2 C
Nova Iorque
segunda-feira, dezembro 29, 2025

Buy now

" "
Início Site Página 157

Estadão levanta R$ 150 milhões para transformação digital

O Estadão, mais longevo dos grandes jornais brasileiros, levantou R$ 160 milhões, entre emissões de dívida e um aporte da família Mesquita. A informação é de Geraldo Samor e Pedro Arbex, no Brazil Journal. Segundo eles, a SA O Estado de S. Paulo, a empresa que controla o jornal, levantou cerca de R$ 142,5 milhões em duas emissões de debêntures junto a investidores institucionais e de private banking. Uma das debêntures tem prazo de dez anos, renovável por mais dez. Em vez de pagar uma taxa fixa, o papel dá a seu detentor uma participação de 12,5% na distribuição de lucros da empresa.  A outra dívida levantada é um título perpétuo, conversível em ações, e também remunerado com base nos resultados da empresa.

Alinhando-se aos credores, informa o BJ, os 15 membros da quarta geração da família Mesquita aportaram R$ 15 milhões em dinheiro novo e cederam 10% de sua posição acionária na Agência Estado para a empresa que controla o jornal e que está tomando a dívida. Em dezembro, os Mesquita já haviam convertido em ações mais de R$ 100 milhões em créditos que tinham contra o jornal.

“O objetivo dessas transações é acelerar os nossos projetos de transformação digital, investir no nosso editorial e manter o Estado como uma empresa jornalística independente”, disse Francisco Mesquita Neto, diretor-presidente do Grupo Estado, ao Brazil Journal. Desde 2019, o Estadão contratou consultorias, mudou seus sistemas de produção, de CRM e paywall, comprou ferramentas de tecnologia e recrutou equipes especializadas no digital. “Agora vamos continuar investindo em novas tecnologias e contratar mais gente com experiência no mundo de conteúdo digital, editorial e processos”, afirmou Mesquita.

Folha cria editoria de IA e posto de correspondente climático

Foto: Getty Images

A Folha de S.Paulo anunciou nesta semana duas novidades em sua redação envolvendo as criações de uma editoria de Inteligência Artificial e do novo posto de correspondente climático.

Comandada por Daniela Braga, a editoria de IA estreará em 3 de junho e terá como objetivo principal acelerar e entender os melhores caminhos para uso da inteligência artificial tanto em processos internos, entre os jornalistas da Redação, como nos voltados diretamente para os leitores. A cobertura do tema continuará dentro da editoria de Tecnologia da Folha, mas em seu novo desafio Daniela responderá diretamente à Secretaria de Redação.

Na Folha há 16 anos, ela ocupa desde agosto de 2020 o cargo de editora-adjunta de Digital e Audiência. Antes, trabalhou na homepage, Novas Plataformas e em Mídias Sociais. Também foi repórter do Guia Folha e comandou o blog Enfim Sós..

Já o novo posto de correspondente climático, inédito no Brasil, será ocupado pela repórter Giuliana Miranda. Na Folha desde 2010, ela vinha atuando como correspondente em Lisboa e agora se muda para Madri onde passará a acompanhar o tema. Mestre em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Católica Portuguesa, a jornalista tratou em sua dissertação o papel da sociedade civil nas negociações climáticas internacionais.

Vale lembrar que a Folha tem uma editoria de Ambiente desde maio de 2022 e as reportagens sobre mudanças climáticas são publicadas com o selo Planeta em Transe. O jornal também conta com um correspondente na Amazônia, o repórter especial Vinicius Sassine, baseado em Manaus.

Morre Daniel Japiassu Lins, aos 52 anos

Morre Daniel Japiassu Lins, aos 52 anos

Faleceu na terça-feira (21/5) Daniel Japiassu Lins, aos 52 anos, em São Paulo, vítima de um câncer. O velório ocorre na manhã desta quarta-feira (22/5), no Cerimonial Pacaembu. Ele deixa a esposa Larissa Purvini e três filhas. Daniel era filho do também jornalista Moacir Japiassu, falecido em novembro de 2015.

Desde março de 2022, Daniel atuava como gerente de contas sênior na Inner Voice Comunicação. Em suas passagens pela comunicação corporativa, esteve também em Edelman, Paypal (duas vezes) e MSL Group.

No jornalismo, iniciou a carreira como repórter do caderno Divirta-se do Jornal da Tarde (SP), em 1993. No ano seguinte, acumulou a função de subeditor do Caderno de Sábado, dedicado à publicação de resenhas literárias. Após sair do JT, em dezembro de 1994, tornou-se colaborador de diversas revistas, como Claudia e Nova , da linha feminina da Editora Abril, e Conecta, dedicada à informática.

