo brasileiro Pedro Borges, cofundador e editor chefe do Alma Preta. Vencedor do Prêmio Jabuti em 2020 na categoria Artes, é formado em Jornalismo pela Unesp e compôs a equipe do programa Profissão Repórter.

A iniciativa, criada como homenagem ao jornalista e ganhador do Prêmio Nobel de Literatura Gabriel García Márquez, este ano retorna com o tema #TudoNaHistória, buscando explorar a diversidade de vozes presentes na história e formas de um futuro mais inclusivo.

Pedro Borges proporá em sua palestra uma nova perspectiva para a realização de coberturas antirracistas. O objetivo é ensinar uma abordagem responsável nas questões de temáticas raciais, que evitem o preconceito e contribuam com a luta antirracismo. O evento será realizado presencialmente em 1 de julho, na capital da Colômbia, Bogotá.

Confira o restante da programação no site do Festival Gabo (em espanhol).

 

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Juíza censura série do Intercept que expõe o judiciário

Intercept Brasil é alvo de mentiras e difamação sobre doações ao PCC

O The Intercept Brasil está sendo alvo de uma decisão judicial que ataca a liberdade de imprensa no Brasil. Por decisão da juíza Flávia Gonçalves Moraes Bruno, da 14ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro, a publicação foi intimada a retirar do ar toda a série de reportagens Em nome dos pais.

Produzida pela repórter Nayara Felizardo, levou mais de um ano de investigação meticulosa e denuncia decisões judiciais que acabaram livrando acusados de estupro de vulnerável ou de violência doméstica e muitas vezes tirando os filhos das mulheres e entregando-os a quem elas denunciaram.

“A ação foi movida por um homem que não teve o nome citado em nenhuma das reportagens”, explica o editor-chefe Flavio VM Costa. “Ele argumentou no pedido que nosso minidocumentário sobre a psicóloga Glícia Brazil exibe documentos sigilosos e expõe a criança. Isso não é verdade, pois preservamos a identidade das crianças e de seus familiares. Nem mesmo os pais acusados de violência sexual ou doméstica tiveram seus nomes revelados, para evitar que os filhos fossem identificados de forma indireta”.

De acordo com a decisão judicial, o Intercept e Nayara Felizardo são obrigados a retirar todo o conteúdo relativo às reportagens dos sites e de suas redes sociais. Se a ordem for descumprida, eles serão obrigados a pagar multa de até R$ 30 mil. “Cumprir a ordem judicial vai contra tudo em que acreditamos. Mas ignorá-la pode até levar à prisão de membros de nossa equipe e prejudicar nossa luta por justiça por meio de recursos”, acrescenta Flavio.

Flávio VM Costa, um dos vencedores do Prêmio Vladimir Herzog deste ano é o novo editor-chefe do The Intercept Brasi
Cumprir a ordem judicial vai contra tudo em que acreditamos”, afirma Flavio VM Costa, editor-chefe do Intercept Brasil

Segundo a decisão da juíza, o motivo principal da censura foi o fato de a série revelar informações de documentos que estão em segredo de justiça. “Embora seja ilegal para as partes envolvidas publicar essas informações, essa restrição não se aplica de forma alguma aos jornalistas que servem ao interesse público — não aos tribunais — e cuja liberdade é garantida constitucionalmente”, prossegue Flavio. “Caso o entendimento adotado por essa decisão seja 100% aplicado, será impossível fazer jornalismo sério no País e abrirá um precedente extremamente perigoso, que derrubaria os mais importantes furos jornalísticos dos últimos anos. E este é provavelmente apenas o começo de uma longa batalha legal que pretendemos travar, indo até o STF se necessário”.

Especial Dia da Imprensa: Mídia Digital – maturidade é uma realidade, mas desafios continuam imensos

Especial Dia da Imprensa: Mídia Digital - maturidade é uma realidade, mas desafios continuam imensos

Pela segunda vez, Jornalistas&Cia dedica um de seus especiais à mídia nativa digital, que está transformando de forma veloz e intensa o jornalismo em todos os quadrantes do planeta. Se na primeira investida abrimos espaço para o que poderíamos chamar de “guerrilheiros digitais da imprensa”, pelo impetuoso e persistente trabalho jornalístico avançando sobre os cânones da mídia tradicional, com sucesso, mas permanentemente desafiados em sua sustentabilidade, desta vez quisemos fazer um mergulho em alguns dos grandes veículos nativos digitais. Aqueles que têm feito a diferença e que, com o poder adquirido, vão mexendo com as audiências, com os formatos, com a linguagem, e, assim, fazendo com que o protagonismo do jornalismo no mundo mude de lado, inclusive no Brasil.

Neste Dia da Imprensa (1º/6), interessante voltarmos 23 anos no tempo, para recordar a chegada intempestiva da internet na vida de todos nós, particularmente no jornalismo, quando o novo se mostrava uma caixa preta que todos temiam, mas não queriam perder de vista. Quanto se leu e se discutiu sobre sustentabilidade dos negócios da mídia, dos novos caminhos, das tentativas de cobrar ou não pelos conteúdos (o tão falado paywall, que vai virando ficção a cada dia), de como monetizar plataformas e veículos (com publicidade, com assinatura, com os dois, sem os dois etc). Ninguém sabia absolutamente nada, aliás, como aconteceria com a própria pandemia da Covid-19. Mas toda aquela ebulição, com tantos palpites, chutes, pensatas, foi decisiva para a construção dos caminhos. E se hoje já temos mais certezas sobre como deve ser o jornalismo apoiado no mundo digital, e se essa maturidade nos permite enxergar oportunidades e prosperidade onde antes só havia incertezas nesse novo mundo editorial, o certo é que tudo o que sabemos e descobrimos é nada perto do que está à nossa frente, logo ali na esquina.

Temos desafios, muitos, como o combate às fake news, o enfrentamento aos algoritmos (que mudam ao sabor dos interesses das big techs), a preparação das novas gerações de jornalistas, a lapidação da linguagem digital no sentido de engrandecê-la, o engajamento das novas (e mesmo das antigas) gerações para o jornalismo de qualidade, entre tantos outros. Não é pouco, sabemos, mas é uma responsabilidade e uma missão da qual não se pode fugir. Aliás como sempre foi, desde que o jornalismo existe.

Nosso especial traz um pouco dessa inquietação, pelos olhares de vários colegas que hoje estão nessas frentes digitais do jornalismo. E quem com eles falou, liderando essa edição, foi Maysa Penna, profissional de larga experiência, que nos traz um alentado panorama desse novo mundo dos nativos digitais do jornalismo brasileiro, apontando caminhos e inquietações que certamente serão decisivos para o aperfeiçoamento da atividade.

Certamente nossos leitores perceberam algumas ausências entre as fontes ouvidas. Não é demais lembrar que muitas delas estiveram em nosso último especial, dedicado às mídias de porte financeiro menor, mas que a cada dia se agigantam editorialmente. E outras não responderam ao nosso convite para contar sobre suas experiências e perspectivas. Uma pena…

Os nossos agradecimentos vão adicionalmente para as marcas que, apoiando o jornalismo de qualidade, estão ao nosso lado na celebração deste Dia da Imprensa.

Clique aqui para ler a edição especial na íntegra.

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