Fernando Collor de Mello (Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) determinou na quinta-feira (6/6), por dois votos a um, que a TV Globo deve manter o contrato de afiliação com a TV Gazeta, pertencente ao ex-presidente Fernando Collor, em Alagoas. O tribunal negou um recurso da Globo que questionava uma liminar de primeira instância que determinou a renovação compulsória por cinco anos entre as emissoras. A Globo deve recorrer agora ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A parceria entre os dois veículos existe desde 1975. A Globo alegou que não quis renovar o contrato com a TV Gazeta, destacando decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou Collor por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em esquema no qual utilizava a TV Gazeta para receber propina. A Globo já tem um acordo verbal com a TV Asa Branca para ser a nova afiliada da emissora em Alagoas.
Em novembro do ano passado, a TV Gazeta entrou na Justiça pedindo que a Globo não rompesse o contrato de afiliação, sob a justificativa de que, sem o aporte financeiro da emissora carioca, não conseguiria pagar dívidas estabelecidas em seu plano de recuperação judicial. Além disso, sem o dinheiro da Globo, haveria demissões em massa e a extinção de ao menos 209 dos 279 postos de trabalho da empresa.
A TV Gazeta chegou a conseguir uma liminar que obrigava a Globo a renovar o contrato de afiliação até 2028, mas a decisão foi derrubada no início de janeiro. Por decisão judicial, a emissora manteve o sinal da Globo até o julgamento do caso.
A TV Câmara anunciou em 3/6 dois programas ao vivo, Câmara Agora e Bora Entender?, além de retornar com o Participação Popular à sua grade de programação.
Câmara Agora, apresentado por Lincoln Macário, vai ao ar diariamente, às 10h, com cobertura em tempo real da agenda da Câmara. O programa acompanhará simultaneamente as atividades do Plenário e das comissões. Em linguagem simples, a cobertura levará ao cidadão entrevistas exclusivas com ministros, autoridades e deputados; além de divulgar as transmissões ao vivo e na íntegra realizadas pelo site oficial e pelo YouTube; reportagens da TV, da Rádio e da Agência Câmara; e proposições debatidas e votadas pelos parlamentares.
Bora Entender?, apresentado por Carol Nogueira, semanal e ao vivo, irá ao ar as sextas-feiras, das 12h às 13h, com perfil explicativo sobre temas presentes no debate político, a partir das diversas visões envolvidas no assunto abordado.
Participação Popular, sucesso na grade da emissora por mais de uma década, retorna às ruas para saber a opinião dos brasileiros sobre os temas que estão mobilizando a sociedade e o Parlamento. A nova edição do programa vai ao ar às segundas-feiras, ao vivo, das 12h às 13 horas. Jaciene Alves coordena o diálogo entre o público nas ruas e dois convidados no estúdio da emissora, trazendo ainda opiniões e perguntas de cidadãos de outros estados, por meio da parceria com a Rede Legislativa de Rádio e TV.
Floreal Rodriguez, ao lado de seu filho caçula. Foto tirada em 2004.
Morreu em 31/5 o jornalista Floreal Rodriguez Rosa, aos 78 anos, em São Paulo, vítima de um câncer no pâncreas. Ele havia recebido o diagnóstico da doença há poucos meses. Deixa cinco filhos e dois netos.
Na carreira como comunicador, trabalhou em grandes veículos da imprensa brasileira, como Estadão e revista Exame. Foi pioneiro na comunicação empresarial, especialmente nos segmentos de desenvolvimento de lideranças executivas e governança corporativa, onde trabalhou até dias antes de sua morte
A missa de 7º Dia será realizada neste sábado (8/6), às 15h, na Igreja Nossa Senhora Mãe do Salvador – Cruz Torta (Av. Prof. Frederico Hermann Júnior, 105 – Alto de Pinheiros).
O Instituto Vladimir Herzog abriu inscrições para a 16ª edição do Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão (PJJ). A iniciativa visa reconhecer propostas de pauta baseadas nos dados e informações do Censo Demográfico 2022.