De abril de 1995 a julho de 1996, foi subeditor do caderno de Informática da Folha de S.Paulo, cobrindo feiras e eventos do setor. Posteriormente, foi para a CartaCapital, onde trabalhou por quase quatro anos. Passou por Época, Gazeta Mercantil Online e Custom Editora antes de chegar ao Estadão, veículo no qual trabalhou por quase quatro anos como editor da coluna Direto da Fonte, de Sonia Racy.

O adeus a Vitor Sznejder

Vitor Sznejder faleceu em 10 de abril, aos 71 anos. Um mês antes, sofreu uma queda em casa, em Petrópolis, onde residia. Ficou três semanas internado e teve uma hemorragia no estômago. Foi sepultado no cemitério judaico Chevra Kadisha de Vilar dos Teles, em Belford Roxo. Deixou o filho Bruno, que mora na Inglaterra.

Bacharel em Comunicação Social pela PUC-Rio, era mestre em Jornalismo pela Universidade de Columbia, NY, EUA.

Em 1974, entrou para o Grupo Globo. De início no jornal O Globo, foi repórter, redator, colunista e coordenador de reportagem. Na TV, após rápida passagem pelo programa Bom Dia Brasil, integrou a equipe multidisciplinar que montou o primeiro site institucional da TV Globo. Em 1988, foi porta-voz do consórcio Globopar/Bradesco/Telecom Itália/AT&T, que venceu a licitação para operar a telefonia celular nos estados de Bahia e Sergipe. Com base em Salvador, criou a primeira diretoria de Comunicação da Maxitel, denominação da nova operadora, reportando-se à Globopar, holding das então Organizações Globo.

Esteve por 14 anos na Souza Cruz, saindo como gerente de Comunicação Corporativa. Em 2007, chefiou a comunicação do Governo da Bahia, durante a gestão de Jaques Wagner. Depois disso, atuou em sua empresa VS Consultoria. Entre outros trabalhos, assessorou o prefeito de Petrópolis, em 2018, quando se mudou definitivamente para a cidade serrana.

Foi professor convidado e palestrante nas Fundações Getulio Vargas e Dom Cabral, entre outras instituições de ensino. Pela Mauad, publicou o livro Jornalistas – Formação, informação, caminhos, tendências, opiniões, perfis, com prefácio de Alberto Dines.

Leia também: Gazeta de Bebedouro completará 100 anos de circulação em junho

Gazeta de Bebedouro completará 100 anos de circulação em junho

Gazeta de Bebedouro completará 100 anos de circulação em junho
Reprodução/Facebook/Gazeta de Bebedouro

A Gazeta de Bebedouro, cidade do interior de São Paulo, celebrará 100 anos de circulação em 6 de junho. Criado quando Bebedouro completava 40 anos, o jornal impresso foi testemunha e protagonista da história da cidade. O aniversário marca a renovação de seu compromisso em trazer informação ao povo bebedourense.

Fundado em 1924 pelo comunicador e político Lucas Evangelista, inicialmente como um órgão oficial do Partido Republicano, o veículo tornou-se independente somente posteriormente. Ele circulava aos domingos e contava com colaboradores como Elizário de Vasconcelos, Leal Filho, Eugenio Silva, Estácio Caldeira Cardoso e José Evangelista, seu filho. Permaneceu sob o comando de Lucas até sua morte, em 1940.

Em 1943, a Gazeta passou a ser comandada por José Caldeira Cardoso, mais conhecido como Juca Caldeira, juntamente com sua esposa e escritora Sarah Pacheco Cardoso. Durante 45 anos, ele não só utilizou o jornal como uma ferramenta de informação, mas também como um meio de prestar serviços à população.

Entre eles, a criação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionias (Apae) de Bebedouro. Em entrevista a J&Cia, Sarah Cardoso, filha de Caldeira e atual diretora, contou sobre o surgimento da ideia: “Nós temos uma relação muito próxima com nossos leitores. Lembro de quando ele recebeu um grupo de pais de alunos portadores de deficiência, eles desejavam a ajuda do jornal para criação de uma Apae na cidade e meu pai abraçou a missão”.

Juca formou um grupo que se dedicou à obtenção de um terreno e promoveu campanhas para adquirir o material de construção da instituição, da qual foi presidente até seu falecimento. Durante sua gestão também colaborou na reforma de uma praça, que culminou na criação da Fonte Sonoro Luminosa Gazeta de Bebedouro, batizada em reconhecimento à sua participação.

Sarah tomou posse após a partida do pai e apesar de trazer mudanças, manteve a cultura de proximidade com o leitor. “Introduzi outras retrancas e a Página Dois. Ela é composta por colaboradores especialistas de Bebedouro, eles nos procuram e se oferecem para publicar artigos, é muito bacana”, explica. “Em 2012, criamos o site e logo depois a assinatura digital. Atualmente somos uma publicação bissemanal, com entre 8 e 12 páginas”.

Questionada sobre a sensação de dar continuidade ao legado da família, ela declarou ser um privilégio: “É um prazer enorme poder documentar a história da nossa cidade e ver o resultado do nosso trabalho após a publicação de cada edição”.

Para celebrar o aniversário, será realizada uma comemoração em 6/6, às 20h, no Teatro Municipal de Bebedouro. Na ocasião, a equipe do jornal revelará os bastidores da redação e outras surpresas.

Leia também: Prêmio de Comunicação Fundação José Luiz Egydio Setúbal abre inscrições

Prêmio de Comunicação Fundação José Luiz Egydio Setúbal abre inscrições

Prêmio de Comunicação Fundação José Luiz Egydio Setúbal abre inscrições

A Fundação José Luiz Egydio Setúbal abriu as inscrições para a quarta edição do Prêmio de Comunicação Fundação José Luiz Egydio Setúbal. A iniciativa valoriza conteúdos que abordem a saúde de crianças e adolescentes. Podem concorrer reportagens e materiais publicados de junho de 2023 até 26 de julho de 2024, data final para as inscrições.

Podem participar profissionais, estudantes, entidades governamentais e da área de saúde que não sejam comerciais. O prêmio distribuirá R$ 92 mil entre os vencedores das categorias profissionais: Texto, Áudio, Vídeo e Redes Sociais. Estudantes concorrem em Texto e Audiovisual.

Este ano, os segundos lugares também passarão a ser premiados, sendo o primeiro lugar com R$ 12 mil e o segundo, R$ 5 mil. Já os alunos em primeiro lugar recebem R$ 8 mil, e R$ 3 mil ao professor orientador; o segundo, R$ 4 mil, com R$ 1.500 para o professor.

Mais detalhes e inscrições aqui.

Leia também: VII Prêmio de Jornalismo em Seguros anuncia finalistas

VII Prêmio de Jornalismo em Seguros anuncia finalistas

A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) anunciou nesta segunda-feira (20/5) os 25 finalistas do VII Prêmio de Jornalismo em Seguros. Foram ao todo 306 trabalhos inscritos que passaram por análise criteriosa dos membros do Comitê de Seleção do prêmio.

Os finalistas serão agora avaliados pela Comissão de Julgamento, que elegerão os vencedores em cada uma das cinco categorias, além do Vencedor Geral do Prêmio. A cerimônia de premiação está marcada para 11 de junho, na casa de espetáculos Blue Note, em São Paulo.

Confira a lista completa os finalistas:

 

Mídia Impressa

Adriana Cotias (Valor Econômico) – Previdência atrai R$ 12,7 bi em ano de saques em fundos

Ana Luiza Serrão (O Povo) – Com reservas de R$ 1,4 trilhão, setor de seguros pode baratear crédito mais que consignado no Brasil

Carol Kossling (O Povo) – Longevidade, sustentabilidade e ESG: os novos olhares do mercado de seguros

Rafael Walendorff (Valor Econômico) – Cálculo reforça potencial do seguro paramétrico

Sérgio Tauhata (Valor Econômico) – Catástrofe climática se torna cada vez menos previsível para seguradoras

 

Webjornalismo

Cristiane Noberto (CNN Brasil) – Com oferta de seguros, setor privado busca alternativas para minimizar perdas de imóveis por mudanças climáticas

Fabiana Cambricoli (Estadão) – Plano de saúde: fazer botox e pedir nota de consulta sai do bolso de todos, diz diretora de entidade

Gustavo Rossetti Viana (Valor Econômico) – A difícil tarefa de traçar um mapa de riscos de eventos climáticos

Luanna Mikaelle (Insurtalks) – Seguro Prestamista pode ser solução para o desafio do acesso ao crédito pela população 70+

Nathália Larghi e Marcelo D’Agosto (Valor Investe) – Com cenário favorável e competição, mais fundos de previdência voltam a superar inflação

 

Audiovisual (Rádio e TV) 

Aline Albuquerque (TV TEM/TV Globo) – Governo altera previdência privada para atrair poupadores