Serão selecionadas cinco propostas vencedoras, uma de cada região do País, que receberão microbolsas de R$ 5 mil e mentoria de especialistas convidados pelo instituto para o desenvolvimento das reportagens. Podem participar estudantes de Jornalismo que incluam em seu grupo um professor orientador.
É requisito que, nos grupos, ao menos um integrante tenha sido beneficiado por políticas de inclusão (como cotas raciais ou sociais) na instituição de ensino superior onde está matriculado. Os vencedores terão suas despesas pagas pelo Instituto Vladimir Herzog para participarem do evento de diplomação, em São Paulo.
No dia 7 de junho de 1977, cerca de três mil jornalistas brasileiros assinaram um manifesto contra todas as formas de cerceamento à imprensa durante o regime militar, no poder há 13 anos. O documento, considerado histórico, constituiu a maior manifestação coletiva contra a censura desde a criação da imprensa brasileira, iniciada em 1808, em Londres, por Hipólito José da Costa. O texto foi lido no Senado Federal pelo senador Lázaro Barbosa (MDB-GO) e na Câmara dos Deputados pelo deputado Álvaro Dias (MDB-PR). A primeira assinatura do manifesto foi do então presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), jornalista Prudente de Moraes Neto, que viria a falecer seis meses depois. A importância da publicação desse documento no contexto histórico de repressão e falta de liberdade de imprensa levou à escolha do 7 de junho para a celebração do Dia Nacional da Liberdade de Imprensa.
Abaixo, reproduzimos a íntegra do manifesto publicado na edição de junho de 1977 do Boletim ABI, órgão oficial da Associação Brasileira de Imprensa. A edição pode ser acessada no site da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/027898/417.
O manifesto
Nós jornalistas brasileiros, abaixo assinados, conscientes dos deveres e da responsabilidade social de nossa profissão e diante da crise econômica, social e política do país, manifestamos publicamente nossa posição favorável ao debate aberto e democrático como caminho para sua solução e, por conseguinte, nosso inconformismo com a permanência da censura prévia – parcial na imprensa, mas total no rádio e na televisão – e de outras restrições e ameaças à liberdade de informação.
A plena liberdade de opinião, de crítica e de informação é um direito que nos é negado – e a toda a Nação – pela violência de uma censura que cerceia e mutila jornais e revistas, que já destruiu várias publicações e está de tal forma institucionalizada que se exerce até mesmo nas escolas de comunicação; pela omissão deliberada de informações por parte de autoridades e órgãos; pelo impedimento do acesso do jornalista às fontes de informações, como forma não declarada de censura; pela ameaça constante que o Ato Institucional nº 5 representa para as publicações sem censura prévia; pela apreensão arbitrária de edições inteiras; pelo estímulo que toda esta situação representa às mais variadas formas de autocensura; pela sonegação sistemática do conhecimento da realidade brasileira a milhões de pessoas que têm como única fonte de informação um rádio e uma televisão sujeitos a uma censura ainda mais rigorosa.
O AI-5, a Lei de Imprensa, a Lei de Segurança Nacional e o Código Brasileiro de Telecomunicações – aos quais se somam o arbítrio e a prepotência da autoridade – fornecem os instrumentos para a manutenção desse quadro sombrio de violação do direito de expressão e do direito à informação. Consideramos que esse quadro, além de impedir o pleno exercício de nossa profissão, que tem a liberdade como pressuposto básico, só pode contribuir para manter a população brasileira na ignorância dos problemas nacionais e, portanto, impedida de participar conscientemente da busca de soluções.
Temos plena convicção de que só um regime de liberdades democráticas, no qual a imprensa, o rádio e a televisão sejam livres para veicular, refletir e debater opiniões, críticas, divergências e contradições, poderá devolver à população o direito de manifestação.
Da mesma forma, a liberdade de informação contribuirá para garantir o pleno respeito aos direitos humanos.