Andrielli Zambonin, Evandro Zucatti, Fabian Londero, Fernando Basei e Paulo dal Bello (NSC TV/TV Globo) – O papel do seguro rural diante de prejuízos no campo com desastres naturais

Joab Alves (TV Asa Branca/TV Globo) – Cresce busca por seguro veicular

João Paulo Seabra (Rádio Cultura FM) – Série de 4 reportagens especiais sobre o mercado de seguros no Brasil

Vinícius Rangel (Rede Massa/SBT) – Mulheres no trânsito: instrutora cria curso para ajudar motoristas a perder o medo de dirigir

 

Imprensa especializada do setor de seguros 

André Felipe de Lima (Revista Apólice) – A crise mora ao lado

Caroline Rodrigues (Revista Cobertura) – A vilania da fraude na Saúde Suplementar

Denise Bueno (InfoMoney) – Seguro de responsabilidade civil de executivos vive novo dilema com decisão de Toffoli

Kelly Lubiato (Revista Apólice) – Um mundo de oportunidades se abre aos 50+

Sergio Vitor Guerra (Revista Seguro Nova Digital) – As vozes que ecoam do topo

 

Categoria especial Prudential ASG & Seguros

Daniela Frabasile (Site B3 Bora Investir) – Como as mudanças climáticas afetam o setor de seguros?

Helio Marques (Revista Seguro é Seguro) – O que a metodologia ESG tem feito a favor do comércio, setor de serviços e órgãos governamentais

Jamille Niero e Dhiego Maia (InfoMoney) – Falta preparo ao Brasil para enfrentar fenômenos climáticos cada vez mais extremos

Rosana Hessel (Correio Braziliense) – No setor de seguros, elas conquistam mais espaço

Sônia Araripe e Antonio Carlos Teixeira (Plurale) – Business 20: o Seguro, a Agenda ESG e o G20


Abertas as inscrições para o 1° Prêmio Ibá de Jornalismo

Abertas as inscrições para o 1° Prêmio Ibá de Jornalismo

Estão abertas até 1º de outubro as inscrições para o 1° Prêmio Ibá de Jornalismo. Promovido pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), a iniciativa visa reconhecer reportagens sobre o setor de árvores cultivadas e o meio ambiente.

Serão distribuídos R$ 36 mil em prêmios, juntamente com troféus e certificados, aos três melhores de cada uma das quatro categorias: Escrita, Rádio, TV e Veículo Setorizado. O primeiro lugar receberá R$ 4 mil, o segundo, R$ 2 mil, e o terceiro, R$ 1 mil. Haverá ainda quatro menções honrosas a reportagens regionais ou que tenham abordagem científica, que receberão R$ 2 mil cada.

A primeira edição do prêmio tem como tema O setor de árvores cultivadas como aliado no combate às mudanças climáticas. As produções submetidas devem ter sido publicadas pela primeira vez em 2024. Os finalistas serão divulgados em novembro.

Mais informações e inscrições aqui.

Leia também: VII Prêmio de Jornalismo em Seguros anuncia finalistas

Intercept Brasil lança campanha para arrecadar fundos até fim de maio

O Intercept Brasil lançou a campanha S.O.S Intercept, com o objetivo de arrecadar R$ 250 mil até o final de maio para quitar dívidas, investir em projetos e continuar com seu trabalho de jornalismo investigativo e de denúncias de crimes.

Em texto publicado sobre o objetivo da campanha, o Intercept explicou que as mídias sociais e o Google reduziram o alcance de suas publicações, e o site enfrenta mais de duas dúzias de ações judiciai, que exigem muitos dos seus recursos. Além disso, as doações mensais de contribuidores reduziram-se significativamente. Como consequência, o Intercept está há meses com as receitas em queda.

“Imagine também quantos abusos, escândalos e crimes não serão denunciados e ficarão impunes se nosso orçamento continuar a diminuir ou, pior ainda, se o Intercept Brasil for forçado a fechar as portas?”, questiona a campanha. “O tipo de reportagem que fazemos é essencial para a democracia, mas não é fácil, nem barato. O Intercept Brasil é uma redação independente. Não temos sócios, anúncios ou patrocinadores corporativos. Sua colaboração é vital para continuar incomodando poderosos”.

Apoie o Intercept aqui.

A dor de cobrir a própria tragédia

A dor de cobrir a própria tragédia

Nas duas últimas semanas, em meio à tragédia que vive o Rio Grande do Sul, profissionais das mais diversas áreas têm se desdobrado para atender às necessidades de uma população atingida por um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil. O jornalismo, em seu papel social de levar informações precisas e de qualidade, e de acompanhar e cobrar um trabalho efetivo das autoridades, também vem merecendo destaque especial neste processo.

Porém, conviver e acompanhar uma tragédia tão próxima como essa, na qual muitos jornalistas e empresas também estão entre os atingidos, tem seu preço. Conciliar o dever profissional com o lado humano, de quem está convivendo 24 horas por dia com a dor e o sofrimento, sejam próprios ou dos outros, tem levado muitos profissionais ao esgotamento físico e mental.

O jornal Zero Hora, em sua Carta da Editora, publicada em 3 de maio, trouxe alguns relatos de profissionais do Grupo RBS que estão atuando diariamente na cobertura das inundações. Os depoimentos reunidos pela editora de Opinião Diane Kuhn, reproduzidos a seguir, dão uma amostra do que tem sido esse desafio para os jornalistas gaúchos.

“Mais uma vez, foi preciso sair do estúdio, calçar as galochas e segurar a emoção para informar os gaúchos sobre uma tragédia climática. Agora, ainda pior… e, de novo, só buscar e transmitir notícias não bastou, foi preciso abraçar, consolar, dar forças e incentivar a fé em dias melhores.” ­– Cristina Ranzolin, apresentadora do Jornal do Almoço

“Participar de uma cobertura como esta é estar próxima ao lado mais vulnerável do ser humano. Uma das coisas que mais me marcaram até agora foi o relato de uma mulher de São Vendelino que perdeu um filho e o marido soterrados. A angústia e o sofrimento eram nítidos, ao mesmo tempo que projetava um futuro incerto e a assistência aos outros três filhos.”Alana Fernandes, repórter da Redação Integrada de Caxias do Sul

“Impressionou-me o choro das pessoas. A prefeita de Sinimbu chorou enquanto eu a entrevistava. O mesmo aconteceu com uma agricultora que viu as vaquinhas, todas com nome, serem levadas pela água. As vítimas não sabem como recomeçar a vida, não veem perspectiva. É uma tristeza sem fim.”Humberto Trezzi, repórter da Redação Integrada de Zero Hora, GZH, Rádio Gaúcha e Diário Gaúcho

“Em Candelária, o que mais dói é ver o drama daqueles que não têm notícias de seus familiares, daqueles que permanecem de plantão no local onde pousa o helicóptero, esperando para que o resgate chegue até seus familiares. Uma cidade sitiada e clamando por ajuda, mas que encontra esperança na força do seu povo.”Vítor Rosa, repórter da RBS TV

“Às vezes tenho a sensação de que o tempo parou. Nada que veio antes e nada que ainda virá parecem fazer sentido. Estamos vivendo um minuto após o outro. Tudo muda a todo momento! Nesse momento de tanta dor, só nos resta não perder a esperança de que um dia isso tudo vai passar. E essa tragédia vai ficar para a história.”Shirlei Paravisi, editora-chefe da RBS TV Serra

“O pavor de ter testemunhado uma mulher sendo levada pelo Rio Pardo, a alegria de saber que ela se salvou, poder lhe dar um abraço depois e ver o empenho do trabalho de bombeiros voluntários, da comunidade e de autoridades foram as coisas que mais me marcaram nesta cobertura em Candelária.”Paulo Rocha, repórter da Redação Integrada de Zero Hora, GZH, Rádio Gaúcha e Diário Gaúcho

Outro relato emocionante, este registrado ao vivo, foi do repórter Felipe Vieira, da Rádio Bandeirantes, que não conseguiu conter o choro ao relatar a abertura de um corredor humanitário para atender à população de Estrela, a 130 quilômetros de Porto Alegre: “Estão saindo um avião da GOL e um avião da Defesa Civil em São Paulo. Esses dois aviões vão descer em Caxias do Sul com alimentos, água, cobertores, colchões, medicamentos. Descem em Caxias, e está sendo aberto um corredor… (pausa com a voz embargada). Desculpem a emoção, mas é que a gente só ouve falar isso em guerra. Corredor humanitário. Está sendo aberto de Caxias até Estrela, no Vale do Taquari, porque não tem condições de acessar Estrela, que é um município a 130 quilômetros de Porto Alegre, estradas asfaltadas, duplicadas. As estradas estão interrompidas. Então a ajuda vai chegar via Caxias, em um corredor humanitário (nova pausa para choro). A gente se emociona, mas é desesperador…”

Leia a matéria completa na edição desta semana de Jornalistas&Cia.

Últimas notícias

pt_BRPortuguese