Fiéis a essas convicções, nós jornalistas manifestamos nossa disposição de lutar contra a censura e todas as formas de restrição à liberdade de expressão e informação; e firmamos nossa posição, contrária à manutenção dos atos de exceção que impedem o livre exercício da nossa profissão e, com isso, sufocam o debate e a participação consciente da população. Ao mesmo tempo, encaminhamos esta nossa manifestação ao Congresso Nacional, pelos presidentes do Senado e da Câmara e pelos líderes dos dois partidos – por ser a instituição que reúne os representantes eleitos pela população e cujas tribunas devem refletir as opiniões de todas as camadas da sociedade brasileira.
Estamos certos de que as limitações que sofremos hoje tornam um dever – profissional e patriótico – lutar para eliminá-las, em defesa das liberdades democráticas.
Estão abertas até 23 de junho as inscrições para o 9º Programa de Treinamento em Jornalismo de Ciência e Saúde da Folha de S.Paulo. O curso, coordenado pela repórter Cláudia Collucci, irá de 22 de julho a 23 de agosto, de forma online e presencial.
Os selecionados participarão de palestras, entrevistas, reuniões e oficinas com médicos, especialistas em saúde, repórteres e editores. Também estão previstas visitas a hospitais e centros de pesquisa.
Pessoas sem diploma em jornalismo também podem concorrer a uma das dez vagas disponíveis. A fase remota será realizada no período noturno, enquanto a fase presencial será em tempo integral, em São Paulo.
Jornalistas&Cia lançou nesta quinta-feira (6/6) uma edição especial em comemoração ao Dia da Imprensa (1º/6) que aborda o presente e o futuro do jornalismo de Economia. O especial foi liderado por Cida Damasco, jornalista com muitas décadas de experiência na cobertura do setor.
O jornalismo de Economia foi sacudido nos últimos anos pela entrada vigorosa de múltiplas instituições financeiras na atividade, fenômeno que, de um lado, trouxe importante alento para o universo profissional e para a qualidade do jornalismo praticado, e, de outro, preocupações com os possíveis conflitos de interesse dessa até então incomum subordinação.
Mas não só. O jornalismo de Economia também foi sacudido por alguns novos veículos liderados por jornalistas que anteviram potencial e relevância em atuar com produtos e força próprios, de forma independente e empreendedora.
Por óbvio, esse acirramento na concorrência obrigou a que também os veículos tradicionais não ficassem parados e, ao contrário, se movimentassem e se inovassem para continuarem no protagonismo de uma das mais fortes áreas do jornalismo do País.
Foi esse o cenário que levou J&Cia a ir a campo para entender e explicar melhor como as transformações em andamento estão impactando essa área especializada do jornalismo brasileiro e o mercado editorial e quais caminhos hoje se apresentam para os que estão à frente – e na retaguarda – dessa fascinante jornada.
Não poderia haver escolha melhor para liderar um especial com tamanha responsabilidade do que Cida Damasco, colega que esteve presente por décadas na lida dessa cobertura especializada nos vários veículos em que atuou e nos mais diferentes cargos, entre eles o de primeira (e até agora única) editora-chefe do jornal O Estado de S. Paulo.
Nem todos atenderam ao chamado dela para entrevistas, mas as fontes ouvidas − e foram várias − deram uma contribuição inestimável para a construção de uma matéria serena, objetiva e equilibrada, que engrandece não só o J&Cia, mas o próprio jornalismo brasileiro. Entre elas está um dos pioneiros e que mais contribuíram para a implantação e o desenvolvimento de um jornalismo de Economia de primeira grandeza no Brasil, Roberto Müller Filho, que liderou e tornou a saudosa Gazeta Mercantil em referência nacional e internacional nesse campo do jornalismo. Quis o destino que, poucos dias depois de conversar com Cida Damasco, e exatamente na véspera do lançamento do especial, ele nos deixasse, para tristeza geral. Que seu legado siga inspirando o caminho das novas e velhas gerações.
Pedro Doria e Vitor Conceição (Crédito: Leo Martins/Divulgação)
O Canal Meio, que se destaca pela abordagem inovadora no jornalismo digital, anuncia mudanças na equipe e o início da produção do primeiro filme da nova plataforma de streaming, que vai discutir o valor da democracia. Tudo isso em consequência dos novos recursos obtidos com a rodada de investimento, em abril, com a entrada de Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, na sociedade.
Ricardo Rangel assume a área de documentários, e explica a escolha do tema: “A gente decidiu que o primeiro doc seria sobre a democracia porque ela está sob ameaça. E essa ameaça não vem só da extrema direita, há muita intolerância com quem pensa diferente, e essa intolerância está por toda parte. Parece que muita gente não entende com clareza o que é a democracia, qual o seu valor ou por que ela precisa ser preservada”. Rangel foi sócio da Conspiração Filmes e assina coluna na revista Veja.
O filme contará com roteiro do jornalista e escritor Sérgio Rodrigues e consultoria de História do cientista político Christian Lynch. A produção será lançada ainda este ano, seguida por outras com foco em história, cultura, sociedade, política e educação, tendo como objetivo democratizar o acesso à informação de qualidade.
Pedro Doria, fundador do Meio ao lado do CEO Vitor Conceição, passa a atuar como diretor de Jornalismo, coordenando diretamente todas as áreas. Flávia Tavares o substitui como editora-chefe, ela que respondia pelo conteúdo premium e teve passagens por Estadão, revista Época e CNN.
Para ser o editor executivo do conteúdo premium do canal chega Guilherme Werneck. Ele foi diretor de estratégia digital na Abril e na MTV, diretor de Redação da revista Trip, editor na Folha de S.Paulo e em O Estado de S. Paulo.
Myrian Clark entra como produtora de jornalismo. Trabalhou como editora-chefe do canal MyNews, foi roteirista, ponto eletrônico e entrevistadora do Programa do Jô, na TV Globo. Esteve ainda em BBC, TV Cultura, Folha de S.Paulo, Notícias Populares, Fapesp e SBT.
A frase não é minha. É o título de um artigo na Vanity Fair sobre as mudanças no Google que podem fazer o jornalismo sumir das buscas. O leitor apressado receberá sumários feitos com base no que gente de carne e osso pautou, mandou cobrir, apurou, escreveu, fotografou e editou (sem contar a turma da contabilidade, do RH, da TI, do marketing, do comercial, da fotografia e toda a cadeia produtiva de uma empresa jornalística).
O mecanismo está sendo visto por muitos como a pá de cal em um setor já abalado pela concentração da propaganda nas mãos das plataformas digitais.
Enquanto as empresas decidem se brigam na justiça contra o uso de seu conteúdo para treinar as IAs ou se negociam com as dominantes do setor para receber compensação e a nova forma de encontrar notícias parece inexorável, a tecnologia avança nas redações.
Mas o que pensa o consumidor de notícias? O Instituto Reuters pesquisou as impressões do público a respeito do uso da IA na produção jornalística.
Foram ouvidas mais de 12 mil pessoas em EUA, Japão, França, Reino Unido, Argentina e Dinamarca. Em sua maioria, elas demonstraram reservas com a IA no jornalismo e esperam que humanos estejam no comando.
Um em cada três entrevistados acreditam que editores de carne e osso confirmam se os resultados gerados pelas IAs estão corretos e obedecem a altos padrões antes de os publicar.
Isso nem sempre é verdade. Em dezembro do ano passado, o CEO do grupo dono da Sports Illustrated foi demitido depois da revelação de que matérias geradas por IA − como resultado de acordo comercial com uma empresa de conteúdo patrocinado − tinham sido assinadas por jornalistas reais. Mas eram todas inventados pela IA, o que faz com que o conteúdo esteja longe do “alto padrão”.
Os pesquisadores constataram muita incerteza a respeito da absorção da IA generativa na produção jornalística.
Uma parte do público nesses países já entende que a IA já está entre nós: 43% acreditam que é sendo usada sempre ou com muita frequência para corrigir ortografia; 29% para escrever manchetes e 27% para escrever textos.
Apenas 5% acham que não é necessário rotular conteúdos produzidos com ajuda da IA. Mas o que rotular?
Um terço dos pesquisados entende que se a IA ajudou a corrigir erros ortográficos ou criar uma manchete, isso deve ser sinalizado. A taxa sobe para usos mais avançados, como “escrever o texto” e “analisar dados” (ambos marcando 47%). E nem tudo é aceitável.
Em uma escala resultante da ponderação de opiniões negativas e positivas, notícias sobre moda alcançaram sete pontos, enquanto textos sobre esportes marcaram cinco. Já em notícias politicas a pontuação foi -33.
Por ter popularizado a IA generativa, o ChatGPT é a ferramenta mais utilizada pelo público. Mas para a obtenção de notícias o uso ainda é baixo (5%), o que se explica pelo fato de o serviço da OpenAI não estar conectado ao noticiário recente.
No entanto, vale observar o que acontece nos EUA, onde o Google começou a testar as buscas de sua IA abrangendo conteúdo jornalístico: 10% dos entrevistados pelo Reuters disseram já usar a tecnologia para se informar. Mais do que confiança no conteúdo, o que está em jogo agora é acesso.
Grandes empresas jornalísticas fecharam acordos com a OpenAI para licenciar seus conteúdos − Financial Times, Axel Springer, Le Monde, Prisa, NewsCorp, Vox, The Atlantic −, seguindo os passos da Associated Press, a pioneira.
New York Times, Getty Images e o grupo que edita o Chicago Tribune levaram a briga aos tribunais, o que pode resultar em acordos financeiros mais vantajosos do que obteriam negociando diretamente, ajudando a capitalizar o setor.
As questões em aberto são: será que o dinheiro dos acordos, por mais que as empresas de IA abram suas carteiras, compensará a queda de tráfego vaticinada por analistas quando os links diretos sumirem das buscas? E os pequenos, alijados desses acordos?
Se a audiência despencar, como atrair anunciantes? O que acontecerá com a receita da programática? A injeção das gigantes será suficiente para manter a produção de conteúdo capaz de continuar alimentando a “fera” da IA?
Nick Bilton, da Vanity Fair, levantou algumas dessas perguntas, mas não deu as respostas, se é que alguém as têm.
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Morreu em 1º/6, aos 66 anos, Manoel Henrique Moreira, professor e coordenador do curso de Comunicação Social do Centro Universitário de Brasília (UniCeub). Ele estava internado há cerca de duas semanas, tratando uma pneumonia, mas não resistiu a uma infecção hospitalar. Deixa a mulher, Valéria, e os filhos Felipe, repórter da CBN; o publicitário Lucas; e Gabriel, de relações internacionais. O corpo foi velado e cremado no domingo, no Cemitério Campo da Esperança.
Graduado em Jornalismo pelas Faculdades Integradas Augusto Motta, Manoel Henrique fez mestrado e doutorado em Comunicação na UnB. Em Brasília e na coordenação do curso de Comunicação e Publicidade no UniCeuB, onde atuou por 22 anos, era reconhecido sobretudo pelas especialidades em comunicação estratégica, reportagem, comunicação organizacional e história do jornalismo, temáticas sobre as quais assinou artigos e contribuiu para pesquisas e publicações acadêmicas. É autor dos livros Comunicação Estratégica e Integrada, a visão de 23 autores em 5 países e Grande Imprensa: Jornalismo, Fortuna e Poder no Brasil. Foi também militar, tendo sido assessor de comunicação no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, em São José dos Campos (SP), e no Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, em Brasília.
Foi responsável pela formação de diferentes gerações de profissionais na Capital Federal. Aposentou-se no ano passado.